Textos sobre Olhar
"Lindo é poder olhar todos os dias para o ceu e descobrir que em meio a tantos problemas existe um Deus que nos permite sorrir"
Obrigado Senhor Deus! Sinto que sou privilegiado por vós. Mesmo nas horas mais dificeis pude sentir Sua presença amiga, Sua mão a me guiar.Ouvir Sua palavra, possibilita-me a conduzir minha vida. É bom sentir sua graça agindo em mim.
LUZ
Hoje quero ver o dia com um olhar diferente,
Mudar o rumo desta velha prosa,
Ouvir mais e ser menos eloquente.
Ver tudo mais colorido, mais cor de rosa.
Quero saborear um café com pão,
Agradecendo a quem plantou o grão.
Vivendo intensamente, com mais empatia,
Com mais amor, com a mais sincera alegria.
Quero exigir menos dos que quero bem,
Gostar, amar sem restrições,
Ter mais paciência e piedade também.
Distribuir mais e incansáveis perdões.
Parar de tentar em vão,
Consertar este mundo e quem nele habita,
Conviver bem com o sim e o também com o não.
Para que a vida seja mais leve, mais bendita.
Hoje não abro mão de ver a lua,
Mesmo que seja a minguante,
Porque a verdade nua e crua
É que cada dia é um só instante.
Porque hoje acordei luz.
Destino
Nas linhas da minha poesia
leio o teu olhar
com rimas cruzadas, luzidia
sinuosas a poetar.
Interferindo no meu destino.
E assim, eu pus a cantar
tal o badalar de um sino
o coração a anunciar.
E neste som divino
a vida nos seus caminhos
o meu e o seu num continuo
Desejar... íamos sozinhos
até nossas mãos entrelaçar.
E, neste poema marcado
de versos ao nosso dispor
desde então, o fado
juntos, passamos a compor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 23´21” - Cerrado goiano
FRANCAMENTE
Não te amo por apenas querer amar
Como se fosses um olhar do desejo
Amo-te como se ama com o ensejo
De amar-te, assim, em qualquer lugar
Amo-te e neste amor eu te almejo
Dentro do meu peito a lhe poetar
O sentimento que vive a sussurrar
Na alma, e no doce ardente beijo
Me vejo, te vejo neste amor denso
Sem saber quando, como nem onde
Pois, o quero em mim por extenso
Francamente, aqui venho a lhe falar
Deste amor que não mais se esconde
E, que na prosa não quer mais se calar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/ 02/ 2020, 13’04” - Cerrado goiano
Você
Sol vermelho
Areia branca
Mar azul
Mata verde
Olhar ruivo.
Eu
Lua branca
terra roxa
lágrima brilhante
céu azul
nuvem branca.
Nós
vida branca
noite escura
estrelas coloridas
chuva azul
amor vermelho.
Eles
horizonte perdido
infinito finito
cadeira sem banco
escada sem degraus
a vida preta e branca.
Você
anda
olha p'ra trás
e esquece de olhar p'ra frente.
De repente
se encontra com um poste
ou com uma pessoa andando
Fica sem graça
Dá aquele riso amargo
Dá alguns passos
E esquece o que passou.
Anda,
olha p'ra trás
e esquece de olhar p'ra frente
De repente
se encontra outra vez com um poste
ou com uma pessoa caminhando
Fica sem graça
Dá aquele sorriso amargo
E lembra que tem que andar olhando p'ara frente.
Dá alguns passos,
Para,
bate-papo
E esquece o que passou.
Às vezes, nós seres humanos somos programados desde pequenos a olhar somente o amor que o outro nos dá, o amor que recebemos e esperamos receber das pessoas em nossa volta, e as expectativas junto à felicidade, muitas vezes são projetadas em cima desse receber, que nada mais é, na maioria das vezes, uma ilusão perfeita de como você queria ser amado, ou melhor, amar-se.
Colocamos o peso da responsabilidade em quem está a nossa volta, em nos amar, não conforme o que está realmente em seu coração, mas conforme nossos olhos gostariam de ver, e quando isso não acontece somos “machucados”.
Então, que tal começar a se amar?
