Textos sobre Mar
Picos da Eternidade
Torna-me tão límpida quanto um mar sereno
E em água me tornar para que eu possa me banhar
Que o Sol possa se entregar dentro de mim
E que eu sinta o calor escorrer entre meu corpo.
Torna-me pura e transparente como a água da chuva
Que transborda a cachoeira
Assim, poderei me desfazer em sopro e alcançar
Os mais altos picos da eternidade.
AUTOR : José Alves de Araújo Neto
NO MAR
Se você andou no mar
Sabe falar o segredo
Que os pássaros que voam
Sentem a sobra do medo
Quero te amar um dia
E te amar sem companhia
Para mostrar que a amo
E sempre a quero mais
Você é a minha paz
Você é quem eu queria
Quero te dizer que no mar
Onde eu ia te encontrar
Quero dizer que minha vida
Só tem sentido assim
Com você perto de mim
E os pássaros todos cantandos
numa alegria sem fim.
HÁ MAR EM VOCÊ...
Há mar em você...
No silêncio dos meus pensamentos
Comparar-te-ia ao som da noite
Sua calmaria me relaxa e me adormece
E a luz do luar me fazes sonhar.
Ilumina-me como o sol
Em cores vivas do oceano
Inexplicável tal imensidão do céu
É a vontade louca de te encontrar.
Sinto-me vulnerável como uma pluma
Na saudade desse teu beijar
Deixa-me a flor da pele
Como flecha é teu olhar.
Reticências de saudades
Condicionando-me a teus dizeres
Moras em todas as verdades
As quais quis acreditar.
Dominas-me como um decreto
Com um beijo avassalador
E nas ondas debatendo-se nas pedras
Dissolvendo-me entre espumas, desejando-te como o mar.
Andas por entre meus desejos
Despertando-me em minhas dormidas
Tentas descrever o meu despir
Sem jamais se despedir.
By Joelma Antunes.
Mundo paralelo
Aparente, latente.
Rosto, pranto.
Coração, mente.
No ar, no mar, na terra e em todo canto.
Quem vê, quem sabe, quem participa, quem sente.
Fogueira santa.
Elo sobrenatural.
Quem revela.
Quem rebela.
Quem aviva.
Quem mata ela.
Mecanismos singelo.
Luz, som, energicamente repleto.
Vozes, emoção, confusão.
Seu doutor, seu computador, diga qual a razão.
Pânico, um teatro real.
Esquizofrenia e tal.
Depressão geral.
Ansiedade quando se ativa o canal.
Quem é, quem são, onde está o laboratório desse elo.
Moderna programação.
Controle mental.
Mundo paralelo.
Giovane Silva Santos
Navegar para além do horizonte é ousar sonhar,
Romper as amarras do porto, no mar se lançar.
Cada onda um desafio, cada estrela uma guia,
No vasto azul do oceano, onde a alma se alia.
Abrir-se a novas descobertas, desbravar o desconhecido,
Com coragem e esperança, o coração sempre erguido.
Cartografar novos mundos, desenhar mapas da alma,
Em cada traço, um segredo, em cada passo, a calma.
Tempestades se erguem, ameaçam com fúria e trovão,
Mas o navegante persiste, segue firme, com precisão.
Enfrenta o vento e a chuva, desafia o medo e a dor,
Pois sabe que após a tormenta, vem a bonança e o esplendor.
E nos braços de um novo mundo, encontra a paz tão sonhada,
Na terra prometida, a jornada é recompensada.
O horizonte se expande, a alma enfim repousa,
O mar é vasto e eterno, mas a paz é silenciosa.
"Mar Privado, Escola VIP: O Show de Horrores da Privatização Brasileira"
Em um país tropical, onde o sol brilha mais forte do que a esperança de um político honesto, surge uma ideia brilhante: privatizar tudo! Porque, afinal, se tem uma coisa que o brasileiro sabe fazer bem, é transformar qualquer situação em motivo para piada.
