Textos sobre Mar
Irei vender a morte ao desejo.
Vou vender beijos aos marinheiros, acorrentar as ondas aos pés da minha amada, semear anarquias no vento para que tudo se vá.
Abraçarei uma estrela à noite, ouvirei os segredos de um búzio, sobre a vida que ela leva em alto mar, onde quer que eu pernoite.
Trarei nas mãos castelos de areia, e dentro deles sonhos, cometas, sereias e roletas.
Andarei vagueando e despido no cais, puxarei conversa com os gatos vadios, enquanto vou polindo a vida de um ouriço.
Esperarei pela maré baixa, para que as ondas me tragam as correntes.
O som das ondas me inspiram, me fazem viajar, me fazem trazer a superfície, pensamentos do fundo do meu oceano interno. Se ouvir é tão lindo e necessário quanto falar. Refletir e constatar é entender a vida. Ser, é sentir pertencimento a tudo que existe em sua volta.
As pedras carregam energia, as ondas carregam vida em movimento. A terra vibra, a vida pulsa. E em algum momento tudo faz sentido, e ali o desejo é de ficar, e nunca mais sair, mas daí, as ondas te lembram que a vida é movimento, então, aproveite o momento, mas nunca pare de andar.
Mediterrâneo
Nas ondas do seu mediterrâneo sem fim,
Sou ilha, a sua saudade é salgada, me cerca, envolve a mim,
Dela não posso saciar-me sem morrer, meu fim,
A corrente marítima da saudade nos mantém assim,
Um sobe e desce de saudades, como ressaca de maré, um vai e vem, sem fim,
Mas um dia, pelo vento, juntos estaremos, unidos, um só, enfim.
Nessa ilha vazia..
As aguas em ondas de esperança vem...
Meu coração traça a silhueta tua...
Mas, em minutos..
A torrente a desfaz...
Deixando a areia, e o silêncio para trás..
Óh, pobre coração perecendo...
Numa ilha, solitário e morrendo..
Esperando ti, meu remédio...
Entre a neblina e o tédio...
Tão distante daqui...
Desatraco meu barco e sigo...
Remoendo a tristeza e a dor...
Não espero mais pelo vento...
E não quero em nenhum porto ancorar...
Sem olhar ao horizonte...
Sei que você , não mais voltará....
O barco
Por um tempo era para brincar.
Nele levava amigos para passear.
Grandes ondas a navegar.
Era ágil como os golfinhos.
Sem medo, passou o mar a explorar.
Se vinha tempestades,
baixava as velas para não afundar.
Era um barco inteligente e destemido.
Nunca vivia escondido.
Enfrentava tufões e vendavais
sempre em mar aberto.
Singrava veloz, acompanhado pelas gaivotas.
Se fosse em outros tempos
a pirataria iria explorar.
Ancorou em vários portos.
Abasteceu-se de muito amor.
O tempo passou e sua madeira envelheceu
e com ele as aventuras e proezas do além-mar
Navegou até uma pequena baia
onde se dizia uma linda e sábia sereia morar
Lá se apaixonou perdidamente
e suas aventuras deixou de praticar.
Baixou sua ancora para nunca mais navegar...
Só Quero
Eu quero é descansar, me esvaziar
Talvez perto do mar, em algum lugar
Só para me esvaziar, só descansar.
Cansei de todas perturbações
E desse barulho de caminhão que
É a vida, um tanto fria e sofrida
Só quero algum lugar pra me esvaziar
Algum lugar pra descansar
Talvez perto de um grande lago
Só pra me esvaziar, lá minhas
Lágrimas não terão diferença, não aumentará, nem diminuirá
Só quero algum lugar pra descansar
Junto às ondas do mar.
Quero sorrir e não precisar dizer adeus.
Quero me apaixonar e amar
Quero ser paixão e amor
Quero fazer durar.
Só quero algum lugar pra me esvaziar
Talvez perto das ondas do mar
Só quero me sentir vivo e não frio
Ver a vida do lado divertido, e não
Do lado sombrio e frio.
Quero poder ver a luz do sol
E sentir todo seu esplendor com
Um sorriso no rosto
Só quero algum lugar pra descansar
Só quero não mais me sentir sozinho
Nascemos sozinhos, mas não perecemos sozinho.
Só quero me esvaziar, descansar desse mundinho que nos oprime sozinho...
