Textos sobre Livros
Brigadeiro, terra, bicho e flor
Bolo de aniversário, pega-pega, casa de vó.
Bicicleta, livros, músicas e o primeiro amor
Merthiolate, cadernos de enquete, dominó.
Formação, trabalho, responsabilidade, da morte a dor
Mais juízo, menos tempo e o que resta é pó.
Só no sonho continuo inventor
[inventor de mim]
falta
É uma busca pelo que nos falta ,
alguém escreve ,dezenas de livros,
e outros algumas linhas ,assim o
fazem na busca do que lhe falta,
Tem os " devoradores" de livros,
e os que leem poucas linhas ,mas
só os fazem por que algo lhe falta,
não há quem possa afirmar com
toda convicção o que é que estão
procurando ,mas procuramos ,
precisamos dar sentido a nossa
existência ,sobre tudo sentimos
muitas falta ,mas sobre nós mesmo
é o que mais sentimos falta.
Pessoas são livros que a gente encontra.
Tem livros que a gente quer ler, e tem livros que a gente não quer.
Tem livros que são confusos, e tem livros que são claros.
Tem livros que ensinam lições duras. Tem livros que são comédia.
Tem livros que são baseados em fatos. Tem livros que são baseados em sentimentos.
Tem livros que a gente perde... e às vezes não acha ninguém que devolva.
Tem livros que a gente desiste de ler no meio, e tem livros que a gente vai até o fim!
Tem livros que nos prendem e não queremos que acabe nunca mais.
Tem todos os tipos de livros!
Tem livros que são todos os tipos num só.
Como descobrir se um livro vale a pena?
É necessário vontade, tempo e paciência para ler toda a história.
Por mais livros que escreva... Por mais páginas que desenhe... Por mais letras e tinta que gaste... jamais poderei demonstrar a minha vida com escrituras. O sofrimento que está marcado na minha vida jamais poderá sair de dentro de mim por palavras. Porque eu sou humano e os humanos não sabem comunicar. Se virmos um animal sofrer sabemos que ele sofre, se o virmos morrer sabemos que ele morre e isso toca-nos mesmo sem que ele fale.
Quando o brilho dos olhos de um felino desaparece, ou o grito de um suíno nos penetra pelos ouvidos, etc. A natureza fala-nos que eles jamais estarão aqui e eles falam-nos pelo sentimento. O meu sofrimento apenas poderá ser revelado no meu último suspiro, no meu último grito, na minha última lágrima... Não há palavras que consigam subscrever o mundo. É isso que não me permite compreender como pode haver tanto egoísmo, tanto egocentrismo, tanta ignorância, tanto ódio, tanta falta de compaixão, tanto sacrifício, morte, sangue, guerra, homicídio, suicídio, desprezo, repugnância, roubo, crime, desonestidade, mentira, falsidade, traição e jamais sairia daqui se mencionasse o triste que somos. Somos humanos! E o nosso maior erro é afirmarmos que errar é humano! Mas afinal errar não é animal? Os animais não erram? É por isso que os abatemos quando matam um homem? Porque não se abatem os homens que matam homens? Mas onde está a diferença? Antes do "homem" já cá estavam os animais! porque os comemos? porque os matamos? porque mandamos neles? somos mais que eles? em quê afinal? o que faz de nós diferentes? a nossa traição a nós mesmos?
É irónico existir seres humanos que afirmam que os animais não pensam, achando-se superiores. Mesmo que assim fosse, do que vos vale pensar então? Para se acharem melhores? Mas o que é o pensamento?
Eu tenho um costume estranho, ou talvez só um pouquinho diferente, de destacar partes de livros que leio e conectá-las a outros enredos. Ainda que não seja sobre a minha vida, a ideia de deslocar o drama de outra pessoa ou personagem faz com que eu me sinta capaz de fantasiar histórias que eu gostaria de ter vivido ou que eu gostaria de ter sentido. Numa dessas, enquanto lia e movia o celular com maestria num café vazio no meio da cidade, me deparei com a dramática sentença que mudou minha semana:
“Existe uma linha sútil entre adaptação e apego.”
Fui atingido por um trem em altíssima velocidade no exato momento em que terminei a leitura do ponto final. Será que eu sou uma dessas pessoas que se deixa levar por um comodismo barato que se apodera de algumas relações afetivas? Nah, eu sempre estive acima disso, pensei com ingenuidade. Mas a volta de ônibus pra casa foi turbulenta. Enquanto o motorista derrapava pela décima vez por uma via molhada, eu derrapava pra dentro de mim pensando em como seria possível distinguir apego de outra coisa.
