Textos sobre o Homem
Andando pela estrada do pensamento;
Um homem velho veio a perguntar;
Se eu havia ja aprendido a amar,respondi;
Homem, de que adianta amar para apenas sofrer;
De que adianta sofrer e nao ter tempo de amar;
O amar nada é do que ser feliz pela felicidade do outro;
Mas como amar e sofrer e ainda sim ser feliz?;
Aquele homem de barba,
Que na mulher bateu,
Ele mesmo sofreu.
Aquele homem cruel,
Com o tempo aprendeu,
Que em mulher não se bate,
Mas ele não foi racional à você.
Solitário mais uma vez,
Ele traiu e não pensou, perdeu!
Foi aquela cachaça que há tempos bebeu,
Que lá mesmo morreu.
Aquele homem de barba,
Caído e sem graça,
Pisou em sua farsa,
Mesmo sem querer.
Andando no tempo,
Ao contrário do vento,
Pensando em moralizar,
Sem se praticar,
Agora pensou em amar, a quem te deu valor.
Tudo acabou,
Não volta quem te amou,
Mas você se revoltou.
Aquela mulher,
Que te disse "Acabou",
Não teve tempo de implorar,
E você a matou.
O HOMEM DE VERDADE
Se você não consegue ou não pode ficar com a pessoa que você ama, não fique triste.
Admire e sempre torça pra que essa pessoa seja bastante feliz na vida.
Olhe.
Pense sempre na felicidade de quem você ama,
mesmo que não seja você o conquistador dessa pessoa.
Seja o melhor amigo
Seja companheiro.
O que é ser um homem de verdade,
não é a quantidade de mulheres que você fica.
mas sim a forma de pensar,
a atitude,
a maturidade.
Não desperdice seu tempo discutindo sobre como um homem de verdade deve ser. Seja um!
Lama, lama; ferro,ferro
Aí você olha para trás e só vê lama... Muita lama!
E corre, corre, corre... Corre o mais rápido que pode.
Seus passos parecem lentos, facilmente suplantáveis!
Você sente que a qualquer momento será alcançado,
então corre ainda mais rápido. Corre sem olhar para o passado.
Porque só tem aquele instante de segundo para se salvar.
E todo o resto, naquele exato momento, não importa.
De verdade, não importa!
Não importa quem errou e de quem é a culpa,
se você não sobreviver para contar a história.
Enquanto corre, vê o vulto das árvores tombando a seu lado
e os pássaros em revoada esquivando-se de toda aquela desgraça.
Vê, vê não! Escuta, sente, se aterroriza... Sofre.
Sem poder reclamar ao perceber os passos dos seus amigos de infância
(atrasados na fuga repentina), sendo engolidos um a um pela lama
e subitamente silenciados, sem chance ou possibilidade de defesa.
Vivencia o angustiante desespero momentâneo
que invade e toma conta de todo o seu corpo instantaneamente,
fazendo acender ao mesmo tempo sua gana pela vida.
Vê a vida inteira passando bem diante de seu nariz e imagina...
Se será essa, a sua última chance; se será essa, a sua última vida.
Da lama ao caos, em segundos de desespero, você se salva
e ainda torna-se expectador primeiro de todo aquele pesadelo.
Antes, impensável! Agora, exemplo de como o homem tem sido cruel
e desumano consigo mesmo, com seu semelhante e com a natureza.
É o bicho homem (irracional) sedento por mais capital,
cego para a vida humana, predando cruelmente tudo que tenha vida (ou não).
Presas encarceradas às margens de uma represa (de rejeitos, de maldade),
Aguardando o bote final, o momento derradeiro de serem vitimadas.
E se a montanha tremer novamente é melhor estar preparado!
Para correr pra ruas com cartazes e organização, mobilizando, mobilizado
travestido de predador, não de presa, de leão.
E é melhor levar junto consigo uma manada,
um bando de gente informada, que briga com a faca nos dentes,
contra toda essa gente que mata e destrói, consome e corrói por dinheiro.
Molotov's e resistência, talvez sejam necessários em algum momento.
Quando tudo isso passar e você estiver a salvo no alto do morro,
antes mesmo de a poeira baixar e as máquinas voltarem a operar
- em seu modo mais embrutecido,
verá que o monstro ainda tem muita fome e não pretende se calar.
