Textos sobre a Pobreza
Existe um ditado, salvo me engano, salvo me engano , alemão que diz que "o diabo mora nos detalhes". Penso que o diabo faça morada nas cabeças vazias da pessoas que enchem os bolsos e se omitem diante da malversação do dinheiro público, mas isso é apenas um detalhe. Costumo dizer aos meus seguidores que Panelas é hoje uma cidade dividida por um abismo; de um lado estão pessoas exclusivamente ricas e do outro pessoas desesperadamente pobres. Outra miudeza que com certeza seria rebatida pelos portadores dos cabrestos mais modernos e caros.
O sofrimento é um tema que preocupa a muitos e que provoca muito debate. Interessante é que o sofrimento atinge a todos. Sofre o rico e sofre o pobre, cada um a seu modo. Descobrir a solução para o sofrimento parece ser algo impossível, mas para a pobreza e a riqueza, não. Pobreza e riqueza são faces da mesma moeda. Uma não sobrevive sem a outra. E tudo depende do homem : viver como rico ou como pobre. E mesmo que não esteja à altura de todos a decisão por um ou outro modo de vida, o ciclo proposto por Lao-Tse se encarregará de mudar a pobreza em riqueza e vice-versa.
A Condição Numero 1 Para a Prosperidade,Estabelecida Por Deus Se Chama Trabalho,Deus Jamais Daria Prosperidade a Quem Não Adquirir Ao Longo De Sua Vida,Conhecimento e Sabedoria Para Lidar Com a Prosperidade Sem Se Tornar Um Idólatra,Seria Como Tirar o Pobre Da Pobreza,Mas Não Tirar a Pobreza Do Pobre.
Você tem mais de mil razões para agradecer todos os dias, tem certeza que prefere canalizar suas energias em três situações que não deram certo? Eis a diferença entre sucesso e fracasso, carisma e solidão. A abundância assim como a miséria, está intrínseca a sua cognição e visão de mundo, pois gratidão, gera gratidão.
O homem moderno crê experimentalmente ora neste, ora naquele valor, para depois abandoná-lo; o círculo de valores superados e abandonados está sempre se ampliando; cada vez mais é possível perceber o vazio e a pobreza de valores; o movimento é irrefreável. (...) A história que estou relatando é a dos dois próximos séculos.
"O estado actual é um monstro deformado e decadente, sempre doente. Os seus órgãos revolveram-se e permitiram a sobrevivência no seu seio de formas cadavéricas e retardatárias que vampirizam as novas e travam a evolução do conjunto. Por outra parte permitiu-se que subestruturas demasiado jovens, quase em etapa infantil, tomassem o controlo do Estado sem maturidade nem seriedade, carentes de experiências e desenvolvimento interior, conduzem os povos de desastre em desastre, jogam e ameaçam com armas assustadoras, desafiam o Universo, mas retrocedem atónitas perante um círio aceso na escuridão de um grande recinto, temem a morte e a pobreza."
Gastar milhões em festas em municípios pequenos e pobres, que sobrevivem de FPM e com tantas carências e deficiências em seus serviços essenciais públicos - é tripudiar das dores do povo e suas necessidades básicas. É descaso com a coisa pública e irresponsabilidade administrativa em seu grau mais elevado. Comemorem os loucos. Eu, não.
Amor, sobretudo entre homem e mulher, é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor verdadeiro, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que se voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio, por isso não envaidece.
A triste realidade da corrupção se revela cruelmente quando uma minoria detém vastas fortunas enquanto milhões sobrevivem com migalhas, lutando diariamente contra a fome, a falta de educação e a ausência de cuidados de saúde. É um mundo onde o poder está concentrado nas mãos de poucos, deixando a grande massa à mercê da miséria e da desesperança.
O verdadeiro mendigo é aquele que perdeu a capacidade de amar, de sentir paz, de sentir Deus no coração. Mendicância verdadeira é a falta de autoconhecimento, é não sentir-se parte do todo, é não andar de acordo com as leis da vida, é não ter a sabedoria como companheira, é esquecer que a leveza é a sensação inadiável, é saber que nada aqui nos pertence. A verdadeira riqueza se encontra aqui dentro de nós.
Cheguei à conclusão de que a humanidade, em sua maioria, é ignorante, pelos governos que escolhem, pelas coisas a que se submetem, por seus atos mais simples do cotidiano, por suas opções desvairadas, pela futilidade de suas motivações, pela preguiça da reflexão. O atalho sempre desejado e a busca para facilitar todas as coisas embruteceu o ser humano, o acomodou na poltrona da pobreza e revelou a miséria do seu espírito.