A adaptação é o período correspondente à calmaria dos relacionamentos. Você sabe do que eu falo, é quando o namoro dá uma estacionada de leve e as coisas parecem todas iguais. Não que isso seja ruim, pelo contrário, parece que finalmente a gente achou aquele amor com sabor de fruta mordida, calminho, bom pra passar os domingos juntos e construir alguma coisa edificante e sólida e, pera, será que isso não é só uma desculpa pra não admitir pra mim mesmo que as coisas têm sido todas iguais e que aquela chama toda, aquele amor-combustível que movia a gente, pode ter chegado ao fim? Não, não é a rotina em si, é quando o sentimento estaciona. Imagina que o sentimento não evoluiu durante a coisa toda e que o desgaste vai batendo, arranhando, sujando a lataria.
Não é nem um pouco fácil, pelo menos pra mim, perceber e admitir isso. Paixão e apego podem ser sentimentos parecidos quando não se tem certeza do que se sente e de como funciona o nosso fluxo emocional. Pra mim calmaria significa morte decretada de um casal. Quando a gente passa a semana sem se falar, coisa e tal, e isso não incomoda nem um pouco. Quando a gente começa a se questionar se sentiria falta ou não, e acaba não sentindo mesmo. Tá, eu sou confuso, mas talvez você também seja e esteja nessa. Talvez seja uma tendência natural dos librianos (ou do zodíaco inteiro).
Descobrir se o namoro se tornou puro apego é complicado. Ainda mais quando bate aquela vontade de ir embora, porque, do contrário, a gente ficaria à beira de uma estrada pedindo carona, já que o carro não tem mais rota, nem combustível, nem motoristas aptos a conduzir o veículo. Pior do que descobrir, é o ato de admitir pra si mesmo. Sério, quem em sã consciência jogaria um balde de água gelada num castelo de areia que foi construído com tanto carinho? Talvez alguém que conseguisse fazer metáforas melhores que as minhas e alguém que quisesse ser realmente feliz. Sabe, tenho a impressão de que o apego faz a gente ficar mais pelo outro do que por nós mesmos, como bons samaritanos. Mas a verdade é que bate um medo danado de perder tudo aquilo, perder o outro, perder o companheirismo. Bate um medo danado de ficar sozinho, de ter feito burrada e errado, de sentir falta (você vai sentir, com certeza) e coisas do tipo. Admitir que é apego congela a gente, e é preciso coragem pra sair dessa inércia e resolver correr atrás de outra chance de ser feliz (ou quebrar a cara).
Digo, olha pra esse motorista do ônibus no qual estou, ele claramente não sabe o caminho, mas tá tentando chegar lá. Pode demorar, a gente pode reclamar, ele pode se sentir confuso, mas vai que ele chega. Na pior das hipóteses, ele liga o GPS ou pede ajuda pra alguém. E não é tão diferente assim na vida real. A gente não precisa ser vilão, eu acho. Basta explicar tudo direitinho, agradecer pela estadia, explicar que não existe culpa, que você quis se dar mais uma chance de ser feliz e sentir tudo aquilo que as pessoas merecem sentir: um arrepio na barriga enjoado que nem parece aquele bonito que é descrito nos livros de romance. Explica isso, fecha a porta do carro com carinho e assume a responsabilidade de pegar o seu futuro nas mãos e fazer o que bem entender com ele. Vamos acabar descobrindo sozinhos se foi bom ou ruim, se foi a decisão certa ou não, se era amor ou se era apego. Se era apego, bom, bem-vindo de volta à trilha. Se era amor, mantenha a calma: você só vai precisar achar um jeito diferente de achar a estrada de volta pra casa.
Folhas soltas...
Os dias passam,
páginas são viradas
e livros novos lançados,
contam novas histórias.
O vento vem
e leva embora
algumas páginas
que ficaram soltas
e resolveram seguir
outros caminhos
para alegria de alguém
que ao vê-las partindo,
descobre seu talento
de poeta ao imaginar
o motivo das páginas
desejarem tanto voar.
As pessoas são como livros!
Alguns impressionam pela capa e seduzem pela sinopse,
mas o miolo é pura decepção. Porém há os mais raros,
aqueles que conquistam o coração após os mistérios desvendados.
Alguns são manuseados com carinho, lido calmante e gravados na memória.