Verá que os mistérios de Minas Gerais se misturam com o dinheiro sujo
do minério extraído das montanhas,
transformadas num piscar de olhos em pó, todos os dias, há anos.
Verá que antes mesmo de a vila se refazer o monstro migrará em silêncio
se mudará para outro sítio, em busca de mais minério
de mais dinheiro de mais vidas.
Sem se importar com a natureza, com as pessoas, com suas memórias.
O homem, a guerra, o desastre e o infortúnio
“Que estranho bicho o homem. O que ele mais deseja no convívio inter-humano não é afinal a paz, a concórdia, o sossego coletivo. O que ele deseja realmente é a guerra, o risco ao menos disso, e no fundo o desastre, o infortúnio. Ele não foi feito para a conquista de seja o que for, mas só para o conquistar seja o que for. Poucos homens afirmaram que a guerra é um bem (Hegel, por exemplo), mas é isso que no fundo desejam. A guerra é o perigo, o desafio ao destino, a possibilidade de triunfo, mas sobretudo a inquietação em ação. Da paz se diz que é podre, porque é o estarmos recaídos sobre nós, a inatividade, a derrota que sobrevém não apenas ao que ficou derrotado, mas ainda ou sobretudo ao que venceu. O que ficou derrotado é o mais feliz pela necessidade iniludível de tentar de novo a sorte. Mas o que venceu não tem paz senão por algum tempo no seu coração alvoroçado. A guerra é o estado natural do bicho humano, ele não pode suportar a felicidade a que aspirou. Como o grupo de futebol, qualquer vitória alcançada é o estímulo insuportável para vencer outra vez.
Imaginar o mundo pacificado em aceitação e contentamento consigo é apenas o mito que justifique a continuação da guerra. A paz é insuportável como a pasmaceira. Nas situações mais vulgares, nós vemos a imperiosa necessidade de desafiar, irritar, provocar, agredir, sem razão nenhuma que não seja a de agitar a quietude, destruir a estagnação, fazer surgir o risco, a aventura. É o que leva o jogador a jogar, mesmo que não necessite de ganhar, pelo puro prazer de saborear o poder perder para a hipótese de não perder e ganhar. A excelência de nós próprios só se entende se se afirmar sobre o que o não é.
Numa sociedade de ricaços ninguém era feliz. Seria então necessário que por qualquer coisa houvesse alguns felizes sobre a infelicidade dos outros. O homem é o lobo do homem para que este possa ser o cordeiro daquele. Nenhuma luta se destina a criar a justiça, mas apenas a instaurar a injustiça. O homem é um ser sem remédio. Todo o remédio que ele quiser inventar é só para sobrepor a razão ao irracional que de fato é. Toda a história das guerras é uma parada de comédia para iludir a sua invencível condição de tragédia. A verdade dele é o crime. E tudo o mais é um pretexto para o disfarçar. A fábula do lobo e do cordeiro já disse tudo. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais imaginação para inventar razões. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais hábitos de educação. E a razão é uma forma de sermos educados.”
Vergílio Ferreira, in Conta-Corrente IV
O Rio (Espero que não seja o fim para o Rio doce...)
Nasci no alto pra correr na terra,
Molhar o chão,
Abrigar o peixe,
Encontrar o mar,
Nasci no alto pra correr na mata,
Regar a planta,
Banhar a pedra e criar o limo,
Sustentar o barco e apoiar o remo,
Nasci no alto pra correr pro homem,
Saciar a sede,
Girar a roda,
Alimentar a vida,
Nasci no alto pra seguir o curso,
Completar a rota,
Cobrir o leito,
Exigir a ponte,
O chão está árido,
O peixe sumiu,
O mar está longe,
A planta secou,
A pedra rolou, o limo acabou,
O barco furou, o remo quebrou,
A sede é grande,
A roda travou,
A vida definha,
A rota é difícil,
O leito vazio,
A ponte caiu.
