Textos sobre Mar
DRAMA DO AMOR
Eu sei ser bem louco
quando posso me ser.
Eu sei ser bem ávido
quando consigo te ver.
Eu sei ser bem pálido
quando converso com você.
Eu sei ser idiota
quando risadas quero ter.
Eu também sei ser dramático
o tempo todo do meu ser.
Eu quero ter o seu amor
se em liberdade você me escolher.
Eu quero ser privilegiado
pelo seu beijo conhecer.
Eu quero ser o primeiro
- até quem sabe o último -
pensamento do seu amanhecer.
Eu posso ficar ferido
se você me ignorar.
Eu posso me machucar
se com você eu não falar.
Eu posso até mesmo me calar
se essa condição precisar.
Eu posso ser um filme dramático
se um final feliz puder te dar.
O amor é dramático, eu posso provar
o que ele não é
é incapaz de tudo suportar
para ver dois seres juntos
conhecerem o mar.
Mar sem fim.
Soltei minhas amarras,vou deixar o vento me levar,para onde minha alma voar,em um mar sem fim,no infinito azul da noite,,À minha frente se revela um mar imenso, onde não enxergo nada além do horizonte, Um mistério, uma mistura de medo,e solidão.Sinto que minha alma me conduz, para longe de um mundo cheio de inverdades, estagnado, um mundo velho.Quero um mundo novo ,uma nova era, novos horizontes novos ares,e deixar minha mente leve...na beleza do silêncio.
B. Beh
Tão intenso quanto o mar.
Com a quentura do deserto.
Meu peito quase explodia.
Ao ver seu sorriso belo.
Como foi que aconteceu?
Nem eu mesmo sei dizer.
O fogo que em mim abitava.
Você foi capaz de perder!
Passo horas a me perguntar.
O motivo dessa proesa.
De sorrir ao ver partir.
O meu amor, minha princesa...
Azul, Cor de tamanha tranquilidade preciosa qualidade capaz de aliviar
A tensão da mente ou a do coração,
sensação demais Salutar,
Azul Intenso no Fundo do Mar
Como um Pulsar de Um Sentimento Profundo e Verdadeiro,
Azul Celeste Cheio de Paz
Num Céu Imenso que tanto apraz,
Azul é Sereno, Conforta, é Sincero,
Ao agora, Faz jus
Revigoram o cansado, Sensatos Azuis.
Pirata de Sonhos
Sou um pirata de sonhos
Navegando pelos meus pensamentos
Pelas águas de devaneios
Pelas angustias e anseios
Pelo mar revolto de tormentos.
Içando as velas brancas de paz
Segurando firme no leme de madeira
Atravesso o mar de tal maneira
De uma forma que ninguém mais faz.
Por que meus sonhos são apenas meus
São águas que somente eu tenho conhecimento
Não preciso navegar contra o vento
Pois nesse mar sou como deus.
No entanto, o mar nem sempre é calmo
Há tempos em que as tempestades dominam o céu
Em que a angustia me envolve com seu véu
E só me resta continuar navegando para ficar a salvo.
Aí me lembro de que sou um pirata de sonhos
E de que tudo é apenas ilusão
Então me seguro novamente e sigo a direção
A direção de um mundo novo
Que se choca como ovo
E se aconchega em meu coração.
A esperança renasce quando o céu fica mais claro
Agora no meu pequeno barco, me sento à mesa
Com palavras eu moldo meus sonhos com destreza
Como estátua de pedra, escultura de barro.
Nesse tempo de sonhar
Me questiono
Se é melhor o mundo governar
Ou de mim mesmo ser o dono
Independência ou morte
Paz ou guerra
Me prendo à minha sorte
E me atiro nesse mar sem terra.
Seria de fato muito transformador se eu pudesse contemplar pessoalmente a natureza empolgante em exibição na imensidão fascinante do mar aberto, apresentando movimentos majestosos, espontâneos, detalhes notórios, belos em cores e formas, proporcionando um grande deslumbramento, muito diferente de outros.
Pensar em algo desse tipo, tão puro e agradável, mediante a bondade de Deus, permiti-me saborear um dos lados bons da minha infância que guardo com bastante afinco na minhas lembranças mais preciosas, que servem-me de incentivo, principalmente, em momentos que estou quase sem força.
Em inúmeras vezes, para se sobreviver à realidade, é necessário sonhar de olhos abertos com uma demasiada imaginação, expondo na mente vontades, detalhando momentos, vivenciados com emoção, ornados com simplicidade, um amor incansável, uma rica vivacidade, uma rara sensação por estar sonhando acordado.
A hora está ruim?
Mesmo a hora sendo ruim...
Mesmo sendo duro o caminhar...
Sempre há um jeitinho de esperançar.
A dor está bem doída.
Está demorando cicatrizar a ferida?
Chore...
Deixe as lágrimas escorrerem.
Deixe-as lavarem a alma...
