Textos sobre Música
Reconvexo
Após a explosão,
o silêncio instala-se.
A música que ressoa
São ecos nas paredes das montanhas que se erguem,
entre dois seres que nunca viram a luz do sol.
A clareza da luz que ilumina dois corações, foi utopia.
Um sonho sonâmbulo sem corpo, sem alma.
Uma réstia de luz acorda a razão adormecida, e os momentos puros, cheios de inocência, cheios de amor, se transformam em insanos, depravados, só prazerosos.
Tudo dilui-se, não há mais consistência, formas e beleza.
Tudo transborda por um rio de lágrimas ao encontro do mar.
Abrindo o horizontes a outros infinitos.
A busca continua, pois esperança
Sempre é a última que morre.
Sabe quando você demonstra o que sente, pensa na pessoa 24 h por dia, ouve uma música e ela te faz lembrar da pessoa amada, quando você diz que ela é muito importante pra você mesmo quando ela não demonstra que tu é importante pra ela, Quando você ama de verdade alguém?
Se você se identificou,Parabéns...
Você tá sendo trouxa amigo(a).
Hoje senti o desejo de comentar sobre a letra da música do Nando Reis, “Pra você guardei o amor”.
Ao ouvir e prestar atenção na letra fui remetida a tempos imemoriais de minha infância, onde a figura paterna se fazia presente e de quando eu imaginava o amor, como eu via, com meus olhos inocentes, o relacionamento de meus pais. Época de sonhos e verdades limitadas ao que ocorria a poucos metros de mim, pois não existia a internet ou nada de muito tecnológico.
Lembro de estar sentada em nossa sala pequena, na Casa que morávamos, na rua conhecida como Bêco Salgado, na Cidade do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Casa pequena, de frente, uma porta e uma janela. Na sala, neste dia que consigo recordar, eu por volta dos meus nove anos, sentada numa mini cadeira, meu pai, na cadeira de balanço, minha mãe fazendo um tipo de artesanato que lembrava o crochê, sentada numa cadeira baixa ao lado dele, ela usava uma tábua cheia de pregos, para trançar com linhas, foi quando, num diálogo entre meus pais, de repente , minha mãe bate no joelho dele com esta tábua cheia de pregos, ele grita de dor, as cabeças dos pregos entraram na pele, ela imediatamente, procurou cuidar do ferimento, mas não se desculpou, a partir deste dia, comecei a perceber que o amor que eu imaginava entre eles, não existia mais, algo tinha abalado a relação.
Comecei a prestar atenção aos detalhes da convivência diária e pude facilmente perceber que algo externo acontecia e que a minha mãe sofria em silêncio. Uma nova mulher ocupava o coração de meu pai e ele vivia esta paixão em segredo. Mas um dia tudo se tornou insuportável e minha mãe entregou o seu grande amor a sua melhor amiga. Traumas se formaram, dores imensas, família desfeita. O tempo passou, hoje meu pai já falecido, ainda faz meu coração vibrar de saudade, pois apesar de tudo, ele era meu pai. Com a maturidade entendemos que cada um faz suas escolhas e consequentemente arca com as consequências, não temos o direito de julgar, apenas de aceitar. Com os eventos que se seguiram, meu coração se transformou em quase pedra, sentimentos contidos, medo de amar e sofrer.
Todas as vezes que tentei abrí-lo, ele foi machucado e novos traumas se formaram, porém o amor está lá guardado, potente, pulsante, o qual sempre quis mostrar, mas por medo guardei sob uma carapuça grossa, quase intransponível. Todas as vezes que tentei deixar fluir e fui machucada, me senti uma idiota e me perguntava: Você sabia que o mundo é assim, cruel, sem moral, sem valores éticos, por que você se abriu? E lá estava eu de volta a concha protetora. Hoje, ao meio século de vida, vejo que as pessoas continuam do mesmo jeito, se enganam e enganam, tiram proveito de pessoas boas sem a menor crise consciência, quando tudo vai mudar de fato?