(Valdir Aquino Lubas)
Leva a Maria
O homem refém da sua existência
Tempera a saliva com a bagaceira e mel
Mastiga o ego rompendo o fel
A cada palavra dita
Enreda-se em laço de fita
Desaba na graça do povo
Risível o triângulo amoroso
Leva a Maria Zé
Que vale a formosura
Sujeita boa de morder fumo
Leva a Maria Zé
Negócio de amigo
Na segunda vê se devolve
Porque a Maria já tem dono.
Amor Não Correspondido
Como pode um ser Que se acha tão entendido Preferir viver escondido em seu mundo maltrapilho?
Evolui em tecnologia, conhecimento físico e nuclear. Mas, diminui em sua grandeza, sua grandeza Espiritual.
Mesmo sabendo seu destino, percorre sem remoço. Um caminho onde seu fim é a morte eterna.
Poderá o homem compreender o que realmente tem valor? Deixar de lado seus achismos e ver que de nada é conhecedor?!
Observar o amor não correspondido, de um ser Superior. Dedicado por toda a eternidade a sua criação imperfeita, aperfeiçoada por seu amor.
Poderá o homem compreender um amor sincero e puro. Entregue sem condição de pagamento a um ser em eterno julgamento.
Um amor não correspondido sincero e verdadeiro, onde o ser que é amado, jamais poderá amar do mesmo jeito.
Compreenderá o homem que é feito de barro; terá entendimento de sua fragilidade; e buscará o seu criador, que lhe dedica tanto amor?
Um amor real, não correspondido por um homem ingrato e maltrapilho, comprado por sangue Real e por um amor incondicional.
O amor de seu criador, embora não correspondido, continua a ser dedicado a esse ser tão ingrato, que só busca abrigo no colo de seu amado querido, quando tudo já perdeu.
Separado estava, perdido andava. Mas seu amado mesmo não sendo correspondido, com misericórdia o alcançou, e de volta ao caminho o colocou.
Mas o homem ingrato prefere ser odiado que sentir tamanho amor. Tal amor o constrange, o faz enxergar sua pequinês, prefere fugir da fase do seu querido criador.
Ah si o homem compreendesse o amor que lhe é dedicado, corresponderia de imediato o seu amado Criador!
Mais um solteiro.
É difícil ser um homem solteiro nesse século.
É difícil ficar sem carinho, sem alguém pra dormir comigo.
Pra chorar comigo quando sinto tristeza.
Pra se abrir comigo, e para eu dizer que vai ficar tudo bem.
É difícil viver depois que ela me largou, sim, ela decidiu que não dava mais, e minha filha está tão longe de mim.
Não tenho tantos motivos para sair de casa. Meus amigos pensam sempre em fazer as mesmas coisas, querem festejar a vida antes que ela acabe.
Porque por mais que eu queira que todos eles morram após a minha morte, vejo que eles se vão enquanto ainda estou aqui.
Mas não é sobre amizade que venho contar.
Sim sobre amor, amor é algo difícil de conseguir nos dias de hoje.
Não aquele amor que você sente por algo momentâneo.
Falo de amor, daqueles que tira o seu fôlego, que explode a sua cabeça. Que faz com que os pelos do seu corpo todo fiquem arrepiados com um simples toque.
Atração que você não pode explicar com palavras, e se você desenhar é capaz de se tornar um conjunto de peças abstratas que ninguém entenderia.
Desse é o amor que o homem solteiro precisa.
Homem quando sai de um relacionamento que durou anos, ou meses, que seja, e começa a conversar com outras pessoas é visto como "descarado", "dissimulado", "falta caráter", porque o homem tem que se isolar, tem que se manter casto, e a sociedade machista é punitiva.
Normalmente a mulher que está conversando com esse cara pensa "safado, já tá querendo se entregar nos braços de outra", "pode fazer a mesma coisa comigo".
Quando a mulher faz o mesmo e começa a conversar com outros homens é mais ou menos assim "esse cara não te merece", "ele é igual a todos os outros", e normalmente sem pensar dizem "isso mesmo amiga, bola pra frente, homem é igual a biscoito".
Esquecem a educação proposta pelos pais, pelos amigos, pela vida, de que homens e mulheres necessitam de "atenção".
As mulheres ensinam a outras mulheres que elas são fortes mas dizem que ser homem é mais fácil.
Homem não sente da mesma forma que a mulher. E eu concordo com isso.