A vida pode ser comparada ao mar...
Na maré alta aproveite para contemplar a lua, as estrelas
Coloque os pés na areia e cante
Entre no mar e aprecie o horizonte...
Se encante com a vida !
Na maré baixa, espere...
Medite nos seus problemas, no que vc acredita
No que você espera da vida, nos seus objetivos
Não nade contra as ondas
Aprenda a pular sobre elas
O mar é lindo em qualquer hora
Com qualquer onda, na chuva e no sol
Basta você saber nadar de acordo ...
Quem já esteve num mar tumultuado sabe:
expandir a consciência é como ir cada vez mais fundo.
Existem as mentes que se mantém no raso:
é seguro, e a cada onda que vem se dá um pulinho.
Existem as que se tentam se aventurar mas não estão seguras,
e ficam onde elas se quebram, ou um pouco antes,
tentam pegar carona ou furar a onda,
mas se não ficarem atentas,
vem uma onda maior quebrando em cima fazendo elas
entrarem num turbilhão que as joga de novo no raso.
E finalmente existe a zona de tranquilidade,
que é funda e se mantém quase com os pés no chão,
mas a cada onda que vem,
você flutua e não e não sente as ondas se quebrando
apenas uma leve ondulação.
Mas tem que ser leve o bastante para se manter
flutuando sempre acima do mar e não ser puxado
para o fundo demais onde não se poderia mais voltar...
O mar e você
Como não amar, o ir e voltar
Levando dores e trazendo a calma
Plenitude e inconstância,
Traz a vontade de viver dia após dia,
E é isso que me guia
Não saber do seu amanhã, me faz viver o hoje ao teu lado intensamente,
Sem pensar na maré,
Baixa, calma e lenta
Alta, forte e estonteante, é o teu jeito de ser, assim, me faço velejante em seu amor, aprendendo e indo, remadas para frente, tristezas para trás,
É o teu efeito sobre qualquer um que se banhe em você,
Me purifica a alma, me liberta a mente, me faz sonhar, seguir a diante,
Sabendo que voltar é preciso, pois o meu amor é grande, mas se encontra apenas em teu cais.
O céu e o mar...
O céu esta bonito, as nuvens sempre em movimento dão sentido as mudanças constantes e por vezes repentinas,
no mar raso as ondas estão quebrando envolvidas em sentimentos,
algumas conclusões e um norte em direção a paz, vejo olhando para o céu,
com os pés enfiados na areia do mar raso sinto emoções fortes ao olhar as ondas quebrando com tantas vibrações positivas.
O mar
É mistério que ninguem jamais vai desvendar águas cristalinas, outrora verde mar, nos traz uma leveza na alma chegamos até sonhar
Esquecemos de tudo que envolto há.
É magico, belo deslubrante sej fascínio nos convida ser reluzente
Ao murmúrio de suas águas tranparente
Ao nascer do sol a magia continua
Onde pássaros em revoada saldam mais um dia
Esperança esta a qual traz primazia.
Demostrando a grandeza de um Deus soberano que tudo pode e tudo faz para nós pobres vivente reconhcer este amor e viver em paz
Filha do vento e tempestade
Sou intensidade
Amante do mar
Sou maré da diversidade
Alegre gargalhando
Se triste, vem o pranto
Esse desnível causa espanto
À outro olhar até encanto
Na ladeira sou descida
Ao sol aquecida
Pela maldade esquecida
Sempre protegida
Ao som das ondas me revelo
Sou Cristina.
De Olhos Abertos
Mar revolto, ondulações constantes,
Conversas distantes, inconstantes.
Emoções flutuantes nos instantes,
Que passam, que ficam,
Que rasgam e esticam,
Casam, confirmam...
Sou ar, são águas.
Ímpar, sem mágoas.
Sem par, sem ar,
Sem lágrimas.
Sigo o voo para o norte,
Torço que nades de volta do sul,
Pro sol, pro céu, azul...
Fuligem
Chove um chuvisco de nada.
Partículas diminutas...
Quase parecem enxutas.
Caem no mar...
Pra lá, pra cá...
Às ondas salgadas vão se incorporar.
Labaredas de fogo no meu coração...
Gotinhas miúdas me deem a salvação.
Lavem minha tristeza.
