Tinta
eu crio minha própria realidade, é tudo tinta no papel, eu pincelo cada paisagem, cada retrato um momento guardado, lembrado por retratos, lágrimas de saudade dos momentos felizes, o tempo é traiçoeiro, interage o tempo inteiro sem pausa pra descanso, cada um que deu seu tempo que retorne pra si mesmo, quero formular frases a serem compostas, composições de um poeta viciado, visionário a produzir por lucro, inteligência escaça, forçando o cérebro a trabalhar,
Na trama do evangelho, lágrimas de arrependimento se tornam a tinta que o Criador do universo usa em seu pincel divino para pintar uma nova esperança, transformando tropeços humanos em uma sublime obra do perdão.
Com um tantinho de tinta
Mais um cadinho de brilho
Vou dar cara nova, uma boa renovada
A cada dia como se fosse o primeiro
Ou o último...Sabe Deus
Usar das palavras ditas, versadas
Tímidas ou rasgadamente ousadas
Abro espaço, alas e asas
Carrego nas cores, suavizo as pinceladas
Trago novas, antigas, dramas ...piadas
Cada dia é um, cada momento também
Jogo tintas e confetes brilhantes
Desço a cortina, ainda que por alguns instantes
Com o bom humor de sempre......ou por vezes estressante
É a vida, caro amigo
Este espetáculo mambembe e fascinante !
A Faroleira
Sim, muitos anos se passaram na verdade,
A tinta desgastada na parte de fora já entregam sua idade,
O farol que um dia muitos avistaram.
Hoje vive sozinho em sua soturnidade.
Seria estranho não admitir que conheceu a tantos,
Inverdade dizer que não amou a certos,
Desalento em saber que não restou um para ouvir seus prantos.
Ficou apenas a triste versão desse monumento,
Abandonado sem esperança, na tragédia de seu momento.
Sua luz outrora brilhante de objetivo incumbido,
Hoje pisca fracamente arritimada, como o bater de um coração partido.
Por dentro dele, há um chão de madeira ruído,
Aranhas e pó dividindo espaço com os ratos que ali haviam nascido.
Do ranger das portas, às dobradiças gastas,
Ouvia-se o lamento da mobília, em meio a suas partes nefastas.
Paredes com mofo, goteiras sem fim,
"- Isso foi tudo o que restou de mim".
Subindo pela escada caracol,
Cada andar que passo me lembra,
Aquele dia olhando o céu, cheiro da terra e daquela música lenta.
Subo e subo e a visão vai se enturvando,
Trovões, ventanias e o belo vai se deteriorando.
Nos quadros na parede, vejo as lembranças de quando o mundo era um todo.
Em traços apagados pelo tempo, como se a cor deles agora fosse um incomodo.
Ao chegar no último andar,
Uma dor me acomete de repente e fico sem ar.
Lá está ela, uma fraca luz a piscar.
O esforço para se manter acesa é quase um pedido,
"- Desligue-me da força, não se preocupe comigo!"
Choro ao ver aquela cena,
E ao mesmo tempo, tento entender seu dilema.
Ao olhar pro chão eu vejo as marcas de pegadas,
- Então foi pra cá que trouxeste suas histórias frustradas?
As marcas nos contam essa história passada:
A primeira era marcas pequenas, mas com passo pesado,
Tão funda no chão que mostra os muitos anos que ali haviam ficado.
Mas foi-se em uma terça levando apenas um farnel,
Sem “oi” e nem “tchau” deixando apenas um anel.
Depois mais uma, na entrada posso ver uma pegada inteira sem viés,
Mas com passadas à frente sumiu a metade,
Como um segredo em fuga na ponta dos pés.
Foi-se embora levando suas garrafas, suas mentiras e sua paixão pelas ralés.
A terceira foi passageira,
Marcas de salto, que dançaram ao redor de toda centelha.
Foi-se o fim da dança até a saída,
Pois não era ao farol que pertencia seu amor, apenas sua despedida.
Lágrimas quentes desceram pela minha face,
- Abandonaram-te mais uma vez,
- Sem ao menos lhe perguntar, se doía esse desgaste.
Fiz o que pude para a manter acesa,
Chamei a todos para que pudessem apreciar sua verdadeira beleza.
Bati pregos em suas paredes furadas,
Arranquei os quadros das escadas,
E limpei todas aquelas marcas de pegadas.
Mas você ainda batia descompassado,
Sufocando a dor de uma vida de luta e amor,
Mas que agora estava muito cansado.
Me apoiei em sua janela olhando para o mar,
"- Como faremos agora para você voltar a iluminar?"
Eu rezo? Eu choro? Te dou esperanças a sonhar?
A voz fraca invade o espaço,
"- Olhe novamente, e verás quem vem lá."
Acatando a seu pedido então eu vejo logo à frente,
Barcos e mais barcos remando contra a corrente.
"- Eles esperam a brecha para poder passar,
Atracam aqui, dizem-me que comigo é que querem ficar
- Abro as portas e os convido a entrar.