A mulher ela é intensa em todos os momentos. Mas quando o homem é intenso, é chacoteado pelos amigos, é humilhado publicamente, hoje em dia um homem que demonstra sentimentos é quase raro. São poucos.
Todos estressados com seus problemas, suas vidas. Sei que nada é fácil, afinal sou homem. Mas limitamos a nossa liberdade de sermos ao fato de termos, e criamos a ilusão de que temos que ter pra ser.
Eu tenho medo de me adaptar ao novo mundo, onde as pessoas desprezam caráter e abrigam materialismo barato.
Onde eu tenho que ter um carro pra poder namorar alguém de determinada classe.
Eu não consigo me aproximar de alguém com a facilidade dos jovens de hoje.
Eles têm o físico, o argumento materialista e possuem o dinheiro que eu não almejo ter.
Eu tenho amor e sonhos.
Não quero ser possuidor de algo que não me apetece. E se for pra se aproximar, seja pelo que sou, não pelo que eu posso me tornar.
Superação:
O homem só descobre as suas forças
Quando os seus olhos estão prestes a perder a luz...
Viver livre para uns... Pode parecer questão de visão...
Às vezes a liberdade pode não ser o suficiente
Para libertar o olhar de uma criança...
Tente parar no meio de um campo de guerra por um minuto
E não ouvir estrondos de bombas destruindo prédios, casas e vidas
São tremendos gritos derradeiros...
Pobre alma que sobrevive sobre aquilo que lhes foi destruído...
Alimentar uma criança é alimentar a si mesmo...
Porque pensar que minha alma é pobre,
não mudará em nada a minha situação...
Pensamentos não são em vão quando se tem amor no coração!
Ah, minha doce vida.
Como podes entender esse enigma?
Ao mesmo tempo, menino e homem.
Alegre e triste.
Paradigmas opostos,
mas que unidos se tornam você.
Um sorriso e um olhar triste
Que clamam por uma felicidade verdadeira.
Sem tristezas nem decepções.
Que sonha com a alegria.
A Alegria de um dia de domingo
Com o Sol batendo na janela do quarto
Lembrando-o que tens mais um dia para tentar ser feliz
Ah doce vida, quem poderá entender esse enigma de homem?
Talvez o interessante nem seja entender, ou explicar esse enigma;
E sim, aceitá-lo como for
Sem perguntas, sem suposições; apenas como é.
Que diferença há entre o homem antigo e o atual?
Quantos anos se passaram
Desde o início do mundo
Criaram-se escolas,hospitais
O homem descobriu
A ciência,a roda
O telefone
Tantas coisas mais
O homem antigo
Nada disso tinha
Era um verdadeiro animal
Muito irracional
Hoje o homem
Mais privilegiado
Tem tudo e muito mais
Mas continua sendo um animal
Mais do que irracional
O homem de antigamente
Matava pra comer somente
Hoje o homem mata porque?
Rouba,escraviza porque?
E dizem que o homem
Raciocina,pensa,sente
Pura fantasia
Coitado do animal
Muito mais racional
Anjo da poesia
Com a casa em ordem!!
O sujeito estava namorando a morena mais gostosa do bairro, aquela qual todo mundo gostaria de dar uns amassos.
E logo já anunciaram casamento...
Mas, depois de alguns meses de paixão, a rotina tomou conta do casamento.
- Amorzinho - disse a morena
- a torneira da pia está quebrada. Você não vai consertar?
- Eu não, eu não sou encanador! - responde o marido.
Depois de alguns dias:
- Amorzinho, os ladrilhos do banheiro estão soltos, você não vai consertar?
- Cê tá doida! Eu não sou pedreiro!
Mais alguns dias:
- Amorzinho, meu guarda-roupas está com problema, você não vai consertar?
- Cê ta maluca! Eu não sou marceneiro!
Um dia o sujeito teve que ir viajar por uma semana.
E quando voltou encontrou tudo consertado.
- Quem consertou a pia? - perguntou o marido.
- O Sampaio - respondeu a morena.
- E os ladrilhos do banheiro?
- O Sampaio também.
- E a porta do nosso guarda-roupas?
- Ora, o Sampaio!!!
- Mas onde você arrumou dinheiro para pagar o Sampaio, se eu não deixei dinheiro para você?
