Textos sobre infância que encantam todas as idades

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Saudade, quem não tem? Seja de um amigo, um lugar, uma cidade, de alguém que já se foi, da infância, do colo de mãe, do mimo de pai. Saudade, ninguém sabe de onde vem, nem pra onde vai, mas quem a tem, sabe como dói.
Saudade de um passado, de um momento, de um lugar, saudade difícil de explicar. Um sentimento que pode doer ou pode alegrar. Saudade será apenas saudade!
Saudade pra que existe? Seja em momentos bons ou ruins, sempre existirá a saudade para nos fazer lembrar!

Inserida por juNiicolau

O que sempre Maria procurara em sua vida era ser feliz. Durante sua infância em sua casa conturbada vivia como um fantasma. Dizia a si mesma todo o dia que quando casasse e tivesse sua família, faria diferente. Em sua adolescência viveu como deveria. Sem beber, sem desobedecer sua mãe, já então separada de seu pai, viveu em uma jaula sem poder realmente viver. Não fez nada que pudesse dizer: aproveitei minha adolescência de fato. Formou-se em Medicina e logo dedicou sua vida ao trabalho. Casou-se aos vinte e cinco anos de idade com um homem que julgava ser o homem de sua vida. Ele era completamente diferente dela: extrovertido, engraçado, simpático e bem humorado. Ela era fechada, na dela, um pouco antipática e não tinha nenhuma senso de humor. Juntos tiveram Alice, a primeira e única filha do um relacionamento de dez anos que acabou depois da descoberta de uma traição. Maria ficou desolada. Não queria comer, não queria beber e nem sair de casa. Queria ficar em seu quarto, em seu mundo. No lugar onde ela nunca, nunca poderia ser julgada. Após uns meses de terapia, Maria voltou a trabalhar e viver normalmente. Ou melhor, viver não seria a palavra indicada. Ela passou a sobreviver.

Ela era infeliz. Era toda infeliz. Seus olhos, seu nariz, orelhas, suas curvas, seu corpo, era toda infeliz. Tudo que sempre quis na vida ela não conseguiu. Mesmo se formando, trabalhando no que amava e recebendo muito bem, ela era infeliz. Sua casa era triste. A filha mal falava com ela, o ex-marido enviava dinheiro pela conta corrente, havia ficado bem mais velha do que aparentava. O que havia acontecido com Maria? Porque ela vivia naquela tristeza angustiante? Sem amigos, sem família, uma filha que mal falava com ela, um trabalho desgastante, uma vida cheia de decepções emocionais. Dificilmente se divertia ou saia. Todas as quintas ainda saia para tomar um café na cafeteria da esquina que tinha um café barato e de quinta. Pegava algum livro, sua bolsa e jaleco e ia para a cafeteria, sentava sempre no mesmo lugar, pedia sempre a mesma coisa e ficava lá horas até dar sua hora de ir para o trabalho.

Era uma quinta chuvosa quando Maria resolveu que mesmo com a chuva grossa ela iria tomar seu café de quinta, na quinta-feira. Pegou seu livro e saiu de casa ainda com o guarda-chuva e uma capa. Abriu a porta do estabelecimento e quando ia se dirigir para seu local de costume, havia um homem sentado lá. Ela parou, olhou o lugar quase vazio e voltou a olhar para o homem que lá estava sentado. Porque, em meio a tantos lugares bons, ele escolhera logo seu lugar. O mais no canto, o mais escuro, o mais depressivo? Resolveu que pediria a ele para se retirar do lugar. Um absurdo! Ela ia todas as quintas e sentava ali. Se ele quisesse sentar naquele espaço, que fosse outro dia. Decidida a discutir se possível, ela caminhou até à mesa e parou bem em frente. O homem lia um jornal e pareceu demorar para notar a presença de Maria ali. Ele baixou o jornal, levantou o olhar e sorriu:

“Sim?”

“O senhor está em meu lugar!” Disse ela decidida e autoritária. Com aquele jeito bem arrogante e antipática de quando queria alguma coisa.

Ele ainda confuso, olhou para os lados, para baixo da mesa, para as cadeiras e com um sorriso exclamou:

“Não estou vendo nenhum nome na mesa, suponho que ela seja de qualquer cliente que a encontrar vazia primeiro.”

“Todas as quintas eu venho aqui, eu sento nesse lugar, eu leio esse livro e depois de duas horas eu vou trabalhar! Então suponho que o senhor não queira atrapalhar minha vida. Por favor, escolha outra mesa e sente nessa amanhã”

“Mas eu já estou sentado!”

