Tia para Sobrinha
Última visita
Dedicado à memória de minha tia Lea (*)
Em férias na Colônia dos funcionários públicos localizada na cidade de Amparo (cidade em que nasceu a família Giovanni Fratini - para os íntimos, João Arquimedes Fratini), dirigi-me à cidade de Campinas para encontrar minha irmã Marisa e, assim, realizar uma visita à tia Lea, que se encontrava muito enferma.
Foi a última visita, ocorrida durante um verão causticante que, apesar dos estragos, desejava-se chuva forte o tempo todo.
A viagem foi calma até chegar ao local, à casa que desconhecia. Somente o coração ia apertado, pois já sabia que seria a última visita. Se lembro corretamente, há oito anos não nos víamos. Eu só tinha as informações passadas pela minha irmã Marisa.
Relutei em ir visitá-la, pois sua doença me faria voltar no tempo e a me deparar com minha mãe, com meu avô e comigo mesma.
A morte das pessoas que amamos tem esse poder: fazer-nos refletir sobre o nosso destino, a nossa sorte e a nossa própria morte.
Preparei-me tanto para esse encontro que, devo dizer, não fiquei chocada, apesar de não mais reconhecer a minha tia.
Fisicamente ela não era mais a Lea Fratini. Mas havia mais que a sua parte física ali presente: pude reconhecer o seu tom de voz, os seus trejeitos, a sua aura, seus verdes olhos e relembrar da minha infância.
Foi com ela que aprendi a andar de bicicleta, a cair, a me levantar das quedas, a saber que as moças namoram e se casam, da meiguice e beleza femininas e quão complicada é a relação de subserviência das mulheres com seus maridos.
Apesar dos oito anos que não nos víamos, sempre a encontrava em meus sonhos, na sua antiga casa onde a avó Telesphora morava.
Observando o ambienta da casa de Campinas, impressionou-me mais o sofrimento estampado no rosto do marido, o tio Altemio. Tão abatido, que dava dó!
A tia ficou feliz com a presença de suas duas sobrinhas e pôs-se a contar parcialmente o sucedido com sua doença, uma triste história de descuidos médicos, da falta de um olhar profissional e mais humano.
Sucedeu que, a má digestão e as dores de estômago que sentia, não era caso de orientar a comer bagaço de laranja para ajudar na digestão, como o médico erroneamente recomendou... Calada, traço comum das mulheres Fratini, demorou para perceber que os bagaços não ajudavam, dando-se conta, mais tarde, que o caso era pior do que o imaginado por perceber que suas dores só pioravam...
Atendida na UNICAMP, por médica conhecida, seu caso foi encaminhado para cirurgia, mas não informaram minha tia sobre o real estado da doença que a acometia... Durante a cirurgia, os médicos perceberam que já era tarde demais para quaisquer intervenções, pois o câncer que a acometia, assim como ocorreu com meu avô, seu pai, havia se expandido pelo sistema digestivo. A equipe médica, então, resolveu cortar as ligações nervosas para que ela não tivesse muitas dores...
Toda essa parte da história foi contada por meu tio e primos, pois ela desconheceu a doença até a sua partida deste mundo.
Voltando à visita... Ela estava extremamente magra e reclamava, dizendo que não conseguia comer quase nada e não entendia o que estava acontecendo com ela, pois não tinha apetite e emagrecia a olhos vistos. Confiava não ter algo mais grave porque não sentia dores...
Seus olhos resplandeciam como dois faróis verdes a nos suplicarem por informações da doença... e nós, suas sobrinhas, respeitando a decisão dos familiares, dizíamos que tudo deveria melhorar mais adiante...
Doía o coração ver aquela linda mulher, uma das mais bonitas que já havia cruzado meu caminho, definhar daquele jeito...
O calor de cerca de 35º nos derrubava. Suávamos a olhos vistos. Nossa tia também. Suava e se abanava o tempo todo. E aquele derretimento de líquidos nos assustava, dando-nos a impressão de que toda a energia de nossa tia fosse sendo eliminada em nossa frente.
Ela pedia água gelada, algo que a fizesse refrescar... Seus olhos, o órgão mais lindo e comunicativo que possuía, implorava-nos!
Eu e minha irmã não sabíamos o que fazer. Ajudávamos abanando-a também. De repente, nossos olhos se cruzaram e surgiu uma ideia do gênio antigo da garrafa:
__ Sorvete de limão! Sorvete de palito de limão!
Propusemos essa ideia à sua decisão. Imediatamente ela aceitou. Seus grandes olhos verdes cintilaram.