Mostrem-me que há beleza
no mundo de fuligem
que insiste em me acompanhar.
Poeta
Um mar estrelado, seus olhos olham abismado.
É tanta luz, é tanta beleza...
Quer colocar tudo em versos, com certeza.
Um murmúrio de águas cristalinas.
Perfeição da vida.
Caminhos que se cruzam.
Vida que encontra vida.
O poeta olha com seus olhos sensíveis...
Coração a tudo perscrutar.
Quantas maravilhas pra ele em versos colocar.
Um mar imenso de água tão salgada.
Um infinito que se perde... parece no nada.
As ondas que não param um instante sequer... a areia vem molhar... depois voltam pro infinito mar...
Vem e vão num bailado cuja música a brisa está sempre a tocar.
Poeta que tudo vê.
Toca com os olhos do coração.
A perfeita natureza a florescer,
O dia que morre na noite... que vê todo dia nascer,
Que se passa na alma do poeta?
Quanta sensibilidade nela há...
Em poucos versos toda a maravilha do mundo consegue ele poetar.
No seu âmago busca esperança.
Vê dias maus... vê sim...
Aceita a dor e cada uma do seu jeito.
Dentro do peito ajeita cada uma de um jeito.
Com certa afinação, deito os pensamentos langorosos nas águas longes do mar sem fim. De pálpebras cerradas, a vida entorpece o sal que espuma dos olhos, a nebulosa estranha bruma que sossega. E uma letargia profunda impregna, deita lenta e repousa o horizonte encarnado em mim ...
Os ruídos quietos de dentro ressonam-me algures os calados sentimentos. Acalmam candentes sensações. Adormecem vagas inconstantes. Ondeiam incontidas horas em silentes sonhos.
O corpo meu sonolento segue flutuando com um pouco mais de alma e se perde numa consolação sem volta, num rumo certo ou quase certo, nessa imensidão doce, azul, oceânica, sonífera...
O MAR
E a terra lhe disse:
Mar porque me bates,
Com teu modo, esse,
Que de Deus, não tem artes?
Se de Deus ambos somos,
Porque me fazes mal,
Se os dois afinal,
Por ele fomos ordenados?
Ms como estás nele,
Se me fazes guerra,
A mim que sou dele?
Como podes de Deus ser
E a mim terra,
Com tuas ondas, tanto mal fazer?!
Durante um momento particular,
estava um pouco angustiado,
diante do mar que também
estava agitado,
aparentemente, em sincronia
com a minha mente,
o vaivém de suas ondas
com as idas e vindas
dos meus pensamentos,
todavia, ironicamente,
aquela atípica empatia
foi trazendo-me alento,
uma preciosa calmaria
que não sentia há muito tempo.
O mar é nitidamente enigmático,
abriga uma grande beleza no seu íntimo,
passa uma sensação de equilíbrio
apenas com a sua superfície,
mas muitas vezes fica agitado
semelhante a um coração que acelera seus batimentos
quando está bastante emocionado,
fica impaciente com o vaivém de suas ondas
como se de alguma forma quisesse ser notado
ou seja a maneira que ele encontrou pra desabafar,
e, talvez, seja justamente por ser assim tão expressivo
que muitos com ele identificam-se e o apreciam.
É evidente que este enigma faz parte de algo divino
e inexplicável, assim, mesmo que não faça sentido,
merece ser contemplado.
Composição fascinante, resultado de um cenário incrível por meio de um lindo mar e a inquietação das suas águas, o vaivém de ondas acompanhando a desenvoltura livre dos ventos, o sol radiante exaltando o azul celeste em sintonia com a tua naturalidade, quiçá, uma referência à agitação da tua essencialidade de forte veemência.
Neste lugar, a tua bela estrutura também ganha o merecido destaque, teu corpo iluminado, irradiando um tom caloroso, a meiguice da tua face, teu semblante amoroso, és uma arte da natureza, cuja fogosidade é demasiada e delicadeza é atraente, onde uma leveza se propaga e abrilhanta a tua presença, um viver muito consistente.
E em um dia ensolarado como este, integras uma exposição majestosa, realista com uma vida pulsante, que carece ser vista com o coração agradecido, sem pressa, desfrutando ao máximo de uma sensação emocionante, daquela que faz a pele arrepiar com um fervor constante, que gera a vontade de te amar, mulher simplesmente interessante.