Textos sobre infância que encantam todas as idades

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Um pontinho de luz em meio a
escuridão, céu estrelado. Sonhos feitos de arco-íris, dias cobertos de ternura, o afeto e a inocência de colorir o mundo mesmo estando nublado,a alegria de tocar nas nuvens sem muito esforço. São dias curtos,
fugazes, cheios de contentamento. O sabor da infância que nunca escapa dos nossos lábios e a lembrança que abraça cheia de saudade.

Inserida por barbarabarbosa


Aquele foi um tempo bom. A rua era o palco da vida, desfrutada pela criançada: correndo, brincando, fazendo algazarras. Quanto a noite chegava era preciso voltar... Mas a vida ficava guardada nos bancos das praças, arborizadas, e nos quintais floridos fartos de frutas maduras - que faziam a festa da meninada.

Inserida por JulmarCaldeira51

⁠MEMÓRIAS DE JUNHO
Junho, você chegou!
Junto a ti a alegria e a nostalgia, uma relação difícil de explicar, é coisa de sentir, só quem conhece sabe falar.
Ah junho, eu estou tão longe do meu berço, do teu cheiro tão marcante, do teu sabor irresistível e da tua energia contagiante, tão distante.
Mas, você ocupa um espaço vitalício no terreno das minhas memórias, das mais doces e lindas histórias que experienciei na minha infância, junho é uma dança que nunca esquecerei a coreografia.
Não posso te chamar de mês seis, seis é metade e você é inteiro, completo, infinito dentro de mim.
Você é o mês que tem cheiro, gosto, som e veste xadrez.
Senta aqui, vamos conversar!
Quanta história temos pra contar...
Eu ouço o barulho da lenha quebrando, do meu avô derretendo plástico, dos meus olhos enfeitiçados com a cena; coração acelerado, que alegria! Não importa de quem é o dia, Junho chegou, é São João.
Acordar em junho era sempre flertar com a expectativa, nada era programado, mas tudo que desejávamos simplesmente acontecia. Junho nunca me decepcionou.
Hoje é a festa do colégio, eu vou usar a bota do ano passado e o conjunto que Cosme fez. Eu vou levar refrigerante, porque tia Lú já vai levar bandeja... Vó tá aqui brigando vendo tia Lú vasculhando a gaveta, é que pegaram três panos de prato ano passado e nunca devolveram.
Tudo pronto, vamos subir. Cadê Deni que não chega com Fernanda?
Liga lá pra saber, o final é 37.
Camila, “segunda dessa que vem a oito” é a feira de São João, não gaste com besteira, senão vai ficar sem fogos pra soltar na fogueira.
Já são quase 4:00pm.
A carroça de toco chegou, chama pra mim teu avô.
O banho era cedo, antes do sol se pôr, fazia parte do ritual perfumar os cabelos molhados com a fumaça da fogueira e ouvir vó gritar: ‘’menina sai da barra do vento tu acabou de tomar banho quente’’.
E assim eram os dias de Junho, ruas repletas de fogueira, sorrisos e crianças vivendo em plenitude a infância. Sem medo, sem maldade, sem ostentação...
Eu nunca enxerguei Junho como um mês, Junho era um estado de espirito que eu desejava que fosse milagrosamente infinito.

Inserida por camila_carvalho_1

⁠A cidade está morta
O mexicano que espantava a molecada
com sua espingarda de sal
estancou-se no tempo
A noite está muda.
Amordaçaram Vila Galvão.
Gritos de brincadeiras
fazem eco no quarteirão.
As vozes das crianças
são pedras soltas no caminho.
São concretos que mastigam os terrenos.
São gemidos de gatos
que assombram os telhados.
Ninguém brinca.
Ninguém grita. Ninguém fala palavrão
Ninguém acende um pneu
Ninguém solta um balão.Ninguém.
Na cara do presente
há uma faixa estendida :
É proibido ser criança..

