Tinta

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Ele não fazia ideia de quanto tempo ficara ali, com os olhos perdidos no labirinto das letras.

Inserida por acrossjessi

Quando se sentir quebrado, lembre-se que todas as suas peças continuam ali, inclusive sua felicidade

Inserida por vanessa_silvana

“Existem sons maravilhosos. O canto dos pássaros sobre a praia, a música preferida, o grito do oceano. Mas nenhum som é mais maravilhoso do que a batida do coração de quem amamos.”

Inserida por vanessa_silvana

Não tem tinta que dê jeito nas pessoas.

Como a chuva não cessasse de cair em caudais,
Tiras de tinta começaram a aparecer na fotografia
O tecto da chuva rompera o abrigo da sua alma
E o verde circulava a deriva rompendo as plantas.
Elvira deixara cair seus olhos de objectiva nas
Folhas verdes. Verificava que era sobre elas e como
Elas que sempre olhara a natureza. Ver o real
Em folhas era amá-lo ininterruptamente. Essa
Contiguidade acabara por compor uma rede
Que tinha tanto de próximo como de diferente,
E a chuva não era chuva, transparecia. Eis, pensou.
Por que chove na fotografia, por que chove
Em correntes sobre as folhas?

De nada adianta todo o esforço da caneta em escrever, se o papel não quer absorver a tinta… E na esperança a fé insiste que a mão seja mais persistente que o papel…

TINTA DE SONHOS

O silêncio das horas
Está escondido nas raízes
Da dor, tormento do vento
Na tinta que é escrita com sangue
De estragos feitas nas páginas
Em branco, na alma ferida
Da chuva fria vinda do céu
No caminho escuro que cobiça
O corpo frágil, refúgio secreto
De alguém que foge das trevas
Entre o silêncio das palavras
Que voam vazias desnudadas
Pelo escuro das horas perdidas
Que dura um segundo no silêncio
Da cozinha do inferno, sem liberdade
No peito enjaulado sem grades de ferro
Aparência perdida de sonhos por dormir
De noites escuras em desejos escritos à lua.
♥♥╭✿╭✿ ♥♥

O céu é a tela, as nuvens a tinta e o vento o pintor

Uma biblioteca contém mil e uma almas, eternizadas pelas palavras. Horcruxes de tinta e papel.

E pinga a tinta que inicia a obra, de um poeta,
com a caneta onde a ponta, aponta um conselho.
Inquieto me aquieto enquanto a mão arquiteta
escrituras, que registram tudo que aconselho.

E com tinta colorida, ela continua pintando a vida. Cores marcantes, cores vibrantes, segue adiante pintando seus sonhos....

Quando escrevo minhas idéias tornam-se a pena e minha alma a tinta, por isso quando você lê, o que escrevo, você me sente.

Não é só rosa,
meu mundo cor-de-rosa.
Tinta carmim, sobre mim.
Azul estrelado, ao teu lado:
cor da sua pele...
Vermelho sangue, paixão
Alaranjado ao seu fogo.
Negro que me esconde,
e depois me descobre.
Em delicada claridade me revela:
amarela a luz da vela...
Em fusão de cores me faço em tela,
pra que me sinta tom sobre tom.

Dedicado aos pintores


Às vezes quando trabalho, sou pintor.
Às vezes o cheiro da tinta que tem um forte odor.
E deixam meus olhos vermelhos.
Mas meus olhos são escuros.
Uso óculos pra disfarçar.
Então escondo a visão.
Porque existem pessoas.
Quem tem mal no coração.
E imaginam bobagens.
E mesmo eu trabalhador.
Sou taxado.
Por ter os olhos inchados.
E às vezes avermelhados.
Mas eu também não me importo.
Sei do meu potencial, da minha força na vida.
Sei que sou um ser humano assim como tantos outros.
Que batalham no sufoco.
Para poderem se sustentar.
E sabem como é bom.
Pois o trabalho é um dom.
Muito digno e sem cor.
Assim como minhas lagrimas.
Nas horas de grande magoa.
Cristalinas como a água.
Meu sangue também vermelho.
Só a pele é diferente.
Mas sei por DEUS que sou gente.
Pois o amor não tem cor.
Não tem pele, não orgulho.
Não tem pais, religião.
O amor é uma nação.
Que produz no universo.
A mais bela sensação.
Que hoje falo em verso..

Não tenho mais tinta
Minha pena está seca
Mas para dizer que a amo
Escrevo até com gotas do meu sangue
Não posso parar de escrever meus poemas
O diário é meu melhor amigo
Nas suas linhas eu escrevo minha dor
Todo o sentimento que me deixa triste
Triste por tanto odiar o fato de amar
Amar e não poder minha índia beijar
Ela ama outro...
O que devo fazer, Pai?
Devo encerrar minha jornada?
É esse o fim de toda a história?
Nasci com a pretensão de ser reconhecido
E deixarei que tudo acabe dessa maneira?
Da mesma forma que os fracos morreram?
Amando e nunca sendo amado
Chorando e sofrendo por serem tão fracos
Eu não agüento mais, leve-me para casa
Serei apenas mais um nesse cemitério
Nem minha mãe chorará por mim
Eu não quero lágrimas de pena no meu túmulo
Ele é frio, nada irá sentir
Assim como a criança iludida que fui um dia
Sonhando em crescer, para depois amar
E hoje arrependido
Querendo fazer o tempo voltar
Mas como é impossível, peço então para ele rápido passar
Para que essa guilhotina possa logo me decepar...

Passado

Tentarao descobrir quem eu sou , pelas poesias que um dia escrevi, pois a tinta: carrega sentimentos e os traduzem por letras; que formam palavras de frases que eu ja vivi.

Enquanto passam as horas, meus pensamentos teimam comigo, e a tinta que vos escreve, continua sem rumo.
Vêm as palavras confusas, e os pensamentos desconexos, prontos para enlouquecer-me, neste mar de incertezas.
Vão-se os minutos que tornan-se anos, e a mente calada zombando de mim, ri de todas essas minhas desilusões.
Quanto mais perto pareço chegar, mais longe estou, e entendo o porque do meu afastamento!

Quero um caminho colorido de alegria, (com tinta fresca), pra contrariar qualquer sentimento ruim.

O colorido da vida pintado na parede de casa.
Feito tinta eu sorrio para os móveis.
Feito vida eu escolho a cor da tinta.
Feito brisa de mar eu deito no chão da sala.
Na parede de casa, o colorida da vida.

Quero a tinta de pintar tristeza.