Caminhamos a passos de tartaruga para a evolução moral tão pregada pelo Cristo. Sinto uma tristeza muito grande quando consigo perceber que será ainda necessário muita dor e sofrimento para que tenhamos absorvido o aprendizado de como amar de verdade e com a verdade. Vida que segue, porém cá estou com muitas restrições, mas na esperança de um dia poder dar o amor que sinto, livre e feliz, como diz a letra da música.
pode me chamar de “metamorfose ambulante”
lembrou da música do Raul?
pois é, sou exatamente assim
vivo em constante mudança…
sou intenso,
não gosto de ter aquela velha opinão formada sobre tudo
gosto de mudar… gosto quebrar padrões que me mandam seguir
eu sou único,
sou singular, mas também sou plural
é tão chato viver nessa mesmice
é tão chato não se arriscar
é tão chato não tentar algo novo
a chance de experimentar tudo isso, é agora
seja a mudança
faça a mudança
Música no ar
Um despertar sonolento...
Da vida apenas mais um momento
Que se esvai nos raios de luz que o sol
Traz com o arrebol.
Alvorada... fria madrugada.
Tênue luz indefinida...
Amarelada... azulada?
Não há nuvens no céu.
A brisa é leve e suave.
Começa devagarinho o canto das aves.
Uma música no ar.
Alguém acordou com vontade louca de dançar...
É outro dia que se inicia...
O que trará de novo...
Medos... tristezas... ou alegrias?
De tudo, guardei "Sem lechetrez"
Que rima com última vez
E aí lembrei da música
"Começaria tudo outra vez
se preciso fosse meu amor"
Que rima com flor
E aí lembrei da flor que ganhei
Que rima com tatuei,
E aí lembrei que foi o que fiz
Que rima com feliz
É aí lembrei que é como sou
Nessa mistura de alegre e triste
Que rima com o que fizeste
Junto com o que eu fiz
Que rima com porque eu quis
E também com porque você quis
E aí lembrei como a gente era feliz
Que, se não rima com amor,
Não poderá, jamais, rimar com dor!
A natureza canta para a nossa credibilidade afetiva
E a música do verde se move ao vento para a nossa harmonia
Esperamos uma benção celestial
Debaixo desse imenso céu, entendemos ser um ponto crucial...
Desejamos que o dia seja leve, seja de positividade e que os nossos momentos seja alegre
Precisamos nos precaver para que a segurança seja solida para continuarmos a viver
Então que tenhamos um dia de muita alegria
Para você em particular
Eu desejo o meu bom dia!
A chuva esbraveja na minha tristeza...
Minhas alegrias são parte dos maiores devaneios...
A música tornasse gotas de chuvas...
O orvalhos estremecem com luz do luar...
Sob devassas abstinências das brumas
Tenho sonhos que esperanças se deseja
A lucidez apenas amarga a solidão...
Bebendo suas gotas e murmúrios
Na questão da dor mais forte...
Muitas vezes é difícil compreender...
Mais a chuva alimenta minha alma...
Nada posso lembrar até que enfim adormeço...
E nas profundezas acordo...
No abismo platônico te sinto...
A luz do amanhecer seria linda demais
Mas desejo continuar a sonhar pelas madrugadas chuvosas.
Escolhidos como gados bovinos.
Vacinados rotulados...
Parece música infantil...
Mais ainda pior é ter fura fila?
Propaganda do governo omisso...
Mais uma desculpa para continuar assim mesmo mortos por causa de uma história bonita.
O esquecimento é a cumplicidade da história.
Em época passada éramos fechado na casa depois eram recolhido os corpos.
Muitas vezes os corpos eram Descartados...
Só ficou vivo quem era forte.
As famílias arrasadas pois ninguém compreende as verdades que nos cerca.
Em assim assimilação do sistema escravagista e autoritário.
A omissão daqueles que devem nos proteger...
Tem dever de se salvar depois quem sobrar conta a história.
Porque evoluímos se somos definidos pelos que somos... ?
Nossas vidas ceifadas e perdidas nada representa na imensidão.
A busca de resposta num mundo de sombras de absurdos...
As vezes penso no passado, presente e futuro...