Inserida por touchegrs

⁠MEU QUINTAL
Alguém já viu meu quintal ?
Tem um corredor enorme
que vai dar lá no fundo
e uma porta aberta para o mundo
Dali se vê limpidamente
a estrela chamada D'Alva
nascer todos os dias
entre os verdes montes
que se distanciam.
No ar que se respira
há um perfume que não vem das flores
- meu quintal não tem flores.
O perfume vem do vento
E fica ali
Toda vida
Como se fosse Deus

Inserida por touchegrs

⁠Direito da Criança

Você criança tem direito de receber todo o amor do universo,de receber beijo estralado e abraço apertado de sorrir e dar gargalhada, de ser o centro das atenções em casa, de brincar sem preocupação, de lambuzar a cara de macarrão. De ter colo quentinho para te consolar quando cair e o joelho esfolar. Cante, brinque, imagine viva a sorrir
Encha a casa de gargalhadas
Não deixe a peteca cair.
O tempo é ligeiro
E somos passageiros
Sem parar gira o mundo
A infância e valiosa devemos valorizar cada segundo .

Inserida por joice_siqueira

⁠Ser criança, obviamente, não significa ter pouca estatura, pode até ser sinônimo de pouca idade.

Há criança tão madura que nem parece ter passado pela infância, e há adulto tão infantil que parece nunca ter saído dela.

Na real, ser criança é ter a alma encantada até a melhor idade.

Inserida por janete_miranda

⁠Ser criança é não ter a ânsia de querer ser...
É viver sem se comprometer
com a realidade daqueles que nada são
Não vivem
Não sonham
Não têm imaginação

Ser criança é não se
Contentar com a monotonia
Do mundo...
Com a falta de graça,
de cores, de rumo...
É aproveitar a vida
Cada segundo

(...)

Ser criança é sorrir
Com as coisas
simples da vida
É ter o coração livre
E amar sem medida

FLORES, Leandro, 2017

Inserida por leandroflores

⁠No sorriso de uma criança, mora a alegria,
Um sol que nunca se apaga, ilumina o dia.
São mestres de um amor puro, sem condição,
Oferecem ao mundo sua mais pura canção.

No seu olhar, a curiosidade infinita,
Cada coisa é nova, cada passo, uma conquista.
Vivem o presente, sem pressa, sem dor,
Ensinar-nos a ver o mundo com mais cor.

Ah, se em nós renascesse essa inocência,
Se a vida fosse, novamente, pura essência!
Despertar cada manhã com olhos de criança,
Abraçar o dia com renovada esperança.

São pequenos mestres de uma grande verdade,
Que no coração simples mora a felicidade.
Nos ensinam a rir, a amar sem temer,
A encontrar magia no simples viver.

E nesse dia especial, que a infância celebra,
Que cada adulto se lembre e reverbera,
A alegria inata, a curiosidade e o amor,
E redescubra no próprio peito esse fervor.

Seja cada dia um novo despertar,
Como crianças, aprender a sonhar.
Que possamos, enfim, de coração aberto,
Ver o mundo, de novo, num brilho incerto.

Pois dentro de nós, há uma criança escondida,
Que anseia por viver, por amar, por ser vida.
No dia da criança, que esse ser floresça,
E que a mágica do mundo, em nós, permaneça.

⁠Crescer é Perder-se

Se soubesse, criança, como passa o tempo,
Voltavas a brincar com pedrinhas no rio,
Continuavas a sorrir para as borboletas,
Aproveitavas o viver como passarinho.

A vida adulta é pura lamúria,
Tem gosto de saudade e cheiro de chuva.
Queria ter ainda a confiança do abandono,
Quando me esquecia nos braços de Deus,
E era feliz nos desvãos do quintal.

Hoje, crescido, com o controle nas mãos,
Não vivo, apenas existo,
Prisioneiro dos meus próprios medos,
Carregando o peso das responsabilidades.

Se pudesse voltar ao ontem,
Onde o futuro era apenas uma ideia distante,
E cada dia uma nova aventura,
Entregar-me-ia à pureza da infância.

Na simplicidade dos dias antigos,
Encontrava a verdadeira alegria,
E na inocência do meu olhar de menino,
Revelava-se o segredo da vida.

Hoje, vejo-me perdido em meio ao concreto,
Nas rotinas sem cor e sem brilho,
E anseio pelo riso fácil,
Pelo despreocupado viver.

Se soubesse, criança, que crescer é perder-se,
Voltavas a brincar com as formigas,
Continuavas a sorrir para o vento,
Aproveitavas o viver em plenitude.

