Textos sobre Tempo
O mundo em que vivemos... ou
o mundo em que morremos?
Você sempre pensou que estava vivendo - e eu também - mas acho que na verdade estamos todos morrendo...
O Relógio Astronômico de Praga - montado na parede sul da Câmara Municipal, na Cidade Velha, na Praça da Cidade Velha - tem um monte de coisa pendurada nele... Bem, não dá pra chamar de 'coisas' os detalhes arquitetônicos maravilhosos nele - detalhes dignos de nota..
Um desses detalhes é o mostrador do lado direito representado pela morte... e foi aí que eu pensei: é estamos morrendo.... é a morte a rainha deste mundo, deste tempo... do meu tempo, do seu tempo.
Está lá a morte com uma ampulheta na mão marcando o tempo que passa... pra mim e pra você. E cada vez temos menos tempo... você e eu.
A mudança da hora neste relógio é antecedida por um show. A demonstração é iniciada com a estátua da morte virando sua ampulheta... depois segue-se a Caminhada dos Apóstolos...y otras cositas mas...e no fim o galo canta...
porque alguém... ou algo... tem de cantar... não é?
Talvez a morte tenha o seu lado bom e já está querendo mostrar... talvez... só talvez :)
Na imensidão dela, nos sentimos perdidos
Perdidos em um mundo
Lugar este que entendemos impossível entrar
Nos vemos incompreendidos
E muitas vezes só
Olhamos para os lados buscando algo
Procurando sem mesmo sabermos o que ser
Quando se vê, já são seis: há tempo…
Talvez estejamos apenas nos preparando
A espera de um longo cochilo
Acordamos e olhamos para o lado: somos nós mesmos…
É claro que a vida é boa
Queremos mudanças
Quando se vê, já é sexta-feira…
Estamos acordados?
Deveria mesmo agora ser assim?
Dos sorrisos a cada chegada...
O cheiro de chuva na terra
Já estamos em dia?
Quando se vê, já é sexta-feira…
Abrimos os olhos buscando amar
Amando ela, pecamos
O bruto a usou como um projétil,
Empreendendo, a usou para construir,
Sendo ela simples, apenas a aceitou
O passado foi duro
Olhamos para o pulso e já vemos dezessete…
E ela lá já está
Mas era apenas isso,
era isso, mais nada?
Um novo sol, novo lar
Construindo os labirintos impermanentes
Sendo estes que diariamente habitaremos
Ao vermos o relógio, já são três
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Há… Eu amei! E por causa desse amor aprendi a não amar.
Há … Eu sonhei! E por causa desse sonho aprendi a não sonhar.
Há ... Eu tive tempo! E por causa desse tempo aprendi a não esperar.
Há... Eu tive dor! E por causa dessa dor aprendi a não me medicar.
Há ... Eu tive flores! E por causa dessas flores aprendi a não cultivar.
Há ... Eu tive tudo! por causa desse tudo aprendi a não me entregar.
"O relógio"
*
Este relógio
Marcando um horário,
E não sai do meu itinerário!
*
Ele é comparsa do Tempo
E não espera
Por mim...
*
Ignora
Um contratempo,
Até mesmo a quem
Está no trampo...
*
Ele e seu tic tac
Já foi e sempre será
Tema de textos implorando
Por um tempo de espera.
*
Ele é a celebridade
Que mais recebe visualizações,
E os que não curte a "ele" não há perdões!
***
Destino nebuloso
Remando contra o tempo me aproximei lentamente de uma neblina densa e assustadora,
parei com meu barquinho por alguns segundos e observei atentamente tudo a minha volta, vi corvos no céu e ouvi o sopro dos ventos uivantes,
mas também apreciei o voo das gaivotas e me alegrei com os golfinhos saltitantes,
ponderado pelo medo e iluminado pela lanterna da coragem, resolvi encarar a imponente neblina.
SEDE DE VIVER
Ando com sede de viver. Uma sede arrebatadora. Sede de tomar com todas as minha forças este líquido chamado vida. Esta ânsia é o combustível para não parar no tempo e ficar estagnada. Chega um determinado momento em que a única forma de se chegar lá, é lutando e esta luta é interna. Esta luta vem desta sede feroz e intensa que me domina e me empurra pra frente. Penso, que é através desta sede de lutar que sairei vencedora.
Tem pessoas que não se dão conta que a vida não é eterna, que fica empurrando situações com a barriga, se acomoda na mania lixo de mentir, enrolar e enganar.. atrasa nao só a própria vida, mas alheia.
