Textos sobre Medo
Medos
Eu tenho medo do escuro;
Eu tenho medo de altura;
Eu tenho medo da rejeição;
Eu tenho medo da incompreensão;
Eu tenho medo do fogo;
Eu tenho medo da desistência;
Eu tenho medo da persistência exagerada;
Eu tenho medo da vida;
Eu tenho medo da morte;
Eu tenho medo de não ter medo da morte;
Eu tenho medo do que pode cair do céu;
E tenho medo do que pode permanecer nele;
Eu tenho medo de monstros;
Eu tenho medo do julgamento;
Eu tenho medo do homem;
Eu tenho medo de fechar os olhos
E tudo desaparecer;
Eu tenho medo de envelhecer;
E tenho medo de parar no tempo.
Eu tenho muitos medos pra pouca idade,
Mas o pior deles...
É o meu medo de sentir medo.
Tenho meus medos
mas, as vezes me liberto
Eu brinco, eu erro, eu choro,
e também, passo do limite
Eu grito para as paredes
aqui do meu quarto
Eu choro muito de soluçar
eu sorrio, eu falho.
Não sou perfeito,
nem prometi que seria
Mas busco todos os dias
o melhor de mim
nas profundezas do meu ser
Hoje, já consigo falar
consigo escrever para o mundo
para que o universo me ajude
Eu me aceito muito mais
desde que consegui
me libertar das minhas prisões
Vivi muito tempo fechado
sem pedir ajuda... mas já peço
Mesmo que seja em versos
nas rimas e poesias
(DiCello, 15/06/2019)
Me vejo cheia de parágrafos, mas desconfio das percepções alheias. Tenho medo de que pulem minhas linhas ou cheguem rápido demais ao ponto final. Não sei virar páginas, ainda que tenha as minhas viradas todos os dias. Onde existo inteira é fantasia da minha mente: o mundo não me enxerga e tampouco eu através dele. Sou um conto e nem sei se meu. Me conte aí pra ver se existo.
Sabe por que eu tenho medo de te perder? Porque você é uma das poucas, senão a única pessoa que me faz sentir especial, que me faz acreditar que ainda existe amor verdadeiro, que me faz perceber que existe razões para eu não desistir de lutar. Você me faz sentir completa, você me faz sentir feliz, mesmo se eu tiver passando por um dos piores dias da minha vida.
Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio...
Não tenho paciência pra enrolação, pra gente que não sabe o que quer. Tá com medo do quê? Não sabe o quer então não se aproxima de mim, porque eu sou decidida e sei muito bem o que quero, quando quero e com quem quero. Eu quero você. Hoje. Agora. Pra ontem. Então se decida logo, ou sai do meu caminho. Eu não tenho medo de ser feliz, muito menos de sofrer. Se no futuro não der certo, eu aguento o tranco sozinha, sem dramas, sem problemas. Mas e o presente? Até quando você acha que eu vou te esperar? É um aviso, desce logo de cima desse muro antes que você caia daí.
Tenho medo de ser clichê, de um dia acabar caindo na mesmice. A rotina nada me agrada, pelo contrário: atemoriza-me. Eu quero o inesperado, sempre gostei de surpresas. E eu mesma desejo ser assim. Que minhas ações não sejam esperadas, que ninguém sinta que me conhece. Quero causar emoções, e não enfado. Este não impressiona a ninguém. Que o impulso seja sempre meu amigo e companheiro, que guie minhas decisões. Não gosto de agoniar-me em pensar o que resolver, o que fazer ou o que dizer. Quero ser alguém único, marcante. Palavras não me caracterizarão.
Quero mudar minha vida. Tenho 19 anos, é tempo de fazer alguma coisa. Talvez eu tenha medo demais, e isso chama-se covardia. Fico me perdendo em páginas de diários, em pensamentos e temores, e o tempo vai passando. Covardia é uma palavra feia. Receio de enfrentar a vida cara a cara. Descobri que não me busco ou, se me busco, é sem vontade nenhuma de me achar, mudando de caminho cada vez que percebo a luz. Fuga, o tempo todo fuga, intercalada por períodos de reconhecimento. Suavizada às vezes, mas sempre fuga.
Gosto de me envolver quando eu realmente gosto. Não tenho medo de traição, indiferença ou falta de consideração. Tenho medo de não sentir ou de me permitir viver uma relação sem sentimentos, de aparências ou por interesses fúteis. Eu me permito ao que vale a pena viver. Se o outro lado não quer, erra, ignora, deixa pra lá, fazer o que?! Uma hora a gente cansa. Mas deixar de acreditar na felicidade a dois? Nunca. Por mais que distorçam hoje em dia o significado do que é amor, eu ainda acredito nele.
