Textos sobre Tristeza
Campos
Um dia falei sobre sementes,
Um dia falei sobre as estrelas
E o fogo que se encontra entre elas, consumindo-as.
Eu sou um fogo consumido,
Eu sou o consumidor.
Sou um frágil senhor de campos,
Sou um questionável agricultor de sonhos,
Sou um terrível semeador da bondade
Sou um péssimo acampante de desejos,
Um desastroso lavrador da realidade.
Uma abominável peça de um jogo,
Marionete dos destinos alheios,
Entregue a misericórdia divina,
Semeador dos mais belos vales de rancor.
Sou a desesperança,
Sou o infinito clamor,
Dividido em um breve conto de desapego.
Eu sou um senhor,
Um péssimo agricultor,
Tudo o que era meu a chuva levou,
Sou uma eterna estiagem,
Sou tudo aquilo que a seca criou.
Gritos no espelho
Já sentiu como se você estivesse gritando para um monte de nada?
É silencioso,doloroso.
O eco apenas ecoa na sua mente.
Você sente ódio de tudo ao seu redor.
De vocês mesmo.
Das coisas ruins.
E até das coisas boas,pois elas te fazem querer viver,e você não quer mais viver.
Dói muito olhar para cada um dos seus amigos,que apesar de terem vários problemas,são mais fortes que você,mais lutadores que você,tem um futuro promissor,e podem facilmente te esquecer.
Você está cansado demais para lutar,para sorrir,para fazer qualquer coisa que não seja pensar em como morrer seria pacífico.
As pessoas querem que você melhore,mas já é tarde demais.
Você está quebrado demais para estar vivo outra vez.
Na vida, tudo são momentos.
Nada segue uma linha contínua, constante.
Tudo começa e termina.
A única coisa que perdura por mais tempo
é aquilo que você valoriza
e guarda em sua mente.
Felicidade, portanto,
é a valorização dos momentos bons.
Tristeza é a valorização dos momentos ruins.
Se você será uma pessoa feliz ou triste
depende apenas daquilo que você valoriza
e guarda em você.
Sem razões
"Sabe aquela hora quando você para, não pensa em nada, não sente nada além de uma imensa vontade de chorar?
Você não sabe o motivo. Mas desaba.
Corre para longe e se tranca. Você desaba. Não se controla.
E o motivo desconhecido escorre pelo o seu rosto feito água corrente. Respirar fica difícil, impedida pelo desespero.
Mas por quê? Para quê?
Às vezes, pensar muito destrói momentos alegres.
É bom, um minuto, esquecer o seu mundo interior e focar no mundo ao seu redor. Apenas sorrir, se divertir pode mudar o que você não sabe o que sente por dentro.
E se o motivo desconhecido te levar a fazer coisas incertas?
A arte de pintar a pele de vermelho.
A dor e o prazer ardem como a lágrima salgada no ferimento.
Tão profundo para algo tão superficial..."
Sobre.
Poucos me conhecem, mas não por completa penso que nem eu mesma me conheço 100%.
Sou muito destemorasa, sem medo algum de prosseguir, há muitas coisas que desmotiva, mas as que motiva supre.
Penso sempre no melhor mesmo estando no pior.
Acredito em dias melhores e que tudo irá fazer sentido, não sei quando e nem onde, mas irei do jeito que der.
Levo comigo o humor e o sorriso, pois com eles poderei criar barreiras para a tristeza, e se ela ultrapassar, tratarei ela bem, lhe mostrarei um pouco do que sou, e se ela persistir em ficar lhe mostrarei a família que tenho, mostrarei o motivo da minha persistência em lutar, mostrarei o meu grande presente em ser mãe e também filha, de ser amiga e irmã, e se ela insistir em dizer que sou ruim, mostrarei o meu sorriso e lhe direi o que há dentro de mim gentileza e amor, pois, isso jamais me faltará.
K.B
Em uma caixa com tampa de vidro sou parte de sua coleção, apenas um entre outros enfeites, atravessado com um alfinete, inerte por não ter opção.
Buscas aumentar o acervo, e de onde estou eu vejo, que nunca...vai parar.
Esta é a visão por detrás do vidro, de teu fiel exemplar sofrido, que segue a secar.
Controvérsias
Te escrevo esta lírica crítica poética
Como um tolo devaneio desta minha mente
Antes tão inerte, agora inquieta
Redijo substantivos e vocábulos
Tão mornos e oblíquos
Afim de encontrar acalento
À esta minha vida, morna e incerta.
De amantes a inimigos
Malditos escravos
De devaneios antigos
De estranhas aversões
Nossos nocivos estragos
Eu queria a calmaria
Do encontro das marés
Queria a melodia
Orvalhada dos ouropéis
Queria não ser tão estático
E poder não sentir
Essa minha dor
Mas não sei se queria
O privilégio de chamar-te de amor
No ápice de minha saudade
Houve um lapso temporal de desespero
Em que sem pudor ou medo,
Infligi a mim, uma dor de total desmantelo
Queimei-me a pele
Por não suportar o queimor que me aquecia por dentro
Meus epitélios pareciam desgrudar da derme
E seu nome não me saía da cabeça
A tu, eu perdi a sanidade.