É, você, amar-se, dar o amor que você sabe que merece ter, a si mesmo, então, comece hoje e todos os outros dias a se encher de si, vamos aprender a arte do cuidar-se; melhor, que saber, é saber aprender, e acredite , quando isso começa a despertar em sua vida você começa a se olhar com mais carinho, compreensão e sabedoria, compreendendo que o único amor vem do receber. O amor é fluxo , que sai de nós para o que está a nossa volta, retornando-nos. Às vezes, não retorna na grandeza do que você deu, mas sinta-se feliz por amar o amor que está em você, e que pode ecoar em tudo que estiver ao seu alcance.
Não passe a sua vida provando e justificando sua opinião, suas atitudes para quem não conhece/não procura conhecer seu coração, para quem não queira ficar.
Seja bom para si, há pessoas mornas, há pessoas intensas, há pessoas que buscam evolução de si todos os dias, outras não. Cada um desce ou sobe o degrau que lhe cabe. Seja bom para si mesmo, com a suas próprias escolhas, escolhas que o farão sentir orgulho de quem é, melhorando a cada dia e se desarmando de tudo que possa ferir o próximo.
Tenha atitudes que deixaram quem você ama feliz, mas que isso não o machuque, e comprometa a sua felicidade.
Quem o ama, amará como é, ambos melhorando, cuidando-se para a união. Seja muito mais amor nas atitudes, ações que conciliem com a verdade do seu coração, ame desinteressadamente .
É preciso desconstruir as vontades efêmeras do nosso ego. Seja sua melhor versão todos os dias, seja HOJE , seja simples, a melhor inspiração é SER. Seja exemplo, feche os olhos e veja que você existe dentro. ♡
HORIZONTES
Ao olhar a linha do horizonte
parece que a terra ali termina,
mas se eu chegar naquele lugar,
outro horizonte se descortina...
Assim é vida e suas trajetórias,
quando nos parece que tudo se finda,
novos episódios formarão a história,
talvez, com uma aurora ainda mais linda.
Enquanto a vida habitar no ser
haverá esperança, haverá porvir,
haverá motivo pra não desistir,
brilhará a dádiva do viver...
Amanhecer
Colado ao meu olhar, o cerrado
Agora das bandas das Gerais
Nesta desordem fico calado
E, o silêncio nada mais...
As velhas histórias, chão amado
Como se fosse nascer
Psicografado!
Acordo a luz do amanhecer...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/03/2020 - Cerrado goiano
LONGE DE TI (soneto)
Longe de ti, se lembro, porventura
Do teu olhar, que outrora me fitava
O teu afago na sede é de só tortura
E ter-te agora da saudade é escrava
Tal aquele, que, escuta e murmura
O teu cheiro, que a poesia escava
Já uma sorte maviosa e tão pura
Tristemente, a expectativa forjava
Porque a inspiração tem seu nome
Nos versos com a parva alma calada
Cuja a recordação só me consome
E como o desejo assim não quisera
O destino riscou uma penosa cilada
E aqui, ainda, o meu amor te espera!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Canção
Não te cies do fado, nem do meu olhar
que o vento nos puxa pela alma sedenta
que as estrelas no céu se põem a poetar...
E nosso desejo se faz eternidade juventa.
Apressa-te, amor, que o tempo é de amar
que amanhã não importa, te quero agora!
Não demora tão longe, não me deixe estar
sozinho, num nácar de silêncio, janela a fora
o pensamento, se fores sonho, quero sonhar!
Seja já! Mesmo que a estória fale de outrora
o coração traça rotas que nunca pude tatear.
Apressa-te, amor, dispa está solidão, és abrigo
pegue na mão, me abrace, e assim vamos estar.
Se não te disse, com os meus versos te digo:
Como foi bom poder te encontrar!… e ficar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
05/04/2019
São Paulo
(um mês)
Vamos conversar?
O que você pensa ao olhar para ela? O que você vê?
Consegue imaginar o motivo do brilho que ela tem no olhar ou do sorriso dela?
Você consegue perceber seus medos e anseios?
Sim, ela tem os seus mistérios, tem algo no olhar que chama atenção de quem a vê.
