Textos sobre Mentiras

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⁠Os arquitetos do vazio…

Sob a luz pálida de um sol amortecido, um salão vasto e mal iluminado estendia-se como um campo de batalha velado. As mesas alinhadas eram cercadas por cadeiras que pareciam tronos de um reino que se sustentava em falsidades e segredos. Ali, onde o ar tinha o peso de um segredo mal guardado, seis figuras dominavam o espaço, cada uma com sua própria máscara, cada uma com suas ambições ocultas.

No centro de tudo, havia Lívia, a líder do lugar, embora o título parecesse um adorno mais do que uma verdade. Ela era jovem, mas sua postura encurvada e o olhar vazio faziam-na parecer mais velha, como se carregasse o fardo de uma vida que nunca aprendeu a viver. Sua presença era um paradoxo: uma figura que deveria inspirar, mas que transmitia uma inquietação quase palpável. Havia algo de sombrio em suas expressões, uma tristeza que parecia nascer de um vazio interno, como uma casa grande e rica, mas sem mobília. Ela nutria uma amizade peculiar com Clara, a outra mulher do grupo, uma relação que os olhos mais atentos poderiam chamar de genuína, mas que, nas sombras, era distorcida por interesses e manipulações.

Clara era uma especialista em disfarces. Seu sorriso largo e suas palavras doces escondiam uma mente afiada, acostumada a esquadrinhar as fragilidades alheias. Era como uma serpente, deslizando suavemente, mas pronta para atacar quando fosse conveniente. Enquanto fingia lealdade a Lívia, tecia em segredo uma trama venenosa, espalhando palavras como lâminas, afiadas pela raiva e pelo desprezo que sentia pela líder. Não era difícil perceber que Clara não tinha apreço por ninguém além de si mesma, e seu mundo girava em torno de benefícios que pudesse colher sem esforço.

Entre os homens, destacava-se Elias, vice-líder, o mais jovem da equipe. Sua juventude era marcada por uma habilidade peculiar: a mentira. Ele mentia com uma facilidade que quase parecia arte, moldando realidades paralelas que o favoreciam, como um espelho distorcido. Sua personalidade refletia a de Lívia, ambos unidos por uma escuridão que não admitiam em voz alta. Elias era astuto e sabia que, para sobreviver, precisava jogar um jogo perigoso, mesmo que isso significasse destruir quem estivesse em seu caminho.

Davi, o assistente que ocupava o quarto lugar em idade, era um homem de aparências e fantasias. Ele havia se construído em cima de histórias que não eram suas, pavimentando sua trajetória com mentiras que contava a si mesmo e aos outros. Era um parasita, sugando o que podia de Lívia, que, por motivos que ninguém compreendia, lhe dedicava uma atenção especial. Talvez fosse fascínio, talvez interesse compulsivo e carnal, mas o fato era que Davi sabia como aproveitar-se disso, alimentando as ilusões de Lívia enquanto construía sua própria rede de vantagens.

O restante da equipe era composto por Samuel, o segundo mais velho, um homem animado, de energia leve, mas que escondia inseguranças profundas e uma natureza dúbia, e Heitor, o veterano do grupo, cujo coração puro e espírito resiliente o tornavam um estranho naquele ninho de cobras. Heitor havia aprendido a sobreviver, não por malícia, mas por necessidade. Ele observava o caos ao seu redor com olhos atentos, sabendo que o único caminho seguro era aquele que o levaria para longe dali.

A trama começou a se desenrolar quando Lívia, Clara e Davi uniram forças em uma conspiração intrincada. Eles criaram uma aliança baseada em interesses mútuos, cada um trazendo suas habilidades para a mesa: Lívia, com sua manipulação e capacidade de distorcer a verdade; Clara, com sua falsidade; e Davi, com sua habilidade de se fazer indispensável. Juntos, começaram a trabalhar com um único objetivo: derrubar Elias e promover Davi em seu lugar, garantindo a vontade de Lívia e que Clara fosse muito bem recompensada.

Porém, Elias não era tolo. Ele percebia os movimentos sutis, os olhares trocados, as conversas sussurradas quando pensavam que ninguém estava ouvindo. Ele começou a contra-atacar, espalhando rumores e manipulando situações para parecer estar jogando no mesmo time de Lívia, quando na verdade ele queria o seu lugar. Era um jogo de xadrez sombrio, onde as peças eram movidas no silêncio, e as consequências eram reais.

