Textos sobre Tempo

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Somos atrasados, somos ultrapassados por nossa pressa
só percebemos o amor a tempo de lembrá-lo
só descobrimos que era a última chance depois de perdê-la
só aprendemos depois que os erros foram cometidos,
que as oportunidades passaram,
que os anos foram estampando nosso rosto;
beijaríamos mais doce se soubéssemos que aquele
seria o último beijo;
gravaríamos a expressão do riso, o som do riso,
a leveza do riso, o porque do riso;
amaríamos mais quem nos importa do que
nosso egoísmo;
amaríamos mais.... e apenas isso nos salvaria
de uma vida comum.

Quanto tempo leva pra gente se refazer de um tombo que nos quebrou em mil pedaços?

De quantas semanas a gente precisa para recuperar o movimento das asas que um dia nos fizeram voar? Em que momento podemos considerar cicatrizadas as feridas abertas na nossa alma? Não dá pra mensurar. Cada qual sabe a tristeza e a dimensão da dor que sente.

Sofrer só seria evitável se a química do nosso universo fosse uma fórmula exata e as pessoas fossem perfeitas. Infelizmente não é assim. Vivemos num mundo em que cada indivíduo luta para viver o seu próprio sonho. Talvez, por isso, e não por egoísmo ou maldade premeditada, sempre haverá alguém sendo excluído de alguma forma dos projetos alheios. Eu sei que isso magoa, mas a vida é assim mesmo. Hoje a gente pode até penar, mas podemos fazer do amanhã um dia ideal para ser feliz.

Por ser assim, inevitável, e por mais que possa parecer um castigo cruel demais para quem só queria ficar bem, o sofrimento acaba se transformando numa espécie de escada para nossa evolução. Todo mundo, um dia, vai saber como é se sentir frustrado em seus planos de felicidade, mas uma desilusão inesperada não é o pior dos mundos. Sofrer é um aprendizado contra os revezes que o destino sempre poderá nos trazer na forma de desagradáveis surpresas.

E se tiver que sofrer, sofra com fé em dias melhores. Não adianta ter pressa, se desesperar e ficar obcecado pelo final de uma fase ruim. No tempo certo ela termina, assim como tudo na vida sempre chega ao fim. Naturalmente, voltaremos a ver a vida como antes, ou até de uma forma mais intensa. Sempre que ressurgirmos das cinzas, ressurgiremos muito mais preparados para enfrentar o fogo das incertezas. Por estarmos vivos, estamos sujeitos a tudo, inclusive a esses descaminhos que fazem a gente perder o rumo da nossa trajetória.

Cair e se levantar faz parte desse jogo sórdido da vida. Não se acostume a superestimar o tamanho do seu tombo, mas aprenda a valorizar o heroísmo do seu caráter. É ele que vai te colocar em pé novamente.

Heroísmo não se refere a uma fantasia que faz a gente parecer indestrutível, mas é o dom que todo mundo tem de poder superar qualquer adversidade imposta pela vida.

Uma garota

Ela é capaz de tudo...
A algum tempo atrás ela não
Sabia do poder que continha em suas mãos
Agora ela acorda e percebe
Que é capaz de deixar o dia mais frio e sombrio
Quente e alegre
Que o sorriso dela ate então não percebido
Era uma fonte de amizade
Que ela podia cuidar de si mesma
É que se ela parece de ligar pra aparência
Coisas mágicas aconteciam
Ela é uma garota
Garotas são capazes de tudo
E agora ela sabia
Que podia conquistar o mundo
Por que ela é apenas aquela garota...
Aquela garota que sabe o que quer...
Aquela que agora vai a onde quiser...
Ela pode e ela é!