Hoje que cresci e assumi o controle, não vivo.
Tudo é se der,
Tudo é quem sabe,
E o coração ainda sonha ser menino.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Saudades

Abraços que ficaram no ar,
Beijos que o tempo não deixou roubar,
O tremor da primeira vez a palpitar,
Brinquedos artesanais que aprendemos a amar.

Risadas partilhadas com irmãos,
Pipas ao vento, piões nas mãos.
Corridas sem fim pela rua,
Noites de escuridão ao clarear da lua.

Futebol descalço, a liberdade nos pés,
Sobre paralelepípedos, longe de leis.
O doce sabor do amor a descobrir,
Em cada jogo, um mundo a sorrir.

Esconde-esconde, a vida a brincar,
Bicicletas a girar, estradas a explorar.
Sem preocupações a pesar,
Infância, um reino que não queremos deixar.

Inserida por danyllo_formiga

XEQUE-MATE, BABACA!

A partida já durava pouco mais de 45 minutos, uma pequena eternidade para uma criança de 5 anos e meio.

– Mamãe, eu sei que o certo é jogar em silêncio, tentando “adivinhar” as próximas jogadas, mas preciso falar uma coisa – disse em tom solene, esfregando os olhinhos já cansados.

– Pode dizer, filha.

– Acho esse Rei muito “babaca” – disse apontando uma das duas peças coroadas por uma cruz.

– “Babaca”? Como ele pode ser um “babaca” se ele é a peça mais importante do seu reino? Se ele for capturado, você perde e acaba a partida – retruquei.

– Ah, mãe, o xeque-mate deveria ser com a eliminação da Rainha. Já reparou que ela é muito poderosa e que ele é um tremendo “Zé Mané”?

– Respeite o seu Rei, não fale assim dele – reclamei com um sorriso no canto da boca. – Onde você está aprendendo essas palavras?

– Mãe, a Rainha é toda “triunfante”. Consegue “dançar” pelo tabuleiro inteiro, como se fosse uma pista de dança… Olhe – e movimentou a sua Rainha na horizontal, vertical e diagonal, por várias casas já vazias. – Ela é tão esperta que “observou” e “aprendeu” os movimentos da Torre e do Bispo.

– Isso é mesmo. Ela é uma peça muito importante, filha. A perda da Rainha é uma grande derrota para o reino. Considero o “começo do fim” da partida – expliquei.

– E esse “Zé Mané” aqui é todo duro, travado e “perna de pau”. Já viu como ele “dança”? – Disse pinçando o seu Rei com seus miúdos dedinhos e o movimentando pelas casas que o circulavam. – Ele fica assim fazendo movimentos curtinhos, todo indefeso e fraco. Raiva desse “babaca”. Não quis aprender nada na vida. Até o Cavalo sabe saltar… E ele? Só sabe “se esconder na sombra da Rainha” – palavras literais da minha pequena.

– Amor, não fale assim. Se você estiver com raiva ou aborrecida, vai interferir no jogo e você não vai conseguir pensar na melhor jogada. Como eu sempre te digo, Xadrez exige concentração, “sangue frio”, estratégia e equilíbrio. E outra, não desrespeite o seu Rei. Seu dever é protegê-lo a todo custo, para continuar na partida. Acha melhor parar para descansar e continuamos depois?

– Mãe, a senhora está “toda” enganada – disse fazendo carinha de desdém.

– Oi? – Questionei, sem entender.

– Eu ainda “sou princesa”, mas serei como a Rainha, vou viver observando e aprendendo, toda poderosa, dançando com um longo vestido brilhante pela pista inteira. Mas não quero fazer sombra em nenhum “Zé Mané”… Na verdade essa conversa toda foi para te distrair, foi um papo “estlatégico” – pronunciou “fazendo bico” e levantando levemente os pequenos ombros. – Xeque no seu Rei, esse “babaca” aí.

Estatelei os olhos e tive que me render, orgulhosa, abrindo a retaguarda do meu Rei para que ela pudesse capturá-lo com o seu último e aparentemente inocente Peão, que “conseguiu atravessar” o tabuleiro quase sem ser visto por mim, no decorrer do nosso diálogo.

Parecia inofensivo, mas… Por vezes, o Discípulo supera o Mestre.

Xeque-mate, “babaca”.

Inserida por nivea_almeida

A MAIOR MISSÃO NA TERRA

Enquanto trabalho em minhas planilhas, lembro das suas pequenas unhas do pé que precisam ser cortadas.