Enquanto isso, Heitor observava. Ele não era parte do jogo, mas também não era cego ao que estava acontecendo. Ele via as máscaras caindo, os sorrisos falsos, os olhares carregados de intenções ocultas. Ele sabia que aquele lugar não era feito para ele, que sua bondade e honestidade eram qualidades que não tinham valor ali. Mas também sabia que precisava aprender a jogar, não para vencer, mas para sobreviver até que pudesse partir.

Quando o confronto final aconteceu, foi como uma tempestade que há muito se anunciava. As alianças desmoronaram, as verdades vieram à tona, e os segredos que sustentavam o equilíbrio precário daquele reino de falsidades foram expostos. Clara tentou culpar Elias, que, por sua vez, acusou Davi, que tentou se esconder atrás de Lívia. Mas, no final, todos saíram perdendo, exceto Heitor, que, com sua paciência e resiliência, conseguiu escapar ileso.

Quando Heitor finalmente deixou aquele lugar, sentiu-se como um prisioneiro libertado. Ele sabia que nunca mais voltaria, que aquele capítulo de sua vida havia terminado. E enquanto caminhava para fora, sob a luz de um sol que finalmente parecia brilhar, ele sorriu. Não porque havia vencido, mas porque havia sobrevivido. E, às vezes, isso era tudo o que importava.

Inserida por mauriciojr

⁠O Labirinto de Um Universo Egocêntrico: Reconhecendo e Rompendo o Ciclo de Autopreservação…

A essência de um ser que habita um universo centrado exclusivamente em si mesmo, incapaz de reconhecer a existência plena do outro para além do que este pode oferecer, é um enigma que desafia as relações humanas mais fundamentais. Em sua presença, a ausência de reciprocidade não é um descuido, mas uma característica intrínseca. Não há espaço para sentir falta de quem está longe, tampouco para notar verdadeiramente a presença de quem está perto. E isso não carrega qualquer relação com quem você é, com o que você faz ou oferece; a lógica é implacável: o foco está nele próprio. Sempre esteve. Quando você se afasta, seja por decisão própria ou pelo descarte que inevitavelmente acontece, ele não lamenta a sua perda como ser humano, mas sente a ausência das funções que você desempenhava, dos benefícios que proporcionava. Se outro ocupar esse lugar e oferecer o mesmo, o ciclo simplesmente se reinicia, sem resistência, sem hesitação. Mas, caso você decida direcionar o que antes oferecia a ele para outra pessoa ou, pior, para si mesmo, a dinâmica muda radicalmente. É inconcebível que algo que orbitava seu mundo passe a girar em torno de outro astro, ou que você, improvável rebelde, ouse reivindicar sua própria autonomia.

Esse jogo de dependência, no entanto, não é sustentado sem resistência. Quem tenta romper o ciclo frequentemente cai na armadilha de querer explicar, justificar, ou até confrontar. Há quem deseje mostrar as feridas que foram abertas, esperando talvez por um lampejo de empatia ou arrependimento. Outros desejam exibir a felicidade conquistada após a separação, como se isso fosse causar alguma transformação. Mas tanto um quanto o outro gesto é inútil. Ele sabe. Sempre soube. Dizer o óbvio é desperdiçar energia. Mostrar felicidade não é atingir um alvo, porque ele não sente o impacto. O verdadeiro desafio está em compreender que a saída do ciclo exige silêncio, distância e portas trancadas. E, no breve instante de lucidez que surge no caos, é preciso agarrar essa oportunidade com firmeza, sem olhar para trás.