“Fique sentado em outra!”

Ele pareceu suspirar, mas tinha um ar tão arrogante quanto ela:

“A cafeteria está vazia, escolha outro lugar. Eu não vou sair daqui!”

“Não vai? Tem certeza?” Ela falou indignada com a arrogância do homem.

“Não, eu não vou. Se quiser sentar-se comigo tudo bem, mas não vou sair!”

Ela, já com raiva e bufando, jogou as coisas na mesa e sentou-se. Ele deu um sorriso pequeno e vitorioso e continuou lendo o seu jornal. Ela fez o seu pedido e enquanto bebia o café, ficava fitando o jornal dele querendo que o jornal queimasse ou que ele saísse logo. Era a única hora que ela tinha para ela. Aquele homem não poderia acabar com isso!

“Então é médica?” Ele soltou ainda enquanto lia o jornal.

“Não te interessa” Respondeu ela durona e com raiva enquanto bebia um pouco do seu café.

“Oras, pare de ser infantil. Só fiz uma pergunta por causa do jaleco” Ele baixou o jornal e pôs-se a beber o seu café com leite que havia sido trazido pela moça simpática que servia sempre com um sorriso no rosto.

“Sim, Hospital Santa Cruz. Que saber minha credencial?”

“Você me lembra minha filha, e ela tem cinco anos.”

“Porque você não se detém a apenas ler seu jornal e tomar seu café rápido?”

“Não se preocupe, tenho bastante tempo de sobra para conversar.”

“Não quero conversar.”

“Qual seu nome?”

“Qual a parte do ‘não quero conversar’ você não entendeu?”

“Tem cara de Sandra, Marisa…”

“Maria. Meu nome é Maria” Ela falou virando os olhos e bebendo o seu café.

“Um belo nome esse: Maria.”

“Você acha?” Ela levantou o cenho e depois deu os ombros “Acho normal, igual demais”

“Não gosta de coisas iguais?”

“Gosto de coisas diferentes.”

“Então porque tem que vim toda quinta com o mesmo livro, na mesma cafeteria e senta na mesma mesa?” Ele olhou para ela que piscava um pouco surpresa com essa afirmação.

“Isso é… É completamente diferente!”

“Não, não é. Sabe, tenho observado você todas as quintas. Já esbarrei com você várias vezes aqui, porém parece que seus olhos estão fechados para o que é novo. Parece que eles estão vendados para a vida. Sempre, sempre a mesma rotina.”

“Você não tem… Não tem absolutamente nada a ver com minha vida!”

“Ricardo!”

“O quê?”

“Meu nome. Ricardo. Prazer em te conhecer Maria.”

Ele levantou e deixou ela sentada ali, perplexa, sem nenhuma palavra. O dia todo ficou pensando naquela conversa. O dia todo, a semana toda. Passou a semana e quando chegou na cafeteria, ele não estava mais lá. Olhou para os lados procurando aquela figura masculina que a havia deixado confusa e não achou. Quando ia caminhar para sua mesa de costume, algo lhe parou. Ela voltou e sentou em outra mesa. Deixou o livro e lado e pegou um jornal. Não pediu o de sempre. Ela havia aberto os olhos para a vida. Chega de rotina, chega de tristeza! Ela iria mudar, e que começasse com as pequenas coisas!

Inserida por flaviacavalcante

Em uma bagunça está minha vida


Lembro-me de minha infância
Naquele tempo em que tudo era simples
Não havia problemas, e hoje...
Em uma “bagunça” está minha vida.

Nos tempos de criança
Onde a “fantasia” reinava
Não havia espaço para problemas, e hoje...
Em uma “bagunça” está minha vida.

Até “alguns dias atrás” era uma criança
E agora essa criança cresceu
Com a maturidade veio os problemas, e hoje...
Em uma “bagunça” está minha vida.

Não sou mais criança e nem sou uma mulher
Sinto-me perdida e confusa
Não queria, mas tenho que dizer
Em uma “bagunça” está minha vida.

Ah! Se eu pudesse parar o tempo
Talvez conseguisse encontrar-me, por que...
Em uma “bagunça” está minha vida.

Inserida por Jhennifer123

Rádio Recordar


Tenho saudades...
Dos tempos que não voltam mais.
Nostalgias da minha infância,
Momentos simples, triviais.

