Textos sobre a Morte
Ela escreve poesias que adoro ler, mas quando pego na caneca, só me vem à mente minha vontade de morrer.
Ela me fala sobre a vida e como ela é bonita; acho tudo isso lindo enquanto olho para minhas feridas, ainda abertas, ainda doloridas.
Gostei daquela parte em que você dita... para falar a verdade, às vezes isso me irrita.
Um truque de mágica só é especial quando não sabemos como é feito, assim como tudo aqui na terra. A paz é para os mortos; a vida é uma guerra
Eu vivo a felicidade, nas minhas ilusões
Eu vivo a realidade, acorrentada
Na minha eterna infelicidade
Sobreviver? Aguentar?
Me dê um bom motivo
Quando eu continuo a viver
Eu continuo a perder
Eu continuo a morrer
Dia diferente?
Tudo mesmo dia
Mesma derrota
Mesma vida
Mesma tristeza
Mesma esperança
Mesma morte
Na dança das emoções, um triste giro,
Transformei amor em ódio, suspiro.
Cruel destino, caminho incerto,
Enterrar o afeto, num túmulo deserto.
No coração, flores murchas de um passado,
O amor que vivia, agora sepultado.
Despertei o ódio para libertar,
A dor que sufocava, era hora de acabar.
Cortar os laços, desfazer a trama,
Doce amor agora na lama.
Sepultei sonhos, enterrei o querer,
Para renascer, preciso esquecer.
No solo do adeus, planto a saudade,
Memórias desfeitas, na escuridão da verdade.
Ódio, um veneno que liberta a prisão,
Do amor que se foi, na última estação.
Porque as pessoas insistem em competir?
Qual é o troféu que se almeja lá na frente que faz com que achemos que um vai vencer e o outro irá perder.
É um equivoco imaginar vivermos nessa separatividade, oque chega a ser uma heresia.
Já passou da hora de largarmos o velho bordão de chamar uns aos outros de ``Guerreira(o)´´ e trocar por
``Companheira(o)´´.
É bem melhor que viver em conflito constante entre nós humanos, pois a meta é juntar em uma só causa rumo a evolução coletiva sem esquecer que o troféu é a morte pros que insistem na soberba!
“O problema é que a gente acredita nos insultos, não nos elogios”
Pois é, muita gente fala que meus olhos são bonitos
Não acho, eles são vazios, frios e eles não brilham mais como antes
Essa semana me falaram que: eu sou chata e se eu não tomar meu remédio eu fico insuportável e ninguém me aguenta e que era pra mim tomar dois pra ver se alguém me aguentava, me falaram que eu era um lixo muito grande pra caber no lixo da minha sala, que ninguém se importa, que eu sou idiota
Eu acredito em tudo isso
Isso é o que eu sou
Tenho tanto medo de não viver bem.
Medo de estar fazendo tudo errado, de estar perdendo um tempo que nunca mais vai voltar.
Crio inúmeras coisas na minha cabeça, metas, objetivos, listas, etapas. Mas dificilmente cumpro, dificilmente consigo.
Penso que deve haver um porquê, de ser quem somos.
Deve haver uma explicação pra tudo, uma explicação que não temos acesso ainda, e que talvez esteja fragmentada ao longo da nossa vida.
Deve haver. Ainda está por vir.
“O universo tal e qual conhecemos atualmente, assim como todos os demais universos paralelos do multiverso, obedecem a um ininterrupto, dinâmico e perfeito processo de renascimento, onde os satélites naturais, os planetas, os sistemas planetários, as galáxias e o(s) universo(s) cumpre(m), há eóns, um ciclo inexorável de nascimento, vida e transição, onde nada, absolutamente nada, se cria ou se perde, apenas se tra e sincronicidade entre o alfa e o ômega, o micro e o macro, o eu nsforma, se transmuta, se aprimora, evolui, em conformidade com os sete princípios universais e imutáveis, estabelecendo um perfeito equilíbrio, reciprocidade menor e o Eu Maior, a criação e o Criador.
Assim como tudo está contido no Todo e o Todo a tudo contém, da mesma forma que nada é, tudo está, assim como o que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima, nós seres humanos, os demais seres vivos (reinos animal e vegetal) e a matéria inorgânica (reino mineral), juntos, constituímos uma fração infinitesimal da amálgama universal e estamos sujeitos as mesmas leis e princípios universais. Tanto que em nosso corpo, em nosso sangue, encontramos traços dos minerais presentes na natureza, em nosso planeta, assim como nos demais planetas e meteoros. Somos, portanto, pó de estrelas, poeira cósmica no torvelinho sideral. Somos filhos e filhas de DEUS!
