Textos sobre Falar

Cerca de 5213 textos sobre Falar

⁠Dá vontade
de falar
o diabo
por esta
viração
estranha
na América
do Sul,
É preciso
tomar
cuidado:
Há até
um General
preso sem
merecer,
sem justiça
e sendo
maltratado.

O Tupamaro
foi liberado,
Este capítulo
foi encerrado,
Ainda bem
que ele não
se tornou
mais um
dos injustiçados.

O ar pesado
e o cheiro
amazônico
de queimado
pairam como
um assunto
inacabado.

A senhora
campesina
e a criança
presos
em Guarico,
Não soube
se foram
libertados,
Vejo um mar
de calados.

Não soube
mais do
namorado
de Anabel,
No continente
que virou
rotina tomar
cuidado:
infelizmente.

Inserida por anna_flavia_schmitt


Na voz do pequeno filho
que ainda nem tem
vocabulário para falar,
E assim sou a voz
dos que não
podem ter voz,
mas justamente
todos estes me têm;

Eis me aqui a reivindicar
junto a sua consciência
para que coloque toda
essa história no lugar,

Inclusive, sou contra o feroz
bloqueio que não deveria
nem ter começado,...
Cadê a liberdade
do General
que nem deveria
seguir aprisionado?

Enfim, superam cinco
centenas de discordantes
pelos cárceres,
os militares em mesma
situação há confronto
de cinco dados,
mas superam
a duas centenas;
Não dá para esperar
para trabalhar
por um país reconciliado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Por ser a minha
voz a menor
de todas,
Posso falar
talvez mais,
passar sem
ser notada
ou ter a sorte
de ser escutada,
O importante é
não ficar calada.

Não se sabe o quê
foi feito do General
em #FuerteTiuna,
Só se sabe que
disseram que ali
ele se encontra em
#GREVEDEFOME
e não há nada
que me conforme.

Num país onde
se fala de paz,
Mas a justiça
está foragida,
Não se sabe
quando vão
soltar os policiais
E não se ouve
mais o som
da clarinetista.

Para que tu não
te esqueças
que nos sótãos
do Inferno
de cinco letras,
Todos os dias
são noites,
Ninguém sabe
e ninguém viu:
desapareceram
com quatro
militares e um civil.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠De longe vejo
verdades que
me obrigo a falar:
cada um tem
a sua forma
de pensar e agir,
Quando grita
aos olhos não há
como não represar,
Que cada um tem
o direito de uma
causa abraçar
ou dela desistir,
E que ninguém
tem direito de usar
disso ou do nome
alheio para agredir
ou o caminho
do outro prejudicar.

Ninguém te dá
o direito de usar
politicamente
a prisão do General
para prejudicá-lo:
Ele que está com
o físico fragilizado
atrás das grades
há quase um ano,
E assim sem
provas encerrado
segue vitimado
em dobro por
gente como
você que brinca
com o nome
dele achando
convictamente
que a verdade
ninguém a vê,
A ausência
de justiça que
tu desdenha
amanhã pode
chegar até você.

Os teus recalques
e as tuas risíveis 'baixas paixões',
Você não sabe
e nem se esforça
para digerir,
Ao menos pense
na sua Pátria que
tanto necessita
parar de sofrer,
e voltar a sorrir;
porque poema
que se espalhou
pelo mundo não
há como conter.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Entre ser
influente
e ser decente:
escolhi ser
decente para
a verdade na
sua cara falar,
você que fez
mau uso da
imunidade
parlamentar.
Certo tipo de
gente que tem
o dever de ser
tolerante com
a voz das
catacumbas
que mora
nos corações
de quem é
perseguido,
aprendendo
a escutar
como religião
o eco do
desabafo do
povo sofrido
da Nação,
e com ele
deve ser
paciente
o suficiente
até a ferida
cicatrizar.
Seja coerente,
ensine os seus
a se segurar,
e não por
qualquer
coisinha se
melindrar,
e se intrometer
a censurar;
preste atenção
e aprenda a ter
discernimento:
a primavera
fascista é uma
canção resposta
as palavras
que provocaram
quem já sente
demais na carne
todo o dia o quê
é sofrimento.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Falar em moral
nessas eleições
é escárnio,
onde reinou
a mentira
não abro
concessões,
foram tão ruins
comigo que estou
em plena exaustão,
é possível que ainda
eu declare voto,
mas depois de tudo
creio que não.

Votar sob pressão
é melhor anular,
votar sem pensar
não faço questão,
voto para ter
qualidade deve
ser estudado
para ser votado
com o coração.