Andar de bicicleta de madrugada
Não te oferecia tanto perigo.
O Rock era ideológico.
As pessoas tinham mais amigos.

Tubaína por cinquenta centavos,
Sodinha por vinte e cinco.
Roupas coloridas só no Carnaval,
E os meninos não usavam brinco.

Celular, tinha só a função telefônica,
E pra distrair, o jogo da cobrinha.
As crianças praticavam mais esportes,
E colecionavam figurinhas.

Orkut suportava doze fotos
E era só para convidado.
Não possuia jogos em Flash,
E não tinha álbum "tudojunto&misturado".

Tenhos saudades...
Lembranças conseguem me entreter,
Lembranças estão por toda parte,
Pois recordar é viver.

Inserida por guiserafim

álbum de fotografias

quanta sorte sonhar quando se é verde
não gosto de falar de minha infância
não há atos nobres nessa época
o que tenho certeza é que queria
crescer logo e me livrar da caolhice
do manco de pés tortos
da aparência desengonçada
e da opressão dos adultos

mal sabia eu que a miopia aumentaria
que os pés continuariam tortos
que a aparência piora com a idade

mal sabia que a opressão maior
é a da realidade e não dos velhos
mal sabia que ser cuidada e oprimida
é mais acolhedor que ser ignorada
ou ser preterida

não me recordo de tempos para sonhar
havia um medo velado em meus olhos miúdos
e um silêncio imposto
naquela casa sempre cheia de visitas importantes
era proibido correr
dizer palavrões ou se manifestar

ali criança não tinha vez
pular o muro e viver uma alegria clandestina
rendeu-me ora a cinta ora a palmatória
quem dera ter tido a glória
de saborear da liberdade

luxo seria ser uma criança
numa casa de velhos burgueses
não me recordo de um momento
de êxtase livre de culpa
ou de uma satisfação
não fadada à mentira

sou fruto do que fui
no fundo ainda sou
aquela criança.






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Inserida por larissapin

INFÂNCIA

POR VÁRIAS VEZES OS MEUS PÉS E MEUS JOELHOS FORAM ESFOLADOS
E as unhas arrancadas
Aprendi a andar de bicicleta descendo uma ladeira íngreme
Amava a chuva
Era meu banho predileto
Comia aquelas formigas de bundão torradas e com sal
Passava as tarde brincando de amarelinha
Jogando bolinha de gude com os meninos
Pegava carona no trem de carga que passava no fundo da minha casa
Até ele tomar velocidade e ai pulava do vagão
Dava minhas fugidas e ia brincar no porto de areia
Rolando da montanha mais alta
Gostava de olhar as nuvens passando no céu lentamente
Imaginava para onde iam
Parecia um tempo infinito
Mal sabia que o pesadelo estava a caminho

Inserida por Lailin

A grande fronteira de nossas vidas é deixarmos nossa infância.
A que mais dura é a auditiva-visual; que nos força a acreditar no belo, no fantasioso no conveniente.
E assim perdemos a GRANDE LIÇÃO de nossas vidas a EVOLUÇÃO.
Porque era conveniente aquela propaganda? E aquele marketing pessoal? Era verdadeiro?
Corra agora este risco de AMADURECER!
Isto é parte da Auto Aceitação.
Amigos, Esta passagem é só de ida.

Inserida por GlaucoFDeOliveira

Há dias em que sinto falta do cheiro da infância,
Dos amigos da escola,
Das manhãs de domingo...

Dias em que sinto falta do pão quentinho saído do forno, naquelas tardes frias.

Falta do gosto do Nescau.
Do quentinho do edredon, misturado ao frio do inverno.
Do velho chinelo de andar pela casa.
Da paz de espírito de ser criança.

Ah! Quem dera ter oito anos novamente, e um futuro brilhante pela frente.

Sinto falta mesmo é da liberdade de se poder somente sonhar ...

Do tempo de se ter tempo,
E da vida, de não se sentir faltas...

Inserida por lucianeandrade

INFÂNCIA

Quando eu era menino
A vida era minha namorada.
E foi o tempo da melhor amada.
A vida também era menina,
E brincávamos de viver,
Desfazíamos tudo
Só para acomodar de novo.
Tínhamos tempo para tudo,
Até que a vida e eu fomos mudando
Eu me esticando
E ela se encurtando.
E por desavença, numa dessas brincadeiras,
Bati nela com uma cadeira,
E desencadeou-se um desencanto.
Duas caras de espanto.
Do meu lado, eu a desfazia,
Do seu, ela me agoniava
Com seus achaques de pura raiva.
E nunca mais nos demos bem,
Embora nos abracemos todos os dias,
Não passam de normalidades,
Um fala e o outro responde.
De mim, não há um amor que volta,
Dela recebo beijos à toa,
Acho que nos esquecemos, um do outro.

