Tinta
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio.
Gentileza
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta
Quando já não havia outra tinta no mundo o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo.
Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem voz nem nascente.
Folha, papel, um branco sem cor
esperando tinta que vem compor sentimento,
poemas e até varias cartas de amor.
Letras, palavras, frases que vem expressar,
o sentir, o querer, o sonhar, o amar.
Papel, tinta e o sentir
quantos poemas nasceram assim.
Poema é corpo e razão
que dão forma ao sentir do coração.
O poeta então, é mero servidor do papel
da tinta e do sentir
para com as letras, palavras e frases
poder formar
um novo poema que há de brilhar.
Escrevi poema de rima e beleza
Diga a ela que sirva a mesa, seu sonho de amor
Recoloquei tinta na minha aquarela
A mais bela pintura, você traduzida em cor
Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais
Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Nem nessas coisas do oriente, romances astrais
A minha alucinação é suportar o dia-a-dia,
E meu delírio é a experiência com coisas reais
Quando você abre o livro, é como num teatro: ali está a cortina. Você a arrasta para o lado, e a apresentação começa.
Acredite, os livros são como papeis pega-moscas. Não existe nada melhor para grudar lembranças do que páginas impressas.
Quando você leva um livro em uma viagem - disse Mo quando ela pôs o primeiro no baú - Acontece uma coisa estranha: o livro começa a colecionar lembranças. Depois basta abri-lo, e você já está de novo no lugar onde o leu. Tudo volta, já nas primeiras palavras: as imagens, os cheiros, o sorvete que você tomou enquanto lia...
Sempre demorava alguns instantes até que ele voltasse inteiramente do outro mundo, do labirinto das letras.
Como se eu fosse ouvida, eu gritei. Como se eu quisesse ser vista, eu gastei papel e tinta. Gastei meus dedos calejados no violão ao som de "Que País é Este?". Rouca demais, pequena demais. Suficientemente tímida pra virar revolucionária de sofá. Eu me revolto com a notícia e mudo de canal. Eu prefiro rir da incapacidade de realacionamento do Dr. House do que admitir a minha própria.
Sempre que estiver cansado da vida, comece a escrever: A tinta é a grande cura para todos os males humanos, conforme descobri muito tempo atrás.