No campo profissional, a lógica destrutiva se manifesta de forma igualmente cruel e meticulosa. Quando ocupa posições de liderança, aquele cuja visão do mundo é centrada em si mesmo transforma o ambiente de trabalho em um palco de manipulações. Há sempre uma vítima predeterminada, o bode expiatório, cujos esforços serão desvalorizados e cuja reputação será sistematicamente corroída. Paralelamente, emerge o funcionário idealizado, aquele que é exaltado e colocado como exemplo, mas apenas para fomentar rivalidades e intrigas. A competição é incentivada de forma doentia, as fofocas são instigadas e a equipe é transformada em um grupo de executores inconscientes de sua vontade. As funções da vítima são redistribuídas sem qualquer explicação ou respeito, enquanto, nos bastidores, sua imagem é minada junto aos superiores. A narrativa construída é sempre a mesma: o bode expiatório é incompetente, problemático, um peso para a equipe. Assim, a destruição da autoestima e da credibilidade do alvo é lenta, mas implacável, e o ambiente de trabalho se torna um campo de batalha emocional onde a vítima, acuada, enfrenta humilhações constantes, desdém e desvalorização. A repetição dessas situações transforma o abuso em algo quase invisível para os demais, mas devastador para quem o sofre.

O mais intrigante, porém, é que não há uma transformação possível para aquele que age dessa forma. Não porque ele seja incapaz de perceber o impacto de suas ações, mas porque a motivação para mudar simplesmente não existe. O peso de reconhecer décadas de destruição relacional é insuportável para quem construiu toda a sua identidade em torno de uma visão distorcida do mundo. A vergonha e a culpa, que poderiam impulsionar uma busca por mudança, são imediatamente enterradas, negadas, evitadas a qualquer custo. Mesmo diante de um diagnóstico, a possibilidade de enfrentamento é mínima. A sociedade, por sua vez, também não oferece suporte. A recomendação amplamente aceita é clara: não tente lidar com ele, apenas corte o contato. Para muitos profissionais da saúde mental, a tarefa de tratar alguém assim é vista como infrutífera, e a falta de perspectivas de tratamento positivo reforça o isolamento dessa condição. É um ciclo pesado, quase intransponível, em que a incapacidade de mudança é ao mesmo tempo causa e consequência.

Por isso, compreender e reconhecer essa dinâmica é essencial para evitar cair nela. Não se trata de salvar, mudar ou confrontar. A saída está em preservar a própria integridade, em reconhecer o momento de partir e, acima de tudo, em fechar as portas de forma definitiva. Porque no centro de tudo está uma verdade inescapável: o universo daquele que não vê o outro como indivíduo é um lugar onde você jamais será plenamente visto. E aceitar isso é o primeiro passo para retomar o controle sobre a própria vida.

Inserida por mauriciojr

⁠O requinte do simples, a pureza do sorriso, o brilho nos olhos...detalhes.
Coisas que ninguém vê. Aquele cheiro de fruta, a malícia, verdades, mentiras, ilusões, ânsia por felicidade.
E em cada ponto um brilho, um mistério. Faltam palavras para desenhar um instante. O tempo de um beijo. Um olhar e um sorriso.....O tempo é apenas um detalhe. Na verdade, é uma mentira que dura eternidades.
G.M.

Inserida por g_n_rose_magalhaes

⁠É mentira que não tens relevância,
que tuas forças acabaram,
que não há mais esperança
que fazes tudo errado,
Felizmente, és contrariado
constantemente
Por aqueles que te amam,
Pelas vezes que levantas
Por cada manhã em que acordas
e pelos sorrisos provocados
por ti,
Então, tente agir com sobriedade,
não torne pra si suas mentiras em verdades,
muito ruim ter que resistir
à autossabotagem.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Pareciam nascidos um para o outro,
ele, um homem de sagacidade,
bem afeiçoado de um agir minucioso,
que não se impressionava fácil,
ela, uma linda mulher de intensidade,
austuciosa, nada frágil,
ambos difíceis de serem enganados,
juntos numa história audaciosa
após, inesperadamente,
seus caminhos terem se cruzado
e terem sentido uma forte atração
desde o início,
mas sempre cautelosos,
pois não costumavamfacilitar
para os perigos e nesta situação,
os riscos eram grandes
pois estavam cada vez mais envolvidos,
então, iniciaram uma dança atrevida
e intensa
entre segredos e mentiras,
um tentando acompanhar os passos
do outro sem perder o ritmo
e assim seguem unidos
até que ambos se rendam ao amor
ou que haja um desastroso vacilo.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Na teia sutil dos dias corridos,
Vive, entre sombras, a ilusão,
É tal o dom de alguns fingidos,
Que entorna a verdade ao chão.

Enganar, com ar de fácil encanto,
Veste-se fato como seda ao vento,
E na crença, o humano canto,
Faz do engano um leve alento.