Vejo que fica pequeno perante a música de fundo escolhida.
Tenho medo de escutar outras antigas...
E limito meus ouvidos a que venha escutar do novo. A essência
do presente ferver a criação que fica sempre entre
o passado e o futuro. Que música vc quer escutar agora?
VOCÊ É MÚSICA
Nos dias em que você acorda rock você é contestadora e demolidora de muralhas altas, que até então julgavam-se intransponíveis.
Você é caveira, que iguala, no final da vida, a todos os seres humanos do planeta.
Nos dias em que você acorda Jazz você é puro improviso, a elegância de fraseados únicos, e que jamais serão tocados da mesma maneira - já que você própria é única e inimitável.
Você cozinha Miles Davis com Chet Baker, e tempera tudo com as vozes da Sarah, da Ella e da Billie, e assim finalizando fabuloso prato.
Nos dias em que você acorda Blues você sente a melancolia em estado bruto, entremeada pelos seus cabelos, quase que etílica e desafiadora; você vira ácido rascante e dissolvente dos sentidos de qualquer incauto.
Nos dias em que você acorda Clássica você exala a erudição dos que ousaram inventar a música tal como a conhecemos hoje, não me permitindo com certeza discernir se você é complexa ao extremo ou contraditoriamente simples.
Você vira a mais harmônica sonata.
Nos dias em que você acorda Hip hop você traz dos guetos e dos morros de favelas suburbanos a voz revoltada daquele que não chegou jamais a ter alguma voz até agora; você grita em desespero pela igualdade e pela equidade absolutas.
Nos dias em que você acorda Eletrônica você eleva a sua agitação a um determinado nível de insanidade - e até de êxtase - peculiar aos que desejam segurar cada segundo a mais do tempo; e, de vez em quando, eu sinceramente não lhe aguento. Energia quântica em demasia.
Nos dias em que você acorda Barroca você vive a dualidade entre o divino e o mundano. Espírito e carne.
Você vive a mais pudica e a mais (deliciosa) depravada ao mesmo tempo. Você está na missa e no Beco do Mota simultaneamente, lá “pras” bandas de Diamantina.
Nos dias em que você acorda Caipira você se esbalda nos acordeons e nas violas aquecidas na fogueira e no arrasta-pé levantando poeira, que estende as madrugadas da fazenda, tomando cachaça de alambique.
Canta a alegria e a singeleza do homem do campo, tanto quanto a nostalgia e a saudade sertanejas dos que migram às cidades grandes.
Nos dias em que você acorda Disco você brinda à vida mergulhada em um mar de espumante, com a dança mais frenética e passos ensaiados ao longo de toda a sua existência.
Você sempre é a última, descalça e transpirante, a ir embora dos bailes de casamento e de formatura.
Nos dias em que você acorda Samba você se transforma em cerveja bem gelada, feijoada e bate-papo alegre nas manhãs de sábado naquele mercado antigo, quando a mesa de seu bar é templo: um oráculo indestrutível no qual as principais questões da humanidade são minuciosamente dissecadas e solucionadas com inconfundível (e não menos incontestável) sabedoria dos que vivem de verdade a vida.
...
Você faz com que os meus cinco sentidos sejam todos condensados em ondas sonoras, que me trazem o frescor de suas melodias, a limpidez de suas harmonias e a pujança de seus ritmos intensos e intermináveis.
Eu diria que você é música.
Música
Algo de miraculoso arde nela,
fronteiras ela molda aos nossos olhos.
É a única que continua a me falar
depois que todo o resto tem medo de estar perto.
Depois que o último amigo tiver desviado o seu olhar
ela ainda estará comigo no meu túmulo,
como se fosse o canto do primeiro trovão,
ou como se todas as flores explodissem em versos.
Quão real é o chão em que você pisa? A máquina que você toca, a música que você ouve, a pessoa que você beija, o inimigo que você odeia? Seus pé pisam no chão. Isso os torna real? Seus amigos sangram. Isso os torna reais? A confusão que cresce em você quando você ouve. E se a realidade não for o que você pensou? E se tudo for uma construção? Uma simulação magistralmente criada: O que é real e o que não é? E se nada é real? e se tudo o que você sabe é falso?