Como uma tempestade passando...
Tudo limpando.
Tudo curando.
E vai passar.
Toda tempestade termina no mar.
Bendita a arte que faz viajar através da suas aquarelas abrilhantando seus detalhes carismáticos em tonalidades sóbrias e intensas, amor e sutileza em cada traço, desta maneira, uma essência viva, um frescor de muito entusiasmo.
Momento em que cores conversam com formas e contrastes, então, uma linda imagem se revela, ganha vida como uma bela paisagem, numa tela, de um incrível pôr-do-sol entre nuvens e um mar tranquilo de uma inspiração bastante sincera.
Uma realidade artística que faz menção a este mundo, mesclando precisamente a perceção realista com o olhar lúdico, uma mescla que cativa muitos olhares e inspira, mesmo que por alguns segundos por sua personalidade tão expressiva.
Com olhos a marejar, eu te ensino a sambar, com os pés descalços na beira do mar.
O amor é o criar da vida, é a batida do meu coração.
Meu samba é a minha paixão, o encanto da sereia, no brilho da areia quando vejo o seu olhar.
Sonho com a alegria, de uma eterna emoção de deixar-se amar.
Incentivado por uma arte linda, sou levado pela imaginação, em pouco tempo, desprendo-me da realidade, caminhando mentalmente com uma sensação apaixonante até um lugar
incomparável, que promove uma exultação diferenciada com um detalhamento tão belo e amável.
Fico por lá numa ocasião mágica, deslumbrante, muito enriquecedora, mesmo sendo temporária, admirando um belo mar tranquilo sob um céu pintado com as cores de um distinto pôr do sol, dando destaque pra uma lua esplendorosa, um cenário incrível, feito de amor.
As águas possuíam um brilho raro, parecia que algumas estrelas haviam caído ou tinham sido gentilmente colocadas por um impulso artístico, consequência de um olhar poético, elementos que tornam algo inesquecível e comprovam a relatividade do tempo.
Mais um dia!
Dormimos metade da vida,
Serão os sonhos mais reais ou menos reais?
Deito-me na natureza,
Como um mendigo
Que não vê mais encantos na vida,
Olham-me com estranheza,
Como se ser da natureza é algo anormal.
Além, o rugido da imensidão,
O azul feroz,
Amante insatisfeito,
Que num manto de nuvem
Se entrega ao areal deserto,
Num vaivém eterno.
O vento apaga todas as marcas,
Renasço com a despedida do astro rei,
Num horizonte sem fim,
Onde a terra toca o céu
E o azul transborda.
Vem imediatamente uma sensação benquista de avivamento ao admirar uma escultura vívida, cuja venustidade é muito atraente, delicada e se destaca mais ainda estando iluminada pela luz do sol, resultando em uma imagem que inspira e aquece à semelhança de um gesto simples de amor.
Radiando de uma beleza rara e calorosa um calor aprazível às margens da praia, onde as curvas de um belo corpo com as das ondas do mar estão no sincronismo de expressividade, um equilíbrio entre a serenidade e a agitação, típico de uma mente agitada que consegue ter uma equilibrada inspiração .
Reflexo genuíno de um conhecimento celeste, refletindo num lugar belo que enriquece o espírito e deixa o olhar reluzente e satisfeito, o desfecho surpreendente de um livro, muito melhor do que o esperado por ter sido lido com atenção, tempo dedicado, portanto, uma rica visão com tanto significado.
Já fui neve no mar, já fui espada na mão (José Afonso)
No passado sofri de algumas vaidades. Mas calei que prefiro ser neve no mar do que poeira pisada, caída no chão. Ser a neve que se funde com o mar é ser a frescura que sabe de antemão que muita gente lhe vai perguntar: quando cantaremos o Hino da Libertação?
No passado sofri de algumas vaidades. Mas agora, que vivo sem sedução, digo: ser neve que se fundiu com o mar é ser como a estrela que se fundiu com o céu (coisa que, antes, a estrela sempre temeu) e nele brilha mas sem chamar à atenção.
No passado sofri de algumas vaidades mas não falei de ser espada na mão. Hoje, que sou a neve caída no mar, muitas vezes me interrogo: ser lâmina afiada em ereção não será entrar no estranho jogo dos que põem pessoas a sangrar e querem sentir vida a pulsar no seu coração? Mais logo, quando a Musa Menina chegar, me dirá se tenho ou não tenho razão.
Soneto De Infância
Infância é uma flor que ainda não desabrochou
Criança é um amor que ainda não amou
Sua ingenuidade é aprender sem saber
Feliz é quem cresce sem nunca crescer.
Brincar, sem nunca cansar.
Começar, para nunca cessar.
Descobrir, mas nunca omitir.
Viver a vida leve e a sorrir.
Então o mar da vida se apresenta, furioso
Esperando encontrar um marinheiro corajoso
Disposto a enfrentar as tempestades da vida.