Porém, na luta de esclarecer,
Mais árduo é o desafio presente,
Pois fácil é não querer ver,
A verdade queima e sente.

Por que é difícil se desiludir?
Talvez por dor, orgulho ou medo,
Mas se o coração conseguir se abrir,
A luz da verdade reina sem segredo.

Inserida por OdaraAkessa

Às vezes, as verdades parecem mentiras para concorrerem com as mentiras que parecem verdades. E assim, a gente se mostra tão imperfeito e instável que nossa vingança não serve, por ser injusta demais. Então, precisamos chamar o monstro de nossos sonhos para destruir nossos inimigos e nos salvar sem precisarmos sujar as mãos.

"Não gosto de quem fala mal dos outros, não gosto de fofocas, detesto mentiras sobre mim. Sou homem de não mandar recados a ninguém, se um dia tiver que dizer algo à alguém, faço questão que seja por minha boca, e assumo tudo aquilo que por ventura eu diga... A pior de todas as maleficências que um homem pode possuir é a fama de fofoqueiro... Hoje perdi um colega que ouviu uma fofoca sobre minha pessoa, como não me conhece preferiu acreditar em mentiras e se negou a ouvir a verdade...Um colega não poderia mesmo entender a minha posição, pois somente os amigos me abordariam para saber a verdade dos fatos, colegas são apenas colegas, apenas mais um que esta sempre pronto para ser o nosso próximo inimigo..."

Prefiro ser criticada por minhas verdades, do que viver de mentiras. Por menores que sejam, são mentiras. Momentos passam, a verdade sempre chega. Vc vai olhar pro lado e não terá ninguém. Ficará com seus enganos, suas omissões, suas desculpas, suas pequenas e grandes mentiras. E no final, verá que só mentiu pra si mesmo!!!

Se pudesse crer em algo neste momento, talvez não acreditasse em verdades perfeitas, mentiras corretas e coisas como - ah, você nasceu dodói, e se você manca da alma, não andará direito nunca, mas você pode se melhorar, ok? Apenas não há garantias de que, quem você quer mostrar que hoje é diferente, que ele realmente verá o que quer mostrar. Porque a coisa tem de ser de dentro para dentro - de você para você mesmo. E se é pouco ainda, é muito para você e seu momento de solidão enquanto se trabalha para ser melhor. A máscara da perfeição custa muito. Talvez um preço que não consigo suportar.

A mentira...Viver de mentiras e viver abstratamente dentro de algo que nem mesmo você saiba oque esta fazendo a si mesmo.Mas a mentira é justa,pode levar anos e anos escondida,mas um dia quando menos se espera ela vem a tona .E ai como ficam as pessoas que mentem.Pence duas vezes antes de mentir.Saiba que la na frente a verdade te espera .

(...)E eu, até agora, permaneço estática, calada, sofrendo sem merecer... Não só pelas mentiras, mas porque me fez acreditar que eu era um monstro, uma insensível, cruel, devoradora de esperanças e de sonhos que você tanto edificou comigo... Mas você esquece que eu também tenho a capacidade de sonhar... e muito mais do que você. Eu explodia em fúria, em choro, em gritos, em temperamentalismo, mas eu agia com toda minha transparência e sinceridade, porque não sei calar o que sinto, não sei mentir o que sinto... Você calava, serenizava, falava em baixo tom.... mas pra omitir suas ações cheias de egoísmo, de orgulho, de confusão. Hoje, me diz que me ama, que não pode me perder, que perde um pedaço de si com a minha partida... e faz drama... Hipocrisia!

'Acabou,
fim da obscuridade,
fim do sofrimento,
fim das mentiras..
As mascaras cairam e entao pude ver oq realmente era..
Vc viu e descobriu que eu nao sou tao inocente..
As pessoas mudam,
algumas pro bem,
outras pro mal,
mas nao eu,
continuo a mesma,
cheia de sonhos,porem mais fria..
As mascaras cairam e eu pude enxerga,me libertei desse inferno, eu aprendi a voar..
As mascaras cairam,
e se partiram em milhoes.
eu cresci e te vi aqui em baixo,
eu corri,
tudo por que as mascaras cairam"

Temos tantas coisas, palavras, sentimentos a zelar e sentir, pra que viver uma vida de mentiras? o peso da consciência é o que nos faz cair por terra, reerguer-se do chão e se preparar pra voar novamente é mais que uma arte, é uma escolha entre amar a si mesmo e limpar as dores da alma ou viver uma vida de lástimas e arrependimentos se agonizando comodamente sem mexer um dedo... estranhe-se... mas conheça-se e ame-se... do resto tudo Deus e a vida darão cor novamente!