Outros são apenas folheados e descartados, sem nem mesmo serem lidos.
Porém os mais raros, aqueles que conquistam o coração,
são mantidos por perto para serem apreciados para sempre.
Ambos podem ser encontrados em qualquer esquina.
Alguns se vendem por qualquer preço, outros superestimam seus valores.
Porém os mais raros e valiosos são aqueles que se ganha de presente.
Se bem que os mais populares são aqueles que seduzem pela capa,
conquistam pela sinopse, mas são descartados e substituídos,
antes mesmo que os mistérios sejam desvendados.
ESTOU GRÁVIDA
De livros abortados
De leituras interrompidas
De contos inacabados
De remédios ingeridos
De poemas iniciados
De amores mal resolvidos
De palavras mal pronunciadas
De versos não construídos
De rascunhos rasgados
De noites mal dormidas
De crônicas não anunciadas
De acrósticos obstruídos –
Sinto-me enjoada, pesada,
Preciso parir.
Românticos, pós-românticos, vitoriano, pós vitoriano.
Livros livros, sinto falta de lê - vos .
Saudades de vossas línguas, vossas graças, suas histórias.
Não era eu quem vos tinha, eram vós que me possuíam.
Saudade de fantasiar às vossas custas ou graduar minha inteligência modesta.
A vida não deveria jamais afastar - me de vós, oh livros!
Foi cruel.
Ainda espero por voltar a lê - vos tão furiosa e intensa e calmamente que voltarei a moldar o mais íntimo do meu íntimo, o mais perfeito do que eu posso "Ser".
esse negocio de amor, de reciprocidade, de companheirismo
é coisa de filmes, de músicas, de livros e novelas.
a vida real é cruel, ninguém morre por ninguém
é tudo um jogo de interesse, quando o que você
pode oferecer acaba, acaba a história.
simplesmente assim, a vida é cruel.
e o amor é só mais uma ilusão
no meio de tantas que existem.
Quem é ele?
Diziam que Víctor tinha hábitos estranhos, que colecionava livros de ocultismo, artefatos antigos e totens indígenas. Uns falavam que ele era um bruxo; outros, um sádico terrorista. Havia até quem afirmasse ser ele um alienígena. Tinha noites em que se podia ouvi-lo murmurar palavras indecifráveis que mais pareciam grunhidos a evocar entidades. Um amigo meu me disse certa vez que um terceiro lhe havia dito que alguém teria visto Víctor conversar com estatuetas de cobre enquanto fazia gestos esquisitos com um punhal de prata. Segundo ele, esse alguém teria sido vizinho de Victor. Relatou-me que esse tal vizinho teria visto a cena por meio de um binóculo, espionando através da janela da casa onde Victor morava. Nunca acreditei integralmente em tudo isso. Mas a presença dele realmente incomodava. Talvez por conta das histórias, não sei. De fato, ele era muito obscuro. Victor parecia não ter sentimentos, falava só o necessário, apenas respondia pausadamente, com voz baixa e grave, a quem ousava dirigir-lhe a palavra. Não sei por que nem para que tinha vindo a nossa cidade. Ele pouco saia. Na verdade, Víctor só podia ser visto em público depois que o sol se punha; ou melhor, quando o sol não se fazia presente. Aliás, isso o tornava ainda mais misterioso. Seria ele um vampiro? Se eu acreditasse que vampiros existissem, ele seria a pessoa mais suspeita do mundo. Confesso que o vi pouquíssimas vezes. Talvez umas quatro ou cinco. Ainda assim, não o vi direito... quero dizer: não vi detalhes de sua aparência, por causa do capuz. Só dava para perceber que ele tinha uma pele muito branca, rosto alongado, nariz comprido e fino. Mesmo seus olhos sempre pareciam fechados, na penumbra do capuz, voltados para baixo. Figura sinistra, sem dúvidas. Era bem alto, um tanto quanto corcunda, não se misturava. Dentre outras coisas bizarras, criou-se uma espécie de lenda em que se dizia que Victor não olhava para as pessoas porque, ao olhar, poderia capturar os pensamentos e até mesmo a alma delas. E isso seria um fardo para ele. Por conta dessas histórias, todos desviavam os olhares de Víctor, embora se sentissem misteriosamente atraídos por aquela pobre criatura. Quando o vi pela primeira vez, senti como que se ele pudesse me observar mesmo sem olhar para mim. Sentia também que ele podia ver a tudo e a todos mesmo sem usar os seus olhos. Sempre que um fato inusitado ocorria na cidade, desconfiava-se dele, como que se ele pudesse interferir inclusive na natureza do mundo. Sinceramente, eu tinha muita pena daquele homem, tanto que por não poucas vezes expulsei meninos que atiravam pedras na casa dele para depois darem no pé sem olhar para trás, com medo de se transformar em estatuetas de cobre.