Inserida por naenorocha

O conhecimento do Espiritismo na infância como na juventude constitui uma dádiva de invulgar significado pelos benefícios que propicia, preservando as lembranças das lições trazidas do Mundo Espiritual, bem como ampliando as áreas do discernimento, para que não tropecem com facilidade nos obstáculos que se antepõem ao processo de crescimento interior.

Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psciografia de Divaldo Franco. Livro: Entre os Dois Mundos

Inserida por usuario13336

Saudade da Infância

A infância em que não se tinha problemas em misturar meninas com meninos no mesmo dormitório.

A infância em que a internet não podia substituir o contato com os amigos.

A infância em que a briga entre amigos durava apenas 1 dia.

A infância em que a novidade da semana era o novo colega de sala.

A infância em que a grande conquista era completar o álbum de figurinhas.

A infância em que tínhamos raiva por não entender o comportamento das pessoas que se comportavam como eu e você nos comportamos hoje.

Inserida por paulohaam

Envelhecer, é reviver a infância de um modo diferente. De uma maneira mais sabia, onde não se aprende a andar de bicicleta, mas sim, onde se ensina outro a deixar as rodinhas. Mostrando as cicatrizes que a curva a frente lhe deixou, e ao mesmo tempo, mostrando o caminho do bosque em que passou. Onde hoje as flores murcharam, mas sua fragrância se tornou eterna e imortal para tua alma.
Feliz é aquele que mostra rugas ao rosto e um profundo sorriso nos lábios, de satisfação e agradecimento, pelo simples fato, de ter chegado até aqui.

Inserida por XAAMOTAKU

Lembranças
Introdução
Eu lembro que na minha infância, eu era muito agitado, muito nervoso, lembro também das idas e voltas do psicólogo, lembro da minha mãe sempre comprando novas coisas para dentro de casa, pois eu tinha quebrado, eu sempre fui muito ligado com minha mãe não sai de perto dela por nada, meus irmãos já não eram tantos eles sempre foram de folia, de viajar de festas, eu sempre escolhe estar em casa com minha mãe... Sempre os filhos têm sempre uma preferência ou o pai ou a mãe, eu era minha mãe, muitas vezes dentro de minha casa, sempre surgia muitas perguntas umas delas é, quando é que eu serei grande? Quando eu vou ter responsabilidades, quando é que eu vou fazer o que meus pais fazem. Essas e entre outras perguntam me fazia, se afastar dos meus amigos da escola, ruas e familiares não tenho muitas recordações brincando, eu ficava o tempo todo pensando quando eu serei grande, que profissão eu serei, quebra a cabeça os dias todos desenhando que empresa eu queria ter, desenhei varias escolas, padarias, restaurantes passava o dia todo fazendo isso e minha infância se passando, eu costumava dizer eu sou o ‘’diferente’’ eu não sou ‘’normal ‘’ todas as crianças estavam ali brincando se divertindo, enquanto eu estava ali questionando quando eu serei grande, quando eu serei um homem.

Inserida por vaniloalves

Lembranças de infância de um novo amor.

Não há mais problemas, nesta noite chuvosa e silenciosa.
Fecho meus olhos, e penso no caminho que peguei dessa época, que roubou o melhor de mim.

Um ano novinho em folha, esta chegando ao seu fim. Eu me recordo de ver a minha mãe na cozinha, o meu pai no chão assistindo televisão. Era uma vida maravilhosa. Velas de canela queimando, sorriso embaixo de cada nariz e acima de cada queixo. Desperdicei meus desejos, nestas noites de sábado... Nossa, o que eu faria por apenas mais um sonho assim.

Família toda reunida, presentes empilhados, geada em todas as janelas, que noite maravilhosa. Amoleci meu coração, choquei o mundo.
Você ouve a minha voz?
Você sabe o meu nome?
Estou tão feliz.

Tão feliz que acharam, que o amor estava ao meu redor. Tiro a poeira antes de eu voltar pra dentro, e sigo feliz com meu novo amor.

