Textos sobre Medo
Tenho medo do que nunca vi
Do que nuca senti
Medo de chorar, de rir.
De ver, de ser, de querer ser.
Perco-me no nada, e insisto em
procurar.
O que nunca vi, nem senti.
Procuro o que nunca chora, nem rí.
O que nunca foi visto, nunca foi,
nunca quis ser.
O medo é meu pior inimigo?
Ou meu melhor amigo?
Às vezes tenho medo de tentar
E não conseguir.
Às vezes tenho medo de perder o que
me faz sorrir.
Sim, no fim, é a isso que tudo se
resume.
O medo é inicio, meio e fim.
É o que nos cega, o que nos da à
visão.
É o que nos faz ver onde não há
O que nos faz ver além do que há.
e depois?
tenho medo de sentir
tenho medo de falar
tenho medo de agir
tenho medo de amar
tenho medo de decidir
tenho medo de tentar
tenho medo de fugir
pra depois ter que voltar
tenho medo de iludir
pra depois eu me culpar
tenho medo de ir
pra depois te deixar
tenho medo de descobrir
pra depois ter que mudar
tenho medo de admitir
pra depois ter que arcar
tenho medo de abrir
pra depois ter que fechar
tenho medo de dormir
e não acordar
porque eu ainda tenho muitos,
vários medos pra te contar.
TEMPO
Dói te ver...
Por vezes você bate em minha porta, e não te atendo.
Na verdade tenho pavor de lhe encontrar!
Ando fugindo incessantemente da sua presença, porquê quando te percebo, máquina, não consigo encarar a realidade amedrontadora na qual você volta para mim.
Escrevo-lhe está carta, Time Machine.
Confissão
Dizer eu não tenho medo –
Não seria certo.
Tenho medo da enfermidade, da humilhação.
Como todos, tenho meus sonhos,
Mas aprendi as escondê-los
Para proteger-me
De toda a consumação: toda felicidade
Atrai a ira das Parcas.
São irmãs, selvagens –
No final, não tem
Outra emoção apenas inveja.
Sofro de baixa tolerância ao medo em geral
Esse sentimento é vivido na gratuidade, tenho medo de tudo, de não conseguir memorizar a fórmula, de deixar meu namorado à vontade e ele me deixar, de flores desabrochando num dia e morrendo no outro.
Tenho medo de segredos, de coisas escondidas, de esquecimentos, de perda da confiança entre o casal, de espírito não evoluído, de emoções insanas, de esforços não coroados e de duas pessoas que jamais se entrelaçarão.
Tenho medo de não qualificar o pensamento na plenitude, das influências, de deixar a oportunidade escapar pelos dedos, de tragédia alheia, do sofrimento, de pessoas olhando para mim de todas as direções.
Tenho medo dos sonhos da alma e dos conflitos com os instintos, da noção irreal da minha capacidade física, da falta de concentração, do cansaço constante, de quem valoriza muito as aparências.
Tenho medo de achar normal irmãos se socarem de vez em quando, de fazer das emoções sentimentos mesquinhos, de perder meu filho, de parar de refletir sobre tudo que me cerca, de assumir o papel de mulher submissa.
Tenho medo da dor mais aguda, da morte das pessoas que mais amamos, de comprar sem nenhum planejamento prévio, de não ver a diferença marcante no relacionamento abusivo, de casamento como uma convenção externa, por birra ou por farsa.
Tenho medo de amar simplesmente por amar, de desconfiar da felicidade, de me deixar levar, de ser a adulta insegura e queixosa, de vivenciar tristezas, de não dar o melhor de mim.
Tenho medo de histórias racistas, de ignorar quem sofre ao meu lado, de contribuir para a glamourização da vida perfeita que não existe, de ser marcada por falta de afetividade, de querer tudo agora.
Tenho medo de perder o desejo genuíno da simplicidade, de mostrar palavras e não atos, de querer me dar bem em quaisquer circunstâncias, em transformar-me numa pessoa pior, de perder a decisão sobre meus atos.
Tenho medo de macular as evidências essenciais e divertidas, de ser obrigada a me adequar, de relacionamentos tensos e perturbadores onde eu ainda luto acreditando ser a melhor coisa.
Tenho medo de mandar pessoas as favas e não lembre que eu preciso tolerar e viver as virtudes que não tenho.
Insônia
Não tenho regra, não tenho hora, não tenho rotina.
Não quero mais classificar isso em ruim ou bom,
Julgar certo ou errado!
Estou apenas tentando olhar, acolher, aprender algo com essa ansiedade que me chama pra conversar até de madrugada.