(...) Faz muito tempo que você não vem, sei do tempo que você não vem porque guardei no meio das minhas roupas um pedaço daquela maçã que você me trouxe da última vez, e aquele pedaço escureceu, ficou com cheiro ruim, encheu de bichos, até que eles me obrigaram a jogar fora. Acho que os pedaços da maçã só se enchem de bichos depois de muito tempo, não sei. Parei um pouco de escrever, roí as unhas, preciso roer as unhas porque eles não me deixam fumar, reli o começo da carta, mas não consegui entender direito o que eu pretendia dizer, sei que pretendia dizer alguma coisa muito especial a você, alguma coisa que faria você largar tudo e vir correndo me ver ou telefonar e, se fosse preciso, trazer a polícia aqui para obrigá-los a deixarem você me ver. Eu sei que você quer me ver. Eu sei que você fica os dias inteiros caminhando atrás daqueles muros brancos esperando eu aparecer. Eles não deixam, acho que você sabe que eles não deixam. Não vão deixar nem esta carta chegar às suas mãos, ou vão escrever outra dizendo que eu não gosto de você, que eu não preciso de você. Mas é mentira, você tem que saber que é mentira, acho que era isso que eu queria dizer preciso escrever depressa antes que eu me esqueça do que eu queria dizer era isso eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor você não precisa trazer nada só você mesmo você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro ou do outro lado. (...)
Eu acho graça e penso em como você também acharia graça se soubesse como eles repetem que você não existe. Depois eu paro de achar graça e fico olhando a porta por onde não entra o telefone por onde você não fala e me lembro do pedaço apodrecido daquela maçã e então penso que talvez eles tenham razão, que talvez você não venha mais, e com dificuldade consigo até pensar que talvez você não exista mesmo. Mas não é possível, eu sei que não é possível: se estou escrevendo para você é porque você existe. Tenho certeza que você existe porque escrevo para você, mesmo que o telefone não toque nunca mais, mesmo que a porta não abra, mesmo que nunca mais você me traga maçãs e sem as suas maçãs eu me perca no tempo, mesmo que eu me perca. Vou terminar por aqui, só queria pedir uma coisa, acho que não é difícil, é só isso, uma coisa bem simples: quando você voltar outra vez veja se você me traz uma maçã bem verde, a mais verde que você encontrar, uma maçã que leve tanto tempo para apodrecer que quando você voltar outra vez ela ainda nem tenha amadurecido direito.

Creio que, desde muito pequeno, minha infelicidade e, ao mesmo tempo, minha felicidade, foi não aceitar as coisas com facilidade. Não me bastava que explicassem ou afirmassem algo. Para mim, ao contrário, em cada palavra ou objeto começava um itinerário misterioso que às vezes me esclarecia e às vezes chegava a me estilhaçar.

Em suma, desde pequeno, minha relação com as palavras, com a escrita, não se diferencia de minha relação com o mundo no geral. Eu pareço ter nascido para não aceitar as coisas tal como me são dadas.

Como pode alguém em tão pouco tempo se tornar tão importante na vida de uma pessoa assim como você se tornou na minha?
Como pode alguém tomar conta do pensamento de uma pessoa assim como você tomou do meu?
Como pode alguém causar tanta felicidade a uma pessoa assim como você me causa?
Como pode alguém sempre estar presente nos sonhos de uma pessoa assim como você sempre está presente nos meus?
Como pode alguém ser o motivo de tanta alegria pra uma pessoa assim com você é pra mim?
Como pode alguém fazer tão bem a uma pessoa assim como você me faz?
Como pode alguém com um simples toque levar uma pessoa a loucura assim como você me leva?
Como pode alguém gostar tanto de uma pessoa assim como eu gosto de você? Como pode?

INFÂNCIA

Gostaria de voltar no tempo
para de roda brincar
de pião girar
a ingenuidade cultivar
dores, só das quedas
os abraços recebidos
os sonhos vividos
a inocência nos olhos
os poderes e quereres
poderiam ser tirados ali
de um pé de manga, de laranja
de um brincar no riacho
as corridas pra se alcançar uma bola
ah, meu tempo de infância, de criança.

COBRANÇAS

O tempo passou e aprendi que não preciso implorar para que as pessoas me deem atenção. Eu percebi que, mesmo sentido falta, não poderia cobrar por algo que deveria ser espontâneo.