Inserida por alequesferraz

Me perguntaram: mas não há nada na sua infância que tenha saudade? A primeira coisa que veio a minha cabeça foi andar a cavalo na fazenda, mas logo pensei: ainda ando a cavalo; melhor, galopo, tomei as rédeas e não mais estou na garupa dos meus pais. A sensação é de mais risco, claro, mas também de mais vida, da minha vida ali, mesmo que em risco. E é preciso assumir os riscos para assumir sua vida. Disso eu sei.

Como é bom ser adulta...

Inserida por Fatima1407

Amar é perder os sentidos, é voltar a infância, é querer levar o instante a eternidade, sem medo de errar.
É uma dança ao vento sobre as flores primaveril, é estar na chuva sem medo de se molhar.
Amar é encontrar a luz que faltava para seu mundo brilhar, é viver nas nuvens e não querer jamais voltar, enfim amar alguém é criar um mundo que só existe em sua mente, mas que só é possível viver nele se você estiver com esse alguém.

Inserida por VagnerFagundes

A Infância,

Tenho saudade dela. De quando as paredes do quarto eram cor azul marinho,
De quando o guarda roupa era arrumado pela minha mãe, modéstia parte muito bem, diga-se de passagem, as roupas pela qual vestia eram escolhidas por ela também, e os sapatos na época eram engraxados em casa mesmo.

De quando o horário de ir para cama era pré- determinado e não havia ato rebelde que o reprimisse, 22:00 no máximo, isso nos fins de semana, claro.

Saudade de quando acordava às sete da manhã de um domingo, pegava as cobertas da cama, e corria para ver os desenhos na parabólica nova que meu pai comprara.

De quando “refri”, sempre coca- cola, como de costume, era coisa rara, isso para não sair da dieta. Só nos fins de semana, especialmente nos domingos, quando íamos almoçar na casa de minha avó, feijoada nesse tempo era clichê piegas.


Saudade de quando conversas forjadas virtualmente pela internet não chegavam nem perto de substituir as tardes de brincadeiras incansáveis, afinal, computador nem sequer existia em nosso vocabulário.

Saudade de quando nas raras vezes meu pai comprara os potes de sorvete , geralmente nas férias, quando meus primos de Curvelo vinham com mais freqüência para cá, e corríamos para o antigo salão de festas no segundo andar da casa, que passara a ser agora utilizado como refúgio de brinquedos e nosso humilde “parque de diversões” onde também deliciávamos o pote inteiro, que variava de napolitano com chiclete, ou puramente chocolate com creme.

Saudade de quando andar de bicicleta demorava para ser aprendido, mas deste tal já se tornava regra obrigatória para todo final de semana, e não nos cansávamos.
Confesso, joelhos ralados ou roupas sujas de terra não ‘doíam” tanto como decepções, corações partidos e ilusões atuais.

Saudade de quando ler era aventura completa, quando se tratava de heróis e princesas, cavaleiros e suas espadas. Admito. Na época tinha louca admiração e fanatismo por Rei Arthur com sua espada de Excalibur tirada da pedra e dada pela Dama do Lago.

Saudade de quando levávamos Bob, nosso cachorro, para passear, e quando as brincadeiras de polícia e ladrão substituíam as brigas de irmãs de hoje.

Eu tenho saudade de tudo que é puro, e ficou eternizado.

Nossa infância marca, e jamais pode se dar ao direito de ser esquecida tampouco desprezada.
É única, excepcional, exclusiva e sem outra definição menos merecedora.

Eu me recordo muito bem desses tempos, desde os divertimentos até os dolorosos “puxões de orelha” do meu pai .
Um tempo em que APROVEITAR era princípio básico de sobrevivência da espécie, e que não havia muita importância em seguir regras ou padrões de sociedade já impostos, pois estávamos bons e felizes como estávamos.

Saudade de quando o “ser” era mais importante que o “ter”,
De quando os amigos se contavam nos dedos,
De quando lágrimas eram verdadeiras e não apenas borravam maquiagens. Saudade tranqüila mas um pouco dolorosa, pungente.

Saudade sim.

Saudade que lhe diz: “Olha, não faça-me apenas uma mera boa lembrança. Me faça um marco. Um fato. Uma história que você, jovem adolescente louca, é e foi o sujeito principal.
Não me faça substantivo, mas um verbo intransitivo.
Não me esqueça, mas eternize-me.”

Tal como ela é, e sem mais delongas, infância é infância e não há como negar.