Não, eu não tenho mais medo de ser largada, trocada, deixada no canto da sala quando o trabalho dele o impedir de vir me ver. Eu não tenho mais medo de ser aquela a qual ele busca conforto nas horas vagas. Aquela a qual ele olha nos olhos buscando olhos alheios. Meus medos mudaram. São medos novos eu diria. É isso o que me aterroriza, afinal. Tenho medo porque meus olhos acompanham as palavras por ele escritas. Medo porque eu tenho mudado sem ele sequer ter me feito algum pedido. Medo porque eu nunca quis me sentir tão próxima de alguém como quero me sentir dele. Na verdade, eu nunca quis estar na vida de alguém como eu desejo permanecer na dele. Medo porque no final das contas eu o amo, e sinto que ele me ama também. Medo pela dificuldade em usar a palavra “amor” face a face com ele. Medo pela dificuldade em citá-la quando estamos ao telefone. Medo pela distância oceânica em que nos encontramos após tantas conversas. Medo por me entregar para ele da forma que nunca quis me entregar a ninguém. Medo por querer ele grudado em mim, embora eu abomine essa prática insuportável dos casais. Medo por dizer e fazer coisas as quais eu repudiaria em pessoas apaixonadas. Medo por estar escrevendo esse texto. Medo porque ele derreteu o gelo que protegia meu coração, fazendo com que a água transbordasse pelos meus olhos. Medo porque quanto mais eu estou dentro, mais o sinto fora. Medo porque eu nunca senti por alguém essa imensidão que sinto por ele. Mais medo ainda de me perder dentro dela.
Eu preciso pensar. Na verdade, eu preciso não pensar. Tenho medo de descobrir coisas que não quero. E não dá outra, no trajeto eu me dou conta que eu sou sim uma garota inflável. Sempre quando eu acabo vindo, no dia seguinte eu me sinto flácida, murcha, vazia, embrulhada e guardada numa gaveta. (Um idiota pra chamar de meu)
Hoje não tenho medo da solidão, pois me acostumei com ela. Eu diria mesmo que me apeguei a ela. Na companhia da solidão posso ser eu sem nenhuma restrição, posso chorar, escrever e cantar. Ela me ensinou que não preciso de muitos para ser feliz, me ensinou que não preciso esperar a minha outra metade pois já estou completo. A solidão me ajudou a recuperar o que com falsos amores, falsas amizades e falsas promessas tinha perdido... Graças a ela hoje sei o que sou, para onde vou, e o mais importante, o que realmente vale o meu coração. Então tenho uma relação estranha com a solidão. Por dias e meses me faz companhia, até que chegue alguém e me põe medo por um tempo, (costuma ser bastante tímida e quando vê que alguém se aproxima desaparece) mas não me deixa, vai e acompanha outra alma e depois volta para mim ... Quando volta quase sempre me encontra com o coração feito cinzas, destroçado e morto; mas não diz nada, só me rodeia e fica até que eu recupere o fôlego para continuar. E essa é a nossa relação; embora em ocasiões sou infeliz com ela porque eu sinto que é muito ciumenta, já que se há alguém por perto da minha vida ela não tolera e se vai, mas: o que posso fazer? Ela é assim e nunca mudará!... e é bom tê-la por perto por momentos, mas não para sempre, mas sei que ela entende. E a verdade é a única que volta depois de um tempinho longe, porque as pessoas que já prometeram, nenhuma voltou. Então, ela é fiel a mim e eu a desejo com paciência quando não está... Hoje ela me acompanha, assistimos a chuva cair da minha janela. Hoje ela está aqui, e não sei por quanto tempo vai ficar desta vez, costuma falar pouco e nunca me diz quando se tem que ir; mas hoje eu me agarro a ela com tanta força que por agora não quero deixá-la escapar.
O céu feio e nublado anuncia uma tempestade. Vejo a chegada de um temporal, mas não tenho medo. Fujo procurando um abrigo seguro, longe dos meus ininterruptos pensamentos, para aportar o meu barquinho emocional. Assustada, me pego sapateando na chuva, lavando o meu ego sujo que se debate, mas ao mesmo tempo se alivia, pois está permitindo que águas claras revelem aqueles sentimentos que foram ocultados pelas sombras que um dia se apoderaram de mim, quando fechei os meus olhos, deixando de percebe-los... Ao me despir de pudores, vi uma ausência de cores, e elas ofuscavam fragmentos da minha personalidade em partes que se subdividiam e escondiam-se, negando-me o direito a liberdade. Naquele instante preferi não mais me ver... então, chorei... chorei de alegria e de dor, mas enfim, sobrevivi... eu sobrevivi...