Quase sempre está com um sorriso solto nos lábios, aquele sorriso que fala com outro, que diz: "Ei! Como você está? Vamos conversar?"
Há momentos, não muito comuns, em que ela se fecha em seus medos e anseios, como a maioria das pessoas faz.
Se esquece dos outros e vive sua vastidão de pensamentos e reflexões sobre si e sobre o outro. Mas isso não dura muito tempo.
Não dura muito tempo, pois ela gosta de compartilhar, de dividir e de somar sua vida a dos outros.
Tudo é melhor quando é compartilhado com quem se importa. E é por se importar que ela compartilha, se doa, soma e divide quando precisa.
Pode ser que nada disso faça sentido para você. Que sejam só palavras soltas que não se conectam a um contexto real.
Mas já se perguntou o motivo de pensar assim?
Você se compartilha com o outro ou se fecha em medos e anseios?
Vamos conversar?
Num instante
Os anos passam, e se vai o encanto
Tal a rapidez nos muros o cipreste
O olhar de cada velho nos diz tanto
Que a velhice de ilusões se veste...
Espanto!
Mas as almas permanecem com odores
Não envelhecem, são cheias de quimeras
Se nas poesias as desventuras e dores
Também tem as perfumadas primaveras...
e os amores!
Assim, neste fugaz passado e presente
Os sonhos são de todas as realidades
Orvalhada com seu sabor ardente
De saudade! Lembranças... e saudades!
Vorazmente!
Uivam os relógios, o tempo brada
Agitam-se as horas no horizonte
Da vida... torna-se uma escalada
Em um implacável desmonte...
rumo a eterna morada!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
17/07/2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Penso-te.....
Dentro do meu olhar fitando o teu,tal como um livro desfolhando ao sabor do vento, á sua mercê,ao sentir o que poderás sentir,ao som do silêncio escutando simplesmente esse teu doce foco,desses olhos milagrosos,desse sorriso único que só tu sabes transmitir de um carinho e tenro pestanejar que nasceu contigo.
Porque este vento não me leva até ti,e me não me deixa perder-me,nessa mulher que és tu.
Aqui saboreio esse teu olhar,palavras que o simples sentir de esta aragem as faz soltar,as faz soletrar,as faz movimentar e juntar deixando-te este texto único,que só esse teu olhar me decifra este meu pensar-te........(Adonis silva)10-2019)®
Olhar em silêncio
Olhar incrédulo em silêncio sobre o teu rosto, contorno as tuas linhas, sobre os teus olhos revejo-me, não preciso de espelho, sinto o teu palpitar do coração, borbulha sobre a tua pele uma capacidade de amar escondida, amargurada, simplesmente esquecida.
O meu olhar, segredos que desvendo fixamente te decifro o teu querer seres amada, a tua angústia de que algo correu mal na tua vida, de um sofrimento que sobre as tuas linhas da face se reconhece, um ardor incolor, sem cor, tal qual uma música sem batida, tal e qual coração esfomeado, morrendo, falecido, com vontade de um incentivo para algo o alimentar.
Olhar o meu sobre uma mulher sofrida, que por tudo quer mudar, quer voltar a ser a mulher que existia, aquela felicidade que se foi perdendo, a alegria que desapareceu... olhar... olhares... que se cruzam, que se fintam, que se perdem pelo simples fechar de olhos... olhamos e olharemos sempre na direção de uma vida melhor, de um amor melhor... amamos e sejamos amados nem que seja por um olhar.
MENINA DE TRANÇA
A bela Menina de trança,
Com toda meiguice no olhar,
Hoje já não és mais criança.
Dá-se pra ver e notar.
Teus cabelos longos e compridos,
Tu és todo um bem me quer,
Um rostinho meigo e languido,
Transformou-se numa bela mulher.
Teu olhar doce e inocente,
És uma linda menina flor,
Que encanta os olhos da gente,
Com todo o teu encanto de amor.
Bela rosa em teu cabelo,
Toda linda e enfeitada,
Presa com carinho e zelo,
Deixa-te ainda mais delicada.
