Textos sobre a Morte

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A morte está sempre à espreita.
O amor rejeita viver sem paixão.
A paixão liberta o desejo sedutor.

O respeito gosta de ser conquistado.
O vento leva para longe a dor do pensamento.

A chuva lava as lágrimas deixadas de dor.
A tempestade deixa marcas de sofrimento...

A mente absorve o mundo na sua beleza.
Os livros nos dão a liberdade de sonhar e viver
As mãos escrevem a dor do corpo e da alma!

A tristeza e a morte.....
Tomam conta de tudo....
Não eram os lírios brancos....
Caídos na areia da praia......
Eram rosas brancas....
Na areia prateada da noite...
Não eram lírios...nem rosas.....
Era a tua sombra...o teu aroma...
que perfumava a areia da praia...
Vagueava pelas sombras à procura de paz
Almas perdidas......corpos caídos....
Corações dilacerados.!!

A saudade é anjo caído num mar de solidão,
somos bem aceitos bela morte,
ainda vivemos nossos sonhos mortos,
temos nosso próprio tempo ainda reclamamos,
nem tudo temos é o bastante,
olho o mar imenso na solidão,
então sinto minha alma partir,
saudosa solidão em meu coração,
mesmo tudo tem partido,
ainda tenho um anjo no coração,
imensa solidão sem propósitos...
ainda magoa tanto que implanto teus preceitos,
amargos na saudade que tenho,
sem mais partiu ate meus sonhos passaram,
em algumas lagrimas percebi que tudo foi sonho,
bom em tempo que passou,
situado em um mar de vaidades,
titubei no qual cálida desejei,
em tudo partiu nobre anjo que morreu,
intenso e profundo esse mar,
de águas claras te deixei,
me carregar teus braços ate confins desse mundo.
por celso roberto nadilo

Onde calam todas as coisas


Calam as rochas
aos pés da montanha.

Cala-se a morte
diante da vida.

Calam-se o sol
diante da lua
e a lua
diante do mar.

O mar cala-se
nos braços do horizonte.

E o homem nos braços da mulher
tende a se calar.

Cala-se a fome
com um pedaço de pão
e a sede
com uma taça de vinho.

A alma cala no corpo
que por sua vez,
cala na terra
a sete palmos abaixo do chão,
sob um pé de manga rosa.

minhas lagrimas são gritos numa tempestade de sonhos,
deixei a morte no meu coração numa tempestade
senti teus lábios frios, doce morte me calei...
numa sentença cobri teus sonhos...
senti gosto eterno... anjo caído...
sentir a ultima gota de vida em beijo...
todos anjos do céu caíram por esse sentimento...
deixamos o paraíso para encontrar o infinito...
o imenso desejo que queima dentro da alma...
quando deixamos os céus...
minhas lagrimas queimaram os céus,
deixar as almas mortais por amor,
senti minhas asas queimas como meus sonhos...
no momento que amei demais
meus sonhos eternos no teu coração.

Todo filho é pai da morte de seu pai.
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes.
Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte,
e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Fabrício Carpinejar

A Morte

Em frente à janela
De meu quarto,
Sentada em minha cama,
Eu espero o meu fim.
Creio que muito longe
Já não está.
Eu consigo vê-la no horizonte dos prédios
Que bloqueiam a minha visão do céu.
Eu a vejo, sim.
Eu a vejo em frente a mim
E dentro de mim.
Eu a vejo em minha pele
E em meu coração.
A vejo em minha mente
E em todos os lugares.
Eu consigo senti-la.
Eu sinto sua presença.
Em poucos instantes,
Talvez segundos,
Nós nos encontraremos.
Você e eu.
Morte.

Alguns dizem que a morte é uma dádiva, que nos livra mas na verdade ela é uma desculpa para se ser dramático!
A morte, a palavra morte, é uma palavra bela, é curta e sua maneira de escrever é bonita..
M- me lembra varias maneiras que dá para levar a morte, como cortar a cabeça, se jogar de uma ponte no caso, o assassinato, suicídio, entre outros.
O- me lembra o que leva alguém a se matar ou matar um outro alguém, o ódio, raiva, magoa, entre outros motivos.
R- a repulsa que os mortos causam nos vivos, e até nos filmes que são dedicados á eles, a cor pálida e a frieza do corpo de um morto.
T- aaah me lembra o como as pessoas, os vivos tratam daqueles que morreram, dizendo várias mentiras aos seus familiares e outras, elevam o morto a um grau de perfeição quando já fora vivo.
E- enterro, essa é ótima, no enterro com todos os vivos vestidos de preto, até parece com uma legião de urubus, o que se encaixa perfeitamente, muitos só vão para fingir que aquele morto lhe fora importante, outros para ter certeza de que está morto mesmo e outros para comemorar que acaba de ficar rico!
Eu realmente amo a palavra MORTE, o tom do preto com o vermelho e branco, o vermelho do sangue, o preto da legião de urubus e o branco das rosas falsas jogadas na sepultura.