Não tenho medo de amar, não tenho medo de gostar, de se apaixonar e depois quebrar a cara. Medo de se iludir? Claro que não, pra que mais ilusória que a própria vida? Quebrar a cara é preciso, para nos tornar pessoas fortes e sábias, que não tem medo de nada, que não tem medo de se entregar! Vai menina, mergulha nisso tudo, faz o que tiver vontade... se der certo bem, se não é aprendizado. Pense que um dia tudo isso vai passar e mais na frente você vai se perguntar: "Poxa vida porque eu não fiz aquilo?" "Como seria se eu tivesse ido?" Eai? Nada feito! Antes acordar arrependido do que dormir na vontade!
E cada vez que você vai embora, mesmo sabendo que vai voltar, ainda tenho esse medo de que o tempo te leve de mim e me faça acreditar que você nunca existiu. E é por isso que cada partida minha é, na verdade, uma partida sua. Porque eu também não me acostumei a ir embora sem te encontrar logo em seguida.
Eu não tenho medo das mudanças,
tenho medo da falta de resultados.
Meu frio na espinha não é a decepção,
e sim a descrença nas pessoas
e a negação em viver o intenso.
Quando é dor, sei que cessa.
Emocional arruinado,
amor próprio conserta.
Mas quando não há nada...
Eu me preocupo.
Inexistências me dão calafrios.
MEDO DO MEDO
Tenho meus medos.
São poucos, mas, os tenho.
Porém, não sou covarde.
Às vezes, falta-me coragem!
Poucos são os meus medos,
Pois, acredito nos recomeços,
Para muitos meus feitos.
Meu medo não é do que faço...
Se me perco no que faço, recomeço!
Se me perco por onde ando, volto!
Se me perco nas palavras, penso!
Se me perco no tempo, atraso...
Se me perco no pecado, peço perdão!
Se me perco no juízo, justifico!
Meu medo é me perde no que sou,
Ai, estarei perdido...
Perdido pra sempre.
omeletes!
Ainda tenho alguns medos....sim,um deles é o medo de quebrar ovos e descobrir que dentro dele tem um pintinho ou quebra-los e o mal odor
se devastar pela sala de estar ou o piso da cozinha, mais quer saber, eu supero esse medo, como tantos outros eu faço a escolha de ir adiante, eu avanço e vida vem me dando escolhas de ficar ou de partir, de chorar ou de sorrir, de continuar ou desistir. Todos os dias é você quem decide enfrenta-lo, dando a cara, batendo o pé, e dizendo seu medo,passa daqui! E porque não fazer omeletes do que restou??? do que tenho, e depois me alimentar dos resultados, dos sonhos e das esperanças enquanto tenho forças para criar, então façamos! Mandando o medo para longe, deixando só a felicidade ficar, cheias de suspiros que que vive dentro de mim, que está ao meu lado, e se sei que DEUS está comigo eu não temo o inoportuno, não vivo chocando o passado, mas sigo adiante com a coragem de quebrar os ovos, separarei as gemas, baterei as claras até que se firme no que eu acredito, sejam em sonhos ou em suspiros, não importa, a mudança acontecerá.
Assim é a vida basta acreditar ,existem validades para tudo e ela é regida pelo tempo e na hora exata estará pronto o que um dia comecei a planejar , e o medo se vai... por que tem hora para tudo passar e a mudança chegar!
omeletes!
Texto de 2013
MEDOS
Já não tenho medo do asfalto quente
ou do transeunte de olhar descontente.
Muito menos do remédio ruim
que nem é tão amargo assim,
como no dito Rei de Roma.
Já não tenho medo do escuro,
antes o que não vejo, pois não decepciona.
Já não tenho medo dos que me falam pelas costas,
não merecendo nem um olhar de soslaio.
Com as mãos apenas esfrego, como quem retira o pó,
pó preto e nojento da hipocrisia humana.
Já não tenho medo de fantasmas,
a bulir com a imaginação.
Se há o que temer, temo aos vivos,
ou temeria, se não fossem
zumbis ignorantes e deveras distraídos,
seguindo a mesma direção, atraídos por um cão,
o cão da Ilusão...
Não tenho medo mais do abismo,
do destino impreciso,
daquele por onde andei pelas beiradas
nas noites mal iluminadas,
a pensar nos confins, nos fins e desafins.
Pois o abismo
onde a vida dia desses se perdeu,
esse abismo sou eu!
Por que ter medo de admitir os
erros, se não somos máquinas e
sim uma massa de seres humanos
imperfeitos?
Por que ter medo de errar, se com
os mesmos, aprendemos a não
cometê-los novamente?
E porque não querer errar, se a vida
é constituída de erros e acertos?!
Resposta para as 3 perguntas: O
medo de reconhecer o erro é,
acima de tudo, o medo de se
assumir como ser humano com
suas imperfeições, defeitos,
fragilidades, estupidez e
incoerência.