A gente cansa de tratar bem, de se esforçar e dar o máximo para que a outra pessoa se sinta feliz. A gente quer que o outro seja do jeito que somos, que ele faça conosco o que fazemos por ele. Resolvi não mais cobrar algo que deveria ser recíproco.

Assim como ela, deixei de mandar mensagens, das mais fofas e carinhosas até as mais simples. Parei de ligar, de ir à sua casa, pois vi que nada do que eu fazia era suficiente, nada lhe agradava.

Percebi que a importância que eu tinha quando a conheci já não é mais a mesma.
O tempo passou e aprendi que não preciso implorar para que as pessoas me deem atenção.

Sou confusão e gritaria, e ao mesmo tempo, todo o silêncio do mundo. Sou a ansiedade de um desejo sendo realizado, e o medo incontrolável de tudo dar errado – de novo. Sou a preguiça de um domingo a tarde, e a euforia de uma sexta a noite. Sou a vontade de abrir a geladeira, e angustia de ter engordado. Sou um doce sorriso, e uma lágrima quase salgada. Sou uma canção de amor cantada por alguém desafinado. Consegue ouvir?
Sou o que sou agora mas às vezes me pego pensando no passado, e vejo o quanto mudei. O quanto eu fui, e o quanto dexei de ser. E vejo nas marcas deixadas pela parede, tudo que hoje mais odeio em alguém. O destino me deixou do avesso, e agora não sei se é mesmo eu quem estou errada. Deve ser.

Tenho saudades

Saudades de minha infância sapeca, onde ninguém me aguentava;
Saudades do tempo da escolinha, que minha mãe ia me buscar e eu queria ficar mais;
Do tempo em que os adultos faziam trabalhos longe de mim, mas que eu sempre acabava descobrindo e queria fazer junto;
Saudades de minhas travessuras, aquelas inesquecíveis que quando lembro me mato de rir;
Saudades dos finais de semana que passava no sítio, na casa da vovó, das pessoas que cuidavam de mim para eu não aprontar, mas não adiantava.
Das tantas vezes que eu e minha prima brincávamos, brigávamos e aprontávamos muito.
Saudades do tempo que tudo era brincadeira;
Saudades do tempo em que com um pedaço de madeira tentava alcançar o céu;
Daquele tempo em que eu não precisava preocupar-me com nada;
Do tempo em que eu só aprontava na escola, que as professoras chamavam minha mãe na escola, do tempo em que elas não podiam me ver que se desesperavam;
Do tempo em que antes de dormir rezava pro “Anjinho da Guarda” me cuidar, do tempo em que eu tinha medo dos mortos e do escuro;
Saudades do tempo que minha mãe me proibia de assistir “Chaves”, que eu adorava assistir o “Pica-Pau”, melhor desenho que já existiu;
Saudades do tempo que eu queria ser médico, jornalista, advogado, padre...;
Saudades do tempo em que eu não precisava trabalhar e mesmo assim queria e que odiava ter que acordar cedo para ir pra aula;
Saudades do tempo em que as professoras corriam atrás de mim;
Do tempo em que tudo era fantasia;
Do tempo que me escondia para não me acharem;
Saudades do tempo que eu quebrava os canos d’água na casa da vovó;
Saudades...;
Saudades do tempo em que era feliz e não sabia;
Do tempo em que ser “Grande” é que era ser feliz;
Saudade do tempo em que tirava as rédeas do cavalo pra ele beber água e ele fugia de mim;
Saudade dos sábados que passava na casa da minha avó e meu avô me chamava pra almoçar, ou então quando saia de caminhão com o vovô e só incomodava ele;
Do tempo que ligava os carros sem saber dirigir;
Saudades do tempo que eu pensava que a vida era um sonho onde eu tinha dormido e não conseguia acordar;
Saudades do tempo em que eu adorava tocar violão;
Do tempo que desmanchava o rádio pra arrumar ele, mesmo quando não estava estragado, mas depois sim que estragava;
Hoje olho pra trás e vejo que era feliz e não sabia, não sabia aproveitar a fase melhor da vida, e se pudesse voltar atrás, nossa, com certeza teria aprontado muito mais do que eu aprontei, teria aproveitado melhor cada momento;
Hoje sei que o tempo não volta e que basta agora é viver cada momento da melhor forma possível;
Hoje as pessoas olham pra mim e nem imaginam o quanto eu fui uma criança rebelde;
Quando olham pra mim, vêem uma pessoa forte, sempre sorridente e incapaz de magoar alguém;
Vêem uma pessoa cheia de sonhos, que não sabe se poderá realizar todos, mas que fará o possível para realizá-los.
Fui feliz, sou feliz e se ajudei apenas uma pessoa a ser feliz, valeu a pena ter vivido.
Faço minhas as palavras de um dos maiores poetas de nossos tempo, Mário Quintana: “Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena”.

