Textos Tristes para Pessoas Iludidas

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Viverei além da poesia,
dos versos tristes
e da ausência de luz,
viverei além das fadas,
além dos fatos
que modificaram
minha alma,
viverei em rimas
alegres e de esperança,
viverei na intensa
força de criança,
viverei a imensa
forma do amor,
viverei a eterna
fórmula de viver.

É natural e saudável ficarmos tristes e sentir dor pela perda de alguém querido. Mas, quando não apanhamos os pedaços e continuamos em frente, é como se uma parte da nossa alma, estivesse incompleta, sentimos um vazio, que nada nem ninguém pode ocupar.
Não perca tempo procurando fora de si o que lhe falta dentro. Enquanto não estiver inteiro, só irá encontrar desilusões e mais frustrações.

Ai, meu povo lindo! Quantas vezes ficamos tristes e pensativos, e de repente o sorriso de uma criança nos diz o que precisamos ouvir? Na vida, é preciso valorizar tudo. E qual é o valor de um sorriso quando não sabemos nem queremos saber o quanto dói uma lágrima nos olhos dos outros?

O tempo passa para todos intermitentemente, e vamos sentir falta das palavras não ditas e das desculpas não pedidas? Então, sejamos como uma moeda: de um lado, nosso rosto; do outro, nosso valor, com o qual pagaremos a vida de uma forma ou outra, pois a conta sempre chega. Porque, no fundo, cada um esconde um pouco de si. E assim, onde queremos chegar mesmo? O que desejamos para hoje, se hoje é um bom dia para começar novos desafios?

Onde queremos chegar? Sonhemos alto, desejemos o melhor das coisas boas para a nossa vida e a dos outros. Pensar assim nos traz o que desejamos, pois o nosso tempo tem pressa, mas o tempo de Deus é perfeito. O segredo é ter calma, dar um passo de cada vez e deixar que Deus cuide de tudo. O futuro vem de qualquer jeito, então por que correr?

Vamos com calma e fazer com que as pessoas nos deixem melhores do que quando nos encontraram, e vice-versa. Para que serve a arrogância e a prepotência mesmo? Onde queremos chegar, se somos tão humanos quanto os outros?

E com o sol nasce mais um dia,
Porém minha mente permanece escura,
Mergulhada em tristes sombras busco em mim formosura,
E em meio as tristezas encontro alegria

Se estava triste, por que sorria?
A felicidade mundana não dura
Como o gosto doce da rapadura
Um liquido salgado dos olhos escorria

Dia e noite sinto tristeza
Dos amigos recebo arrogância
E da família frieza

Começa a guerra pelo fim da ignorância,
Mas parece coisa da natureza
Gente arrogante nesse país temos em abundância .

- TRISTES BADALADAS -
(Aos sinos da Velha igreja de
Santo Antão em Évora)


Batem Tristes, magoadas
Madrugadas, badaladas
Na igreja de Santo Antão
E a minh'Alma nesta Praça
Não se cansa e abraça
Cada instante de solidão!

Há um pedinte que passa
De olhar triste, sem graça
E soa o sino no torreão
Ai que triste Madrugada
Junto às velhas badaladas
Da igreja de Santo Antão!

Tudo passa, tudo sofre
E até daquele pobre
Que se arrasta pelo chão
Sinto passos e tormentos
Que me vem dos lamentos
Dos sinos de Santo Antão!

E oiço uma badalada
Oiço duas badaladas ...
Morri! Parou meu coração!
Batem tristes, magoadas
Madrugadas, badaladas
Na igreja de Santo Antão!

"São em horas que nos encontramos tristes, que surgem os diversos e melhores pensamentos, tanto para a solução de um problema momentâneo, quanto para encontrar-mos os melhores caminhos e saídas para coisas que as vezes pensamos ser quase impossível de mudar...., mas a questão é totalmente essa, a força e a fé que vem de outra sintônia, que nos faz querer superar essa mínima chance de conseguir-mos vencer, e mostrar que podemos ser melhores e fazer toda a diferença.....
Apenas não desista, tenha fé e lute para superar cada obstáculo."