Deveria ser crime, atrasar a vida de alguém, a vida acaba e tem pessoas que nos roubam tempo, sem intenção nenhuma de fazer ser especial.
Nos provocam traumas, medos e mais tempo perdido e menos tempo de ser feliz.
"Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar."
(Vincent van Gogh)
Dia após dia,
aguento isto só para te ver de novo,
e me dar esperança
de que ainda posso sonhar;
Noite após noite,
eu te espero, sem olhar a previsão do tempo,
pedindo a sorte e o destino,
para nos reunir de novo;
A única escuridão da quão não tenho medo.
Reparou como o tempo tá cada vez mais curto?
Parece que fiz aniversário ontem mesmo e lá vou eu de novo se aproximando de mais um ano.
Parece que a virada foi ontem mesmo e pegamos um trem bala pulando pro meio do ano.
Os dias tem sido estranhos, não sei, um ar triste.
De repente a história de um ano, dá pra conta nos dedos e ainda sobra dedos sem ter nada pra contar.
Como se as tardes dissessem: Ei? Calma que tenho medo da noite!
A vida tem me ensinado a respirar fundo...
Aprendi a contar até o famoso dez.
Viver tem sido um salve-se quem puder.
Não sei se o mundo tá preso ou solto
Como se uma luz vermelha estivesse dando um alerta
Respeite o que vier
O que for, agradeça
A vida ainda tem a ensinar
E tudo que ela espera,
é que faça valer a pena
Porque quando se vê
Lá se foi pessoas queridas
Lá se foi os sonhos
Lá se foi a própria vida
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 30/07/2021 às 15:45 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Já pensou em perder para sempre aquela pessoa na qual você está brigado, aquela pessoa na qual vc ama, mas pouco consegue se entender, por orgulho, ego...
E se ela não existisse mais, do nada, e vc pensasse que se tivesse mais uma oportunodade faria completamente diferente.
Não espere perder pra sempre quem você ama em vida, porque quando a morte chega, tudo desaparece, oportunidades, abraços, palavras...
Você quer estar nos braços daquela pessoa, beija-la loucamente, dizer que a ama... não espere pra fazer isso!
ANDANDO
Passou... o tempo, numa ligeireza
Em um molesto sem parar, foi-se
E o pensamento ainda em lerdeza
Dum susto de se vê levar um coice
Passou... pondo no antes a pureza
Passando, e clarificando a velhice
O passar já não mais uma surpresa
Onde cada agitação é uma chatice
Mas, tive medo, tenho, de loucura
Em viver o tempo querendo demais
E tão ferino, o tempo toma o lugar
Andando, agora quero mais ternura
Estar, aquele doce olhar, mais e mais
Fecho os meus olhos e deixo passar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2021, 18’58” – Araguari, MG
A avó e o Menino
A avó não tinha presente e tão pouco lhe vinha o futuro.
Vivia de si, num tempo em que os dias, só lhe prometiam o passado.
Pela manhã cantarolava cantigas de roda.
A tarde pedia chá e se ria sobre coisas desacontecidas.
Quando a noite lhe vinha, adormecia falando com invisíveis olhares.
Não tinha a estética da memória.
Seus ouvidos acordavam lembranças do sentir.
Suas mãos continham a fermentação das horas.
Seus braços acolhiam porções de vida refluídas.
E de si apenas se ouvia o balbuciar das palavras.
Assim, vivia sob o cuidado das crianças,
Que em certas ocasiões lhe contavam estórias.
Como aquela de uma sábia anciã,
Que para não morar com o tempo findo,
Decidiu torna-se novamente alguém para ser inventada.
Foi assim que numa fração, antes de partir, disse ao menino:
- Descobri que és tão grande, que não pude de ti, ausentar-me.
No túnel do tempo
No túnel do tempo sai em meio a uma plantação de cereais,
algumas sementes ali no solo fértil deixei para no futuro crescerem e me fazerem bem,
uma tempestade de ventos areais tentou cobrir os meus sonhos com uma nuvem forte mas foram impedidos pela força do sol radiante,
o tempo de colheita me deu de presente rostos que a anos não os via,
o cheiro do milho assado e do café próximo ao rio vieram acompanhados dos latidos do meu querido cachorro Plutu,
a resenha com os familiares e amigos de longa data foi prestigiada com o peixe bem temperado da dona Neusa,
não deu tempo de um adeus, o túnel do tempo se fechou,
fico feliz por poder colher memorias tão mágicas de dias que lá atrás plantei.