Nem mesmo todo o tempo que passamos na estrada
Bastaria a compensar as horas que perdi delirando por ti
Queria não ter essa intensidade exacerbada
Mas das rosas que você me deu,
Sou a estragada.
Desvencilhei-me das lembranças tuas
Mas tua foto ainda está em minha cabeceira
Ainda sinto teu cheiro em pessoas alheias
Em minhas andadas rotineiras
Queria ter lembranças como as suas
Boas e puras
Mas nas minhas,
Só fomos dois inconsequentes
Cambaleando sob a linha tênue à margem da razão e da loucura
Beijei bocas das quais não lembro o gosto
Pousei em corpos estranhos, conhecidos e em tantos outros
Mas sempre foi você,
O fogo que me torna imune aos sopros
Estou numa bolha de inércia prestes a ser estourada
Meu mundo rosa tem coloração acinzentada
És parte fundamental desse caos instaurado em mim
E sem você, eu me resguardado
Nada mais vai ser cem por cento
Nada tem a beleza extraordinamente quântica
Linda, leve
Como teu sorriso e teus cabelos ao vento
Minha energia lasciva destruiu teu carro
E a minha sanidade,
Me trouxe os debates existenciais sobre a beleza da ida
Mas se eu não fosse azarada,
Não conheceria quem me ensinou a fórmula de resolução
Ou da destruição de minha vida
Toda a incompreendida chama que juravas ter
Era brasa molhada, fogo de palha
E agora, cobrança de saudade
Que só sobrou pra mim
Junto à esse romantismo ultrapassado
À imensidão de lirismo incompreendido
Você me trouxe de volta à monótona realidade.
Com a dor de ser o que sou,
Acabou.
Acabaram os vocábulos
Todos os numerados fósforos foram queimados
E apagaram
Só restou a fumaça
E a dor reconfortante de quem os segurou até o final.
Serei sua
Enquanto meus versos inconformados e desajustados
Insistirem em ser seus.
Thaylla Ferreira Cavalcante
►A Vida Sem Você
Eu gostaria de escrever sobre você
Pois, a muito tempo deixei de viver
E, contigo eu sentia isso, a vida
A mesma que já não me gera mais alegria,
A mesma que deixou de ter aquela nostalgia.
Aqui, agora, eu não escrevo minha felicidade
Tão pouco minhas aventuras e amizades
O máximo que consigo soletrar é a criatividade,
Aquela que me salva de um mundo de várias faces
De um mundo de pessoas que parecem,
Mas que não são amigáveis.
Eu gostaria de escrever sobre você
Talvez por sentir falta, não sei dizer
Mas, precisa de um motivo?
Talvez eu esteja apenas me sentindo sozinho
Talvez você seja importante para mim
Ou quem sabe eu só esteja cativo.
Ficar observando os carros indo e vindo é uma tortura
Pois, sei que não a verei em um Gol ou Fusca
As luzes da cidade são lindas e me ofuscam,
Enquanto a saudade por ti, chama
Eis que me vejo em um dilema, em chamas
Enquanto sofro a ausência de minha dama,
Da pessoa que meu coração tanto ama
E que se debate de saudade por todas as semanas.
A lágrima que se desprende encontra o outro olho... desperto do sonho recorrente... o coração queima e minha face sente o travesseiro molhado.
Me viro e olho para o teto, a mente tem cenas vívidas, e recordo... os olhos são preenchidos e o pequeno feixe de luz vira estrelas borradas, as lágrimas agora tem direção opostas e escorrem calmamente até minhas orelhas... recuso-me a enxugar o resultado de meus sonhos pois é só uma vítima da minha realidade... viro a testemunha de minhas noites o travesseiro e aguardo o sono aplacar minhas lembranças e me leve novamente a sonhar.
FLOR DA PERIFERIA
Se eu fosse flor
Queria ser flor do caminho
Daquelas que não se vende
Ninguém se preocupa em molhar a raiz
Cresce fincada à terra
Entre espinhos e pedras
Se eu fosse flor
Não gostaria de ser rosa, orquídea
Ou um frágil lírio
Queria ser flor que nasce em ruelas
Em becos
Flor de periferia
Daquelas que passam despercebidas
Rejeitadas
Quando se percebe já se espalhou
Tirou forças da terra seca
Cresceu sozinha
Espalhou sementes
Já não adianta arrancar.
A begônia Silenciada
Cheia de luz
Mesmo com a solidao aflorada
ela sorria para
Encontrar seu noivo em casa
Metrô vazio
Nao sabia que o pesadelo o acompanhava
Um vento sem vida
Uma noite sem estrelas
Poucos minutos que perpetuariam na sua memoria sem vida,
Aquele cheiro
Suor e vomito
Sem dignidade ela perdia seus sonhos
Violentada
Acabada
como um adeus
Aquele homem cujo sobrevivia de dor e desespero das suas vitimas
Olhou em seus olhos de medo e sorriu
Logo atirou
Desfigurada
violentada
Begônia,a flor silenciada.
