Textos sobre a Morte
O que há de bom nisso?
Fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho. - Romanos 5:10
Quando nos deparamos com um problema feio e implacável, muitas vezes choramos: “Preciso de um milagre!” Um milagre pode acontecer, mas se não acontecer, isso significa que a bondade de Deus não está funcionando?
Deixe-me fazer outra pergunta: Por que a Sexta-feira Santa, o dia em que Jesus pendurou na cruz, chamado “bom”? Se alguma vez um milagre pareceu apropriado, foi então. Até os zombadores exigiram: "Se ele é o rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele" (Mt 27:42). Mas Jesus não desceu. O autor Philip Yancey o descreve como "um tempo sem milagre".
Jesus certamente não merecia crucificação. Mas Deus, de acordo com Seus propósitos amorosos, usou o mal que Jesus teve de suportar para realizar o bem que tão desesperadamente precisávamos - para ser "reconciliado com Deus pela morte de Seu Filho" (Rom. 5:10). É por isso que esse dia horrível pode ser chamado de "bom".
Você está sentindo que um milagre é sua única esperança de ver a bondade de Deus no trabalho? Considere o que Cristo realizou - não apesar de Seus sofrimentos, mas por causa deles. Reflita também sobre a Sexta-feira Santa, o dia de Cristo "Sem milagre". Um dia você será capaz de olhar para os tempos sombrios da sua vida e honestamente chamá-los de "bons".
Enquanto Jesus estava pendurado na cruz do Calvário,
o diabo e seus demônios sorriam;
Os discípulos lamentaram e lamentaram a perda,
mas Deus e o homem foram reconciliados. —Sper
Deus usa os reveses da vida para nos levar adiante. Joanie Yoder
A MORTE
Oh! dor negra! O adeus tal breve fumaça
Chora o pesar, a despedida em romaria
E vê despedaçar, amealhar a mágoa fria
Por onde o cortejo da saudade passa...
Mói o aperto no peito, sentenciado dia
A noite sem sossego, o acosso devassa
E só, trevoso, e o silêncio estardalhaça
No horror desta ausência, lamúria vazia
Oh! Jornada! A sofrer, fado de hino forte
Olhar molhado, e a alma cheia de pranto
Tinhas junto a vida, tendo tão junto a morte
Partiste! Denotando está infesta loucura
Trocaste o vital por este sossego santo
Desenhando na recordação tanta tristura
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/09/2019, cerrado goiano
Despedida de meu irmão Eugênio
Olavobilaquiando
Outro senhor que tropeçou na Morte
Este não foi mais um tropeço. Mas também ocorreu numa floresta. Estava cerrando uma árvore, se não me engano um Eucalipto. Por incrível que pareça, esta caiu na sua cabeça. Parece idiota escrever ou ler isto. Mas aconteceu de verdade. Uma pessoa que morreu e que deixou aqui uma família. Foi um fim um tanto ridículo para um senhor que tinha tanta história.
[ASSOCIAÇÕES ENTRE CAMPOS HISTÓRICOS: O EXEMPLO DA HISTÓRIA DA MORTE]
Os campos históricos associam-se uns aos outros, de acordo com os vários temas e recortes de pesquisa histórica. Podemos considerar, como exemplo, a História da Morte. Um historiador que esteja preocupado em coligir informações sistemáticas a respeito de uma determinada população historicamente localizada – ou, ainda mais especificamente, sobre os níveis e tipos de mortalidade desta população – estará realizando uma História Demográfica de caráter ainda descritivo, em que pese a sua importância para estudos posteriores. Poderá dar a perceber – através de gráficos construídos com informações cuidadosamente extraídas de fontes seriadas – aspectos relativos à idade média com que costumavam morrer os indivíduos deste ou daquele grupo social, os tipos de morte que mais freqüentemente sofriam (oriundas de doenças, de envelhecimento ou de violência social), os bens que costumavam testar para seus herdeiros, os valores monetários que eram habitualmente despendidos nos seus enterros, os tipos de destino que tinham seus corpos (cremados, enterrados, engavetados), a qualidade da madeira empregada nos ataúdes, a presença ou não de epitáfios, a ocorrência de extrema unção, ou sabe-se lá quantos outros aspectos que poderiam compor um panorama informativo sobre a morte na sociedade examinada.