E você. O que escolheria se soubesse a verdade? Gostaria de entender? Um sonho dentro de um sonho, onde até a verdade às vezes é uma mentira?
"Sintoniza com a gente, deixa invadir na sua mente a música que vai te fazer balançar."
"Sintoniza o coração na sua melhor estação porque a emoção vai rolar"
"Vem comigo nessa festa porque o que nos resta é se alegrar e festejar."
"A melodia da alegria com som de euforia vai te contagiar."
#Rádio
28- 10- 2020
Vestígios
Perdão, amor
Pois na sua partida
Não consegui apagar a música da nossa vida!
Perdão, amor
Pois quando você nos deixou
Meu coração
Por ti
Chorou!
Perdão, amor
Por escrever na Constelação seu nome
Com tanta beleza
E desenhar seu rosto
Com uma ponta de estrela.
Perdão, amor
Por fazer da nossa história
Um mar de eterna memória
Vestígios de tanta beleza!
Universo Paralelo
Ainda a pouco,uma música celta interpretada pelo Vangelis me fez literalmente sair de mim!Estava deitado a ouvi-la e os acordes como que me pegando pela mão, me fizeram "despertar" no quintal de piso de caquinhos da casa onde eu morava com meus pais, a pelo menos uns sessenta anos "passados" (fingindo acreditar que o tempo passa)! Depois de uma leve vertigem, (lhes garanto que não tenho labirintite e nem diabetes e minha pressão é normal) acordei do torpor e me vi olhando a rua de terra depois de algum temporal do verão que se fazia! O cheiro de terra molhada,as poças d`água que ficaram, o caminhão sempre parado ali, a menina Marilda a caminhar para algum lugar, olhando-me com um sorriso tímido, tudo tão real, que não sei dizer se a realidade é aquela ou essa em que lhes escrevo! Benditos sejam os Universos paralelos, a permitirem que nada se acabe e que guardam os momentos marcantes,, no Infinito de nós mesmos !
odair flores
Música Até ontem
Compositor Poeta Adailton
Até ontem te procurei pela casa vazia
Até ontem eu não dormia
Até ontem eu não sorria
Até ontem eu sofria
Refrão:
Até ontem te esperei
Até ontem te liguei
Até ontem te amei
Mas você não entendeu
Até eu chorava e não comia
Até você não me amava e eu não sabia
Até ontem de madrugada eu senti frio
Até ontem meu coração era vazio
Refrão:
Até ontem te esperei
Até ontem te liguei
Até ontem te amei
Mas você não entendeu
poeta Adailton
A vida, a música
O meu coração tem um batido igual uma percussão. Eu tenho um ritmo, uma harmonia. Não tenho acorde. Estou acordado. Sinto o som de fora. Sinto o som de dentro. Não vivo sem música pois eu e a música somos um só. "O som do coração". Será que lá no céu vai ter música? O que vai ser de mim?
Que seria de nós sem a " MUSICA"...
Vida triste, sem cores, sabores, sem perfumes.
Como fariam os amantes para chorarem seus amores, os românticos a sonhar em lindas noites,
As dançarinas seres tristes, sua dança não teria força por si só.
O que seria do romance, embalados por lindas notas de amor, crescendo numa caliente explosão de carinho e prazer.
Mas, mesmo diante de sua força, encantamento ... soberania,
Nada seria da música se não existisse o "MÚSICO"
SE O MEU AMOR FOSSE CANÇÃO
Se o meu amor fosse canção
Seria música de Tom Jobim
De natureza, bela, de luz e de sol
Seria pra mim a nona perfeita
Divina, sem início nem fim.
Se o meu amor fosse canção
Seria ópera de Wagner
Romance de Isolda e Tristão
Eclipses de Caetano
“Qualquer Coisa” vã
Travessia de Milton
Sina de Djavan.
Se o meu amor fosse canção
Seria assim, cheia de defeitos
Melodia incompleta
Rascunho de poeta
Poema sem som.
Evan do Carmo