Tu ficas ainda mais bela,
Enfeitada com essas cores,
E quando se olha pra elas,
São flores, enfeitando a flor.
Teu rosto inocente e lindo,
Com seu jeitinho de assustada,
Com toda meiguice sorrindo,
Bela, doce e apaixonada.
Aquele outrora anjo de infância,
Hoje, com todo o seu esplendor,
Quem me dera ter a esperança,
Ter só pra mim o teu amor.
De amor
Eu não tinha nada, ao vir para este mundo
Busquei em cada olhar um abrigo, um amigo
E nesta leitura me fiz mais profundo
No meu eu. Me vi rico, me vi mendigo
Cada tempo, cada minuto, cada segundo
Caminhei junto ou separado, calei e pude falar
Assim o corpo se tornou fecundo
E aprendi como é bom amar
Que na alma só ele vai fundo
E ao partir, nada terei, só o amor pra levar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano
_Tristeza no seu olhar,
tudo perde o sentido,
seu olhar sem vida,
o mundo sempre é triste,
mesmo te mando tanto,
suas verdades estão sobre a pele,
coisas tão profundas
com significados
que ninguém compreende...
o momento insustentável...
e as vozes se contra dizem
para o melhor que se da no ato perdido.
assim sinto os céus...
puro e eterno no destino,
palavras ao vento.
na redenção o abismo,
que se difere no ato impuro,
perfeito mar calmo
um mergulho na escuridão,
torna se tão pesado e esquecido
que tudo parece perdoado...
lagrimas não existem mais
até a vida cobre seu preço...
as lembranças tomam rumos diferentes
tudo faz parte do esquecimento...
no largo sentimento do vazio
a luz no final transcende o prologo do céus.
Por que olhar a lua? Ela parece tão só lá em cima, tão solitária.
Mas apesar de esquecida por muitos, ela dá o maior espetáculo.
Muitas vezes, vivemos carente de aplausos e de público na jornada da vida. E quando não temos decepcionamos, condicionamos nosso brilho, talento, força, coragem a aprovação de outros.
Estamos vivemos no tempo da carência a ponto de apagar a nossa luz interior, por causa de pessoas que pensamos ser importante para nós.
Aprenda uma coisa, viva a vida independente de aplauso e público. Dentro de você existe um brilho tão belo quanto o da lua. Por isso, não deve buscar aprovação dos outros.
Saiba que você é um ser humano incrível e que possuem um valor inestimável, então só brilhe.
Saiba o valor quê você tem e apenas brilhe, independentemente do seu dia ruim e da falta de público. Se ame antes de esperar que outros o ame, pois só você sabe a forma do amor necessária pra te deixar feliz.
Seja seu fã incondicional para se aplaudir pelas conquistas e até mesmo pelo aprendizado que a derrota nos trás.
Antes de esperar aplausos de outros lembra - se dentro de você existe uma luz que vai te acompanhar nas madrugadas fria. Você tem a força que precisa dentro de você pra continuar essa jornada.
Então, viva, ame, brilhe mesmo sem aplauso e público. Dentro de você já existe tudo que você precisa pra dá um belo espetáculo sem precisar da aprovação da plateia.
Apanhador do cerrado
Uso o meu olhar para apanhar o cerrado
As palavras tortas compõem o mato crivado
De cascas grossas, cascalhos e céu estrelado
O chão na temporada de sequia, é maltratado
Os jatobás fatigados tão firmes como as perobas
Rodeiam os pequizeiros, tão "bãos" como as guarirobas
Cheiro forte sabor da terra, como as doces gabirobas
Entendo bem o sotaque é o povo deste chão
Sou daqui, tenho respeito a toda esta tradição
Povo das sucupiras, flores rasteiras e abelhas arapuá
Tudo aqui tem força, tem suor, é aqui, é acolá
Assim como a magia do canto da seriema e do sabia
Deste cerrado místico, torto, certo e errado, sempre a brotar
Que o tal desencanto encanta o poeta no poetar
Este quintal que é o maior do mundo, que faz sonhar
Me faz ser apanhador do cerrado, no meu versar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/03/2016, 22'22" – Cerrado goiano