É estranho como estou me afeiçoando a você
Alguém que conheço a tão pouco tempo
Parece mentira, até mesmo para mim
Mas quando paro para pensar racionalmente, vejo que não é
Estou sentindo algo mesmo, não sei o que é, não definirei como amor, não agora
Pois, como disse não sei o que é, mas gosto, gosto dessa sensação
Gosto de lhe enviar sms e você responder (mesmo que demore a responder) eu sei e sinto que irá responder em alguma hora
Acho você engraçado, bobo, besta, idiota, fofo, inteligente, responsável, guerreiro; tudo isso em você.
Quando penso em você, é estranho; afinal és novo para mim, assim como esse sentimento, que não sei explicar qual é.
Mas não temas, não irei te magoar, prefiro ficar aqui quietinha vendo você na câmera, ou vendo suas fotos e escrevendo, do que pensar em te machucar...
Se você chegar a sentir algo parecido pelo menos, me avise, pois estarei aqui do outro lado da tela ansiosa pela resposta, mesmo que demore.

- O tempo é fluido por aqui – disse o demônio.

Ele soube que era um demônio no momento em que o viu. Assim como soube que ali era o inferno. Não havia nada mais que um ou outro pudessem ser.
A sala era comprida, e do outro lado o demônio o esperava ao lado de um braseiro fumegante. Uma grande variedade de objetos pendia das paredes cinzentas, cor de pedra, do tipo que não parecia sensato ou reconfortante inspecionar muito de perto. O pé-direito era baixo, e o chão, estranhamente diáfano.
– Chegue mais perto – ordenou o demônio, e ele se aproximou.
O demônio era magro como uma vara e estava nu. Ele tinha muitas cicatrizes, parecia ter sido esfolado em algum momento num passado distante. Não tinha orelhas nem genitais. Os seus lábios eram finos e ascéticos, e os olhos eram olhos de demônio: tinham visto demais e ido muito longe, e frente ao seu olhar ele se sentiu menor que uma mosca.
– O que acontece agora? – ele perguntou.
– Agora – disse o demônio com uma voz que não demonstrava sofrimento nem deleite, somente uma horripilante e neutra resignação – você será torturado.
– Por quanto tempo?
O demônio balançou a cabeça e não respondeu. Ele percorreu lentamente a parede, examinando um a um os instrumentos ali pendurados. Na outra extremidade, perto da porta fechada, havia um açoite feito de arame farpado. O demônio o apanhou com uma de suas mãos de três dedos e o carregou com reverência até o outro lado da sala. Pôs as pontas de arame sobre o braseiro e observou enquanto se aqueciam.
– Isso é desumano.
– Sim.
As pontas do açoite ganharam um baço brilho alaranjado.
– No futuro, você vai sentir saudade desse momento.
– Você é um mentiroso.
– Não – respondeu o demônio. – A próxima parte é ainda pior – explicou pouco antes de descer o açoite.
As pontas do açoite atingiram nas costas do homem com um estalo e um chiado, rasgando as roupas caras. Elas queimavam, cortavam e estraçalhavam tudo o que tocavam. Não pela última vez naquele lugar, ele gritou.
Havia duzentos e onze instrumentos nas paredes da sala, e com o tempo, ele iria experimentar cada um deles.