Saí da lama do jundia, venci a fome, a dor a violência, o analfabetismo, a solidão, briguei com marginais, políticos (pleonasmo), discuti com colegas, professores, conheci artistas, atores, jornalistas, apresentadores etc. Cheguei perto do que significa na modernidade "vencer na vida" e cheguei a conclusão de que: A VIDA BURGUESA É O TÉDIO, A SOLIDÃO, O ANALFABETISMO, A DOR, A VIOLÊNCIA, MAQUIADA POR MAGINAIS, POLÍTICOS (PLEONASMO) ETC. E FOME TAMBÉM, PORQUE SE PAGA CARO POR POUCA COMIDA SEM GOSTO, MAS PRA QUEM AGUENTA PESSOAS SEM SAL A VIDA INTEIRA....
Todo reinado será pobre quando o seu povo vive na mais absoluta miséria, mas são opulentos seus governantes, magistrados e políticos. Todavia, muito rico é o reino onde seu povo é rico e seus governantes, magistrados e políticos, recebem justa remuneração pelos bons serviços que prestam ao seu reino e a seu povo.
Ainda sonho com um mundo onde qualquer pessoa não precise mais temer expressar-se de forma diferente da maioria porque simplesmente não haverá mais minorias, mas tão somente igualdades. Onde as críticas não mais se voltem para o tema abordado na obra – que será apenas um dentre tantos possíveis – mas para o talento do autor ao criá-la. E onde este último não precise abrir mão desse talento por conta de pensamentos pequenos que não tiveram o mesmo privilégio com que o universo o presenteou para seguir em frente. A carruagem irá sempre preservar sua nobreza, independente dos cães que ladrem enquanto ela passa.
Por mais relevante que seja o interesse, por mais necessitado que seja o indivíduo, ainda há aquele que, por mais interessado ou necessitado que aparente ser, não permite que a dignidade se sobreponha ao interesse, nem cede diante da necessidade. É temerário e equivocado acreditar que a humildade, a necessidade, por si sós, elidem a dignidade.
Eu imagino um mundo onde todos os pobres voluntariamente parassem de ter filhos, pensando no bem dos mesmos, e só restassem os ricos: seria questão de tempo para que os "mauricinhos" e as "patricinhas" tivessem que fazer o serviço tido por desprezível, indigno e humilhante que os filhos dos pobres faziam. Num mundo sem pobres, quem teria que limpar o chão, varrer as ruas, coletar o lixo? Todos os filhos dos que hoje estão confortáveis em suas poltronas, debaixo da sombra e ar-condicionado.
Igreja de gente pobre, ricos não querem estar. Igreja de gente rica, os pobres são vistos com um outro olhar. Em meio a tudo isso, você como Igreja seja rico da graça de Deus e pobre na malícia, pois o reino de Deus não é comida, bebidas ou riquezas materiais, mas justiça e paz. Lá não há dor e os ladrões não se multiplicam.
Se a sua riqueza fosse definida pela quantidade de emoções bonitas que sentiu, pela quantidade de corações que tocou em um abraço, pelas vezes que sentiu a presença de Deus em sua vida. Se a sua riqueza fosse definida pela quantidade de vezes que você deixou o serviço de lado para brincar com seu filho, pela quantidade de abraços que deu em seus pais. Se a sua riqueza fosse definida pelas viagens que proporcionou a si mesmo, pelas vezes que acolheu um amigo ao invés de julgar. Se a sua riqueza fosse definida pelas vezes que riu de si mesmo e sentiu a barriga doer de tanto gargalhar. Se a sua riqueza fosse definida pela quantidade de vezes que perdoou, principalmente a si mesma. Se a sua riqueza fosse definida pelas vezes que seus olhos brilharam diante da poesia da vida. Se sua riqueza fosse definida pela quantidade de suspiros, de olhares de amor, de gestos de paz, de atitudes de respeito que teve. Se a sua riqueza fosse definida pela gratidão às incontáveis preciosidades que você não precisa pagar para ter. Se a sua riqueza fosse definida pela saúde que você e sua família desfruta. Se a sua riqueza fosse definida pela sua superação de limites, pelas suas conquistas e vitórias independente de serem grandes ou não. Se sua riqueza fosse definida pelo bem que você fez ao próximo e por todas as vezes que se negou a compactuar com a injustiça. Se a sua riqueza fosse definida pela saudade que as pessoas que passam por sua vida levam, pelas pegadas de luz que deixa em seu caminho não pelo oposto disso tudo, você seria uma pessoa pobre ou rica?
Privilegiar um novo artista pobre que reside dentro de uma comunidade, não é correção social alguma, muito pelo contrario é demagógico oportunismo em tirar vantagem da pobreza alheia. Agora levar o ensino da arte gratuitamente, fomentar círculos de ensino da arte e da cultura dentro das comunidades órfãs de baixa renda e mesmo colorir o ambiente com novas formas e cores, aguardando o despontar de uma nova vocação que existe, é sim o caminho mais prospero, verdadeiro e social.
A arte, a cultura e a educação politicamente correta devem estar sempre aliadas ao convite para um novo universo, das cores, das musicas e das palavras e proporem novas oportunidades de trabalho a todos mas principalmente aos que vivem invisíveis e esquecidos no patamar mais baixo da pirâmide social.