Sendo assim, da mesma forma que o(s) universo(s), nós, seres humanos, estamos sujeitos ao mesmo processo, ao mesmo ciclo, nascemos, vivemos e cumprimos nossa transição, de forma ininterrupta, ao longo do tempo, através da encarnação, existência, transição e reencarnação, em um compasso ciclotímico e inexorável, de aprimoramento do ser, da alma e do espírito. Portanto, a MORTE, enquanto conceito, não existe, o que existe é a TRANSIÇÃO da carne para o espírito, quando ocorre a transmutação do fluido vital para a essência espiritual, na perspectiva da evolução do espírito, imortal, e que outrora estivera encarnado enquanto alma em um corpo, em um indivíduo, que aqui, nesse plano, cumpriu seu propósito existencial no infinito espaço-tempo do multiverso.”
Preciso ir embora
O silêncio nunca feriu tanto a alma, tornando-se uma verdadeira diabete, a cada dia aumentado a ferida provocada pela ausência. Se um dia isso vai passar? Não sei. O que tenho certeza é que nunca mais a vida será a mesma, pois as rotas dos ventos mudaram de forma definitiva.
Só existe o presente. O resto é parte de uma fantasia que podemos carregar como uma âncora que nos atrasa, ou assumir a vida com a forma que ela se apresenta e fazer alguma coisa que justifique a existência.
Que tal começar por algo que te faça se sentir viva? Não viva pra ninguém, mas saiba reconhecer o valor no outro.
Uma vida com um grande amor compensa, sentimento tem degrau e só entende a experiência do topo quem caminhou junto lado a lado ao longo do tempo, da jornada de duas vidas entrelaçadas em exclusiva cognição e conação.
Se você começar a treinar ou fazer dieta, precisa esperar 6 meses pra fazer resultado, as coisas não são imediatas.
A vida é uma aventura finita, e ela acontece apenas na sua simulação e apenas na sua simulação tens um corpo único, com instintos de vida e de morte, capaz de compreender percepções jamais vistas, dentro de você.
Então se ame e respeite a simulação do outro, desta forma você sempre saberá que ninguém terá direito de desrespeitar a sua simulação.
Sou ventania forte,
firme em meu norte,
dona do meu querer.
Há tantos sigilos em mim,
meu todo é inesgotável.
Eu nunca aceito esmolas,
quebro grades de gaiolas.
Costumo me repaginar,
tenho o dom de ressurgir
pós-morte,
de modificar minha sorte.
Sou fogo incandescente,
livre e intensa como fênix.
Pedaço de estrela caída ao chão.
E cada um terá de mim uma versão.
ONÇA
Forjo no sol o meu sangue...
Tal qual onça bravia...
Que ao acordar em mais um dia...
Fazendo-se de morta...
Aguarda o coveiro...
Em uma cova...
Em meu castelo...
Desse chão...
Ando pelas pedras encantadas...
Meu caminho...
Um sonho perigoso...
Que trilho sozinho...
Minha jornada...
Em noites perigosas...
Quando a lua se faz vermelha...
Nessa magia ardente...
Consumo o que vejo pela frente...
Presinto o que há por vir...
Será que mais alguém vê e escuta?
Será que somente eu...
Na vida, essa peça...
É o meu papel?
Ventania me agita...
E em meus olhos...
Um duvidoso brilho reluz...
Dias e noites me envolvem...
Continuando minha ronda...
Vendo um mundo oco...
Pensamentos de quase um louco...
Sem lei, sem rei, sem repouso...
Me acho...
Andam vultos pelas estradas...
E pelas calçadas com vultos...
Eu ando...
A teia do destino...
Não há quem corte ou desate...
Viver ou morrer...
No meio...
Um impasse...
Se um anjo tocar a corneta...
Me chamando ao encontro divino...
Levarei comigo..
Todas as glórias que hoje sinto...
Enquanto em mim o fogo clamar...
Sempre terei abertas minhas asas...
Jamais deixarei...
De como menino sonhar...
Jamais deixarei...
De como livre poder voar...
Meu chão, minha cor do amanhã...
Meus desejos, dores e coragem...
Pelejando diariamente...
Para minha vida ...
Não ser só uma miragem...
Dizem que tudo passa...
E o tempo cruel esfarela...
Enquanto Deus assim querer...
Minha luz ...
Não será quimera...
Hei de pulsar o amor...
Até mesmo na escuridão...
Amar para mim não é um devaneio...
Não é ilusão...
Não me veja como um falso profeta...
A sondar o inimaginável...
Sou como qualquer pessoa...
Vivendo meu fado...
Busco a estrela que me chama...
A luz que acende o sol...
O vôo do beija-flor...
Na vida...
Um pouco de amor...
Por tudo isso...
Meu espírito nunca há de envelhecer...
Sou contra a morte...
Nunca hei de morrer...
