Tijolo
PONTE
Do que ela é feita?
O que a constrói?
Será de desfeitas
Ou tudo o que dói?
Pelo contrário...
É de gestos inesperados
Que saem do horário
E não são marcados.
Tijolo por tijolo
Ferro por ferro...
Se serve de consolo
Lembro que também erro.
Na construção sem projeto
Improvisamos amor.
É difícil ser concreto
Quando se tem alguma dor.
E quando nem sabemos
Em que direção construí-la?
Em qual margem aterrisaremos?
Por onde passará uma fila?
E assim cresce a ponte:
Devagar, mas sem horizonte.
Um pé no ar, os olhos fechados
Sentir gostoso, corações embolados...
Confiança no outro,
Confiança em si.
Gestos mais que soltos,
Causando frenesi.
Cada segundo
Se tornou perfeito.
Parou o mundo...
Nenhum preconceito.
Até que surja
A primeira tempestade.
Parem a obra?
Não, vamos com vontade!
Porque a vontade moverá
Essa inesperada construção.
E o tempo dirá
Se venceu o coração.
Nasce ali o meu sonho de tolo,
Com tanto vislumbre a verdade eu suplanto.
Mas a realidade é pedra e tijolo,
Míngua o sonho e se perde o encanto.
Navego incerto já em desconsolo,
Num mar enfadonho com gosto de pranto.
E se pudesse voltar no tempo?...
Claro que eu voltaria!
Outras escolhas faria.
Mas, isso só aconteceria por eu ter passado o que já passei.
O tempo e as intempéries é que fazem amadurecer a fruta.
Arrepender-me mesmo, só pela acomodação, por ter levado tanto tempo
para encarar que a mudança era inevitável. Quando uma direção faz se perder o rumo, só resta a conversão, recuar já não é possível.
Direita ou esquerda, volver!
Pelo caminho lembranças... boas, às vezes, nem tanto assim...
Lembranças...
Lembrar de não cometer os mesmos erros.
Lembrar que só devo cultivar o que vale a pena para ser bem lembrada,
de seguir sempre com a alma lavada, porque o que fica para depois só a faz encardir.
Boas escolhas, sempre boas escolhas, sem essa de “se chorei ou se sorri”.
A prudência sempre leva ao sorriso; e a emoção, só se for edificante.
Tempestades sempre chegam, mas , também se vão. Tenho é de construir um abrigo seguro, com minhas próprias mãos. Uma grande obra começa sempre com um pequeno tijolo. Tenho tempo, todo o tempo do mundo porque tudo isso depende só de mim.
Experimentando retirar um tijolinho por dia
do muro imaginário que me impede deagir e realizar minha jornada.
Quando a vida vira de ponta cabeça, chacoalha, tritura...
Resta recolher os pedaços, e seguir.
Mas tudo é dor, e o caminho é de espinhos, difícil continuar.
Olha pra dentro, busca tua essência. De cada pedacinho de dor, faz um tijolo...
Pavimenta teu caminho, para um passo de cada vez...
Nunca acaba a dor
Nunca acabam os tijolos
Vida que segue
Tijolo a tijolo
Passo a passo
Nunca se engane, estar vivo é estar com os outros e dependentes entre si. Somos as tramas que se misturam para tecer a vida. Cada um veio a este mundo cumprir sua meta e para isso depende do outro. Não se faz uma guerra sozinho e viver é lutar sempre, cada qual em seu caminho, fazendo o que consegue, pondo um tijolinho a seu modo na construção que irá beneficiar a si mesmo e aos outros.
Se usassem a mesma energia que tentam destruir os outros pra construir o seu castelo, com certeza já teria saído do primeiro tijolinho.
Por vezes irão te odiar sem motivo. Mal sabem as pessoas que direcionam esse sentimento a você que, na verdade, estão ajudando tijolo por tijolo na construção do seu sucesso. E que mais tarde elas mesmas terão inveja dele.
Dia desses, ouvi a seguinte expressão: “Tudo é tão simples!”... Na realidade, o que é simples para alguns pode tornar-se extremamente complicado para outros (é muito difícil, em certas horas, não ser complicado). Mas quem nunca foi complicado ou ainda fez de tudo para complicar?
Muitos veem nos problemas a solução para o crescimento; já outros veem na etapa de crescimento um total descontrole frente aos problemas que terão que ser enfrentados.
O fato é que somos o que construímos, além é claro, da fachada que sempre fazemos questão de reformar... Ela é “a consequência” de nossas mudanças internas; de nossas inspirações; é pura e simplesmente a voz do ADEUS a tudo aquilo que já não nos faz por nós mesmos.
A pessoa mudou, se esculpiu, se lapidou... Mas a forma como as pessoas lhe veem no hoje, é o reflexo de como você gostaria de se ver no passado, ou que muitas vezes, não esperava no futuro.
Tudo foi colocado no lugar que realmente deveria estar. Tijolo por tijolo; valores por valores; concreto por autoestima.
O MUNDO afinal, não seria tão complexo se fosse habitado por seres taciturnos; igualmente se nós não nos subjugássemos tanto.
A vida é como um prédio em construção, onde cada dia levantamos uma parede e cada ano um andar. Nosso futuro vai depender de como assentamos cada tijolo.
Costumamos dizer que estamos em casa ou que vamos para casa, ao invés de dizer que estamos no lar ou que vamos para o lar. A casa faz-se de tijolo e cimento, o lar faz-se de princípios e de valores morais.
É o poder do seu desejo o que define o seu mundo. Naturalmente agindo numa rede de trilhões de desejos e pensamentos paralelos, energia pura.
Fique focado.
Mantenha o seu império mental firme.
Não estranhe se demorar, até um grande castelo é construído tijolo por tijolo.
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