- Ah, meu bem, quando eu perguntei como poderia pagar, ele me disse que eu tinha duas opções: ou fazia alguns pasteizinhos ou ia pra cama com ele...
- Aquele ordinário! Eu mato aquele desgraçado! Como é que ele fala assim com você? Quantos pasteizinhos ele comeu?
- Cê tá louco? Eu não sou cozinheira!!
O homem ri, chora, canta, desencanta.
O caminho é curto ou longo, como será?
Tremendo é o homem que encanta e canta,
Com o coração sereno a jubilar.
Feliz aquele que faz do limão uma limonada,
Tira forças das entranhas e ri no seu canto,
Tem a vida contagiante sua enamorada,
Tem a família que o protege com seu manto.
Feliz aquele que respeita a vida,
Tem as lágrimas para as horas incertas,
Escuta e promove palavras destemidas,
Que encorajam os seus nas horas certas.
Feliz aquele que doa e envolve com seu braço,
Ao ente, um amigo, palavra que conforta,
Nas horas incertas, mais forte é o laço,
Se a vida é curta ou longa não importa.
Acordo entre cavalheiros
Decidiu-se, arbitrariamente, naquele dia:
- Que a palavra não seria mais censurada de modo algum,
nem por um decreto lei.
- Que os olhos não se fechariam
nem mesmo se a cabeça abaixasse ou fosse forçada a abaixar-se
pontilhada por uma espada de gume afiado.
- Que as mãos só se estenderiam ao aperto, se esses, sinceros fossem, inevitavelmente!
Sob pena de se negarem mutuamente ao afeto contido no entrelace das mãos
caso não os fossem.
- De forma alguma haveria perdão,
pois, não há o que se perdoar quando não existe o pecado.
- E mesmo quando o outro por ventura parecesse distante,
ainda assim, haveriam predicados para homenageá-lo.
- E mesmo se o outro se fizesse distante,
por vontade própria ou por decisão alheia à sua vontade
haveria que se, habilmente, apreender-lhe os motivos de sua ausência
acolhendo-lhe sem questionamentos, disponibilizando-lhe de forma imediata
pão fresco para saciar-lhe a sua própria fome e a de seu exército,
água boa para cessar-lhe a cede e a de seus compatriotas
e leito confortável para quedar-se em descanso.
- Decidiu-se racionalmente que não se dividiriam mulheres durante as transas,
a menos que fosse vontade delas, e se assim quisessem, seria feito.
Decidiu-se também, que as mulheres seriam tratadas feito rainhas
e a elas seriam dadas todas as condições de igualdade nas decisões
permitindo-lhes a liberdade necessária para escolhê-los, e não o contrário,
cabendo a eles apenas aguardar serem escolhidos e honrados com tal graça.
Por fim, decidiu-se, que devido a tal acordo celebrado entre cavalheiros
findava-se ali, a guerra,
travada antes e até o presente momento, pela incompreensão e bestialidade masculina
em seus momentos mais idiotizados de afirmação de suas masculinidades tardias
pautadas em um machismo socialmente contraído e totalmente retrógrado.
- Decidiu-se em comum acordo entre cavalheiros
e celebrar-se-á em pacto de honra
com a cessão de um fio do bigode de cada celebrante
e um risco de sangue na lâmina da verdade,
que todos os acordos por hora celebrados serão mantidos,
fazendo-se cumprir tal decisão sem meios termos, sem meias verdades
e de maneira irrevogável.
Publique-se, divulgue-se, cumpra-se.
O Homem que Contava Estrelas
(...)"Perdeu o tempo.
O momento certo.
O amor eterno.
Conflitando medos com a vida própria.
Passos trôpegos.
Vagueia procurando.
Alma gêmea perdida.
A deixara para trás.
Ausente outrora.
Pisando espinhos no caminho.
Corpo triste.
Homem errante.
Contando estrelas
no silêncio
de minhas noites..."
A mulher que faz feliz um homem, não é aquela que está sempre linda, maquiada, unhas feitas e os cabelos perfeitos - afinal, desde criança que eles não acham muita graça na artificialidade das bonecas!
O delírio deles, era brincar de lutinhas, super poderes, missão impossível; sonhavam em salvar o mundo...