Blog: http://bolgdoano.blogspot.com/

Inserida por amandalemos

Era uma vez!



Na minha infância
Eu era princesa do mar
Eu era rainha dos reinos da fantasia
Já fui Cinderela
Branca de neve
Chapeuzinho Vermelho
Já voei com Peter Pan
Já fui a Sininho
Também fui Emília
Também a Narizinho,
No reino das Águas Claras...
Hoje só tenho a lembrança
Do tempo em que eu era criança
Eu que já fui sereia, princesa do mar
Meu sapatinho de cristal se quebrou
Minha capa vermelha desbotou
Meu Peter Pan envelheceu
A Sininho de dentro de mim, já não tem mais o pó de pirimpimpim
A Narizinho ao botox se rendeu
O Reino das Águas Claras escureceu
Tudo passou
Eu cresci...
Tudo só é maravilha no país da Alice...

Inserida por LeticiaAndreaPessoa

O PODER DOS SONHOS

INFANCIA, tempo mais difícil, DESTINO, realização tardia, SONHOS, razão do meu viver. Queria eu voltar ao passado e toda minha infância mudar, mudar todas as aflições, humilhações sofridas, e só então poderia falar sobre destino de uma forma sem me envergonhar, sem tremer a voz, pois agora com todos os problemas resolvidos eu poderia dizer eu fui feliz na infância, nela eu pude corre, subir e descer pintar o sete, fazer tudo sem pensar e sem ter medo, sabendo que era uma decisão minha tomada por desejo, vontade própria, e não por pressão ,por desejo vil dos outros.
E em boa hora dizer: foi bom ter infância, foi bom ter vivido pra ver o destino se cumprir, doce amargura, triste ilusão, pois sobre isso jamais poderei dizer: eu fui feliz, mais o mundo sendo presente de DEUS e todos pode nele viver, fazer a sua história, e com isso eu sonho todos os dias, sonho em ter uma manhã de sol só pra mim, uma montanha para morar no seu topo, o mar para eu poder procurar conchas e pérolas, ter todo um sonho só meu, um desejo apenas, pois to cansado de ter que sonhar e realizar o desejo dos outros.
A noite é uma espuma negra que preenche o pouco espaço, o pouco espaço do meu viver é graúna solitária que cobre os meus olhos com toda sua beleza, pois qualquer beleza é rara em meus dias cheios de nada e repleto de tudo, mais o desejo real dos meus olhos é ver toda manhã a família reunida e olhar para traz sem remorso.
Porém meus sonhos já estão dormindo, pois estão cansados de tanta demora para virem a realidade, falta de ânsia, falta de sonhos ou mesmo falta do que sonhar, pois a minha mente já é de adulto e quando criança não sonhei por mim, agora só me resta chorar a lembrança de minha infância roubada, do destino cruel e lutar pelos sonhos que ainda são meus que dormem num passado distante mais que tem vida, pois neles quero poder dizer: eu fui feliz em ter conservado o sonho dentro do pesadelo que foi o meu passado, pois superei todas as barreiras que me prendiam e nele hoje eu sou feliz. Por mais que seja difícil sua vida ainda sim é possível lutar pelos sonhos, acredite sempre e lute por aquilo que deseja e terás.

Inserida por magnumjhonny

Crueldade
A minha fragilidade,
da longa infância que
corriam com tanto sofrimento,
antes que o dia fosse menos
do tamanho de uma face.
Esta dor que incede o meu coração.
A crueldade rompeu no meio,
Amigo do diabo leva-me num,
lugar escuro onde ninguém,
possa encontrar-me.
Quero quero descansar, deixa-me
cair num sonho profundo,
estou neste mundo onde não,
consigo respirar tranquilamente.
Nasci num canto errado,num
canto de crueldade,
durmo sem saber, realmente
se estou a dormir.
A tristeza ocupou os meus pensamentos,
a vida deixou-me para o poço vazio,
cheio de pedradas.
Não tenho ninguém que me salve,
e que me faça esquecer.
Que vida triste, vida sem sentido,
sem razão de ser.
Vida que não sei viver,
mas vivo por castigo.
Desde o dia que eu nasci,
embora nem sei se estou a viver.
Nesta vida silenciosa,
não há sol que me aquece a alma.
Perde esperança e hoje em dia,
respira o sabor da amargura.
Quero voltar,já não me apetece viver
Amigo do diabo leva-me contigo,não me deixe sofrer mais.

Inserida por ensa