Promoção do dia. Vende-se. Mentiras, fofocas, chatices, contas atrasadas, dor de cabeça, mal estar, saco cheio de informações da vida alheia e infinidades de problemas, a preço de banana, nem precisa sair de casa, tudo via internet, quem não tem internet, basta procurar algum problema, pois é fácil de achar, logo ali na esquina, não damos garantias e nem trocamos, porém vai ter que, arcar com todas as consequências, a vida irá cobrar com juros e correção, é pegar ou largar. Agora! doa-se, tudo o que há de bom no ser humano. Exemplos. Afeto, carinho, amizade, amor e etc... Alguém vai querer?

Eu sou um poço de mentiras, sou a hipocrisia viva com uma grande pitada de confusão. Sou a água e o fogo, um facho de luz no fim do túnel e a completa escuridão. Carrego culpa em meus ombros e a inocência em meus olhos. Sou uma menina fraca e idiota, presa em um corpo com uma garota revoltada e perigosa. Muito complicada para ser entendida, mas ao mesmo tempo, tão estupidamente óbvia. Alguém que confia muito rápido nas pessoas, mas ao mesmo tempo, nunca baixa a guarda. Porque se você baixar, as pessoas saberão suas fraquezas. E é justamente aí que se põe tudo a perder. Hoje em dia, é muito difícil de confiar plenamente em alguém. Principalmente em si mesmo.

Não, não é que eu seja feito de mentiras. Sou feito de medos, na verdade. Medo de perder a mim mesmo novamente. Medo de me entregar e perder a minha esperança nas pessoas. Medo de ser eu e não receber recíproca. O tempo, as pessoas ou seja lá o que chamam isso, talvez amadurecimento, tenha me feito ficar um pouco mais arredio, ranzinza, menos romântico e tudo o que tenho a oferecer são as minhas atitudes passionais enquanto me jorram incertezas.

Tantas palavras jogadas ao vento, tantas mentiras, tanta ilusões. É assim que eu resumo um pouco da minha vida. Vivo rodeada de mentiras o tempo todo e todas elas me fizeram mais fria. Nunca pensei que crescer e ser uma adolescente pudesse ser tão ruim. Se eu soubesse como iria doer, teria escolhido ser uma eterna criança. Como uma eu não teria preocupações com amor, a única perda seria de meus brinquedos que pelo tempo seriam gastos. Seria da minha roupa preferida ter sido jogada por estar muito gasta para continuar a ser usada, seria o medo da cuca que vinha me pegar quando mamãe fosse a feira e o papai fosse trabalhar. Comparo a cuca no meu tempo de criança com o amor no meu tempo de adolescente. Ele assusta e chega até machucar.O amor é assim, vem volta, acaba começa, é bom e ao mesmo ruim, é difícil mais impossível de se viver. Mais também não espere que a sua outra metade da laranja chegue para que você possa tentar ser feliz. Apenas construa os degraus para a felicidade, no topo da escada a surpresa será dada. Apenas viva e não espere que lhe tragam flores. A vida e amarga, mais sempre vai ter um pouco de mel para adoçar.

⁠A palavra ontem é estranha. Pessoas tornaram-se papéis amarelados e empoeirados, mentiras que outrora desmoronavam edifícios, agora, são apenas folhas secas ao chão " não há valia". Verdades não eram verdades, eram apenas uma novidade e nada nunca foi unanimidade, exclusividade, porque sempre vai ser ontem.

Toda a tecnologia que envolve a humanidade não é causa de mentiras que se consolidam em notícias falsas; em verdade, a mastodôntica congregação virtual de indivíduos é apenas a singela ferramenta de que hoje nós dispomos. Ferramenta poderosa, porém, arriscada e imprevisível quando ao alcance dos que são burrinhos: um AK-47 carregado e destravado, amparado por um desastrado orangotango.