Tudo me incomoda



A multidão me incomoda,a solidão me incomoda,a vida me incomoda,a morte me incomoda,o amor me incomoda e a falta de amor,me incomoda. Tudo me incomoda quando não estou bem comigo mesma.Quando estou bem nada me incomoda,tudo fica completamente bem.Eu queria apenas não me incomodar e me acomodar,eu sempre quero mais infelizmente NADA é como eu quero.Eu quero parar de me incomodar e de incomodar,mas não dá,simplismente não dá!

Muita coisa eu quero

Muita coisa eu não compreendo;
Deus...
Infinito...
Morte
Você...

Muita coisa eu acho lindo;
Uma casa..
Um cachorro...
Uma criança...
Você...

Muita coisa eu gosto;
Doce de leite...
Sorvete de ameixa..
Dias de chuva...
Você..

Muita coisa eu não aceito;
Injustiça..
Despedida...
Egoísmo...
Perder você...

Muita coisa eu desejo;
Paz..
Liberdade..
Amor...
Você...

Muita coisa eu quero;
Você..
Você..
Você...
Você...

O som da morte chega mais perto, não hesitando em entrar nos meus ouvidos, com uma leve dor fica em todo o meu corpo, tudo parece já não fazer mais sentido, nada mais importa, isso é tão tenebroso, escuro, mas eu não quero me livrar disso, hoje eu gosto; acostumei-me à tristeza que já faz parte da minha vida, e as vontades estranhas me dominam.

Eu já não sei quem sou já não tenho controle pelo meu corpo, ele se movimenta sozinho, aos sons dos meus desejos, e sentimentos, ao comando da infelicidade e da tristeza que me ataca. O vazio, a solidão, essa dor que vem sobre mim, ninguém pode entender; nesse momento, eu estou completamente sozinha, a mercê de mais dor, e mais sofrimento, o que aconteceu comigo? Já não sou boa o suficiente pra fazer tudo feliz, sou apenas um fardo para todos, eu sou um fardo para mim mesma, estou podre, e estou caindo aos pedaços diretos para uma cova funda, onde tudo pode ser esquecido, e descansar de tudo isso, tanto sangue derramado, junto com ele é a marca, de que nada esta bem, nada esta como antes, de que apenas a tristeza domina tudo.

A dor que esta em mim ninguém pode tirar, ferida imortal que não se pode curar, o tempo não está do meu lado tudo isso é tão estranho, o medo me assombra, um mar de ilusões, emoções que eu não posso, não posso lidar, a tristeza domina tudo, alguém venha me tirar desse mar de feridas? O sofrimento é maior do que eu posso suportar nada alem da morte, irei morrer na tristeza, você me deixou assim, não posso mais viver, você tem me tirado toda a alegria, e o que mais quer? Sinto toda a vibração negativa, meu corpo já não suporta mais isso, já deu o meu limite, preciso ir ao alem, preciso sair, preciso sair desse labirinto de ódio, desse mar de ilusões, e tudo isso comigo, eu me sinto tão pesada, minha mente já não consegue mais captar tudo o que eu tinha de bom, que agora se foi e não sobrou mais nada de mim.

Lamentos

Não sei porque não me abraça morte.
E acaba de vez com meu pranto.
Cerrar esta vida vazia.
De um homem sem sorte
Cobri-me com teu manto.
E não deixa eu amanhecer o dia.

Sinto-me despido de afeto.
Esta fria solidão, sem abraços e muita ilusão.
Nem quero mais sofrer.
Morte debruça no meu leito
E me veste o coração.
Chega rápido, não precisa nem bater.

A porta vai esta aberta.
E caregar pra sempre este sofrimento.
É cruel o desprezo.
Leva a única coisa que me resta.
Esta vida de lamentos
Acaba comigo a qualquer preço.