Por fim, a Filha do Lazareno, que ele acabou conhecendo intimamente, foi limpa e recolocada na parede na ducentésima décima primeira posição. Nesse momento, por entre os lábios rachados, ele soluçou:
– E agora?
– Agora começa a dor de verdade – informou o demônio.
E começou mesmo.
Cada coisa que ele fizera, que teria sido melhor não ter feito. Cada mentira que ele contara – a si mesmo ou aos outros. Cada pequena mágoa, e todas as grandes mágoas. Cada uma dessas coisas foi arrancada dele, detalhe por detalhe, centímetro por centímetro. O demônio descascava a crosta do esquecimento, tirava tudo até sobrar somente a verdade, e isso doía mais que qualquer outra coisa.
– Conte o que você pensou quando a viu indo embora – exigiu o demônio.
– Pensei que meu coração ia se partir.
– Não, não pensou – contestou o demônio, sem ódio. Dirigiu seu olhar sem expressão para o homem, que se viu forçado a desviar os olhos.
– Pensei: agora ela nunca vai ficar sabendo que eu dormia com a irmã dela.
O demônio desconstruiu a vida do homem, momento por momento, um instante medonho após o outro. Isso levou cem anos ou talvez mil – eles tinham todo o tempo do universo naquela sala cinzenta. Lá pelo final, ele percebeu que o demônio tinha razão. Aquilo era pior que a tortura física.
Mas acabou.
Só que, quando acabou, começou de novo. E com uma consciência de si mesmo que ele não tinha da primeira vez, o que de certa forma tornava tudo ainda pior.
Agora, enquanto falava, se odiava. Não havia mentiras nem evasivas, nem espaço para nada que não fosse dor e ressentimento.
Ele falava. Não chorava mais. E, quando terminou, mil anos depois, rezou para que o demônio fosse até a parede e pegasse a faca de escalpelar, ou o sufocador, ou a morsa.
– De novo – ordenou o demônio.
Ele começou a gritar. Gritou durante muito tempo.
– De novo – ordenou o demônio quando ele se calou, como se nada houvesse sido dito até então.
Era como descascar uma cebola. Dessa vez, ao repassar sua vida, ele aprendeu sobre as consequências. Percebeu os resultados das coisas que fizera; notou que estava cego quando tomou certas atitudes; tomou conhecimento das maneiras como infligira mágoas ao mundo; dos danos que causara a pessoas que mais conhecera, encontrara ou vira. Foi a lição mais difícil até aquele momento.
– De novo – ordenou o demônio, mil anos depois.
Ele agachou no chão, ao lado do braseiro, balançando o corpo de leve, com os olhos fechados, e contou a história de sua vida, revivendo-a enquanto contava, do nascimento até a morte, sem mudar nada, sem omitir nada, enfrentando tudo. Abriu seu coração.
Quando acabou, ficou sentado ali, de olhos fechados, esperando que a voz dissesse: “de novo”. Porém, nada foi dito. Ele abriu os olhos.
Lentamente, ficou de pé. Estava sozinho.
Na outra ponta da sala havia uma porta, que, enquanto ele olhava, se abriu.
Um homem entrou. Havia terror em seu rosto, e também arrogância e orgulho. O homem, que usava roupas caras, deu alguns passos hesitantes pela sala e parou.
Ao ver o homem, ele entendeu.

- O tempo é fluido por aqui – disse ao recém-chegado.