Imagine só: escolas privadas, com direito a camarote VIP e open bar de conhecimento. Os alunos desfilando pelos corredores com uniformes de grife, óculos escuros e mochilas Louis Vuitton. Afinal, quem precisa de merenda quando se tem um caviarzinho de entrada antes da aula de matemática? E, claro, os professores seriam substituídos por influenciadores digitais, porque nada ensina melhor do que um tutorial de maquiagem no YouTube. Quem precisa de física quântica quando se pode aprender a fazer contorno com um pincel kabuki?
Mas não para por aí! A praia também entra na dança. Agora, para pisar na areia, você precisa comprar um ingresso. Sim, meus amigos, adeus ao nudismo espontâneo! Afinal, quem quer ver celulite quando se pode admirar um belo contrato de concessão? As praias privatizadas teriam até dress code: biquínis de grife e sungas com etiqueta. E, claro, os salva-vidas seriam substituídos por personal trainers, porque afinal de contas, ninguém quer se afogar com o corpo fora de forma. "Atenção, senhoras e senhores, o bronzeamento está liberado, mas só se você estiver usando um protetor solar com fator de proteção igual ao seu saldo bancário."
E o povo? Ah, o povo! Ele se adaptaria, como sempre. Nas ruas, surgiriam os camelôs vendendo “passaportes para o mar”, e os mais espertos criariam um aplicativo chamado “Uber Praia”, com motoristas que te levam até a beira-mar por uma bagatela. "Seu destino é a Praia do Capitalismo Selvagem? Claro, só R$ 99,99 e você ainda ganha um voucher para um drinque de água de coco!" E, claro, não faltariam memes nas redes sociais: “Quando você percebe que a privatização chegou até o seu bronzeado.”
E assim, entre uma selfie na sala de aula e um filtro de Instagram na praia, o Brasil seguiria seu curso. Porque, afinal, somos um país que transforma problemas em piadas e piadas em soluções. Mas, antes de rir, vamos refletir: privatizar praias e escolas pode parecer engraçado, mas é como vender o ar que respiramos. Afinal, já é um direito adquirido em constituição que esses espaços sejam públicos. Talvez, em vez de privatizar, possamos investir em educação e preservação ambiental. Quem sabe assim, um dia, chegaremos a um lugar melhor. Ou pelo menos a um lugar onde a lipoaspiração seja mais acessível do que o ingresso para a praia.👎🏻😉🥳🫶🤣🧐
Quando eu não mais existir,
joguem minhas cinzas no mar,
em uma noite de lua cheia...
Usem as palavras trêmulas de saudades.
Quando meus anjos me levarem ,
preciso que cantem o hino de meus olhos,
e na lembrança de cada um,
que fique a minha poesia escrita,
no humor do dia e na calada de cada noite morta.
PROMETIDOS
Quando o Sol adormecer lançando seus raios multicores sobre o mar,
Quando a noite acordar desenrolando seu cobertor estrelado, 🌟 🌟
Quando teus lábios encostarem nos meus num beijo lento, quente, doce...
Entre olhares intensos, carícias febris,
estarás junto a mim
és o prometido para mim pelo destino,
e eu, a mulher com quem sonhastes encontrar na vida,
Não importa os entraves entre meados,
eles nos fortalecem a cada dia
nada controla o destino, ele dominador, não permite que façamos escolhas,
o que está determinado, viveremos,
sem cobranças, nos amamos dia a dia
Tudo é intenso, tudo é esplendor,
não importa o tempo,
É um livro com começo, mas sem o capítulo final,
Este só o destino é sabedor,
O importante é que cada momento seja como se fosse o último,
Somos um navio de amor a deriva,
Não sabemos onde iremos aportar,
Nosso amor é abençoado pelas estrelas,
Toda vez que as nuvens derem passagem para as estrelas abrilhantar o céu,
" TUDO ESTAVA ESCRITO NAS ESTRELAS"! 🌟 🌟
Alice Meirelles
10/01/2021
Instantâneo
o mar adormece
e as gaivotas vão planando…
o sonho acontece
e a vida vai-nos chamando
para a derradeira prece
que o silêncio vai rezando.
enquanto a brisa arrefece
o mar realmente adormece
com gaivotas a planar…
e no sonho que acontece
o silêncio é uma prece
que nos parece chamar…
Canto de Amor ao Mar
Todos os tipos de peixes
Nas verdes águas do mar,
Mães d'água passando em feixes,
Num elegante nadar...