Enquanto almoço rapidamente, penso se as professoras da escola integral insistem algumas vezes para você comer o brócolis, assim como eu faço lá em casa.

Na academia (que tento fazer no horário do meu almoço, entre uma reunião e outra), tento levantar um pouco mais de peso nos equipamentos. Meu corpo precisa estar inteiro e saudável para organizar a sua festa de 15 anos.

Olho o extrato bancário e vejo que já debitaram a parcela mensal do meu seguro de vida que fiz antes mesmo de você nascer. Mesmo em minha ausência, caso ocorra, quero lhe deixar algum conforto.

Sorrindo, engulo mais um sapo a seco e aguento agruras no trabalho pois preciso do salário ao final do mês para o seu nobre sustento.

Viajo para as minhas aulas do doutorado muitas vezes em lágrimas e com o coração apertado por uma noite a menos com você, mas com a certeza que será melhor para o seu futuro. E com a esperança de tê-la orgulhosa citando a mãe doutora.

Faço questão de percorrer algumas horas de trânsito por dia para levá-la e buscá-la do colégio, pois são horas em que me dedico só a você, mesmo desviando dos ciclistas e cachorros que cruzam o nosso caminho.

Aliás, no percurso até a sua escola, fico inventando uma nova brincadeira para interagirmos até chegarmos em nossa casa, na esperança que não pegue no sono e durma sem jantar.

Colei os seus desenhos ao lado da minha mesa do trabalho para eu lembrar que um dia duro faz todo sentido quando se tem um “pedacinho de gente” dizendo que te ama ao final da tarde.

Declaro com um sorriso escapando do rosto que aprendi a matar baratas, fazer omeletes, cantar no chuveiro, assistir desenhos animados e cuidar bem melhor da minha saúde depois que você nasceu.

Morri um pouquinho quando me pediu, pela primeira vez, para deixá-la no portão da escola e vê-la caminhar sozinha, e não deixá-la pessoalmente dentro da sua sala, aos cuidados da sua professora, como eu sempre fiz.

E falando de novo em morrer, quase morri de culpa quando vi uma cárie microscópica em seu dente do fundo. Eu me senti a pior mãe do mundo por isso. Fui derrotada, mesmo tentando cuidar dos seus dentinhos da melhor forma possível.

Revolto-me discordando das pesquisas que relacionam mães que trabalham muito com filhos com problemas psiquiátricos. Escolha cruel e injusta demais entre ser pobre ou ter sucesso, ter filhos saudáveis ou doentes.

E falando de doenças mentais, saí chutando a lixeira do consultório do meu psiquiatra quando ele me disse que a minha doença se chamava “sono” e que bastaria eu dormir oito horas por noite para eu sarar. Alguma mãe aí pode me dizer como faço isso?

Falando de perder sono, foram incontáveis as vezes que saí da minha cama e fui até a sua só para certificar se estava tudo bem, se você respirava, se a janela entreaberta te incomodava, se algum pernilongo te rondava, se sua “bexiguinha” suportaria até o amanhecer, se a manta que te cobria te protegia do frio ou te dava calor…

Chorei com a maior das paixões quando jogamos a primeira partida de xadrez juntas. E você só tinha 4 anos.

Chorei de novo quando soletrou “batata” e “boneca”. Quando pegou os meus dedos e contou-os até dez… Em inglês.

E falando em chorar, só “aprendi” a chorar mesmo, quando você contorceu de cólicas pela primeira vez, aos 20 dias de vida, e nós duas sozinhas em casa na madrugada. Antes eram só lágrimas de crocodilo ou derramadas sem um motivo tão nobre.

Depois que você nasceu, reconheci que fazê-la dormir segurando as suas mãozinhas pequenas é muito mais prazeroso (e saudável!) do que comprar uma garrafa de absinto e beber sozinha, andar em alta velocidade com um carro novo ou fumar um maço inteiro de um importado da Indonésia, sabor canela, pela madrugada…

O suor infantil exalado dos seus pezinhos após um dia todo de estripulias é muito mais perfumado do que uma “explosão de rosas”: o cheiro daquele meu perfume que você desde bem pequenina sempre pediu um “tiquim no pecôço”.