Desabafo de segunda (em um sábado)
Tem coisas que a gente só entende depois de muito tempo, e então olhamos pro céu e agradecemos a Deus por não ter dado certo, e nos desculpamos pelas inúmeras vezes que o culpamos por acontecimentos que não saíram de acordo com o que havíamos desejado ou planejado.
Um dia no futuro, ou mesmo hoje vamos olhar com perspicácia para o passado e entender que aquelas malditas frases feitas que circulam por redes sociais ou sites de busca eram mesmo verdade e vamos concordar que O que muitas vezes pensamos que era para nosso bem Deus tinha certeza que não era, então vamos ser capazes ou Não de ser humildes para reconhecer a tolice em ter acreditado em nossa própria ignorância.
O tempo é um amigo verdadeiro e imperfeito, as vezes ele traz dores mas sempre as recompensa com felicidades, basta termos paciência. É estranho olhar pra trás e ver que algo que você jurou que um dia te faria feliz hoje te causa um sentimento sem nome, é uma sensação que varia entra os extremos do alivio e da pena. De vez em quando faz bem dar uma remexida no passado pra ter a certeza que hoje vivemos apenas o presente, embora tudo tenha valido a pena.
Tudo passa, mas o aprendizado fica! Felicidade é agora...

HÁ AMIGOS MAIS CHEGADOS QUE IRMÃOS
O amigo ama em todo o tempo. E, amor não não é conivência. É melhor a ferida feita pelo amigo do que a bajulação do hipócrita. O amigo prefere o desconforto do confronto ao conforto da omissão. O amigo está ao seu lado mesmo quando todas as outras pessoas já se foram, pois há amigos mais chegados que irmãos.

Dando um tempo do cotidiano, das mesmas caras e sorrisos;
Dando um tempo de você e de seus disparates;
Dando um tempo de tanta hipocrisia e falsidade.
Estou me mudando para o país do fodas;
Onde ninguém liga para o que os outros pensam;
Onde só o que realmente importa é estar bem consigo mesmo.
Isso não é recuar, muito menos amarelar. Pelo contrário, estou fazendo um bem imenso a todos ficando alheio ao que acontece. Poupa-me da “chatice” de opinar e receber olhares tortos. Agora eu estou na fase do “dane-se”. E sinceramente? Nunca me senti melhor.
A monotonia não me é mais útil. E se alguém me julgar pelo meu novo jeito de ser. Responderei com o melhor dos sorrisos: FODAS!!

Meu filho,
Perdoe a minha ausência
Seu pai queima o tempo
Para te trazer a comida

Perdoe o meu cansaço
Perdoe a minha impaciência,
Fruto do fel de cada dia

Perdoe a minha ignorância,
Não tive tempo.
Perdoe meus amigos,
Que perderam a esperança
De me ensinar sobre o amor.

Perdoe a minha dúvida em relação a sua mãe
Perdoe o flerte das minhas palavras
Que só dão voltas quando querem atingir o alvo

Perdoe meu olhar pesado
Perdoe o meu abraço duro
Perdoe o meu sorriso guardado
Perdoe aquele a quem a vida só deu trabalho§

Reflexão do Dia

Cada coisa no seu tempo...
(Eclesiastes 3)

Como é difícil esperar pelo tempo de Deus, ainda que a Palavra nos fale que há um tempo para cada coisa debaixo dos céus. Que há tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou. Aqui dentro, no nosso coração, existirá sempre uma incompreensão, uma resistência em compreender e aceitar. Por isso, quero elevar meus pensamentos a Deus nessa manhã e pedir com todas as minhas forças que Ele me ensine a esperar por esse tempo, que Ele me dê paciência e sabedoria para compreender os propósitos Dele para a minha vida e sobretudo que Ele abra minha mente e meus olhos para que eu possa ver, aceitar, compreender as boas-novas.