A covardia foi
além dos limites
para ocultar
a manipulação
mascarada
de apoio alcançou
notoriamente
o subsolo da moral,
e virou noticiário
internacional:
porque jogou
população
contra população
para obter voto
sob pressão,
está explícito
que é tática
de repressão,
se a moral humana
melhorasse iríamos
dar outra condução.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não sei mais como
falar ao meu povo,
estou o desconhecendo,
ele luta por um projeto
de poder e ignora que
vive bem abaixo dele.

Não foi por falta de luta,
falei tanto e constatei
que ninguém me escuta,
onde foi que eu errei?

Não foi por falta de aviso,
mas quando alertei que
o sentimento pátrio havia
se esvaziado já imaginava
de que estávamos em risco,
e a democracia em perigo.

Não sei o quê fazer,
antecipo o meu desterro,
e a única coisa que fica
deste presente é o medo.

Não sei o quê fazer,
só sei que povo que
não age com civilidade
entre si colabora para
que tiranos se instalem
e se perpetuem no poder.

Não sei por onde começar:
mas sei que terei de algum
dia na minha vida recomeçar,
mistério do tempo samovar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Na urgência de falar
152 vezes o quê sinto,
Eu me autorizo sem
documentário clamar
Por aqueles que presos
não deveriam estar.

Sou aquela que
quando o verso
Se encerra não
paro de reclamar.

Aos poetas cabem
a coragem de falar
Em qualquer tempo
lugar e aonde for
Ordenado calar.

No raiar e declinar
de cada dia é de direito
Nosso ter passaporte
Para qualquer lugar,
só porque somos poetas,
E o Universo é o nosso lar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Gambá é um bicho
bonito que caça cobra,
escorpião e aranha,
não vim falar sobre isso,
e sim vim te mostrar
como aqui como é a dança.

Estarei no centro
quando a roda for feita,
dançando com um lenço
para chamar a sua atenção,
vou jogar o lenço aos seu pés
e vou te envolver com paixão.

Você fugirá com o lenço
dançando ao redor de mim
com muita provocação,
vou fingir que não
quero nada com você não.

Vou tomar o lenço
da tua mão e dançar
ainda com mais provocação
até você ficar caído
pela minha doce sedução.

O marcador, os cantores,
o Gambá e as palmas
dos dançadores
não batem mais forte
do que os nossos corações
morrendo de amores.

E na alegria deste Gambá
vamos todos seguindo,
dançando e repetindo
os passos como manda o figurino...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Dança a Corticeira-da-Serra
e se enfeita pouco a pouco
para embelezar a nossa terra,
Falar sobre o tempo, o amor,
escrever todos os dias ao poema
mantém vivo o meu interior;
Estar sozinha não faz com
que eu me sinta diminuída,
Sozinha ou acompanhada o quê importa é estar de bem com a vida.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Poesia Fônica do Vale Europeu

Os sons do passado, o jeito
de falar e o canto dos pássaros
nutrem de maneira sinfônica
a Poesia Fônica do Vale Europeu,
E eu como a Poetisa desta Rodeio
não nego que em mim a cada
dia cresce o único sintoma
do qual não quero me livrar:
Viver todo os dias para exaltar
o Vale Europeu e para sempre amar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Poesia diurna para Rodeio

Você sente necessidade
de falar comigo,
E eu da mesma forms contigo,
Você vai pegar a estrada
e logo estará vindo,
Com este brilho nestes olhos
tão lindos você não faz ideia
do que estou sentindo,
Você na porta de casa chegando
é poesia diurna para Rodeio,
Um capítulo de amor intenso
que por nós dois está se escrevendo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Etnocida

Se você quer de maneira
forçada ou por subterfúgio
que eu deixe de falar a minha
língua para falar a sua língua,
Que eu até mesmo esqueça
das palavras que aprendi
para falar aquelas palavras
que você acha melhor para mim,
Que eu pare de identificar
os sinais, as paisagens da História
e o vestuário me fazendo
crer que no meu próprio
povo nunca houve nenhuma glória,
Que eu passe a acreditar
que a minha imagem
merece ser suprimida,
Que eu deixe de apreciar
a cultura e hábitos que
a minha identidade se encontra
unida com a do meu povo
por influências que só nos vulgariza,
Você quer acabar primeiro
com a minha liberdade de pensamento
para depois acabar com a minha vida,
O quê acabo de escrever não é poesia,
é para ter dar a faixa que você
merece mesmo: a faixa de ETNOCIDA.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠É provável que eu não seja
a pessoa certa para falar sobre isso,
mas acredito que é possível perceber
que há amor entre um homem e uma mulher
quando os dois estão sincronizados num mesmo ritmo
como se estivessem numa dança
com alguns passos ensaiados,
outros aleatórios e desordenados,
contudo, sempre espontâneos,
resultado da reciprocidade de suas vontades
para que possam "Dancar" (amar) juntos
com verdade e dedicação.
É fato que muitas vezes não haverá apresentação,
mas é evidente que o esforço de ambos não será em vão
e algo que é mais importante
que Deus esteja atuante nesta relação.