No mar, também sou peixinho,
Nado lento ou ligeirinho
Deixando a maré passar!
Crustáceos, no fundo escondem
Entre o coral, alga e areia,
Polvos ao mar respondem
Como aranha em sua teia.
Tenho amor pelas estrelas,
No céu e mar posso vê-las...
Mar que corre em minha veia!
Meu canto de amor ao mar
É como ele, profundo!
Nas areias, ao luar,
Deito e esqueço do mundo...
E por toda a natureza
O mar é o rei da beleza
E deste reino... me inundo!
Elischa Dewes
Cordel estilo
Mourão de Sete Pés.
Navegaste para o Oriente Eterno,
onde a luz resplandece e o mar do tempo encontra o infinito.
Descansa em paz, na serenidade da eternidade,
onde o silêncio abraça a tranquilidade e a memória se eterniza.
Em teu descanso, a viagem se completa,
o horizonte se alarga e a paz se faz presente.
No infinito, a luz guia tua jornada,
onde a calma e o repouso são eternos companheiros.
Nem eu consigo me entender, quem dirá você,
Um labirinto de pensamentos, um mar a navegar.
Sou um enigma, um quebra-cabeça sem solução,
Emaranhado de emoções, sem uma direção.
Sou um livro aberto, mas com páginas em branco,
Um enigma sem respostas, um segredo sem banco.
Meus sentimentos se entrelaçam, se confundem,
E nesse emaranhado, quem sabe o que se fundem.
Talvez eu seja um mistério, um enigma sem fim,
Um quebra-cabeça complexo, difícil de decifrar assim.
Mas mesmo sem entender a mim mesmo, eu sigo em frente,
Explorando os meus caminhos, buscando um sentido coerente.
Então, não se preocupe se não me compreender,
Pois nem eu mesmo consigo me entender.
A vida é uma jornada de autodescoberta e aprendizado,
E é nessa busca que encontramos nosso verdadeiro fado.
Ó PORTUGAL Ó MAR SALGADO
Ó mar salgado do meu coração.
Vermelho, verde e amarelo de Portugal..!
Lágrimas de saudade rezam ao céu.
Chora-se e ri-se neste país solarengo.
Amaldiçoamos os impostos, os corruptos!
Abençoamos a bola, o futebol e até o campo.
Embalamos e cantamos o hino com paixão!
A felicidade transbordava em cada jogada.
E em cada golo uma simples emoção!
É a magia do futebol que é contagiante.
Alegria do povo que se transforma em poesia!
Enquanto isso os políticos roubam à descarada.
Enchendo os bolsos do nosso Portugal!
Nesta sociedade onde todos são culpados.
Que deixamos que nos vão à carteira!
Com medo de ter voz, de tudo ou de nada.
Portugal acolhedor de tantas tradições!
Livra-nos das sombras que as trevas nos cercam!
E dos vampiros que se disfarçam de anjos.
Ó mar salgado da minha alma, ó meu Portugal!
sou um rio
um curso d'água
me deixo levar pela gravidade até o mar
ao longo das margens me arrasto observado por árvores e vegetações contemplado por espécies carrego dentro de mim a vida de muitos que depende das minhas intermináveis Águas
sou banho
o alimento
a fonte do sedento
entre Barrancos quedas e pedras siga o meu curso sem desviar
cumprindo o meu destino
sem sair do meu percurso
sou o Rio
que levado pela gravidade
sou um caminho d'água que deságua no mar
Em Saquarema, onde o mar se agita,
Ecoa um canto de alma aflita.
Navegantes do saber, guardiões da tradição,
Lutam por seu legado, contra a opressão.
Preteridos à margem, sem voz e sem espaço,
Sentem o aço da desvalorização cruel,
Que transforma o suor em fel e a esperança em dor.