Eu queria poder dizer tudo que eu sinto, mas é difícil quase impossível, precisaria de muito tempo, até eu conseguir decifrar meus próprios sentimentos. Talvez ingênua demais, ou criança demais para um garoto? Ouvi falar dentro de mim, que sem alguém eu não vivo, me perguntava como não conseguiria viver por falta de alguém? Quem poderia tirar, tanto a minha atenção ou fazer meu coração parar por apenas um sorriso, eu seria boba demais se não vivesse por causa desse alguém, mas infeliz demais se um dia eu o perdesse! Mas, por quê? por que eu precisaria dessa pessoa para viver? refleti... e tive a vaga lembrança, de que essa pessoa me fazia feliz, que não seria feliz com mais ninguém, e que sou hoje assim como sou graças ou culpa dessa pessoa, que por apenas um olhar eu me encantaria! Sera que um dia eu tivera mudado o coração desse certo alguém, ou apenas o roubado? Esses dias eu percebi que alguém tinha uma espécie de ligação comigo, mas que ligação?
Sera um colar, pulseira, anel ou qualquer coisa desse tipo? Eu acho que não, mas o que seria essa ligação que me traz sintomas de qual eu não sei de onde vem? acho que essa ligação tem nome! Esse nome é amor! Amor? Qual sera a tradução? um dia aprendi que você não tem que tentar traduzir algo, mas apenas sentir! Como o amor, ele não tem tradução nem explicação, apenas é sentido! Eu sinto algumas coisas estranhas, mas não sei como explicar! os sintomas disso são as vezes, dor de cabeça, aperto no coração, coração acelerado e falta de ar! O que sera isso? Gripe? ataque cardíaco? Um dia me disseram que esses são sintomas de paixão! Mas por que esses sintomas tão estranho? E a resposta logo veio, sentiria dor de cabeça, quando sentisse ciumes, aperto no coração quando passasse por alguns segundos pela minha cabeça a possibilidade de perder alguém, mas quando eu visse uma pessoa meu coração aceleraria de tal forma, que nem os sábios poderiam explicar, como também os médicos não poderiam explicar, o porque me faltava o ar quando eu falava com uma pessoa! Mas isso é o que eu sinto as vezes, o que eu sinto toda hora, é algo diferente, mas especial ao mesmo tempo! Os sintomas são dor na bochecha de tanto sorrir, problema na vista, via tudo colorido, tudo com pitada de romance, sem conseguir falar eu precisaria ir em um fonoaudiólogo, pois toda vez que eu tentava falar com uma pessoa, eu tropeçava nas palavras, ou falava até demais, e o pior de todos esses sintomas era que quase todas vez eu desmaiava, mas isso só acontecia quando eu sentia um cheiro, algo que me deixava tonta, mas que me fazia bem! Então um conhecido meu me disse que isso sem duvida seria amor, e do qual eu só sentiria esses sintomas quando eu visse uma pessoa, do qual me atraia o olhar, e me fazia viver mais do que eu já pensei em viver!
Depois de ouvir essas palavras descobri de quem eu na verdade sentira tudo aquilo, lembrei que essa pessoa é a razão do meu viver, meu ar o meu querer! E descobri que eu amo essa pessoa, mais do que eu já sonhei em amar alguém, e que toda vez que eu sorria era porque meu pensamento estava focalizado nessa pessoa, eu também descobri que sou feliz por que amo; amo sem querer, sem pensar, sem imaginar, amo por sonhar, mas não amo só por sonhar amor por realizar! E só uma frase poderia expressar tudo o que eu sinto. Eu te amo!
Escrito por: Fernanda Corbani
para Lucas Eduardo.

Ânimo! É só mais um ano!

Ânimo!
O tempo passa para todos…
e um aniversário a mais não vai fazer tanta diferença para alguém tão especial como você.
Pense que é só mais uma velinha que se apaga no seu bolo,
porém, um ano a mais que se acende em sua vida!
Parabéns!
Desejo para você toda a felicidade do mundo!

[ O Amor ]
O tempo nos trás e leva várias coisas, uma delas é o amor. Quem em algum momento da vida amou, mas não foi amado? Não existe aquela pessoa, feita especialmente para você, sob medida. Mas sim, pessoas que nos dão uma chance e nos compreendem. Nós aprendemos a amar essas pessoas como são e a entendê-las. São essas pessoas que merecem de alguma forma realmente serem amadas e terem uma chance assim como fizeram conosco. São aquelas pessoas, que olham bem nos seus olhos e sentem o que se passa no fundo do seu coração. As que enchergam em um simples olhar, uma chance de amar. E para essas pessoas, são as coisas mais simples como um simples abraço que são as mais importantes.