Este seria obviamente um grande panorama descritivo, objeto possível de uma História da Mortalidade no sentido em que esta pode ser definida precisamente pela recolha deste tipo de informações. A “Morte” propriamente dita é contudo um fenômeno social. Ela gera representações, comoções, expectativas espirituais para os que irão partir e expectativas materiais para os que vão ficar. A incidência de um determinado número de mortes através da Peste Negra, comprovada para períodos como o do século XIV, pode ter gerado na época um certo imaginário, ter produzido transformações na religiosidade, ter modificado formas de sociabilidade, ter dado origem a novos objetos da cultura material (como as velas de sétimo dia ou os caixões da madeira menos nobre para atender à demanda de um número crescente de mortos). Um enterro pode ser examinado no que se refere a certos usos sociais, como por exemplo a presença de carpideiras ou a ocorrência de determinado tipo de discursos de despedida, ou ainda a forma de luto e resguardo oficialmente aceita que a viúva deverá observar para não correr o risco de transgredir as normas aceitas pelo grupo.
Os ritos, costumes, tabus, sentimentos, carências e representações gerados pelo fenômeno da morte são obviamente objetos de uma História Social, ou podem ser também objetos de uma História Cultural, de uma História Econômica, ou mesmo de uma História Política (dependendo da importância simbólica do morto). O historiador da Morte que pretenda fazer uma história que não seja simplesmente informativa ou descritiva, mas também problematizada, certamente encontrará caminhos para estabelecer conexões entre as informações numéricas ou padronizadas trazidas pelas técnicas da História Demográfica e as inferências sociais e culturais. Dito de outra forma, ele se empenhará em realizar não só uma História da Mortalidade, mas também uma autêntica História da Morte.
[trecho extraído de 'O Campo da História'. Petrópolis: Editora Vozes, 2004, p.23-24].
Morte a frialdade
Quão lindo seria se de repente, o mundo fosse bombardeado por bombas atômicas de amor! Ah o céu ficaria enfumaçado de alegria, e as pessoas? Contaminadas de contentamento e carinho!
Catástrofes como estas deixariam um grande número de baixas, onde as vítimas seriam as friezas recentes dos corações humanos.
Irei rir e cantar alto por um minuto... será o melhor e mais apropriado gesto fúnebre!
O Brasil é um paciente febricitante, sua miserável existência é a morte antes da morte, a morte acachapante, a morte total, a morte em vida, a morte na morte, a morte irreversível!
A pior e mais desprezível das mortes, acontece de modo preternatural no Brasil. O brasileiro é, porquanto e desgraçadamente, um ente aziago!
Sem receio de caminhar
com a minha utopia
na bagagem pelas rotas
da morte e da vida
que levem ao teu encontro,
Nunca haverei de perder
a coragem de ser eu mesma,
Porque sei só de me render
ao brilho dos seus olhos
onde está a minha pertença,
No final somente o amor
haverá de ser a única sentença.
Tereza de Benguela
O Rio Guaporé ainda
chora a morte da Rainha,
Sim, a História relembra
o quão tráfico ocorreu
no Quilombo do Quariterê,
Os algozes foram pela História
alagados e Tereza de Benguela
está mais viva do que nunca,
para mim e para todos nós,
neste mundo que gira veloz.
A morte não finda meu amor por ti.
O amor é imortal e é emoção.
Nem mesmo a morte põe fim ao meu sentimento eterno por você,
Mas que ela seja infinito enquanto eu sinta genuinamente.
Lhe entreguei, por fim, todo o meu amor que houve nesta geração.
Não deixe o sol morrer.
Não deixe a luz escurecer.
Não deixe o farol apagar.
Não deixe a chama acabar.
Não deixe de viver.
Ainda é tempo e há um amor para recomeçar.
Depois de você, eu admito que eu pude me apaixonar por outro alguém e viver novamente.
Quando eu penso em ti, eu sinto amor.
Você é para toda minha vida.
Eu descobri o segredo da tua fonte escondida.
Incrível ou não, fostes meu grande amor.
Que coisa mais linda de ouvir, eu te amo, eu te adoro, meu amor.
É possível ressignificar o sentimento de amor mesmo eu não mais compartilhando da minha rotina contigo.
Só o amor que nos eterniza o significado de vida e de felicidade.
Esse sentimento de amor está tatuado no pragma do meu coração e cravejado na minha alma.
O meu amor se transforma e nos ilumina.
Sentimento transcende qualquer tempo e qualquer barreira.
Quando um fica e o outro parte, posso te visitar viajando no trem da lembrança para uma estação chamada saudade, vice-versa.