E quando fecho os olhos, naqueles dias que parecem não ter fim, eu lembro do nosso diálogo no dia da mais terrível tempestade que passamos juntas, sozinhas, você com apenas 4 anos de vida, salvando a minha:

– Filhinha, se tudo o que temos for perdido, tudo o que a mamãe precisa para recomeçarmos está aqui dentro, ó (e apontei para a minha cabeça).

– Mamãe, não se preocupe. Só não fique olhando para a chuva, nem para o vento, nem para as árvores (que se contorciam nessa hora). Me abrace, me dê as suas mãos (pegou as minhas mãos nas delas, tão miúdas), olhe aqui pra mim, para os meus olhinhos e repita comigo várias vezes: “eu não tenho medo, essa chuva vai passar, eu não tenho medo…”.

Obrigada meu amor por me fazer piloto dessa nave, na maior missão na Terra.

Inserida por nivea_almeida

Suco de maracujá
A década era de 1980, o ano não lembro ao certo, eu era acordado por minha mãe todas as manhãs com o intuito de ir à escola, época de prova acordava mais cedo pra estudar. Meio que no automático eu levantava e ia para a mesa tomar meu café, me servia de café com leite e pão caseiro com margarina, na época chamava de manteiga, não tinha noção que a verdadeira manteiga era mais cara. Dificilmente aguentava tomar um banho que preste, quando somos crianças sentimos tanto frio, meio que só molhava o cabelo e vestia a farda azul da escola Instituto José de Anchieta de Bragança, pegava a merendeira e nunca sabia ao certo qual seria o lanche daquela manhã.
Junto com meus irmãos, já prontos, também seguíamos em caminhada com destino à escola, eu nunca fui só para a escola, já que fui o segundo filho a nascer, sempre tive a companhia do meu irmão mais velho nessa caminhada. Os demais irmãos se juntavam assim que alcançavam a idade de estudar.
O caminho pra escola era seguido de algumas brigas e brincadeiras. Cada parte do caminho tinha para a gente uma conotação especial. Chegado à escola nos dirigíamos as nossas respectivas salas. Ainda lembro das primeiras letras que consegui fazer e sempre ficava muito feliz com cada coisa nova que aprendia. Na hora do intervalo, todos as crianças tiravam de sua lancheira os lanches e faziam sua refeição, ali mesmo sentados na mesma mesa a qual estavam estudando. Naquele dia minha mãe colocara alguns biscoitos e suco de maracujá, após o termino do intervalo recomeçava a aula, o pensamento as vezes voava longe, dando asas à imaginação e dando continuidade àquilo que a professora acabara de falar. O término das aulas era anunciado, me juntava aos meus irmãos e fazíamos o caminho de volta, com as mesma estórias, as mesmas brigas, com o pensamento longe e a imaginação fértil, imaginação que apenas as crianças podem ter...

Inserida por professormariocelio

Súplicas de Uma Criança do Século 21

Quando eu nasci...
Eu vim ao mundo como anjinho...
Sem rótulo, sem definição e sem prazeres...
Independente da minha indentidade sempre fui cercado de carinho...
E assim fui me fazendo com direitos e deveres.
Me deram cores como que se isso influenciasse no meu futuro...
Fizeram meu mundo rosa...
Em algumas vezes verde...
Me deixando confuso...
Me vi rotulado de uma forma espantosa.
Agora como criança querem decidir minha profissão...
Querem a todo custo decidir com o que posso brincar...
Se brinco com carrinho ou boneca...
Com isso querem subjulgar meu eu por orientação...
Sem se preocupar o que vou achar...
A verdade é que minha opinião nessa fase não conta.
Não entendem o que eu quero ser é criança...
O Que a própria essência me classifica.
Dizem que vim ao mundo provido da Pureza e da Inocência...
Mais há aqueles que querem me obrigar a crescer rápido...
Na mais cruel indecência...
Querem me expor ao vergonhoso e ao estúpido.
Muitos me rotulam dizendo que já vim ao mundo sabendo o que eu quero...
Falam que tenho aptidões, sentimentos, prazeres, paixões e mediante a isso querem distinguir meu gênero.
Eu vim ao mundo como anjo...
Sem Romance, sem paixão e sem prazer...
Coberto de essências e afeto flaternais de modo recíproco com meus país e família me esbanjo...
Sem colocar a julgamentos meu jeito de ser.
Enfim eu sou um anjinho...
Eu sou o milagre da vida...
Eu sou um ser pequenininho cheio de carinho...
Eu quero ser criança e quero ter minha infância vivida.
Quero um mundo de Paz...
Poder imaginar...
Uma vida infantil sagaz...
Que me permita sonhar...
Por favor não destrua a minha infãncia.

