Textos sobre Livros

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Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!

Nem a rosa, nem o cravo..., Folha da Manhã, 1945

Jorge Amado
Figuras do Brasil: 80 autores em 80 anos de Folha

Método de leitura sem procrastinação



Primeiro passo - Ler tudo que se tem em mãos
Segundo passo - Ler tudo que se pode e que estiver disponível
Depois - Criar condições de acesso ao que não está disponível
E dai em diante - Ler tudo que for passível de ser lido, até o fim.
Por fim, ler ao infinito. Sem interdito, medo ou preconceito.

Aviso: Alguns livros causarão indigestão!
Mas, assim como um xarope muito amargo que trás a cura, (os livros),
Talvez, sejam mesmo a sua única opção.

Ler tudo que quiser
Ler tudo que puder
Ler tudo que se deve ler
Ler tudo que não se deve ler
Ler tudo que não se deve em língua estrangeira (traduzida)
Fazer um curso (da) língua estrangeira que lhe trás empecilho
Talvez seja uma boa saída para resolução do problema
- Para tentar entender melhor o que (não) está sendo lido -
- O que (não) está sendo dito - Inclusive,
Pode te ajudar a ler nas entrelinhas e quem sabe,
Te ajudar a encontrar outros textos possíveis de serem ‘digelidos’.

Ler tudo que for possível
Ler tudo o que estiver disponível
Criar condições para que tudo que se quer ler esteja disponível
Digerir (livros) - dige (li) vros - digerir (vos)
Até que cada página se torne o seu refrão preferido
Até que um dia se vicie em abrir (ler) e fechar livros.

Em resumo, seria mais ou menos isso:
Ler como se estivesse com muita fome, sedento e indescritivelmente faminto
E como se carregasse na barriga uma (Tênia) Solitária
Corroendo suas entranhas, escurecendo as tuas vistas, provocando-lhe delírios
Encontrasse a cura somente nos xaropes amargos (ou doces) chamados livros.

⁠Há uma coisa que tenho feito muitas vezes ultimamente: olhar- me ao espelho. Em certos dias, chego a não me considerar real, tenho a impressão de que não é a minha imagem que está ali a meio metro de distância. Tenho de desviar o olhar. Volto a olhar para meu rosto, para meus olhos. Tento ver o que que meus olhos dizem... O que sou. Que razão me trouxe aqui.


Trecho do diário o de Miranda
(20 de Novembro)

Livro: O Colecionador - John Fowles

Luz do dia

Desvenda-me como um poeta.
Na minha vida
Jamais avistaria isto
Neste meu ser crítico, lasso, lamentável...
Farei com que a poesia entrelace
No meu ser triste,
Pra que possa avistar sentimentos abstratos
A que não dou mínima importância
Que, no fundo, é uma alexandrita
Quando na luz do sol o seu verde
Traga-me esperança
Na luz artificial da noite o seu vermelho
Dê-me amor!
Oh! Luz do dia dê-me
Do meu ser poeta
Um dia de alegria
Pra que possa
De verdade amar
Meus semelhantes.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Alguns amores acabam, mas outros duram para sempre, mesmo que pareça
algo impossível, um dia nós encontramos alguém que quando estamos prestes
a desmoronarmos em um abismo, ele também se joga, porque todo amor tem
fases e crises, a diferença é que existem pessoas que enfrentam essa crise
conosco, que são a luz no fim do túnel, você tem que crer que as pessoas
podem te amar tanto quanto você pode amá-las.

qυє é σ αмσr?
υм נαr∂iм ∂є ℓσυcσs
cєrcα∂σ
∂є ƒℓσrєs є єsρiทнσs
ρσr τσ∂σs σs ℓα∂σs.

qυє é αмαr?
υм cσrαçãσ
τσ∂σ вσr∂α∂σ є ƒℓσri∂σ
cσмσ qυαℓqυєr συτrσ
cσrαçãσ αραixσทα∂σ.

"Você precisaria viver, rigorosamente, palavra por palavra, linha por linha, entrelinha por entrelinha, vírgula por vírgula, ponto por ponto de cada página da minha vida, para a satisfação de ver e sentir as coisas, exatamente, como hoje eu as vejo e as sinto, e vice-versa.
Portanto, não tente ser quem eu sou. Não ouse ser alguém que você não é. É impossível ser igual ao outro."

Eu, com minha tpm, meus livros e meu jeito-gato. Ele com seu ciúme camuflado, seus mil programas e seu jeito de abraçar o mundo. Mas quer saber? Eu olho pra ele e fico pensando sozinha: será que alguém nesse mundo faria o que ele faz por mim? Porque ele me escuta, me aguenta, me mima, me inspira, me faz sentir a mulher mais linda e especial do mundo. E eu acredito nele, acredito em mim e acho o amor a coisa mais egoísta que existe. A gente ama o outro por tudo aquilo o que ele nos faz sentir. (E ser). É, pessoal. Por ele, esvaziei minhas gavetas, meu armário e meu coração. Pra reciclar energias. Pra ele entrar, ocupar o espaço em branco. E ficar. Não importa se a gente vai se casar em Pipeline, se vamos nos matar daqui a um ano ou se o mundo vai acabar amanhã. Nada interessa. (Embora eu espere que tudo o que eu sinto dure pra sempre). [...] Para mim, a melhor hora do dia é ver a chave girar e o sorriso dele entrar porta adentro. Nesse momento, o tempo pára e não há nada que me faça sentir como eu me sinto. "Torna-te quem tu és", disse o filósofo. E EU SOU. (Por nós).

