Textos sobre o que o meu Pai Ensinou me

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A perda do pai começa a nos ensinar o valor do tempo. O que não fizemos, a visita e o gesto adiados, a palavra não dita, a compreensão não exercida, o papo azeda, a advertência desdenhada, o convite abandonando sem resposta, o interesse desinteressado, tudo isso volta, massacrante, cobrando-nos o egoísmo. O tempo deixa de ser exercício de desperdício gratuitos e começa a se transformar num bem maior: o que ensina a arte de uma convivência que com ele nunca se soube exercer e, já, tempo não há de recuperar.

Numa ocasião ouvi um cliente habitual comentar na livraria do meu pai que poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho até ao seu coração. Aquelas primeiras imagens, o eco dessas palavras que julgamos ter deixado para trás, acompanham-nos toda a vida e esculpem um palácio na nossa memória ao qual, mais tarde ou mais cedo - não importa quantos livros leiamos, quantos mundos descubramos, tudo quanto aprendamos ou esqueçamos-, vamos regressar. Para mim aquelas páginas enfeitiçadas serão sempre as que encontrei entre os corredores do Cemitério dos livros esquecidos.

Se a Páscoa é renascimento, então, faça como o Cristo nos ensinou e deixe morrer o ego vaidoso de sua máscara de bom cristão, reflexo de um comportamento medroso, e renasça no seu Eu Divino, princípio de um ser verdadeiramente crístico, corajoso, íntegro! Não ceda mais quanto ao que é essencial para você, quanto àquilo que seu coração pede, somente para corresponder às expectativas alheias, pelo medo da rejeição ou pela culpa de se colocar em seu justo lugar. Cuidado com a tendência de você se acostumar tanto com o seu servilismo, que quando você acorda e procura ser você mesmo, e se liberta da escravidão emocional, se respeitando e se dando o justo e merecido valor, estas pessoas que antes te controlavam, se revoltam e te colocam como um louco, um egoísta pois, na cabeça delas, se questionam "como você pode ousar pensar em você mesmo com respeito e não acatar mais a voz de comando que te hipnotizou e submeteu por tantos anos?" Isto gera a raiva de quem tinha a sua energia nas mãos como um vício sustentado por você mesmo, se deixando vampirizar para tentar agradar, por ingenuidade ou medo de perder o que você julgava que tinha. Um suposto amor, um suposto respeito ou uma suposta valorização que eram, na realidade, estímulos ou elogios feitos apenas como um mecanismo de alimentação da sua servidão. Quantas vezes você foi tratado como aquela criança que só é elogiada quando faz exatamente o que é mandado pelos pais, muitas vezes de modo agressivo à sua natureza, mas que se condiciona a fazer o exigido para receber uma migalha de atenção, de um ilusório amor. Então, meus amigos, deem o seu grito de liberdade, daqueles que vem da alma e busquem a sua vida de volta como quem busca o oxigênio depois de alguns minutos debaixo d'água! E eu pergunto à vocês: há quanto tempo vocês "prendem a respiração", sentindo-se quase afogando em águas turvas que poluem seu coração e sua mente de sentimentos negativos, jogos emocionais, chantagens e manipulações, que tentam acentuar suas inseguranças para que vocês permaneçam inconscientes do seu próprio poder e valor? Que tal renascer nesta Páscoa de um modo verdadeiro, arrebentando com a casca do ovo que te limita, para que seja possível crescer e ser independente? Não se coloque inseguro mais, se questionando se as suas atitudes estão certas ou erradas pelo que certas pessoas julgam e sim pelo que o seu coração diz, pois a ética cósmica que só se conhece no íntimo dos nossos corações, é muito superior à moral humana e vivenciá-la exige coragem para superar o sistema de exploração emocional acomodado em suas omissões!!! Então, pare de se omitir, pois assim você cumpre a sua parte dentro das relações humanas, para que se restabeleça a verdade, e se sinta mais leve em sua consciência, mesmo quando todos tentam forçá-lo a carregar um peso que não te cabe, mas é o autoconhecimento do seus direitos e o exercício do seu poder que te libertam! Feliz Páscoa, ou seja, feliz redescoberta de si mesmo à todos vocês meus amigos!!!

Culpo minha pobre e velha mãe e meu magro e triste pai, por me jogarem na vida e ousadamente me colocarem o nome de Raul. Eis-me!
Culpo ao meu próprio escárnio de repetir três vezes o mesmo erro, se é que qualquer um desses três tenham a mesma lucidez dilacerante do que é a dor do absurdo do ser.
Nada é mais que um nada mergulhado no oceano de uma dor de chibata chamada Deus! Que este tenha o meu perdão.
Só peço que um raio de amor venha do espaço, e blind as três para que a escuridão da santa divina ignorância lhes vedem a visão do apocalipse, amém!

Morte do Leiteiro

Há pouco leite no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas
e seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.

Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro,
morados na Rua Namur,
empregado no entreposto,
com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma apenas mercadoria.

E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro...
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.

Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.

Mas este acordou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.

Mas o homem perdeu o sono
de todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
também serve pra furtar
a vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha.

Da garrafa estilhaçada,
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue... não sei.
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.

CORAÇÃO CIVIL

Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Vou sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia
Eu vou levando a vida, eu vou viver bem melhor
doido prá ver o meu sonho teimoso um dia se realizar
E Eu viver bem melhor

Sons que confortam

Eram quatro horas da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os três em casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de doze anos. Chamaram o médico da família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: “Nunca na vida ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de outono empilhadas junto ao meio-fio.”
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem que salvaria seu pai. Na mesma hora que li esse relato, imaginei um sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.
E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade assim: ouvindo pela enésima vez o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.
Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo, e que o embarque será feito dentro de poucos minutos.
O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está quentinho na sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
O toque to interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo a chegada da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.
A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.
O sinal da hora do recreio.
A música que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume.
O aplauso depois que você, nervoso, falou em público para dezenas de desconhecidos.
O primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.
E, em tempos de irritantes vuvuzelas, o mais raro de todos: o silêncio absoluto.

Martha Medeiros

Nota: Crônica escrita na Revista O Globo em 27 de Junho de 2010

Eu oro, Pai, neste momento, para que o Senhor,
com a força do Espírito Santo, venha tocar,
neste irmão, nesta irmã, que está triste,
e que de tão amargurado, não se aceita,
e por não se aceitar, não consegue se amar,
e já não se cuida mais, por sentir-se só e
desamparado...

Pai querido, toca na alma
ferida, no trauma mais profundo naquele
lugar que só o Senhor sabe onde dói mais,
remove essa "casca" que recobre a ferida mais
dolorosa, e seca de vez essa marca que
ainda sangra.

Toca, Pai, toca no coração ressecado,
angustiado, de quem já não acredita mais
em si mesmo. Que perdeu as forças de tanto
chorar, que foi abandonado(a) sem motivos,
que foi vítima de injustiça, que não sabe
a quem recorrer.

Tu, Senhor, é juiz soberano, julga essa causa então,
devolve a esse irmão, a essa irmã, a alegria,
a esperança, o ressurgir do desejo de cuidar-se.
A capacidade de admirar-se e perceber,
que dentro de cada um de nós,
brilha uma chama maior que qualquer dor,
a chama da tua mão, a chama da criação,
a chama do amor.

Então, eu oro agora, pelos que querem te
encontrar, pelos que te buscam e não acham,
pelos que tateiam no escuro da mágoa,
os que vagam de hospital em hospital,
sem achar a doença que os consome,
inunda-os agora com o Teu Santo remédio,
o teu poderoso amor.

Assim, saia curado neste dia, todo aquele,
que mesmo não vendo, perceba,
que mesmo não se achando merecedor, sinta,
que a Tua maior grandeza está em reconhecer,
em cada um de nós, mesmo os maiores devedores,
uma chama única, um brilho,
que somos amados como o único filho.

Eu oro, então, para que agora, o elo seja refeito,
a ligação restabelecida, e em cada um, brilhe a tua luz,
refletindo na face, o doce sorriso do amado Jesus.

A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tirá-las do meu coração;
A sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrar-lhes que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Fênix Faustine

Nota: O texto é muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Charles Chaplin

- A vida me ensinou...
A pedir perdão; a sonhar acordado; a acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); a aproveitar cada instante de felicidade; a chorar sem vergonha de demonstrar; me ensinou a ter olhos para ver e ouvir estrelas', embora nem sempre consiga entendê-las; a ver o encanto do pôr-do-sol; a sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; a abrir minhas janelas para o amor; a não temer o futuro; me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.
Sou feliz amo minha vida, minha família, meus amigos, meu amor, meus colegas, meus rivais!

Fênix Faustine

Nota: Versão adaptada de trechos de "A vida me ensinou"

A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo que tenho,
Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo
E eu sou feliz e canto, e o universo é uma canção, e eu vou que vou
História, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória.

Charlie Brown Jr

Nota: Trecho da música Dias de luta, dias de glória.

Sendo eu, um aprendiz
A vida já me ensinou que besta
É quem vive triste
Lembrando o que faltou

Magoando a cicatriz
E esquece de ser feliz
Por tudo que conquistou

Afinal, nem toda lágrima é dor
Nem toda graça é sorriso
Nem toda curva da vida
Tem uma placa de aviso
E nem sempre o que você perde
É de fato um prejuízo

O meu ou o seu caminho
Não são muito diferentes
Tem espinho, pedra, buraco
Pra mode atrasar a gente

Mas não desanime por nada
Pois até uma topada
Empurra você pra frente

Tantas vezes parece que é o fim
Mas no fundo, é só um recomeço
Afinal, pra poder se levantar
É preciso sofrer algum tropeço

É a vida insistindo em nos cobrar
Uma conta difícil de pagar
Quase sempre, por ter um alto preço

Acredite no poder da palavra desistir
Tire o D, coloque o R
Que você tem Resistir

Uma pequena mudança
Às vezes traz esperança
E faz a gente seguir

Continue sendo forte
Tenha fé no Criador
Fé também em você mesmo
Não tenha medo da dor

Siga em frente a caminhada
E saiba que a cruz mais pesada
O filho de Deus carregou

Ao meu namorado!