Não se esqueçam do amor, do amor verdadeiro.
Com cor, com sabor, com perfume, com exatidão, com esperança.
És tu, amado, minha eterna fascinação.
Soneto : Asas Da Morte
Sigo em ritual fúnebre queimando em brasas
No fogo ardente que me queima vivo
Meu coração sustenta seu lado abrasivo
Enquanto meu corpo mergulha em águas rasas
Afogando-me aos poucos, num rio sangrento
Um mar de ódio que dos meus olhos vaza
Neste mar talvez que minha alma jaza
E segue em seu íntimo sem sentimento
Talvez por um tempo eu mesmo me conforte
Com a dor que enfrento em minha consciência
Ou somente viva crendo na ciência
Que talvez um dia eu possa voar distante
Enquanto meu lamento segue tão constante
Voarei nas asas desta nefasta morte
Para quem já sofreu muito ao longo da vida, e já esteve a beira da morte, uma traição não é nenhuma novidade, já que o mal existe e é conhecido.
Porém, o que traz mais sofrimento é a mentira e negação por parte de quem deveria agradecer todo o seu apoio.Trair e manter o traído ao lado.
É humilhante ter que fingir que nada aconteceu.
É degradante ter que conviver com algo escondido, negado, fingido e apagado da memória.
Deus é a verdade, a liberdade e a luz em nossa vida.
O oposto disso é a pessoa que trai!
A vida possui dois cronômetros: um de agora até a sua morte, e outro da sua morte até agora.
O irônico disto tudo é que só é permitido saber o fim e o início de ambos no mesmo momento.
O triunfo pessoal só advém quando sua consciência encontra harmônico sentido cronológico perante ambos.
A morte me espera na esquina (Alessandra Bione)
A morte me espera na esquina, paciente.
Como um amante resignado que espera que seu amor se apronte para um encontro fortuito, ela espera.
Não olha o relógio ou o telefone, mas aguarda olhando o céu azul. E quando chove, sente os pingos latentes escorrerem-lhe sobre a pele em direção ao chão.
Enquanto corro de um lado para o outro inquieta, ela aguarda tranquila.
Algumas vezes, enquanto sigo errante em sua direção, nossos olhares se encontram e ela sorri.
Em meio ao turbilhão que é a vida, uma parte de mim anseia borbulhante o momento em que ela me estenderá a mão e não poderei ignorar seu chamado.
Ela, então, solene e determinada, me levará amorosamente ao encontro de meu destino traçado desde os tempos imemoriais.
Escrito onde o tempo não existe por que quem escreveu não se submete.
A morte me espera na esquina.
Lembrando-me ao longe que a cada dia estamos mais perto de nós encontrar.
E se der tempo, deixarei um bilhete aos que ficam que dirá:
Vou na frente. E atrás de quem foi antes de mim. Saltitante em direção ao mistério inexorável que a todos nós espera. Chorem o até breve, celebrem o até aqui.
A morte me espera na esquina.
Ora, dona Morte, aguarde só mais um pouco. Já, já calçarei meus sapatos lilases de salto anabela e, quase correndo, ou me arrastando, finalmente, estaremos juntas para o o pré evento de meu dia mais feliz.
Alessandra Bione (19/12/23)
Viva como se a morte fosse encontrá-lo no próximo segundo. Em um piscar de olhos muda tudo. Muda o mundo. Achamos que estamos separados mesmo entendo presos a tudo. O alquimista faz experiências com palavras e substâncias enteógenas que o fazem enxergar, é um passe para suas expedições ao submundo. No interior à beleza, no esterior uma imagem que muta. Luta, luta após luta, a alma tá cansada. Foram várias idas e vindas por nada. Prazeres mundanos para nos confortar, porque não sabemos aonde estamos, é o tempo que criamos para que possamos sonhar. Inventamos um mundo chamado cidade. Proclamamos sermos a imagem do criador. Nos comparamos. Semeamos a falta de amor.
A Cruz de Cristo
“A cruz foi apenas um instrumento de morte; porém, Aquele que morreu sobre ela é a Vida! A cruz não tem poder de salvação; porém, o Crucificado sim. A Cruz é apenas um cenário histórico do que aconteceu na eternidade passada; porém, O Cordeiro é o sacrifício eterno da salvação. Quando Paulo diz que só se gloriava na cruz, ele não nos aponta o madeiro, mas O Crucificado; pois O Cordeiro é ‘o mistério outrora oculto e agora revelado’, com todas as implicações da Graça em favor daqueles que creem. A cruz revela a maldade humana; porém, O Cordeiro revela o Amor de Deus pela humanidade caída.”