Saímos correndo, então, em busca da padaria mais próxima para comprarmos os deliciosos sorvetes de palito, sabor limão.
Felizes com a ideia e com o achado, compramos vários palitos e voltamos em disparada para a casa de nossa tia, que nos aguardava, ansiosa, para tomar todos os sorvetes que conseguisse.
Foi uma festa abençoada!
Tia Lea, enfim, conseguia comer. Melhor, degustar algo fresco, gelado, azedinho e doce, remetendo-a a velhos tempos em que tudo podia comer.
Seus olhos brilhavam de prazer e agradecimento pela ideia e pela oferta!
Provavelmente, este tenha sido seu último regalo, pois, semanas depois, nossa tia nos deixaria, retornando à Casa do Pai Maior, ao plano em que todos nós, um dia, voltaremos para nos reencontrarmos – se permitido for.
Foi uma visita difícil, mas alvissareira. As almas se encontraram e partilharam suas lembranças, o amor existente entre elas e a sabedoria de que, nesta vida, tudo passa e outros mundos aguardam-nos do outro lado de fronteiras invisíveis, pois nossos carnais e mortais olhos ainda não sabem vislumbrar este mundo daquele outro mundo, o verdadeiro.
Na partida dela deste mundo, eu e minha irmã sabíamos que, minha mãe, com certeza a aguardaria, pois desde jovens combinaram de morarem juntas na velhice, mesmo que fosse em alguma casa de repouso, dada a irmandade que as unia como cunhadas.
Boa viagem minha tia. Um dia nos encontraremos novamente.
Da sobrinha que jamais a esquecerá, Hidely Fratini,
Janeiro de 1996.
(*) Relato em parte realizado através da memória da sobrinha que este artigo escreve.
Meu Amor Maior
Deus! Ele, sim! Ocupa o primeiro lugar!
Mas, há espaço para gente importante
o meu coração - ocupar!
Destes, destaco uma,duas, três, quatro
ou mais.
Mulheres que enche meu ser de alegria.
- Mãe, tia, filha, neta e esposa;
flores lindas de meu jardim.
Sou entre os seres, o mais feliz dos homens
pela dádiva preciosa de amar
e ser amado.
São pérolas, que me enobrece
e sei que, na minha pequenez sou aquele que
nem tanto bem, assim merece.
Mas, que a Deus agradece pela gratidão
de ter pessoas tão importante
fazendo morada em meu coração.
FEJUCA COM O JOCA(RAP DA FEIJOADA)
Chega Léa traz a sua feijoada
Na balada vamo nóis
Chega o Joca pra embalar(Ai!)
Fejuca com feijão! Fejuca com agá!
Na hora da lage o bicho vai pegar!
Bota a panelá pra girar
Com a Tia Léa fejuca boa
Vídeo Show vamo lá...!
Encomenda a bordo
Estava eu e a minha irmã, num belo domingo, numa manhã ensolarada em casa, quando meu pai pediu para que fossemos levar uma encomenda para a tia Cida.
Tia Cida, era muito querida por todos da família, muito calma, serena, tranquila e muito legal, tanto que no momento que ele propôs a ida até a casa dela, lógico que aceitamos prontamente.Ela morava um pouco distante da cidade, tal fato que tivemos que ir de ônibus até lá.
Embarcamos no transporte coletivo, sentamos no último banco, e qual foi a surpresa, a cada lombada ouvia-se o cacarejar de galinhas, claro que todo mundo ficou curioso procurando onde estavam elas. Eu e a minha irmã encolhíamos no banco, tentávamos nos esconder a qualquer custo, fazíamos de conta que nada estava acontecendo.
Minha irmã, de repente deu um salto e ficou em pé, assustadíssima com medo de passar o lugar de descer, pois o sítio da tia Cida ficava numa rodovia, não tinha casas perto e naquela época éramos crianças e não saberíamos como fazer se descêssemos no lugar errado, ficaríamos sem rumo. Foi então que ela se encheu de coragem e logo perguntou:
-Por favor, motorista gostaria de saber se já está perto do motel, porque tem duas galinhas aqui que não veem a hora de descer. Claro, que ninguém sabia que nossa tia morava em frente ao motel e na sacola tinha a tal das galinhas!