A vida é feita de altos e baixos, momentos tristes e momentos felizes, e feita também de grandes amizades, loucuras de amor, grandes besteiras tudo isso e uma vida.
Saber viver e o mais importante, do que me vale uma vida sem aproveitar tudo de bom q têm nela, tantos as coisas boas tanto as ruins fazem parte da vida.
Os grandes amores Também fazem parte da vida e as grandes decepções Também, Amar é muito bom não tem coisa melhor, saber que tem alguém que se preocupa com você, saber que você e a razão de viver pra essa pessoa, ter alguém para desabafar quando tudo parece que está desabando.
Amar faz parte da nossa vida, quem nunca amou mesmo não sendo correspondido. Somente admirando a pessoa que se ama a distância? Mais é tão bom amar publicamente pra todo mundo ver e ouvir, pra você poder gritar pros 4 cantos do mundo q você ama alguém.
Mas as decepções Também acontecem fazem parte da vida, quem nunca levou um fora? As decepções de certa forma ajudam a fortalecer as pessoas as decepções nos ensinam a viver, ensinam que nem todos são como imaginamos, ensinam que as pessoas mudam, faz parte do seu modo de vida, se aprende que a mentira não leva a nada e que as vezes nós erramos em nossas escolhas, e que esse erro é normal todo mundo erra, A gente se torna mais experiente, Aprende que decepções não ensina a viver.

Mesmo havendo dias tristes onde resmungar é inevitável viver, ainda assim, é impagável. Milagres acontecem todos os dias, e certos dias mesmo que, tão simples se tornam verdadeiros milagres por terem sorvido gostos tão especiais ...por nada!
A felicidade é sutil, ela sorri tímida, se veste basicamente, de andar suave, quase flutuante. Olhe para o alto todos os dias, queira muito, enxergue longe, mas não se prive das pequenas coisas, são elas que nos fazem sentirmos grandiosos.

RECIBO UM QUATRO QUATRO


Em dias tristes lembro-me daquela mãe:
O brilho no olhar
O coração apertado
A boca seca lambendo o sal
O pesar de não ter podido ir além.

Cinco bocas;
Cinco vidas;
Cinco histórias;
Cinco futuros;
Uma só certeza.

Tanta gana
Tanta esperança
Falta quase tudo!
Falta esperança.
Mas, não falta gana.

Lutando se esquece momentaneamente dos problemas
Algumas horas com a família
Alguns momentos com os amigos
Uns poucos segundos de felicidade
Uma vida inteira de necessidade e privação.

Sozinha, os sábados são intermináveis
É acometida pela tristeza
Momento de reflexão cruel.
Como se já não tivesse sofrido o bastante!
Ainda se martiriza, como pode?

Chega o domingo:
A esperança se renova
Crianças correm brincam se mostram
A mãe se esconde se perde se acha.
E esse brilho no olhar!

Olhar de quem protege
De quem cuida
De quem ilumina caminhos
Olhar cansado da vida inteira
Olhar cego a si mesmo.

O coração está trancado
Um paredão se ergueu
O frio das geleiras se instalou
Amar não é mais possível
O coração agoniza.

E de repente mãe!
Forte, triste, só;
Independente, feliz, solitária...
Pronta para tornar sua prole digna.

⁠Never More

I

Não te perdoo, não, meus tristes olhos
Não mais hei de fitar nos teus, sorrindo:
Jamais minh’alma sobre um mar de escolhos
Há de chamar por ti no anseio infindo.

Jamais, jamais, nos delicados folhos
Do coração como n’um ramo lindo,
Há de cantar teu nome entre os abrolhos
A ária gentil de meu sonhar já findo.

Não te perdoo, não! E em tardes claras,
Cheias de sonhos e delícias raras,
Quando eu passar à hora do Sol posto:

Não rias para mim que sofro e penso,
Deixa-me só neste deserto imenso...
Ah! se eu pudesse nunca ver teu rosto!

II

Ah! se eu pudesse nunca ver teu rosto!
E nem sequer o som de tua fala
Ouvir de manso à hora do Sol posto
Quando a Tristeza já do Céu resvala!

Talvez assim o fúnebre desgosto
Que eternamente a alma me avassala
Se transformasse n’um luar de Agosto,
Sonho perene que a Ventura embala.

Talvez o riso me voltasse à boca
E se extinguisse essa amargura louca
De tanta dor que a minha vida junca…

E, então, os dias de prazer voltassem
E nunca mais os olhos meus chorassem...
Ah! se eu pudesse nunca ver-te, nunca!

Auta de Souza
Horto. Rio Grande do Norte: Editora Auta de Souza, 2000.

Tinta com Validade

Na solidão que só em mim ecoa,
Pensamentos dançam, tristes, à toa.
Me perco no café quente, na caneta a traçar,
Um poeta incerto, a vida a decifrar.

Cada verso meu, uma lágrima que se solta,
Sensação de liberdade, a alma revolta.
Escravo de mim, o ego a corroer,
Sanidade perdida, o tormento a crescer.