Livros são os melhores presentes.
O governo do DF (Distrito Federal) sancionou Lei que proíbe a fabricação e venda das armas de brinquedo. Um ato bastante polemizado pela mídia e cidadãos engajados com as questões educacionais.
Alguns se posicionaram contrários à medida defendendo a idéia de que crianças precisam brincar de heróis e mocinhos, e que tais práticas podem reforçar nos pequenos, a noção de justiça.
Outros avaliaram positivamente a atitude do Governo, uma vez que ela vai ao encontro dos anseios da sociedade de se frear a violência no país.
Se esta medida será eficaz ou não, somente a próxima década nos dirá. As crianças que não receberem suas armas de brinquedo nesta, serão o objeto de estudo comparativo com as que receberam, no passado, as suas pistolas, metralhadoras e outras afins.
Entre os prós e os contras de tal ação, há que se fazer uma análise mais detalhada dos primeiros, pois, razões robustas e contundentes exigem que nos debrucemos sobre elas antes de escolhermos de qual lado ficaremos. Vejamos:
Sabe-se que a infância é um período fértil para toda e qualquer aprendizagem: música, línguas, dança etc. Há, ainda, quem defenda a idéia de que nas brincadeiras infantis de imitações podem desabrochar aptidões e habilidades que conduzirão o individuo para atividades afins na fase adulta.
Com certeza, o leitor contumaz adquirirá maior capacidade de abstração que é o meio mais eficaz para mover-se com êxito no mundo hodierno. Também é a leitura é uma ferramenta potente no desenvolvimento emocional e imaginativo das crianças.
E por ser a infância a fase onde todos os hábitos são formados que devemos difundir boas práticas para coibir desvios de más condutas, o máximo que pudermos.
Outro argumento salutar nos apresenta um diversificado mercado de brinquedos que estimulam a inteligência e desenvolvem as fantasias dos pequenos.
Então por que não prover nossas crianças com coisas belas e úteis? Bons livros são construídos e editados todos os anos, e estão entre os melhores presentes. Desenvolver o hábito da leitura ainda na infância é preparar cidadãos com competência de realizarem uma leitura crítica do mundo. Ler é fundamental para a aquisição do conhecimento e a história comprova que bons leitores serão os ótimos escritores do futuro.
Retomando o tema violência, a sua queda passa, sobretudo pela elaboração de medidas capazes de dirimi-las desde a sua origem até as suas conseqüências.
Governo e sociedade têm de somar esforços para atingirem tal fim. E todas e quaisquer ações neste sentido devem ser bem vistas e recebidas com muita disposição.
Não tenho formação acadêmica, nem 90 anos de experiência nesta existência. Não escrevi livros, nem sou uma palestrante do mundo, daquelas com um vasto vocábulo (e sentimento muito limitado, por vezes).
Não sou purista nem filoneísta nem ista alguma. Sou talvez uma amiga. Isso!!! Me veja como uma amiga... daquelas que você não tem muito contato, mas que sabe que está em algum lugar do planeta, e que como ser sensível que é, está em plena rotação universal rodando e sentindo.
Pois bem...tendo bem definido minha falta de pretenções e intentos, ouso falar com toda a “direteza não polida“ que dizem que me é peculiar: TOME BANHO DE CHUVA!
Sim meu querido novo amigo... banho de chuva!
Você deve estar perguntando o porquê, e eu adianto que não é um segredo milenar para curar as chagas do corpo (a menos que se acredite, é claro! Esta sim é uma verdade milenar), nem uma simpatia revolucionária criada no seio do nosso povo “ignorantemente“ carente para trazer algo desejado em 24 horas. Não e não!!!
Tome banho de chuva simplesmente para ousar viver. Eu me refiro à vida real. Aquela sem relógios musculares chamando os abdômens hostis à se movimentarem freneticamente nas Cidades, se vendo sem se enxergarem, se tocando sem se sentirem.
Me refiro a vida natural, ao que nos é instintivamente básico. Me refiro à comunhão com o que é natural, à ousadia de ser simples. Me refiro à coragem de ser poeta em meio a guerra, à perseverança de ser sensível em um mundo de bárbaros modernos.