O que é a vida se não, esse movimento de chegar , ficar um pouquinho e partir? No entanto, o que importa mesmo é esse meio, esse intervalo de tempo entre o começo e o suposto fim, o que se faz, como se é e especialmente, a forma como enxergamos o outro. Desconfio que a delicadeza ao tocar a alma do próximo é o segredo para quem crê em um DEPOIS, em um RECOMEÇO...
Os seres que falam de normas, ideias e ideais, normas e ideologias em tempo remoto passado, porém válido no futuro, foram seres que rasgaram o véu do espaço tempo indo colher sabedoria lá na frente.
E tendo como atual todo um modo de vida muitas vezes até séculos antes, no pretérito do futuro do presente.
Até um dia novamente
Até um dia novamente.
Gente, gente, gente.
Quantas gente, passaram pelo nosso mundo.
E deixaram lembranças eternas.
Como agradecer. No calor da Vida.
Apenas o ato de estar juntos, perto. Estar lá.
No mesmo lugar. Alegrou o Viver.
A simpatia sentida. O tempo distante.
Transforma aqueles encontros, em saudades.
E quando se lembra. Dar-se o valor do encontro.
Cada encontro. Traz uma riqueza.
Mas o coração dividido. Não sabe aferir
A verdadeira preciosidade.
Por isso; as lembranças.
Não havia óleo na candeia.
E a memória conforta o tempo
que ficou lá atrás.
Saber-se feliz. No momento de felicidade,
Traz o jubilo do Viver.
Saber ser feliz na saudade,
Traz o jubilo , de bons tempos vividos.
Perder-se na Vida. Só para reencontrar-se.
Marcos fereS
É louco como são as trocas na vida né?
Eu perdi a conta de quantas vezes o Fred foi meu terapeuta; de quantas vezes eu me perdia nas playlists de meditação e nas mais cabeludas mentiras de que você era minha alma gêmea.
alma gêmea.
E do nada eu me peguei pensando,
como foi que o Fred me passou pra jout jout até chegar em mim mesmo? Ué, aonde foi que eu reconheci que você, não, pera, eu, nós, mas se você sou eu, aonde foi que eu me entendi como único e suficiente?
Eu não entendi depois de escutar o último álbum da Olivia, e não me rasgar o peito, ou até mesmo quando os anjos da Myley deixaram de fazer sentido no meu roteiro, afinal, a culpa que eu carreguei esse tempo todo, nunca foi minha.
Olha, confesso que não me achava tão bom com mentiras, até eu mesmo acreditar nas minhas hahaha, hoje minha alma gêmea está aqui, digitando os mais loucos pensamentos na madrugada mais silenciosa do ano, enquanto me olho no espelho.
Murilo Augusto
O tempo relativo de Albert Einstein
Os dois postulados para se construir a Teoria da Relatividade Restrita do Einstein e depois a Geral são que as leis da Física são as mesmas para todos os sistemas referenciais inerciais e que a velocidade da luz é uma constante universal.
É justamente pela velocidade da luz ser constante que deduzimos ser o tempo relativo, e também a massa e o espaço.
A velha e boa história de se você viajar em uma nave com uma velocidade próxima a da luz, envelhecerá, por exemplo, um ano, e aqui na Terra todos estarão dezenas de anos mais velhos. Ou se passarão milhares ou milhões de anos aqui quanto mais a nave aumentar a velocidade.
Mas por que a velocidade da luz é sempre constante?
Sendo uma radiação eletromagnética, ela não pode ser acelerada, "arremessada", falando em português simples, pelo emissor que viaja à mesma velocidade da nave ou desacelerada, "subtraída", da velocidade do emissor, como acontece com os objetos materiais comuns como pedras, metais, etc.!
A verdadeira riqueza está naquilo que não podemos comprar e sim no que conquistamos, nem estou falando em patrimônios materiais. Invista no que lhe traga paz e aprendizado, pois quando morremos, daqui não levaremos nada, apenas conhecimentos emocionais e espirituais que adquirimos ao longo da vida. E são essas ferramentas que precisamos obter o são restos futilidades.
Esquecemos que somos obrigados
a andarmos na linha do tempo,
queremos tudo do nosso jeito,
então, somos contrariados,
tudo é no momento certo,
há tanto pra agradecermos,
entretanto, nunca estamos saciados
e demonstramos o nosso defeito
de lamentamos sem nenhum resultado,
depois, contudo, também aprendemos,
transformamos os erros em acertos
um mal, temporariamente, necessário.
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