Autor: Jhon Alex Modesto
Dedicatória: A todas as crianças do mundo e adultos que nunca deixaram sua velha infância morrer, que possamos preservar as verdadeiras riquezas do ontem para garantir o futuro, devemos fazer o bem principalmente as nossas crianças pois o mundo vai mal.

Inserida por JhonAlexModesto

⁠Ser criança é

Ser criança é ser feliz com pouco e acreditar que o mundo é um parque. É correr, brincar e explorar o universo em um único dia com a certeza de que nada pode atrapalhar os seus sonhos.

É ser um eterno sonhador, imaginando um futuro incrível e vivendo intensamente cada minuto do dia.

Ser criança é estar realmente vivo, sabendo que cada segundo é importante de ser aproveitado. É ser grato até mesmo pelas pequenas coisas da vida. É olhar para o menor dos insetos com a mesma curiosidade que olha para um leão.

É acreditar em um mundo onde a paz reina e que o maior sonho dos adultos é voltar a ser criança.

Inserida por pensador

⁠Ser como criança

Ser como criança é ser como um peixinho pequeno e curioso na imensidão de um oceano de possibilidades. É nadar livremente e explorar os detalhes fascinantes da vida.

É saber que os joelhos ralados vão sarar com um simples beijo e aprender que o amor é o remédio mais poderoso do mundo. É nunca parar de sonhar, pois peixinhos nunca fecham os olhos, nem mesmo para dormir.

Na imensidão azul que é o nosso planeta, lembrar que as crianças são verdadeiramente livres para sonhar é a inspiração que precisamos para continuarmos a nadar.

Inserida por pensador

⁠Ser criança é acreditar que tudo é possível!

Ser criança é acreditar que tudo é possível, pois não existem barreiras para quem não sabe da existência de suas limitações. Ser criança é construir todo um universo dentro de uma caixa de sapatos e acreditar que ali, quem reina é ela. Ela constrói suas histórias, suas aventuras, supera qualquer desafio e dá a volta por cima de qualquer dificuldade.

Tudo é possível na imaginação das crianças e é por isso que temos muito o que aprender com elas. Aprender sobre compaixão, gentileza, lealdade, segurança, mas acima de tudo, sobre liberdade. Porque não existe ser mais livre neste mundo do que uma criança disposta a imaginar.

Inserida por pensador

⁠O dia amanheceu diferente,
talvez mais contente,
mas um convite constante de uma lembrança distante,
colocou tudo a perder.

Lembrei dos momentos,
das fases e do tempo que pude viver,
também do meu avó que no Natal nos deixou,
não um presente,
mas nos corações as sementes de uma vida de amor.

Ao pensar na infância,
sem entender a distância
parece que só dois anos durou.
Mesmo assim com certeza,
mas também com tristeza
sei que muito mudou.

Porém, nem tudo é triste
e o meu Deus, que existe,
dos detalhes cuidou.

E ao despertar me convido,
a viver aos sorrisos,
socorrer os aflitos,
fazer tudo com amor.

Inserida por jchristopher

⁠As mais lindas lembranças são as que guardamos no coração. Nossos vínculos afetivos são norteados pelo que vivenciamos na infância. O que buscamos no outro baseia-se nas experiências que recebemos e será a referência para nossas escolhas amorosas. Que parâmetro você tem afetivamente? Que tipo de vínculo tem sido seu norte? Qual é a linguagem de amor que você espera do outro e como você tem manifestado seus sentimentos?
Buscamos no elo amoroso alguém que nos abarque, da mesma forma que fomos nutridos por nossos pais ou cuidadores. Por isso, nossas escolhas amorosas refletem e perpetuam o que nos foi dado e como foi construído nosso arsenal afetivo. Como é importante termos tido então, um investimento afetivo de boa qualidade, pois isso poderá determinar positivamente nossas escolhas amorosas.

Inserida por Angelacristinabrand