Ou com os 30 mil macaquinhos que querem consertar o mundo de fora e o de dentro (ao mesmo tempo)
Meus ombros doem, os ombros que carregam o peso da imperfeição (a minha e a dos outros)
Mas isso é normal ?
Por que pesa?
Por que carrego?
Posso soltar !!!!!!!!!!!
A teoria não é tão difícil...
A prática é desafiadoramente exaustiva, essa sim.
Dá vontade de fugir
Vomitar
Ou comer a panela de brigadeiro
Essa indecisão e inconstância: cansa!
Mas mesmo cansada, eu acordo.
Várias vezes numa só noite.
O copo transbordou há múito tempo
Olho
Sinto
Transbordo também.
Porque
Mesmo corajosa eu sinto medo.
Mesmo sabendo...
Eu não sei de nada.
Ouço:
" Quando você sair da tempestade, já não será mais a mesma pessoa que era quando entrou"
...
Confio
Mas sei tb que eu criei a tempestade.
E me apeguei a ela...
Vou dar um passo!
Um passinho só!
Pro lado!
Um pouco mais longe da borda do precipício, tá me ouvindo?
Vou criar outro "lugar seguro e confortável"
um passinho mais pra lá
Pro lado
Pra dentro
É o plano agora!
Um dia por vez
E uma noite que vale por 3...
Eu tenho medo de acabar sozinho,
É como se eu procurasse um clone meu.
Em espelhos, busco traços do destino,
Mas a solidão espreita, um receio.
Às vezes, a busca parece uma cópia,
Um reflexo do que já conheço.
Mas o amor não se resume à cópia,
É na diferença que encontro o apreço.
O medo de estar só, um eco persistente,
No labirinto do coração, uma busca urgente.
Mas, talvez, no caminho da mente,
Descubra que o amor é mais que um presente.
Não um clone, mas alguém único e novo,
Compartilhando a vida, lado a lado, no renovo.
Na autenticidade, no calor desse fogo,
O medo se dissipa, e o coração se move.
Anseio
Tenho ficado inquieto
Vivenciando dúvidas
Minhas respectivas dúvidas
Medo, frustação
O que é real?
Tão, tão superficial
Me diga
Qual é o motivo
De minha existência?
Nada concreto
Talvez
Devo aproveitar
Cada momento sofrido
Cada mágoa
Cada coração partido
Talvez meu medo seja
Não causar a mudança
Que sempre sonhei para o mundo.
Sabe eu não tenho dormido direitopq eu fico pensando na faculdade de onde eu vou tirar dinheiro pra pagar 800 reais por mês. De onde eu vou titar dinheiro pra sair de casa. As coisas tem sido tão dificeis e eu tenho pensado tanto. Não sei oq vai ser de mim. Eu não durmo direito tendo sonhos ruins, pensando no Diogo, no nosso relacionamento q agora nem existe mais. Eu tenho tido olheiras e a vontade de chorar é frequente .
Sinto como se estivesse perdendo as esperanças porque tudo parece que tem dado tão errado.
Meu desassossego
não é fruto do medo que tenho de assombração,
nem da fome ferrenha que passo no sertão,
nem da seca que corta meu quintal e nem do vento,
que nada tem para balançar no meu varal;
o causo é que meu amor foi embora,
não levou nem uma sacola e ainda assim
só me restou solidão
MEDO
As vezes eu tenho medo.
Logo depois de ler
algo de lindo.
Eu tenho medo.
Após passar pela vontade
de escrever
e dentro do vazio
imediatamente está o medo.
Medo de não ser
e não poder fazer igual,
nem parecido,
com o que com amor
foi a pouco lido.
Especialmente ocorre
quando eu te leio
e em devaneios
eu te releio.
Aí então eu tenho medo.
Nunca mais ter
O mesmo prazer que tive a pouco,
você poema já escritos,
E eu não me acho no direito,
nem capaz de ser o par perfeito.
É nessa hora que eu tenho medo.
Me vem um pensamento,
uma impressão,
de que nunca mais
vou conseguir ver
nada assim tão bom.
Não tenho medo de seguir em frente
para alcançar meus objetivos.
E por mais lentos que sejam meus
passos, a determinação está à frente
de tudo , só assim para afastar as
pedras que estão em meu caminho.
Decidida a não parar sou levada pela
emoção do objetivo a alcançar.
Com amor no coração e a coragem
revestindo-me de fé é que irei persistir.
E de alma leve sabendo que faço tudo
que posso para prosseguir na paz e no
amor em DEUS como alicerce de vida.
As ponderações vem e vão no momento em que eu tenho que deixar meu forte, min ha casa , meu conforto.