- Os vejo sorrir e agradecer,
- Comem, bebem e longas histórias me prometem trazer.
- Vos ensino sobre a vida, o céu, a terra e toda estrela que brilha,
- E eles dormem tranquilos, sabendo que mais nada de ruim os afligiria.
- Passam dias e noites e tudo muda,
- O mundo se inverte, e o que era Sol agora se torna Lua.
- Vos estranho pelo incomodo que sentem,
- Destroem meus móveis, riscam meu chão e esburacam minhas paredes.
- Com dor os questiono:
- Porque ficas se lhe causo tanto incomodo?
- E sem justificativas, me culpam pelas suas vidas perdidas,
- Partem sempre daqui aos risos enquanto eu nada compreendia.
- Essa porta não abrirei novamente,
- Seja noite ou dia, não acolherei mais um displicente."
Ao ouvir suas palavras, me calo.
Agora entendo a dor que tens passado.
Só restou a mim consertar tudo que havia sido quebrado,
Como hei de abandonar algo tão puro e abandonado?
- Por favor não se apague agora,
- Aqui estou por você e não hei de ir embora.
- Dessa porta ninguém passará até verem em ti a luz que tens a iluminar.
Aqui fico como sua guardiã,
Vou cuidar de ti, do anoitecer até o raiar de cada manhã.
Então a luz pisca para mim e eu entendo,
Ainda não é o fim,
E só o começo de mais um momento.
Investir deve ser mais como ver a tinta secar ou assistir a grama crescer. Se você quer adrenalina, pegue $800 e vá para Las Vegas.
escrever
até a tinta acabar
até não existir nenhuma palavra
para rimar.
sem temer
descrever
a vida e o amor
a morte e a dor!
Tinta no Papel
No branco do papel
Escorre a imaginação
Em suas cores variadas
De versos da inspiração
São borrões tão sofridos
Desenhando lágrimas
E corações partidos
São palavras sem sentido
Aos rabiscos da alegria
São letras trazendo honraria
Palavras juntadas da emoção
Que num paço de pura magia
São transformados em poesia
Do complexo alfabeto do coração
Poetar é uma explosão de alma tão intensa, que nada acalma, só papel e tinta e os conselhos do vinho...
Papel e Tinta
Laivei o meu pincel
no cinza do cascalhado
no entardecer fogueado
no chão ressecado
no desbotado areado...
Laivei o meu pincel
na luz do horizonte
na sombra atrás do monte
no suor da fronte...
E no branco do papel
vão aparecendo inquinações:
de folhas secas, chão árido
amarelados ipês, buritis, ar cálido
pequis, céu divino e estrelado
num desenho do cerrado...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2016
Cerrado goiano
Faz tempo que abri o armário e escolhi a cor amarela. A ausência de tua pele é falta de tinta na minha aquarela.
Bora? Sem medo do mundão, caminhando sob as nuvens e escrevendo com pincel em tinta azul, mostrando o quão grande é a nossa história e que à cada estrela seja um rastro, um acontecimento, um marco de que ali houve uma passagem da felicidade. ♥️ A.C
Título: Poeta e o Mundo.
Papel, tinta, verdades e mentiras,
Sentimentos, ilusões, criações sem intenções.
Doces palavras, amarguras divididas,
Poeta do mundo, mundo do poeta.
Verdades e falácias,
Amores que vivem pra quem?
De palavras e rimas, dedico a mim,
Não há você, essa é minha forma de viver.
A história dos Desastres no Brasil é escrita com o peso da tragédia e a tinta da negligência, onde a falta de Gestão de Riscos mata mais que a própria catástrofe.
Breu
Desiludi as brancas folhas
gastei tinta
foi apenas premonição
os oráculos não respondiam
foram-se as folhas
foi-se a tinta
não havia inspiração.
...pousa na tua lapela a gota de tinta
toca-a com teus dedos mágicos
como reges teus músicos...(para cantar com a cítara )
Escreve um grande poema!
Mas fá-lo, sem tinta...
Sem rima...
Sem tema...
Sem palavras,
Sem poesia...
Sem métricas!!!
Nem fantasia.
Antes, teu ser, o escreva,
Amando, teu próximo...
De modo, que esse poema, ele em ti veja...
E diga:
Este ama...
E não me engana!
O barco
Juntos somos fortes!
Somos arco, flecha, tacape, tinta e Maracá.
Navegamos em um barco;
Onde todos têm de remar;
Onde todos têm de um ao outro respeitar;
Onde todos têm de um ao outro proteger;
Onde todos têm um comando à obedecer.
Esse barco é a família!
Prato quente e apimentado;
que por vezes engolimos com lágrimas
nos olhos.
Mas, sem ela não nascemos;
Sem ela não acontecemos;
É com ela que contamos até a exaustão.
E, a ela deve os nascedouros toda a gratidão!
☆Haredita Angel