"Muitos livros em minha biblioteca estão agora desatualizados. Foram bons enquanto eram novos, à semelhança das roupas que usei quando tinha dez anos de idade; mas eu cresci e as deixei para trás. Entretanto, ninguém jamais deixa para trás as Escrituras por ter crescido; esse Livro se amplia e é mais conhecido à medida que passam nossos anos".

"Os livros que lemos devem ser apenas placas de sinalização na estrada apontando o caminho direto para as Escrituras. Se andamos de livro em livro e não chegamos nas Escrituras, esses livros não são boas placas sinalizadoras, porque eles nos apontam para mais placas, e mais placas (livros, livros, livros) - e não para o destino - As Escrituras. A Escritura e só ela é a nossa vinha, na qual todos nós devemos trabalhar até a fadiga. "

Quero ler mais livros. Escutar mais músicas. Assistir mais filmes. Quero ter menos preguiça, sentar mais no chão, correr mais pelo parque. Sabe, essas coisas fazem com que eu me sinta livre. Acho ruim a gente ter que se aprisionar. Quero sair de noite, caminhar sem rumo, ficar olhando para o céu. Pode soar bobo, mas isso pra mim é tão importante.

Livros nos permitem viajar através do tempo, tocar a sabedoria de nossos ancestrais. A biblioteca nos conecta aos insights e ao conhecimento, laboriosamnte extraído da natureza, das maiores mentes que já existiram, dos melhores professores, oriundos de todo o planeta e de toda a nossa história, para nos instruir sem nos cansar e para inspirar-nos a dar nossa própria contribuição ao conhecimento coletivo da espécie humana.

"Como outras religiões, o comunismo também tem seus escritos sagrados e seus livros proféticos, como O Capital, de Marx, que previu que a história logo terminaria com a inevitável vitória do proletariado. O comunismo tinha seus feriados e festividades, como o Primeiro de Maio e o aniversário da Revolução de Outubro. Tinha teólogos adeptos da dialética marxista, e cada unidade do exército soviético tinha um capelão, chamado de comissário, que monitorava a devoção de soldados e oficiais. O comunismo teve mártires, guerras santas e heresias como o trotskismo. O comunismo soviético foi uma religião fanática e missionária. Um comunista devoto não podia ser cristão nem budista, e se esperava que difundisse o evangelho de Marx e Lenin mesmo que isso lhe custasse a própria vida."

Existem livros cheios de boa escrita que não têm histórias muito boas. Leia, por vezes, pela história ... não seja como os esnobes literários que não fazem isso. Leia, outras vezes, pelas palavras - a linguagem. Não seja como os covardes que não fazem isso. Mas quando você encontrar um livro que tem tanto uma boa história quanto boas palavras, valorize esse livro.

Não diga apenas que você leu muitos livros. Mostre que, por meio deles, você aprendeu a pensar melhor, a ser uma pessoa mais perspicaz e ponderada. Os livros são para a mente o que os pesos da ginástica são para o corpo. Os livros são muito úteis, mas seria um grave erro supor que alguém progrediu apenas por conhecer o seu conteúdo.

Epicteto
A arte de viver

Bem verdade que eu ajo hoje, e me escondo para ler livros de psicologia, ouvir músicas poéticas e ficar sozinha; e amanhã volto com uma super-inovada-nova-solução para o nosso caso de amor dilacerante e pragmático. Talvez por isso, as fugas, e voltas, as idéias mudadas, o sentimento quase o mesmo e os princípios no lugar. E você disse que era inesperado, que tudo ainda estava se arrumando, consertando, e do nada cortei o fio que nos ligava, cordão umbilical desse relacionamento.

Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas claras e tintas escuras. Apaixonei-me pelas letras, pelos poemas. O que me faz ser amigo dos poemas é a capacidade do poeta exprimir o que sinto. Ele fala o que meu silêncio não me permite dizer, ele chora o que meu orgulho impede de externar. Ele tem acesso ao meu coração, ao mais profundo de minh' alma. Nas palavras dele e nos livros o meu sentir solitário é exposto.

Eu já li muitos, muitos livros que falavam sobre pessoas que sofriam por amor. Nenhum deles descreviam essa dor como sendo algo que pudesse ser sentido com pouca intensidade. Eles a citavam como sendo uma coisa que despedaçava sua alma e destruía o seu mundo. Não como algo que poderia ser sentido de forma branda.

"Hoje eu queria ler uns livros que não falam de gente, mas só de bichos, de plantas, de pedras: um livro que me levasse por essas solidões da Natureza, sem vozes humanas, sem discursos, boatos, mentiras, calúnias, falsidades, elogios, celebrações...hoje eu queria apenas ver uma flor abrir-se, desmanchar-se (...)."

Os livros mudam o destino das pessoas. Substâncias perigosas, servem para acalmar e atiçar; abrir novas possibilidades e nos fechar em universos circunscritos; estimular a ação ou estimular a prudência. O fato é que ninguém passa incólume a uma boa leitura. Entra-se de um jeito e a saída é de outro, mesmo sem que se saiba de antemão como sairemos.