Marcelo Rissma
D. A. Carson disse com muita propriedade:
“O que você pensaria se uma mulher chegasse ao trabalho usando brincos que estampavam uma imagem da nuvem, em forma de cogumelo, da bomba atômica lançada sobre Hiroshima? O que você pensaria de uma igreja adornada com um afresco das inúmeras sepulturas em Auschwitz? Ambas as visões são grotescas. Não são intrinsecamente detestáveis, mas são chocantes por causa de suas poderosas associações culturais. O mesmo tipo de horror chocante estava associado com a cruz e a crucificação no século I. Sem a sanção explícita do próprio imperador, nenhum cidadão romano seria morto por crucificação. Ela estava reservada para os escravos, estrangeiros, bárbaros. Muitos achavam que esse não era um assunto que devia ser conversado entre pessoas educadas. À parte da tortura perversa infligida àqueles que eram executados por crucificação, as associações culturais traziam à mente imagens de maldade, corrupção e rejeição profunda. No entanto, hoje, cruzes adornam nossos prédios e timbres de cartas, embelezam bispos, resplandecem em lapelas, oscilam em brincos — e ninguém se escandaliza. Essa distância cultural do século I nos impede de sentir apropriadamente a ironia de 1º Coríntios 1.18: ‘A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus’. Essa distância cultural precisa ser encurtada. Precisamos retornar sempre à cruz de Jesus Cristo, se temos de determinar a medida de nosso viver, serviço e ministério cristão.”
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
"Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado."
Lendo este texto bíblico me ponho a questionar, quantas vezes mais, irei eu contra os desígnios de Deus! Se tenho a convicção que tudo é segundo a sua vontade... Gratidão não é mera ilustração é ação é decisão!
Morte, meu caro, não tem nada a ver com está vivo ou, a confirmação da mesma.
Muitos estão mortos em vida meu caro e se quer sabem.
Ex. Você acorda todos os dias e repete o dia anterior como se fora novo.
Tá morto, e faz só o repeteco, do que se imagina que é o novo viver.
...Entende?!
DINHEIRO
Oh! Dinheiro, de uma coisa não temos sorte; não podes deter a morte.
Oh! Dinheiro, não tem jeito; sem você, sofremos preconceito.
Oh! Dinheiro, contigo inimigos tornam-se amigos; amigos tornam-se inimigos.
Oh! Dinheiro, o que importa é que estás sempre na moda.
Oh! Dinheiro, sem você ninguém escuta; com você, a verdade torna-se absoluta.
Oh! Dinheiro, aonde se escondes? Desejo achá-lo aos montes.
Oh! Dinheiro, te quero de janeiro a janeiro.
Oh! Dinheiro, sem distinção, para bem ou para mal, sempre te buscarão.
Oh! Dinheiro, na busca por ti, muitos vão mentir, trair, agredir e destruir.
Oh! Dinheiro, tenho pena de quem faz cena, afirmando que dinheiro não vale a pena.
Oh! Dinheiro, acabe com a fome que muitos consomem.
Oh! Dinheiro, contigo toda alma se acalma.
Oh! Dinheiro, és um verdadeiro Deus; tens o mundo inteiro a teus pés.
Vida que nasce da morte
Esperança vinda do caos
São meus leões e demônios
E o meu bem contra o meu mau
É a escuridão contra a luz
Minha oração mais sincera
Enquanto venço meus erros
Mato minha própria quimera
Vi o inimigo no espelho
Com a minha cabeça na mira
Me dando a corda e a faca
Pra eu me render pra minha ira.
Sicário
Ninguém está pronto para falar que a morte é triste, mas a pior de todas é a morte cerebral. O coração bate, ele respira através dos aparelhos, mas está morto. Como pode? O coração pulsa, não morreu, tá vivo, me recuso, o doutor está errado, refaça os exames, ele talvez esteja em coma, eu espero meses, anos, a eternidade. É pior, vamos nos casar, seremos uma família um dia.
Gritava de desespero, meu amor, minha vida, não me deixe, não me deixe, não abandone sua mãe, não me abandona, eu te amo, te amo.
Amor, serei eternamente sua até o meu último suspiro, meu coração não irá mais amar, pois nem força para respirar eu tenho.
Eternamente sua...