Há os que dizem que ninguém é insubstituível.
Que quando chega, a morte nos apaga e apaga
nossos rastros mais cedo ou mais tarde.
Nossa condição de ser insubstituível prevalece
por pouco tempo e nos tornamos apenas
reproduções de som e imagem,
ou palavras mortas sobre o papel ou sobre a pedra,
nos livros de história, nos museus.
Quando desaparecemos, o que fazíamos poderá
ser feito por outros, o que dizíamos poderá
ser dito por outros.
Pronto, tudo resolvido.
A vida continua, o mundo continua a girar.
Verdade?
Mentira.

Não há dois dias iguais.
Um sucede o outro, mas não o substitui.
Porque cada dia é único.
Assim como na sinfonia, onde uma nota sucede
outra, mas não a substitui, sempre seremos
sucedidos nunca substituídos.
Porque nossa vida é única.
Porque cada pessoa é única.
Porque tudo o que geramos revela a nossa autoria,
como se fosse assim uma especie de marca.
Indelével, singular.
Um filho, um livro, um quadro, uma idéia,
um sentimento, uma palavra.

"Cada um de nós pode ser insubstituível.
Ser insubstituível, sim, por que não?
Um ser insubstituível não por arrogância,
nem por posses, nem por dotes físicos ou intelectuais.
Ser um insubstituível ser, simplesmente pelas emoções
criadas e pelos valores agregados em sua volta.
Ser um insubstituível seja pela renúncia à mediocridade,
pela fuga do vazio, pelo abandono da irrelevância.
Poderíamos ser todos insubstituíveis seres,
pela energia positiva que transmitimos às outras pessoas,
pela vibração produzida por nossos sentimentos,
pelos nossos exemplos e atitudes, pelo nosso esforço
admirável de passar por esta vida deixando marcas de
excelência, como se fossem rastros de luz.
Sejamos todos insubstituiveis.
Eu para você e você para mim.
Uns para os outros.
Cada um para todos

Há um grande dia

Um dos primeiros sentimentos encontrados
Do que vai da vida à morte
Tão depreciado
Mas é o mais importante para este poeta
Neste dia não estarei entre vocês
Mas meu coração vai estar
Grande São Paulo sofrerá minha ira
Mas neste dia
De grande amizade desejo e maior benção do ano

Ultimo sopro de Vida...


Preso por mim mesmo, preso na verdade entre a vida e a morte,
Me perguntando o que fazer, ou como fazer, derrepente fui bombardeada por milhares de pensamentos e lembranças, lembrando de cada abraso, de cada olhar como se fosse o ultimo, pois na verdade era mesmo os últimos, e enquanto meu fôlego se esgotava, me lembrei de sonhos, projetos que fiz durante toda minha vida, me lembrei que um dia sonhei em ser um bom homem, sonhei em ter uma família, sonhei em casar, e como o mar sem água, eu ia me perdendo e me esgotando, lembranças de cada pessoa amada, de cada amigo, e eu sempre me perguntava o que eu iria fazer antes de morrer, se tivesse um tempo estimado de vida, porém reparei que na verdade a única coisa que sempre precisei em toda minha vida foi de Deus...cada pessoa tem seus sonhos seus projetos, seus ideais, não sei bem quais são os seus, mas como você reagiria se tivesse apenas somente mais um mês de vida...

Medo

A morte em seus olhos
Em suas veias sangue frio
Silencio amedrontado
E seu quarto está vazio
Sozinha em pensamentos
Lhe provocam arrepios

Olhos arregalados
Criança assustada
De baixo das cobertas
A porta está trancada

Encontra uma lanterna
Mais está sem bateria
Respirava profundo
e nada ouvia

Ainda a procura
Ascende uma vela
Vê sombras no escuro
Atrás da janela


Medo real?
Engano ou ilusão?
Chorava na cama
Em meio a escuridão

Lagrimas inevitáveis
Pingavam no chão
O barulho ecoava
Piorando a sensação


Criança fraca
Não era nenhum exemplo
A janela rangia, batia
Com o vento


O escuro a prendia
Em noites condenadas
Lhe perseguia lhe encolhia
Fazia ameaças


Cobria a cabeça
Com lençóis encharcados
De lagrimas de medo
Pesadelos, assombrados