Momentos de descanso, a mente anseia,
Mas o tempo não espera, sua dança alardeia.
A tinta tem prazo, a validade da arte,
Corro, na eterna corrida, para não perder parte.

Sou autor do meu destino, mas o destino é fugaz,
Na busca da expressão, na vida que se faz.
Cada palavra escrita, um grito de libertação,
Na dança do tempo, a minha eterna canção.

Nesses dias tristes e cinzentos sem você, sem ter você perto do meu olhar, aquele meu olhar que não cansa de olhar o teu olhar, sabe? Aquele mesmo teu olhar que me encanta, que ilumina, que deixa tudo mais claro, sabe? Apesar de nada ser mais claro que meu olhar por teu olhar.
Só queria que ela pudesse me olhar no fundo dos meus olhos e então ela terá meu olhar sem desviar daquele olhar para sempre, e sempre que meu coração desviar, terei o olhar voltado para o olhar do coração dela!

⁠Escrevo

Meu sentimento se perdeu no vento.
Por isso escrevo.
Nos dias tristes, alegria canto... em cada verso, o riso leve descrevo.
O sonho lindamente sonhado...
No papel é cuidadosamente desenhado.
O medo é enfrentado.
O choro... consolado.
Escrevo e fim.
Não importa se toca em você ou apenas em mim.

Ah! Tristes olhos
Por que chora em silêncio a dor que ninguém ver?
Por que deposita tuas lágrimas no oculto do teu vazio?
Por que corre?
Por que foge?
Por que se esconde?
Por que se disfaça?
Quando escuridão cobrir teus olhos e não enxergar mais nada, porque não volta seus olhos ao criador?

Quando ficamos tristes, vem sempre a sensação de nó na garganta, um choro que sai em conta gotas, um grito sufocado que não sai.
Mas sempre chega um aviso celestial que devemos tirar as mordaças, escancarar as guardas do coração, soltar as amarras que nos sufocam e deixar fluir o grito de liberdade
Nossa alma seguirá agradecida!

Nesta noite escrevi...
Os versos mais tristes...
Escrevi seu nome...
Nas chamas...
Escrevi seu sobrenome...
Nas cinzas...
Escrevi seu número de telefone...
Nos cacos de Vidro...
Escrevi seu endereço...
No nó da corda...
Mas seu "te amo"
Esse escrevi no ponto final.

Poeta Solitário

Deus, o deserto e a esperança -

Há momentos de solidão na vida que vivemos,
Horas tristes, tristes horas onde nada nos é dado
Que até parece que do amor nada sabemos
Como nada saberemos da cor do nosso fado!

São desertos dolorosos que atravessamos
Que as vezes nos são tão dificeis de passar!
E onde estão aqueles em quem confiamos?!
Todos nos abandonam, à deriva a penar ...

O que nos resta é dor, cansaço e solidão ...
Virar p'ra Deus nossos olhos cheios de nada
Porque de nada está cheio o nosso coração
Num percurso solitário pela estrada.

Mas quando tudo está perdido vem a luz
Renasce em cada um uma nova confiança
Entrega-te nos braços divinos de Jesus
E vive esse Deus, o deserto e a esperança!

⁠Figueiras Tristes -

Figueiras tristes que se arrastam p'los caminhos,
por estradas, caladas, só debruços,
por pedras, cardos, silvas ou espinhos,
falem entre espasmos e soluços!

Debruçadas, solitárias, sobre poços,
sobre escarpas, no vazio ou por abismos,
Figueiras de quem fogem tantos olhos
nem pássaros vos querem para os ninhos!

Porque nem a vossa lenha se aproveita?!
Porque vos odeia toda a gente? Triste dor!
E nem a vossa sombra nos dá paz e aconchega?!

Mas o fruto da Figueira todos querem!
Nasce da ramagem sem dar flor
como as lágrimas dos tristes qu'inda gemem!

⁠Eu desejei tanto, que acabei perdida.
O que me restou é esse olhar cheio, de histórias tristes e um sorriso confuso.
Havia aquela pintura antiga, com tons em cinza e verde.
Mas levaram tudo de mim!
Tem essa luz que já brilhou, mas agora que está escuro. Não posso, não consigo mais achar o caminho.

Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.
Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites de solidão, noites remotas
Que nos azuis da Fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.
Sutis palpitações à luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.
(...)
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.
Que esses violões nevoentos e tristonhos
São ilhas de degredo atroz, funéreo,
Para onde vão, fatigadas do sonho,
Almas que se abismaram no mistério.
Sons perdidos, nostálgicos, secretos,
Finas, diluídas, vaporosas brumas,
Longo desolamento dos inquietos
Navios a vagar à flor de espumas.