Por isso, a mulher que realiza a vida de um homem, é aquela que o faça se sentir; um "super-herói" todos os dias.
Epístola – 20
São Paulo, 11 de janeiro de 2015.
Fragmentos de mim
A primeira vez que nos possuímos, foi uma experiência incrível.
Incrível mesmo, pois você não sabia, mas estava realizando alguns dos sonhos a muito desejados por mim, é por isso que faço questão que saiba o quanto fora importante.
Desde que nos conhecemos eu percebi que poderia mesmo realizar sonhos.
Poder amar você já era a realização de um sonho.
Descobri que você possui a mesma estatura que o homem dos meus sonhos.
Que os encaixes de seus braços moldam meu corpo com perfeição, idêntica aos dele.
Você exibe o mesmo tom de voz, a mesma textura na pele, o mesmo fascínio em locomover-se, a mesma forma de me olhar, banha meu corpo fitando-me.
O meu lugar preferido de todo o mundo, pertence ao homem dos meus sonhos.
É um lugar aconchegante onde me sinto protegida tanto o corpo como a alma,
e você é portador de algo semelhante.
Ao tocar-te, beijar-te, olhar-te a mesma sensação me toma o ar, igualzinho, igualzinho ao homem do meu sonhar.
Há um oásis em minha realidade que difere o meu desejo de sonhar.
Como pode na realidade não me amar, se em meus sonhos sou eu quem lhe toma o ar.
Enide Santos 11/01/15
E passa pelos nossos olhos.
A gente sabe que o tempo passa.
Sempre soubemos que isso aconteceria, que o tempo correria, que o mundo mudaria, que “nós” poderíamos voltar a ser só “eu” e “você”, separados pelo mar ou por um continente a nos tomar.
Ninguém sabe a nossa história, nosso filme, a música que é nossa por direito e viver. Ninguém sabe dos nossos beijos, nossos encontros, nossos segredos, mas são coisas que ninguém tem que saber. O que foi nosso, guardado está, passem os anos que passarem.
Espera, fica um pouco mais… O café está quase pronto.
É tão gostoso quando só a gente sabe, só a gente vive, só a gente sente. É tudo tão nosso. Aquelas pétalas ainda estão dentro do livro. As fotos ainda no meu mural. Os beijos, na minha boca. Teu encanto, nos meus olhos. Teus olhos cristalinos refletindo aquele pôr-do-sol estarão para sempre em meus sonhos.
Eu guardo tudo. Guardo nossa paixão instantânea, nosso amor totalmente pessoal. Guardo as besteiras ditas, e sei que você guarda também. Eu espero você, espero te ver, e sei que você vai abrir a porta ao me ver chegando.
Somos tão nossos, e não é de hoje, nem de ontem. É de uma vida. E ficamos assim, nesse “eu” e “você” traçando um eterno “nós”. Embolando esses diversos nós. Laços são difíceis de fazer e nós mais difíceis de se desembolar, e aí a gente se enrola, a gente se namora.
O cheirinho está tão bom. O gosto, ainda melhor. Aproveita o teu café, beba como se fosse me beber a cada gota. Desmanche-me em tua boca, deixe o seu cheiro em minha roupa. Estamos marcados e quero que fique assim, sempre. Eu, eu, você, você, nós, a gente, um abraço quente.
Não deixe esfriar. Se acontecer, eu faço um café novo, como os inúmeros que já fiz… Mas dessa vez o café é bom, o gosto melhor, e sei que você vai aproveitar muito mais dessa xícara, a cada gole. Um gole ali, um pouco de mim aqui, e nós nos formamos novamente.
Tudo isso, debaixo do nosso nariz… Passando diretamente por nossos olhos, mas antes a gente viu sem enxergar. A cegueira passou e estamos em nosso lugar, e que assim permaneça.
Um Fora
Eu sinto algo tão sensato
Inventando a coisa errante
Estou-me envolvendo,
E você me dando ‘um fora’.
Estou-me com pensamento estarrecido
Pois tudo em minha criatura
Namora tudo em você
Não posso parar de escrever
Eu gosto de pensar que a gente tinha tudo
Sinto-me certo
De nunca deixar você esquecer
Pois tudo em minha criatura
Namora tudo em você