Textos sobre a Morte
A vida é assim:
Todos nós, um dia, vamos ficar só na lembrança de alguém.
Não há, portanto, outra estrada!
E, nessa estrada, a cada dia que se finda, a gente está se aproximando mais e mais do fim.
Assim que é a vida e nunca vai ser de outra forma.Portanto, mais cedo ou mais tarde nós caminhamos rápido ou lentamente numa estrada que não tem volta.
Vão-se os dias até completar o nosso propósito terreno.
Então, rapaz, não cultive rancor e orgulho em seu coração.
DANÇA EFÊMERA
Uma vida é pouco para tamanha dor
Muito pouco para tantas paixões
Para tantas danças, mudanças e sonhos
A vida foi demais para tanta dor
Demasiada para tantas aflições
Para tantas danças, mudanças e sonhos
Você decidiu não ter o amanhã
Renunciar o infinito e o finito,
A dualidade da existência
Adentrar-se no mistério
Eu decidi estar no hoje
Buscar o infinito no finito,
A dualidade da insistência
Encantar-se no mistério
Vida suicida em paixões
Com instinto de sobrevivência
A vida foi demais para tanta dor
Vida kamikaze por paixões
Sem instinto de sobrevivência
Uma vida é pouco para tamanha dor
Se não existem relacionamentos perfeitos,
Se não encontramos um ao outro por acaso,
Se não precisarmos criar tantas expectativas,
Se sempre fizermos escolhas conscientes,
Se formos parceiros que não desistem nas primeiras dificuldades,
Se realmente desejarmos viver algo incrível,
Ainda que não sejamos eternos, mas que nos tornemos inesquecíveis.
Quando eu me for não chore
Lembre de quem eu queria ser
Lembre que eu lutei para ter um vislumbre da liberdade, lembre que eu queria ser livre para ser quem eu amava ser de verdade, lembre que eu era contra as máscaras.
Lembre de como eu ria por qualquer motivo
Lembre de como eu sentia a vida
Lembre do quanto eu amava a vida… mas queria mais, queria viver intensamente cada segundo e não só respirar.
Eu queria sentir as gotas da chuva em meu rosto enquanto dançava, ria e pulava de alegria em baixo de uma biqueira no meio da rua. Eu queria cantar em público mesmo sentindo vergonha, eu amava cantar música inglês mesmo não sabendo a letra. Eu queria ver o por do sol na praia quantas vezes fosse possível, admirar cada mudança de cor no céu, cada movimento das ondas, cada ruído do vento e a forma como o sol parecia beijar o mar e se esconder no seu abraço até o amanhecer.
Do alto da serra eu queria ver as estrelas deitada no chão na noite de natal e os fogos de todas as cidades vizinhas no réveillon.
Eu queria ver filme infantil com meus amigos e comer pipoca feita na manteiga, muito mais vezes do que consegue.
Eu queria ver o sorriso da minha mãe e ver meu irmão conquistando todos os sonhos.
Queria sentir aquele amor cheio de energia e risos no almoço em família.
Queria poder proteger meu filho pra sempre.
Queria dizer ao meu pai o quanto as decisões dele afetaram e mudaram meu rumo muitas vezes, mas também me fizeram crescer, queria conseguir dizer eu te perdoo sem doer.
Queria lavar minha alma em um poço de água fria ao pé da serra.
Queria sentir a energia e as cores do verão trazendo de volta meu calor, me repondo melanina, me fazendo vibrar junto com toda a criação, mas nada eu poderia querer mais do que estar com o meu Criador. Eu sonho com isso a minha vida toda, então quando eu me for, fiquem felizes por mim pois estarei realizando meu maior sonho.
Talvez não exista nada perfeito, porque seria o máximo de algo feito.
O amor, se não fôssemos falíveis e humanos, seria perfeito, mas ele é o que doamos, sem exigir nada em troca e isso só seria possível se não existisse o egoísmo, onde o que importa é o que recebemos. Então a perfeição não é amar, é perdoar.
Viver é difícil
Como é difícil viver
Mesmo na felicidade
Eu penso lentamente em morrer.
Se eu pudesse voltar
A ser poeira cósmica
Com certeza eu estaria
Muito mais feliz.
Eu tenho incerteza
Nada exala clareza
Nem mesmo a pureza
De um ser divino.
Meu senhor,me mate
Ou melhor,me salve
Antes que se apague
A esperança que eu ainda tenho de viver.
Sabe, Amor, estava pensando hoje sobre a vida. Desde os 46 invernos, 46 primaveras, 47 verões e vivendo meu agora o meu 47 outono.