Corajoso, porque vive a infância eternamente,
Sem medo de errar e ser julgado pela gente
Porque vive uma vida colorida, infantil e divertida.
No silêncio oculto, me devoro,
Ardente paixão, segredo que morro.
Torno-me frágil, disperso-me no torpor,
Em ti, mistério, meu destino eu exploro.
Teus lábios, não de Iracema, mas do mel,
Sabor que embriaga minha mente ao léu.
Tua indiferença, cruel como fel,
Dilacera o coração, tempestade, réu.
Aguardando ansiosa, fervilhando em fogo,
A chama da paixão que não se desdobra.
Como a maresia, corroídos pelo jogo,
No desejo de um encontro que se acobra.
Oh, praia distante, refúgio desejado,
Onde os tormentos se percam no passado.
Cada segundo, sentimento desgastado,
Sem tua voz, tua presença, sou naufragado.
Tu, que não sabes, és meu oceano vasto,
Naufrágio lento, em águas profundas me arrasto.
Em cada instante, no sentimento contrasto,
És meu mar, és meu eterno enigma, meu lastro.
SENTIMENTOS I
A saudade é um sentimento forte que não consigo explicar, pois quando estou contigo meus olhos voltam a brilhar.
Teus abraços e teus sorrisos me fazem delirar nesse mesmo sentimento quando entro mar.
Hoje estou aqui, mesmo distante mas vou voltar pois só você me fez redescobrir o significado de amar.
O mar...
Me Afoguei em palavras, me afoguei em pessoas, me impressionei com a imensidão desse mar de ódio inacabável. Com pequenas gotas, criei um oceano; com pouco amor, aprendi a amar. Com tanto ódio, aprendi a odiar a mentira. Queria me afogar no amor, mas talvez ele seja mágico, e nem toda magia é verdadeira...
O menino que não desistiu de sonhar
Victor era um menino
Que tinha o sonho de conhecer o mar
Ele morava no interior
Mas isso não o impedia de sonhar
Andando pra escola
Sempre a cantarolar
Enquanto ele imaginava
os seus pés tocando o mar
Ele guardava uma foto
Que passava horas a olhar
Única ideia que ele tinha
De como realmente era o mar
Um certo dia
Ele ganhou de aniversário
Da madrinha que de longe vinha
Um presente inesperado
Era uma passagem de ida e vinda
E na sua dinda deu um abraço apertado
Chegando no Rio de janeiro
Seu intusiasmo gritava alto
Ele nem podia acreditar
Que seu sonho ia ser realizado
Quando chegou na praia
E seus pés tocaram a areia
O menino começou a chorar
Sua madrinha segurou suas mãos
E continuou a caminhar
Chegando no mar
Se jogou de cabeça
Pulava todas as ondas
E tinha um sorriso de orelha a orelha
Enquanto sua madrinha o admirava
Com tanta proeza
Pai
Ó pai
Aqui nesta sacada
Olhando para a noite estrelada
Se é que aí está
Preciso que aí de cima me olhe
E me mostre a melhor estrada
Ó pai
Me diga o que faço
Me ajuda a continuar nadando
Mesmo que já não aguento o repuxo
Mesmo que não quero mais
Me manter boiando
De forma que as ondas da vida
Do meu indivíduo estão ganhando
Ó pai
Me faça lembrar
Me faça lembrar do porquê
Do porquê entrei nesse mar
Quais objetivos queria alcançar
E do quanto vale a pena nadar
Ó pai
Me ajude a recuperar o fôlego
Me ajude a reabrir o olho cansado
Me ajude a me livrar das câimbras e dos machucados
A qual a vida me impõe
Ó pai
Me digas o que te fez tão forte
E me faças tão forte quanto tu eras
Me mostre quais foram tuas escolhas
Das mais graciosas às mais medonhas
Mesmo que não sejam de grande honra
Ó pai
Me dê forças para continuar
Me dê vontade para nadar
E uma luz para me guiar
E por fim peço de joelhos
Que me liberte dessas garras
Que me puxam para o alto mar
E me levam para o fundo do mar
O mar da vida
TEMPO PRA TUDO?
Parece-me que já falaram tudo sobre o tempo. Maldito mesquinho. Amanhã talvez seja diferente quando me derem respostas sarcásticas e emblemáticas...
Não ficarei boquiaberto, tampouco chacoalhado. Não citarei respostas aos que irão descobrir as tormentas que assolam o amanhecer. Que lhes aguardam como o facão afiado...
Já tive dias melhores em que ficava no quarto esperando o alvorecer, hoje me fatiga o andar nas calçadas. Talvez não esteja feliz, talvez seja tudo ilusão ou quem sabe o sobrenatural que nunca fora visto...
Quem sabe o dia após o outro irão encontrar-me sorrindo, talvez chorando com as emblemáticas na qual me acostumei. No tempo que me descontínua a cada passada da horas...
--- Risomar Sirley da Silva ---