Tome banho de chuva para lembrar o que verdadeiramente é, de que verdadeiramente é feito. Para acordar do mundo inventado, de prioridades dispensáveis e lamentáveis.
Entenda meu amigo o profundo significado do “banho de chuva“. Veja-o mais que fisicamente. Visualize-o com a alma, com a imaginação liberta de qualquer compromisso com os conceitos do mundo moderno.
Liberte-se das convencionais regras de etiqueta. Respeite a tudo e a todos, mas de forma natural, com gentilezas espontâneas, com sorrisos abertos,com carinho sentido, com compaixão franca. Esqueça um pouco os colarinhos e jóias e problemas profissionais.
Diga-me:
De que adianta saber que os talheres devem ser postos de fora para dentro, e não conseguir organizar os próprios sentimentos? De que adianta carros de luxo, e um rastejar interno? De que adianta viver 100 anos com os bolsos cheios e o coração vazio? De que adianta ter um conhecimento vasto sobre a geografia e não saber o para onde ir? De que adianta ir e nunca ter para onde voltar? De que adianta dar prioridade ao que te remunera, mas não te evolui? De que adianta ter 50 casas, e nenhum lar? De que adianta o material sem o imaterial do amor?
Volte-se para o seu interior! Renda-se às melhorias internas, priorize o que te equilibra, respeite a tudo, inclusive ao que te desagrada, deseje amar mais do que ser amado, respeitar mais do que ser respeitado, aprender mais sobre o que é eterno do que sobre o que é passageiro. TOME BANHO DE CHUVA!
Brinque sem preocupações, abrace demoradamente, beije vagarosamente, não tenha pressa...
Tenha fome de aprender, sede de ajudar.
O caminho é este. Volte-se para o que realmente é... TOME BANHO DE CHUVA.
Fernanda Furini
LIVROS DE INFÂNCIA
Eia em marcha meu Rocinante,
Vamos em busca de sonhos, vamos avante,
Não tenho tempo para bobagens ou inimigos,
Apenas quero viver e cuidar dos amigos,
Daqueles que me cativaram,
Isto o príncipe me ensinou,
Em nossas viagens,
Ou navegando rios com perigos,
Com Huckleberry Finn,
Ou em visitas as princesas de nossos sonhos,
São muitas aventuras e estórias sem fim,
Tempos felizes e risonhos.
Ah! Branca, Cinderela e Rapunzel,
Cachinhos e minha pequena Sereia,
Brincávamos debaixo do sol com nuvens por véu,
Construindo castelos de areia,
Sonhando acordados,
Dormindo felizes e inocentes,
Sem especiais cuidados.
Aventuras mil com Simbad, João e Maria e o Gato de Botas,
Protegidos pelo Soldadinho de chumbo, em todas as rotas,
Abrigados na casa de tijolos e fazendo guerra de travesseiros,
Fomos na meninice grandes felizes e arteiros.¹
As vezes enfrentando vilões,
Como em Ali Babá e os quarenta ladrões
Em outras ficamos no meio,
Da vida do patinho feio,
Ouvimos a resposta do espelho,
Corremos com Chapeuzinho Vermelho,
E o medo do Saci, da Mula e do Caipora,
Do Curupira, da Cuca e outros bichos,
Que enfrentamos em duelos,
Dentro e fora do Sítio do Pica-pau Amarelo,
Ah! Seu Bento,
Por sua causa e de outros,
Tive muito passatempo.
Agora saímos desse cenário,
Pra trás ficam sonhos, feiticeiras e leões
Ficam também armários,
Assim como imaginações.
Ai que saudades eu tenho...²
livros são como pingos d'água no deseto, lindo, desejado e totalmente apreciado!
Admiro as coisas belas e simples da vida de um modo singular e louco. Analiso o pérfil de pessoas e cada vez mais tenho a certeza que ver é melhor que dizer.Amo minhas poesias e filosofias de vida,minha psique é meu total mistério(até mesmo para mim). Psicologia é meu robi, meus pensamentos meu tapete mágico. Sou tudo e nada, sou o que acha que sou, menos pra mim! PENSO LOGO EXISTO Sejam bem- Vindos ao meu mundo.
Procuro sentido nas palavras,
Dos livros, da fala e da vida.
Mas a vida não as dar.
Pouco ricos muitos pobres.
Miseráveis, famintos e doentes.
Procuro sentido na morte e na dor.