Sandro Paschoal Nogueira
DAS COISAS QUE NÃO VI DEBAIXO DA TERRA
Quando me fui para debaixo da terra,
levei o mundo que construí,
como um mestre de obras que desconstrói
aquilo que já foi morada,
na tentativa de abrir espaço ao novo,
que nem sua mente é capaz de pensar.
Lá, debaixo da terra, meu mundo deixou-me só,
assim como quem cuida de um velho cansado e prostrado,
que ao cair da tarde o posiciona numa varanda,
para que sozinho contemple o que já não se pode alcançar.
Meu mundo e eu, os únicos íntimos debaixo da terra.
Agora eu, só como estava, com os meus olhos, procurava diligentemente estadia.
Enquanto procurava, meus olhos contemplaram uma mulher,
que trouxe para companhia sua vaidade.
Essa constantemente lhe recordava que sua beleza agora não lhe era útil debaixo da terra. De sua grande bagagem,
lotada de sapatos, chapéus e cetins, pouco haveria de guardar para si.
Lá também havia, acompanhado de muitos tesouros, jóias e moedas, um rei, que a tudo ordenava e nunca lhe era escutado. Seu tesouro, o único que lhe dirigia palavras, clamava por suas moedas, que aqui debaixo da terra perderam todo seu valor.
Por fim aos gritos, fisgou meu olhar um homem, de cabelos brancos e uma terceira peça branca, que lhe cobria o corpo e guardava a companhia de muitos papéis.
Este desafiava a todos, onde acharia inteligência como a sua?
Seus papéis, fiéis companheiros, baixinho repreendiam-lhe dizendo “cala-te, tudo que sei trouxe comigo, mas nada sei daqui debaixo da terra.’’
De vista cansada, guardei o olhar, por não ver como o velho, a beleza do cair daquela tarde, não vi os raios de sol, nem ainda as gotículas que nas folhas de um ausente viveiro poderiam o refletir. Triste dos meus olhos, que não encontraram debaixo da terra o cheiro da relva, do mar e das flores.
Meus ouvidos, movidos de uma completa sensibilidade, eram surdos para as prosas fraternas e para as canções. Até os cantores da natureza ficaram mudos, debaixo da terra.
Não ouvia declarações de afeto, nem a voz de alguém querido, meus ouvidos não ouviam as coisas do meu coração.
De onde me deixara o meu mundo, eu não era capaz de ver a chuva, nem as nuvens nem as estrelas.
Eu ali sequer sabia, se estes existiam debaixo da terra.
Lá também não vi abraços, nem amigos, nem sonhos e nem filhos. Bem, apenas alguns desgarrados. Debaixo da terra tudo era mesmo muito vazio.
Até que retornou o meu mundo, era hora de sair da varanda, como me envolvia sua presença.
Me acomodou em meu leito de memórias, serviu-me um chá de paz, biscoitos de amor com aromas de esperança. E de tudo que vivi até vir para debaixo da terra, trouxe o meu mundo para perto de mim apenas a felicidade.
Então chegamos ao ponto: Se não queremos morrer nunca, se não queremos sofrer e fazemos tudo para adiar a morte com nossos planos de saúde, cuidados com a alimentação, com o corpo e com a mente, então temos que aproveitar ao máximo o tempo que temos.
Somos imediatistas e objetivos, não perdemos tempo com o que achamos que não agrega porque sabemos que a morte pode nos encontrar a qualquer momento, sem o menor aviso.
Uma vez um Mestre Budista disse algo como "As pessoas só percebem a vida quando estão na beira da morte, e pensão na morte quando estão vivas".
Isso traz algumas reflexões, como:
- Porquê somos tão aficionados pela morte que deixamos que essa preocupação seja mais importante que a vida?
- Somos mesmo tão fúteis a ponto de só nos interessarmos o que vai nos afetar?
- Nós realmente vivemos nossa vida ou apenas sobrevivemos a esse mundo caótico?
- O que nos motiva, realmente lá do fundo do nosso peito, a sorrir, abraçar, cantar e dançar com alegria nos nossos dias mais difíceis?
Bem, só podemos viver o hoje e o agora, pois isso é tudo o que temos, é ao que pertencemos e é pelo que vivemos. Não deixe que os fantasmas do passado te prendam em sua mente e nem se desespere pelo que pode vir, a final, você já chegou até aqui, dê apenas mais um passo, apenas mais um sorriso e apenas mais um abraço e veja só! Você acaba de viver mais um dia! Siga em frente com amor a vida entendimento da morte. O mundo é cíclico, o karma é real e o amor é divino.
"A vida é uma guerra"(?!)