Subversões
Dias instáveis
qual mar em subversões
é tudo que não queria...
seguir quase insuportável
por ser lobo solitário
em ocasos inconfessáveis...
poluto
e lotado de detritos
confuso
perdido em seus labirintos
no escuro de seu rude imaginário
contrito
com a alma em total conflito
viver
ocluso em seus sentimentos
morrer
escuso em seus marasmos...
O que fazer quando a força for pequena? Como agir, quando não se pode?
Deixar de lembrar é mais difícil do que se possa imaginar.
Errar é uma especialidade do ser humano.
A distância e o tempo pode separar.
Juntos viveriam mais felizes em meio a o desafio de cada caminho.
Um coração sozinho é um coração vazio.
Meu amor, meu mar
Minha inexperiência comedida
Lembra-me tudo que tive
Se o “ser ou não ser” anda em declive
Ou se acentua tua vinda
Me lembras o mar
E toda dor que sempre quero que ele dissipe
E que minha calmaria se antecipe
Nunca sei se pretendes voltar
Porque sou a incompreensão da inconsequência
A ausência deste teu espírito de equipe
Protagonista das histórias que queres que eu participe
Sou a extensão de tua essência
Se mais incógnito que você não há
E se és plebeu demais para ser chamado de príncipe
Meu amor é teu,
E tu decide, mas peço,
Não vá!
Thaylla Ferreira Cavalcante (Voa, passarinho!)
Antônimos
Estou cansada da vida, mas não de viver. Sigo um caminho vazio, cheio de pessoas insípidas. Mais uma noite fria chega com o fracasso das minhas incógnitas.
Estou farto de toda essa lírica crítica, da promiscuidade contida, da hiperatividade distinta e desta patética vida.
Estou farta do que dizem não caber no peito, mas é meu por direito, do que me negam na jornada. Cansada da falta de bom senso, propensa à escuridão, e me permito falhar...
Fecho a porta e escolho deixar-te para trás. Respiro fundo, um brinde a este mundo que não me pertence mais.
Salto para a imensidão, com a tua presença eternizada em meu coração. Tu me tornaste uma prisão em meu peito, fruto de uma dor que não cessa.
Se prometes tudo, e tudo que entregas é nada.
Sala vazia
Ainda penso em você quando a sala está vazia
E te procuro no sofá vendo filmes aos domingos
E quando a sala está cheia, te procuro entre os amigos
Para ver aquele seu grande sorriso que me confortava
Aprendi com o tempo a viver com essa dor
Guardando as lembranças para momentos oportunos
Mas nunca deixando de declarar todo o meu amor
Mesmo que longe você esteja, nos meus momentos noturnos
Suas ações sempre me influenciaram a ser melhor
Através de seus ensinamentos me tornei o que sou
E com essa bagagem em busca eu vou
De encontrar-me e redescobrir-me.
Escuridão
Escuridão
Vem e me dê a mão
Pois a luz que havia em mim morreu
E agora foi você que em mim nasceu
Escuridão
Pegue meu coração
Me faça escravo teu
Pois meu corpo enfraqueceu
Escuridão
Sinto ódio e exaustão
Destruiram o meu eu
E a vida que havia em mim se dissolveu
Escuridão
Me leva à imensidão
Pois meu corpo já morreu
E minha alma junto a ti revivesceu.
Aquele que não amar não conhece a Deus
Quem não ama ao seu próximo na verdade não ama a si mesmo, é um carrasco do seu próprio eu, vive se culpando o tempo todo pelos erros passado. Mas Deus que é amor, ele diz: "não lembreis das coisas passadas, nem consideres as antigas."
Para que você seja um amante da vida é necessário amar a si mesmo, assim se compreende o texto que diz, "amarás ao teu próximo como a ti mesmo."
"Aquele que não ama não conhece a Deus porque Deus é Amor."
Is. 43.18
Lev. 19.18b
Jo 4.8
Teatro de vivas
O brilho de teus olhos...
O sorriso em teu rosto...
A alegria em teu coração...
Onde está? Onde se perdeu?
Quando irá retornar?
Uma grande onda os levou...
Se perdeu nas profundezas do mar...
Sem retorno,sem solução...
Uma vida ensaiada, um jogo de máscaras...
Uma máquina viva.
Alegria, o sentimento anormal que cresce em seu peito
e se torna o seu habitual o sentimento tão pesado
quanto um atravessar de um "parafal" ao mesmo tempo feliz
que pode se tornar seu vazio existencial as vezes falamos
em traços em passos se o humorista alegra todo mundo quem alegra o palhaço?
alegria e bonita quando vc esta feliz ela te revigora
mas dizem que quem mais sorri sao os que mais chora
mas "ce" ja parou pra imaginar um mundo onde todos são alegres
todo mundo tenta todo mundo persiste, eu falo de alegria
mas no fundo estou triste.
- enzo santos