Sentido do nascer, viver e morrer.
A morte, um descanso.
No silencio uma tristeza.
De quem não fez grande e nem tão poucas obras.
Há um homem a quem não nos reverenciamos.
Por sua grandeza, seu amor e suas obras.
Obras que sois vós.
Homem perfeito aos olhos do criador,
e imperfeita a própria criatura.
Aínda sou idiota.
Hoje trancafiado neste quarto ao som do mar, rodiado por livros, dos quais não li a metade, tal vez por preguiça ou pelo simples fato de que não adinta, pois não fara tanta diferença, gostaria mesmo de ser um velho com sabedoria o suficiente para ter consciencia do caminho que estou prestes a tomar, queria ter a compreeção de alguém com mais experiente e poder caminhar sem dúvida, em uma direção que deveria ser a melhor, mais de que iria adiantar isso, erros devem existir em nossas vidas, para que enfim possamos adquirir experiencia, porém minhas dúvidas são tantas que me perco, estou prestes a descobrir da forma mais complicada e não tenho como saber, embora estaja caminhando convicto de tudo só vou saber quando o erro ou o acerto estiverem perpetuados, mais não vou me iludir com coisas que vejo tão claramente agora, depois é claro de ter provado da pior forma, visto como pode ser cruel uma pessoa sem nem perceber, estou triste por ser assim, por confiar de mais nas pessoas, não sou ingenuo, mais é que tem muito mais em cada coração, é cláro que alguns não mereçam atenção, mais eu dei, e agora aqui pensando entre versos e frases incompletas, percebi que o siúmes que senti foi em vão.
Eu acreditei de mais e cai, ouvi meu coração, mais tenho certeza que entendi pela metade. Devo viver, afinal essas coisas acontecem, mais não quero deixar que esse sentimento que me consome agora se transporte para as pessoas que estão a minha volta, e acabei descobrindo o óbvil, que a água mesmo que transparente não é pura, e mesmo assim tem genti que a toma tão cegamente, eu sou uma dessas pessoas, por isso que gostaria de ter uma sabedoria a mais, por isso queria eliminar essa minha maior metade humana, mais não posso por que é maior que a minha metade mais fria essa parte sempre fala mais alto, e amanhã eu vou novamente acreditar fielmente no que me dizer até secobrir que são palavras falsas e querer me destruir novamente, porém tudo pode acontecer, apartir de amanhã eu irei simplismente ignorar, vou deixar que tudo aconteça, mesmo que me ingane, mesmo que eu caia em profunda agonia, porém dessa vez vou saber contornar com sabedoria graças a experiencia de hoje.
silêncio da alma
Não tenho amigos
Não tenho livros
Não tenho amores
Não tenho nada
Não posso pedir
Não posso falar
Não posso expressar
Não posso sentir
Não posso querer
Não posso surtar
Não posso escrever
Não posso amar
Se eu não posso nada
Tampouco posso existir.
Uma espécie de perda
Usamos a dois: estações do ano, livros e uma música.
As chaves, as taças de chá, o cesto do pão, lençóis de linho e uma
cama.
Um enxoval de palavras, de gestos, trazidos, utilizados,
gastos.
Cumprimos o regulamento de um prédio. Dissemos. Fizemos.
E estendemos sempre a mão.
Apaixonei-me por Invernos, por um septeto vienense e por
Verões.
Por mapas, por um ninho de montanha, uma praia e uma
cama.
Ritualizei datas, declarei promessas irrevogáveis,
idolatrei o indefinido e senti devoção perante um nada,
(– o jornal dobrado, a cinza fria, o papel com um aponta-
mento)
sem temores religiosos, pois a igreja era esta cama.
De olhar o mar nasceu a minha pintura inesgotável.
Da varanda podia saudar os povos, meus vizinhos.
Ao fogo da lareira, em segurança, o meu cabelo tinha a sua cor
mais intensa.
A campainha da porta era o alarme da minha alegria.
Não te perdi a ti,
perdi o mundo.
Encontrei Minhas Origens
Encontrei minhas origens
em velhos arquivos
livros
encontrei
em malditos objetos
troncos e grilhetas
encontrei minhas origens
no leste
no mar em imundos tumbeiros
encontrei
em doces palavras
cantos
em furiosos tambores
ritos
encontrei minhas origens
na cor de minha pele
nos lanhos de minha alma
em mim
em minha gente escura
em meus heróis altivos
encontrei
encontrei-as enfim
me encontrei