Essa ideia é um senso comum, mas a vida é mais antiga do que a guerra, então é "A GUERRA É UMA VIDA"
A guerra é a vida de forma condensada, intensa e em cores fortes e por mais que dure, há um final, que é comemorado e afeta a todos; na vida, o final é a morte que, em sua maioria, é anônima, e mal influencia os que estão próximos.
28/03/2023
VIVER OU NÃO
Mortos e vivos ao mesmo instante. Ambiguidade? Jamais.O deveras morto torna-se sem vida. Redundância? Não mais. Temendo tais condições humanas. O indivíduo já sem vida procura uma explicação para sua desprezível, inútil vida de defunto. Essa busca por um motivo de viver o levara a sua cova. Mas em vida, ele não há de se jogar na cova, ele jogará sua família, seus amigos, todos que anseiam em companhia alguém vivo. Sim, um dia eles morreram e deixaram saudades- precisando morrer para saber que a viva é muito para se pequena.
O QUE VOCÊ TEM BUSCADO?
Lucas 23:40-42, Narra-nos acerca de dois Ladrões que estavam crucificados com Jesus, eram eles Gestas e Dimas (Segundo o texto apócrifo Evangelho de Nicodemos 9:4 e a Declaração de José de Arimatéia)
Enquanto Gestas o ladrão que estava à esquerda de Jesus se preocupava com as coisas terrenas, Ordenando a Jesus que descesse da cruz e o tirasse de lá também, Dimas o que estava à direita só tinha uma unica preocupação, as coisas celestiais, tudo o que ele pedia era "lembra-te de mim quando entrares no teu reino."
talvez eu esteja descontextualizando mas o interessante é que de uma forma ou de outra no final todos desceram da cruz e comparo isso ao desejo do Ladrão que estava a esquerda
O importante não é alcançar o seu objetivo, mas sim, como alcançar...
Decida buscar Primeiro o Reino e o demais será acrescentado...
Primeiro, morri diversas vezes. Não por escolha, nem sabia eu que teria que estar nos capítulos mais tristes do livro onde hoje escrevo. Tive que fingir não sentir dor, fugi para os galhos mais altos ao ver meus monstros me procurar nas ruas onde catava minhas flores e sonhos. Outras vezes até me escondi no escuro de paredes sem luzes e matas ventosas e frias, observando apenas a minha inocência. Não sabia que há algum tempo atrás, tão pouco atrás, teria que brigar com os covardes e sombrios medos que me avisaram chegar em gritos.
Por segundo, me tornei intolerável. Abri meu coração a sentimentos em ações concretas de guerra, tive que lutar fielmente contra tudo o que aprendi como "força": mágoa, ressentimento, dor e desamor. Parece confuso, mas, sim, não me corrompi.
Por terceiro, estou aqui. Ao descobrir que agora posso narrar meu próximo capítulo, eu, mais do que ninguém, escolho com todo amor não sentir mais dor. Se você não sabe ou não pode escolher não sentir dor, meu conselho é que escreva esse capítulo da sua vida, leia com atenção e vire a página. Essa será a nova versão da sua história, pode escreva agora!
Eu fico parado olhando pra esse céu
Pensando como será que eu posso fica melhor
Tô pendurado na sacada acabou-se pra mim
Me jogo e todo mundo olha pensando "que dó"
Mas eu sei que pouca gente liga
Não, ninguém liga
Será que alguém liga?
Telefone toca mano, alguém me ligando
Agora que eu tô morrendo cê tá se importando?
Não
Não
Eu não
Não preciso de conselho não, não nessa hora
Pode falar tudo, nada me revigora
Decidido, acabado, e vai ser até da hora
Muita gente que odiava terá um alívio
Muita gente que amava
Não ninguém me ama
Sim, eu sei
Muita gente vai falar
Cê acha que eu tô ligando
Eu só quero me matar
Meu passado me condena
O futuro eu não vou ter
Se dependesse de mim
Não deveria nem nascer
Eu acho até irônico
Cômico
Mas eu acho que o mundo tá querendo só me ver sofrer
Eu não tenho culpa, não pedi pra nascer
Se eu sou triste, depressiva, tinha de acontecer
Agora isso
Olho pra baixo no precipício
Já pulei, a morte é meu vício
No caminho da corrida direto pro chão
Percebo que no coração sem arrependimento
Eu fico aliviada, ao mesmo tempo acabada
Eu tô sem motivação mesmo depois de todo esse tempo?
Portal
Agora eu sei
É uma mensagem
Não é o fim
É uma passagem
Quando passar
Irá voltar
Para consertar
O que não pode apagar
A morte é um portal
De volta ao tempo
Não sou imortal
Mas em você ainda penso
Assim que atravessar
E o tempo voltar
Se lembrará de mim
Viveremos juntos até o fim
O quanto te amei
Reviverei
Junto de ti
Novamente estarei
Roney