Lembro-me como se fosse hoje, minha cor branca, instantaneamente foi ficando vermelha, todos os olhos se voltaram para nós duas. Que vergonha passamos, pois quem iria adivinhar que a tal das ‘’galinhas’’ estavam na sacola e essa encomenda era para ser entregue a nossa tia. O motorista respondeu que já estávamos perto do local. Descemos do ônibus, claro com as galinhas na sacola, chegamos à casa da tia Cida ainda com o rosto pegando fogo e entregamos a tal encomenda.
Elisangela de Ávila Queluz
Só ele tem o sorriso que faz meu coração derreter
e os olhos de amêndoa que fazem refletir o quão bom é ser criança.
A tia deseja que você cresça,
cresça sem perder a inocência
cresça sem perder a capacidade de perdoar
cresça e se torne um homem lindo de alma e espírito.
Mas, por mais que você cresça,
o meu coração sempre irá te caber
Pois meu amor por você é infinito.
Tia ama muito.
O Sobrinho mais lindo
"Mar Privado, Escola VIP: O Show de Horrores da Privatização Brasileira"
Em um país tropical, onde o sol brilha mais forte do que a esperança de um político honesto, surge uma ideia brilhante: privatizar tudo! Porque, afinal, se tem uma coisa que o brasileiro sabe fazer bem, é transformar qualquer situação em motivo para piada.
Imagine só: escolas privadas, com direito a camarote VIP e open bar de conhecimento. Os alunos desfilando pelos corredores com uniformes de grife, óculos escuros e mochilas Louis Vuitton. Afinal, quem precisa de merenda quando se tem um caviarzinho de entrada antes da aula de matemática? E, claro, os professores seriam substituídos por influenciadores digitais, porque nada ensina melhor do que um tutorial de maquiagem no YouTube. Quem precisa de física quântica quando se pode aprender a fazer contorno com um pincel kabuki?
Mas não para por aí! A praia também entra na dança. Agora, para pisar na areia, você precisa comprar um ingresso. Sim, meus amigos, adeus ao nudismo espontâneo! Afinal, quem quer ver celulite quando se pode admirar um belo contrato de concessão? As praias privatizadas teriam até dress code: biquínis de grife e sungas com etiqueta. E, claro, os salva-vidas seriam substituídos por personal trainers, porque afinal de contas, ninguém quer se afogar com o corpo fora de forma. "Atenção, senhoras e senhores, o bronzeamento está liberado, mas só se você estiver usando um protetor solar com fator de proteção igual ao seu saldo bancário."
E o povo? Ah, o povo! Ele se adaptaria, como sempre. Nas ruas, surgiriam os camelôs vendendo “passaportes para o mar”, e os mais espertos criariam um aplicativo chamado “Uber Praia”, com motoristas que te levam até a beira-mar por uma bagatela. "Seu destino é a Praia do Capitalismo Selvagem? Claro, só R$ 99,99 e você ainda ganha um voucher para um drinque de água de coco!" E, claro, não faltariam memes nas redes sociais: “Quando você percebe que a privatização chegou até o seu bronzeado.”
E assim, entre uma selfie na sala de aula e um filtro de Instagram na praia, o Brasil seguiria seu curso. Porque, afinal, somos um país que transforma problemas em piadas e piadas em soluções. Mas, antes de rir, vamos refletir: privatizar praias e escolas pode parecer engraçado, mas é como vender o ar que respiramos. Afinal, já é um direito adquirido em constituição que esses espaços sejam públicos. Talvez, em vez de privatizar, possamos investir em educação e preservação ambiental. Quem sabe assim, um dia, chegaremos a um lugar melhor. Ou pelo menos a um lugar onde a lipoaspiração seja mais acessível do que o ingresso para a praia.👎🏻😉🥳🫶🤣🧐
Mesmo que talvez você nunca seja mãe, te amarei para sempre como se fosse minha. Você não me gerou no seu ventre, mas nutriu amor no meu coração. Eu te amo!
A mor de mãe... Sem igual
B eleza na alma... Sensacional
I rradiante Ser... Deslumbrante
G ratidão por nos acompanhar
A mizade fraternas
I luminada sempre serás
L ivre para voltar
Mourão
Paz no coração
Jesus confortando os nossos corações
O vosso espírito
A nossa essência
Sempre
Eternamente
Amém...
Amigo é aquele que na sua casa, chama sua mãe de tia, é aquele que sempre lhe cedeu um ombro para você chorar, um amigo verdadeiro é a sua própria sombra...