Mantia a cabeça coberta
Com medo do que podia ver
Não sabia se gritava
Não há nada que podia fazer

Criança medrosa
Não é o que queria ser
Mas continuava imóvel
Esperando amanhecer


A noite ia passando
E a criança cansada
Agora via a luz do dia
Pois amanhecia acordada


Falça felicidade
Era só o que podia ter
Acabava com o noite
Após escurecer

Só queria sair correndo
De lá poder fugir
Para onde não houvesse medo
Nenhum medo pudesse sentir


Mais em parte alguma
havia lugar seguro
Era um mundo de fantasmas
De terror
Um mundo escuro


Escuro imortal
Onde não existe vida bela
Não estava no quarto
Estava dentro dela


Medo cruel
Que a acompanharia
Pois se o medo não vencesse
Ele jamais a deixaria.

Até que a morte os separe

O filósofo Arthur Schopenhauer disse que o casamento é uma dívida que se obtem na juventude e se paga na velhice, mas na época em que ele disse isso a separação era algo praticamente incomum, e de fato só a morte separava um casamento, o que fazia talvez com que os maridos mandassem assassinar suas mulheres, e elas seus maridos.

Hoje em dia as coisas estão mais fáceis, as pessoas terminam tão rápido, às vezes só até acabar a lua de mel, mas o padre ainda continua dizendo a sentença final: até que a morte os separe. Seria mais fácil dizer “até quando vocês não aguentarem mais olhar pra cara um do outro”, pois sempre chega esse momento, uns casais preferem terminar, outros preferem se torturarem e empurrar com a barriga, até que finalmente a morte os separe...

Essa coisa de casamento precisa ser inovada, ter novas regras, acompanhar a mudança de século, acompanhar as mudanças climáticas, as vontades. Precisa ter uma nova cara, sinceramente não conheço uma pessoa que seja casada e completamente satisfeita, ou feliz por inteira. O casamento deveria completar os espaços que faltam pra gente ser feliz por inteiro, mas isso só acontece no começo, na lua de mel, afinal a lua de mel é pra adoçar o começo, pois depois é uma amargura que só.

Tudo bem que eu ainda não sou casado, talvez não seja assim mesmo, mas pelos exemplos que vejo já estou traumatizado, mas de uma coisa eu tenho certeza, a sentença final deveria mudar, os padres deveriam dizer: Até que o amor acabe.

Flores recriam amores, frases mostram suas cores, morte nos mostra valores, a vida me faz perceber que o amor é um verdadeiro circo dos horrores.
A paz que eu quero é só você, meu interior, meu amor, meu morrer e meu viver, pode o dia escurecer, que a noite irá tardar, e eu pensarei em te querer, meus versos podem desfalecer, minha morte procriar e eu acordar, te perder, e tentar me consolar sem entender, porque eu quis justamente você.

A morte é fácil, tranquila... A vida é mais difícil...
Meu pulmão grita todas as dores de não te ter aqui
E assim me sinto sufocada por seu nome.
Meu coração chora por sua partida
Ansiando pela sua volta, que não sei se haverá.
Minha alma sofre por tudo que meu corpo sente
Esperando pelo ar de volta,
Esperando por sua volta,
Esperando pela minha volta...
Noites tristes eu passo sem saber como você está
Com nós na garganta, com lágrimas nos olhos
Com uma vontade enorme de gritar seu nome...
Mesmo sabendo que não poderá meu ouvir...
O vento que bate em meu rosto me acalma
Mas traz você de volta a mim...
Mesmo que eu ou você tenha de partir
O amor não há de ir embora...
Estará aqui intacto, esperando por um oi
Por um sorriso, por um beijo
Por um abraço, por um desabafo
Por você...
Minha alma viajante... Coração independente...
Por você estão pendentes...

O fim é um aliado

Quando as coisas começam a ficar confusas, um guerreiro pensa em sua morte, e imediatamente seu espírito encontra-se de novo com ele. A morte está em todas as partes.

Podemos comparar aos farois de um carro que nos segue por uma estrada sinuosa; às vezes os perdemos de vista, às vezes aparecem perto demais, às vezes apaga suas luzes.

Mas este carro imaginário jamais se detém (e um dia nos alcança). Só a ideia da morte dá ao homem o desapego suficiente para seguir adiante, apesar de todos os percalços.

Um homem que sabe que a morte está se aproximando todos os dias, prova de tudo, mas sem ansiedade.