Inserida por jefferson_freitas_1

Há em mim -

Há em mim
paladinos abismos calados
de que temo falar ...

Há em mim
a vontade de ser que nunca fui
mas que pulsa no destino ...

Há em mim
uma sequência de infinito
sem lei nem preconceito ...

Há em mim
brisas de rosas fechadas
tingidas p'lo Luar ...

Há em mim
um não sei quê d'ilusão
que me veste de silêncio ...

Inserida por Eliot

⁠Ninguém me diga nada -

Hoje venho aqui falar da minha mágoa ...
Da ânsia que me esventra e consome ...
Ninguém me diga nada!
Ninguém a queira entender, porque nem eu,
tampouco, lhe dei nome ...
Esta amargura de onde vem?! Não sei! ...
Mágoa, vazio, solidão ...
Talvez uma euforia a que me dei ...
Dor e agonia de um pobre coração - sem chão!
Porque habita ela em mim se a desconheço?!...
Talvez seja o principio de um amor, ou talvez,
novamente, a revolta de ter nascido!
A tristeza de me ver perdido,
num corpo que passa,
num mundo que em nada, por nada,
me abraça! ...
Pode ser tudo e pode se nada!
Por isso afirmo mas não juro! ...
Viver assim é tudo da vida quanto sei .
E se nada mais me é dado saber,
resigno e não insisto.
E não me questionem!!!
Deixem-me fazer o meu papel de louco ...
Não fui nada! Não sou nada! Nunca serei nada!
Porem, muito me agrada ser, nesta angústia de
ser tão pouco ...

Inserida por Eliot

⁠Rosas e Luar -

Nestes dias esquecidos e calados
em que os olhos parecem não falar
neste tempo de silêncios magoados
trago fome de Rosas e Luar.

Nestas horas vestidas de saudade
em que se ouve tanta gente a soluçar
trago cinzas cobertas d'ansiedade
e tanta fome de Rosas e Luar.

Nas espáduas do destino está a esperança,
em mim, só há fome de Rosas e Luar,
há falta de alegria e confiança ...

Já nem as pedras me suportam ao passar!
Para mim não há vida nem bonança,
só há fome de amor, de Rosas e Luar ...

Inserida por Eliot

AMOR GUARDADO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Fico aqui me dizendo pra falar depois,
quando a minha palavra encontrar teus ouvidos,
que o que sinto é "tão" puro; tão água potável,
e nós dois transcendemos afetos palpáveis...
Redecoro pra sempre o meu texto suave,
minha clave de sol, de manhã musical
cujo encanto não corta meus nervos e a carne;
só eu sei como corta, mas calo a sangria...
É tamanho desejo amarrado ao temor
deste amor que não sabe se terá resposta;
um edema, um tumor, um câncer de sentidos...
Amo além do que a lei de te amar se permite
no país inseguro do meu coração,
na visão indecisa do que pode ser...

Inserida por demetriosena

MÁGOA DE PAPEL

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Faço todo silêncio a que tenho direito,
pra falar sem palavras e nenhum temor,
sobre a mágoa que trago no sótão do peito;
amordaço e não deixo escapar o clamor...

Isso cabe ao papel; nele posso compor
uma prosa, um poema para dar meu jeito
e pintar de magia os contornos da dor;
só chorar solitário, nos braços do leito...

Aprendi esta forma de fluir lamentos;
minha escrita se adorna dos breves momentos
dessa doce utopia de só ser escrita...

Estes versos endossam a minha missão;
dou às pautas os males do meu coração;
suavizo com letras o que sangra e grita...

Inserida por demetriosena

LIVRE

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Inventei um olhar expressivo e contido
pra falar o que sinto e também desdizer,
desfazer o sentido na moldura insossa
deste mesmo silêncio, quando necessário...
É preciso saber deixar marcas na estrada
pra voltar do prenúncio de fim da ilusão,
quando a porta fechada se fecha pra chave
que se perde na mão do momento inseguro...
Aprendi a trazer o sentimento ao rosto
e deixa-lo disposto ao querer gradativo
de quem logo depois poderá desquerer...
Venha livre de medos ou me aguarde assim,
será sempre sem fim o que for de bom tom
para todos os dons que a natureza flui...

Inserida por demetriosena