A vida lá fora tem muitos perigos, mas eu tenho que ir na sua direção preciso ser um andadeiro em busca do que determina minha essência minha vida.
Minha liberdade é algo que levo a sério para a vida inteira.
Tenho medo !
Pensei um dia, poder vencer meu medo
Encolhi-me, deixei a vida passar
O medo sempre ali
Ocupava meu espaço, me açoitava
Sem me dar tempo de pensar em mim
Pensei até ser mais forte que ele
Mas não era bem assim
Era fraca, sem versão ou coragem me eximia
Já tentei várias vezes pular em cima desta maresia
Quando olhava de lado, meus braços eram fracos
Minha mente se tumultuava,
me embrulhava junto ao meu amigo travesseiro
Sempre tentei lutar contra ti, em vão
Tenho medo!
Medo de mim...
Medo da vida...
Medo da morte..
Medo do tempo...
Medo do homem.
Acomodo meu leito em autocrítica
Porque tenho medo !
Se tem uma coisa que não tenho medo,
É de dizer o que sinto.
Não tenho tipo ideal,não sou uma pessoa constante.
De tempos em tempos mudo de cantor/banda favorita.
Prefiro esmalte vermelho ao invés de rosa.
O que nunca mudou foi meu jeito de amar.
É de alma, me entrego sem receio.
Se der certo bem, se não der;
O importante é que não me privei de sentir, nem expor.
Não temo a morte... acho que nunca temi. Mas, de uns tempos para cá, tenho certeza disso.
Por isso, deixo dito sobre quando chegar a minha hora: não quero ninguém se lamentando pelo que não me disse ou não me fez em vida; não preciso de perdão e tampouco perdoar no momento final.
E o que fiz e para quem fiz, fica o bem feito.
Quem retribuiu e jamais esqueceu, também fica o bem feito.
A quem não fiz, foi por não saber ou mesmo por eu considerar que não mereceu meu esforço.
Assim como sei, hoje, que houve pra quem eu fiz - e bem feito - e também não mereceu.
Tenho medo de sonhar.
Se temo, não sei o que sonho.
Com medo, sonho.
Preciso perder o medo.
Aprender a sonhar, sem medo.
Como nos sonhos de criança.
Que sonhava voar bem alto.
Alçava vôo, livre, mais leve que o ar.
No rosto, até o vento sentia soprar.
Real, nem parecia num sonho eu estar.
Não havia o que temer.
Não havia o que sonhar.
Apenas a coragem.
E o poder de realizar.
Eu tenho Medo...
se ele é nossa imagem e semelhança, eu tenho medo...
Eu tenho medo quando ele voltar! E passar por mim e nem me dar um Oi, um tchau, um bom dia ou boa tarde.
Eu vejo isso nas pessoas que eram pra transparecer Deus.
são cheias de arrogâncias e tratam bem só quem lhes convém!
se ele é Imagem e semelhança será que é assim?
Estou com o coração cheio de ódio, me sinto sozinho, não tenho amigos, estou sem trabalhar, sem dinheiro, sem perspectiva de ter dinheiro, me sentindo um inútil completo... sei que tem coisas que preciso fazer, mas tenho um medo e uma preguiça que me acorrentam estagnado no lugar onde me encontro... o presente.
35 anos depois de nascer me vejo fraco, sem poder sequer respirar direito, porque o cigarro não deixa, vendo o que não posso ter, vendo a vida acontecer, vendo um filho que nunca tive crescer... a ansiedade me ataca a azia, o medo me segura preso ao passado, o ódio me maltrata a alma... parece que vou morrer, as vezes tenho certeza que não vou longe... também, fumando, engordando, vivendo de passado, com o coração cheio de raiva, cada vez mais longe de uma resposta espiritual pras minhas angústias... não sei onde isso vai dar.
(Zona do medo)
"Onde eu vivo não tenho direitos,
apenas o medo. Não tem lei e
sim, a lei do cão. Aqui a minha
vontade não é nada, vivendo
na mais absoluta tirania. Sem
palavras aqui me calo, calado
pela violência. Escravo da
ignorância, acorrentado pelo
medo. Viver aqui não é meu
desejo. A tirania que faz de
mim o que bem quer. A
ignorância que tenta me fazer
de burro. Minhas mão podem
estar atadas, minha boca está
tapada, só não irá tirar o meu
coração. Meu coração por
liberdade gritará. Isso ninguém
me tira. Só se for pra me matar,
meu coração por liberdade gritará.
Quero voltar a viver, ser livre pra
pensar. Muito longe estarei, feliz
em outro lugar. Onde liberdade
eu terei, nenhum canto pra chorar".
(Graone De Matoz, Zona do medo)