Tinta
Suor dos teus poros borrando a escrita,
A Tinta que Fere em Frases Avulsas,
Histéricas, concretas, poéticas, precisas.
Tinta que Fere em Frases Avulsas
Apinhadas de impropriedades,
Minhas poucas impressões,
São expressamente inapropriadas.
Nada nos pertence, pertenceu, pertencerá,
Tudo ficará suspenso, sem receio dos divórcios,
Quando formos embora, de novo.
Só há o cheiro do mato cortado,
A garoa que bate na terra e molha,
Lavando a poeira sufocante que cega,
Deixando o mormaço que aquece as folhas.
Suor dos teus poros, borrando a escrita,
A Tinta que Fere em Frases Avulsas.
Tua dedicação afogada em pântano,
A lamuria insistente teu único canto.
E último.
Nessa persistente desistência,
Desistente persistência, desistiu de nós,
Ou será que nós desistimos dela.
Não há mais a quem recorrer,
Afinal, somos nós a decorrência.
E a isso se referia, A estúpida e sábia profecia.
Solidão não é calor,
É tinta sem cor,
Um corpor sem dor,
Um jardim sem flor.
Um laço sem nós,
Um grito sem voz.
Solidão é tudo
que tenho sem você.
TINTA A PINTA
Toma a tinta, pintor e pinta
... As pintas da minha janela
colorindo-as com essa tinta
do tinteiro sempre d'ela.
Eu já perdi minha cromática
estou sem degrade e sem cor
meu amar, foi uma chibata
que cutelou o meu amor.
Agora perdi o horizonte
e sem o ramalhete do rei sol
não colorearei os montes.
Estou opaco nos rascunhos...
Rabiscos, com altos relevos
sem tato sem ar nem punho.
Antonio montes
Uma hora ou outra,
você para de tentar colorir a vida dos outros,
Justamente porque a sua tinta acabou!
Pessoas
Pessoas não são folhas em branco
A qual riscamos com tinta ou grafite
Uma pessoa é como um viajante
Levando consigo sua bagagem
Onde traz sua leitura de tudo existente
Fazendo a compreensão do mundo existente
Revelando através da escrita o conhecimento
Explicando o mundo
Intensificando o senso político
Revelando sonhos
E no contexto da vida, troca experiências.
.
Eu continuo aqui. Cabelo branco da tinta
que escorre do teto.
Nunca fui um bom pintor.
Nem mesmo de paredes,
como agora.
Tento cobrir o amarelo do passado...
Duas, três demãos e ele insiste, recalcitrante,
no fundo...
Tenho até o feriado.
Depois da bagunça e dos retoques
eu irei embora.
Minhas mocinhas ruminam
à minha espera.
Elas engordam sob meus olhos.
Pena não viverem nas metrópoles,
como na Índia.
Pena...
Saudades de brincar
com crianças
que não nasceram,
saudades inatingíveis...
Mestre Sala
Vai mestre sala
Risca o chão de poesias
Hoje você tem nos pés
A tinta para escrever na Avenida
Desliza sobre esse chão
Dá seu show à parte
E com toda a sua arte
Dança com o coração
A platéia te espera
Luz, holofotes, flashs
Já não existe mais teste
Agora é com você!
Vai mestre-sala
Com seu gingado
No rosto um sorriso estampando
Nas pernas o mais lindo bailado
No ritmo da bateria
Envolve todo esse povo
Faça o coração bater forte de novo
Porque hoje é carnaval
E aquilo que você escrever na Avenida
Tenha certeza se tornará imortal!
Ao Amigo Everaldo de Jesus.
Eu gosto de beijar na boca, principalmente a boca. Como se eu quisesse imprimir à tinta as digitais dos meus lábios nos dela, para que ela nunca mais pudesse negar que eu estive por ali.
Nada de fazer planos, deixe em branco as folhas da sua caderneta para que a tinta do tempo possa escrever novas histórias. Planos são as primeiras limitações para o amanhã, melhor saborear o vazio salgado do oceano que gastar suas energias retesando as velas do barco. Deixe o universo guiar seus dias como o vento que leva o barco a vela para um paraíso nunca encontrado pela humanidade. Não limite o amanhã, experimente as propostas do universo.
A maior declaração de amor já feita, não foi feita em pedaços de papel ou tinta, mas foi feita mediante uma cruz.
Flores belas, belas vêm,
Colorir que não tem
Tinta pra pinta a tela
Cena bela cinderela
Flores belas pra ela
Pra ela todo meu amor
Se o que te faz feliz
Faz bem de mais
Se merecer porque fugir?
Se lutar briga
Pra vence no fim
De tudo o que conta e ser feliz
Senti a brisa no rosto
Relaxa vem dança
O que mais quero nessa vida
É poder Te amar
Senti a brisa no rosto
Relaxa vem dança
O que mais quero nessa vida
É poder Te amar
Flores belas flores vivas
Flores lindas de alegria
Flores murchar pobrezinha
Perdera sua poesia
Sem virtude sem valor
Afanaram sua cor beleza e sorriso
Tão vil que nem o próprio lixo quis
Debaixo dos lençóis e nos
Foi a bela numa tela retratada
Sem a fera
Vira arte aplaudia
Pra muitos e só quimera
Flores ricas tão bonitas
Mas pobre de alma triste
Sonhos lindos que findaram
Frustração drama e dor
Quantas flores em velório
Não tiveram comoção
Como assim? foi assim pivete
Que tudo começou
Os guerreiros aprenderam a tira força da dor
Com todas as cores e
e versos, tons e luminosidade.
Me responda com sinceridade; Qual foi a tinta
que enfim te Colibriu?