Com seu jeito romântico
Encantou meu coração
Ensinou-me novos sonhos
Me fez viver uma nova emoção

Nossas vidas se encontraram
E sem querer, por ti me encantei
Mais feliz ainda foi ver teu sorriso
Quando teu pedido de namoro aceitei

Hoje és a música que quero ouvir
O abraço em que quero me envolver
A fonte da minha inspiração
Você faz parte do meu viver

Não posso saber do futuro
Mas agradeço pelo presente conquistado
E peço a Deus que me conceda
Que sejas tu, meu eterno namorado!

Ensinou a amar a vida, não desistir de lutar, renascer da derrota, renunciar às palavras e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos e a ser otimista.
Aprendi que mais vale tentar do que recuar...
Antes acreditar que duvidar, o que vale na vida não é o ponto de partida e sim a nossa caminhada.

A dor me ensinou que...
Os melhores momentos da vida não são necessariamente os mais agradáveis. São os mais expressivos no coquetel vital dos sonhos e pesadelos; das luzes e sombras; dos risos e lágrimas; das presenças e ausências; das dores e amores vividos... Momentos ímpares que nos despertam do sono letárgico da indiferença e nos impelem à ação criativa, forçando-nos moldar um novo ser – sensível e amoroso - menos apegado às coisas triviais e mais comprometido com os valores essenciais desta preciosa dádiva chamada vida.

Caminhar é preciso, mesmo que seja sobre brasas...

Você me ensinou o que é o amor.
Não choro, porque você me ensinou a sorrir.
Não sofro, porque você me ensinou a amar.
Não morro, porque você me ensinou a viver.
Mas se algum dia você deixar de existir,
eu choro, sofro e até morro.
porque a única coisa que você não me
ensinou, foi viver sem você.

Querida, adorável Elizabeth, quanto lhe devo!
Ensinou-me uma lição, muito dura, a princípio, mas muito vantajosa.
Por suas mãos recebi a humilhação que devia.
Aproximei-me de você sem duvidar de que seria aceito.
Sua recusa me mostrou como eram insuficientes minhas pretensões de agradar uma mulher digna de ser agradada.

Lição de Amor

Você me ensinou o significado do amor,
Aprendi a sonhar acordado
a amar sem limites,
a perdoar e compreender sempre um ao outro,
a viver sem medo de mudar pra melhor,
Me ensinou que obstáculos existem,
mas que foram feitos para serem superados,
Aprendi que ninguém tem que viver só
esperando o tempo passar, mas que devemos compartilhar
nossas emoções e e sentimentos com alguém
e esse alguém só poderia ser VOCÊ.

Um dia a vida me bateu com tanta força que me ensinou a resistir...
Um dia, mentiram pra mim de tal maneira que me doeu e, então eu aprendi a sempre seguir em frente com a verdade.
Um dia me falhou quem eu menos imaginava e entendi que as palavras devem ser cumpridas e os atos assumidos... Às vezes é preciso virar a página e começar do zero. Embora custe ou doa, o melhor guerreiro não é quem sempre triunfa, mas quem sempre volta sem medo à batalha.

Sabedoria de Preto Velho

Meus filhos julgam, às vezes, que perderam um ente querido pela morte. Mas essa visão é errada. Solte o seu parente que você julga morto. Aprenda a libertar a sua alma e deixar que ele voe nas alturas de sua própria vida. Muitos dos filhos acham que reter significa possuir. Engano. Na vida, o que possuímos de verdade é aquilo que doamos. Se você desejar reter as almas queridas, através de suas emoções e sentimentos desequilibrados, você se transforma aos poucos em pedra de tropeço para aqueles que diz amar. Amor não é posse. Amar é doar, é libertar, é permitir que o outro tenha a oportunidade de escolher e trilhar o caminho que lhe é próprio. Amar é permanecer amando, mesmo sabendo que os caminhos escolhidos são diferentes do nosso. Então, meu filho, você não perdeu ninguém, não perdeu nada. Perdeu, talvez, a oportunidade de aproveitar a experiência e aprender a amar de verdade. Esse sentimento de perda é o maior atestado de uma alma egoísta. Ame mais, meu filho. Liberte, liberte-se e procure ser feliz. Mas, pelo amor de Deus, deixe os outros prosseguirem e, assim, encontrarem também o seu caminho. Ainda que seja do outro lado da vida.

Pai João de Aruanda
Sabedoria de Preto Velho