Ó Saquarema, cidade mãe, escuta o clamor!
Seus filhos do mar, pescadores de valor,
Lutam para garantir a pesca, a vida que os guia,
Mas a onda da injustiça os tenta afogar.
Redes vazias, futuro incerto,
A arte ancestral em perigo de definhar,
Sem apoio, sem incentivo, sem ninguém para amar.
Mas a alma do navegador não se rende jamais.
Unidos na voz, nos versos que não se calam,
Erguem suas velas, tecem esperança em seus laços,
E clamam por justiça, por direitos e espaços.
Que o vento traga a mudança, folhas ao léu,
E a justiça floresça como o sol no céu!
Que a prefeitura estenda a mão e os reconheça,
E a cidade, unida, a este clamor se apresse.
Porque o navegador não é só trabalhador,
É guardião da natureza, poeta do amor.
Nas suas mãos, a história e o saber se abraçam,
Um legado que a todos cabe honrar.
Que a poesia seja a voz da transformação,
E a justiça, o farol que guia a união.
Que Saquarema, rio e cidade em comunhão,
Caminhem juntos em perfeita sinfonia,
Onde a vida e a alma cantem em harmonia.
Porque o navegador é Saquarema, é sua história,
Sua cultura, sua arte, sua glória.
Que a cidade o valorize, o abrace e o acolha,
E juntos construam um futuro onde a pesca floresça e a alma se solte.
Se a lua pudesse
Foi ao lado do mar
que te vi a me olhar,
te admirei a note toda
sem pensar em descansar
O teu brilho me encanta
mesmo no escuro
tu me espanta,
brilhando com tanta elegancia,
em todas as vezes que o sol descer
no fim daquele mar
Hoje que ir,
mais uma vez te admirar
por favor não se esqueça
de está noite me mostrar
que mesmo nos dias mais tristes
na noite você me ajudará.
Madrugadas de Lisboa -
Na fria madrugada de Lisboa
meu berço de saudade à beira mar
bebi o cálice do fado, fui à toa
andando p'las vielas sem parar.
Há guitarras a rasgar o coração
esperando de Lisboa num desejo
as colinas são lamento e solidão
nas noites que adormecem sobre o Tejo.
Eu vejo o teu olhar em cada fado
eu sinto-te Lisboa no meu peito
meu corpo como a rua tão pisado
silêncio que adormece no meu leito.
Lisboa porque corres onde vais
à hora de cantar a tradição
que alguém deixou um dia pelo cais
pairando no teu cais de solidão.
Barco da Vida -
Minha Vida é um barco
à deriva pelo mar
em meu peito desembarco
Senhor vem me salvar.
Há ondas, há lamentos
que afogam minhas mágoas
são velas, são sentimentos
pairando sobre as águas.
Minha Alma é a proa
desta fria embarcação
vou sozinho, vou à toa
neste mar de solidão.
Ato os nós do Coração
às cordas do meu sofrer
uma simples afeição
a Minh'Alma queria ter.
Meu leme a incerteza
levado por minha mão
vou na rota da tristeza
a caminho do Coração.
eu me jogo nesse mar de incertezas
Se for preciso eu nado na direção contra a correnteza
Não sei se tenho mais um lugar pra chamar de meu
Em meio a tantas possibilidades me perco
Não sei o que sou de verdade
Estou prestes a me afogar
Nesse oceano profundo de incertezas
Não sei qual o meu lugar
Vou navegando nesse imenso oceano
De incertezas
Maré -
Quando um dia eu morrer
como os rios ao correr
quero ser espuma do mar;
hei-de ser um Céu estrelado
ser vento desnorteado
que me leve pelo ar.
Quando um dia eu morrer
e alguém por mim sofrer
quero o mar por sepultura;
a maré como um caminho
barco triste, tão sozinho,
que o infinito procura.
Quando um dia eu partir
direi adeus a sorrir
saberei como voltar;
voltarei em dia vão
no rimar da solidão
e na espuma do mar.