Percebi, aqui caído nesse precipício, no qual estou já fazem quase dois anos, por caminhos que escolhi traçar, caminhos longe do sol, regados pelo frio sombrio da noite, que a vida não é um fim, não é um resultado. É um conjunto dos momentos, todos os momentos, que vivemos durante nossa caminhada. E como será o fim da jornada, depende de como olhamos, de como apreciamos, de como conseguimos entender a beleza, a intensidade, o sabor, a textura desses momentos, sejam eles bons ou ruins, doces ou amargos, sonhos ou pesadelos. De como aceitamos as cores que cada um desses momentos, caminhos, cultivou e que envolve nosso ser. Não existe nada que não devíamos ter vividos. E por pior que pareçam, por mais terríveis, por mais sombrios, sempre haverá uma beleza exótica que podemos encontrar e que, ao contemplar e viver, passou a fazer parte de nós e nós fazem únicos.
É nesse momento que precisamos encontrar a paz de saber que um dia, um momento, em um dos caminhos, seja ao sol ou ao luar, chegaremos ao fim. Onde não haverá mais caminhos, momentos, sabores, nada a contemplar mais. O fim de tudo é inevitável. Pena que quando jovens, pensamos que a maior conquista é alcançar a vitória. Ignoramos que a real vitória da existência, de forma dúbia e antagônica, é também o fim de nossa jornada.
E quando percebemos que a vitória é o fim, é não mais caminhar, não mais contemplar, não mais saborear, não mais sentir a textura, essa vitória, esse fim perde o sentido. Percebemos que o que importa são as coisas que são inevitáveis, ou seja a caminhada, a jornada, a luta, os momentos, o amor, a intensidade, as cores e ver e encontrar a beleza até naquilo que achamos mais improvável que exista algo belo. Seja as coisas que criamos, que achamos,vá esquerda que tomamos quando tudo nos leva para a direita. Como vivemos, como avançamos em busca do que sabemos que nos marcará para sempre. E quando esquecemos isso, um grande "se" invade nosso ser, e mesmo ao chegar na linha final, ganharmos a vitória tão almejada, podemos nos deparar que perdemos o mais importante: o caminho, os momentos, as cores, sabores, a vida... perceberemos que muito do que ouvimos e seguimos apenas nós limitou realmente de guardar e viver o que era realmente valioso.
Tem um poema se Dylan Thomas, que reflete tudo isso. "Fúria contra a luz que já não fulgura". Quero que você imagine. Estamos cercados de tantas coisas que estão ali apenas para ofuscar e desviar nossa atenção daquilo que realmente importa em nossa caminhada. Algumas sombras, que às vezes nos dão tanta certeza de que estamos vivos, que estamos cercados e de que finalmente encontramos o grande significado. Para ver mais adiante de que não passava de uma sombra, que ao anoitecer some sem deixar rastros e simplesmente a amargura de ter deixado essas sombras desviarem nossos olhares daquilo que era realmente palpável e eterno. E por causa disso, deixamos de nos comprometer e apaixonar em abraçar a vida. Em viver o que muitos achavam improvável, mas que no final, veremos que era o mais provável para nós.
A paixão não está em lutar para alcançar, mas sim em viver o caminho. Em não se render frente as ondas, opiniões, preconceitos ou mesmo as dores e feridas que adquirimos na jornada. Mas, ao invés de se render, escolher a "fúria". A fúria contra a luz que se apaga. A fúria contra tufo que se opõe em fazer com que possamos contemplar o caminho, a jornada. A fúria contra as sombras que são colocadas a nossa volta, por melhor que sejam, mas impendem de ver o palpável e real, e de viver momentos únicos que nos completariam e evitariam uma lamentável tristeza do "e se..." A fúria de proteger o amor, e de escolher vivê-lo apesar de tudo. A fúria em não querer a ambiguidade de receber a vitória e com ela o fim de tudo. Ter a fúria de viver intensamente, mesmo sabendo que a luz ainda continua se apagando.
Me lembro de estar sentado no Arpoador e vendo o sol descendo. A luta do Sol contra a sua eminente derrota para a fria noite. Me lembro da sensação, de ver que mesmo no último instante, quando ele se dissipada no horizonte, ainda era possível ver que ele continuava lutando. Nunca desistia, mesmo sabendo que seria obscurecido. A fúria de viver ao máximo, viver apaixonado, mesmo sabendo que ela ainda nós leva ao inevitável fim. É a escolha mais comovente que alguém deve fazer. É a escolha que faço. Não escolho como minha jornada terminará. Mas, sim em viver a jornada, os momentos, a aventura, sentir a vida, tocar o amor é ver ele se materializar, a fúria!
É, eu termino esse devaneio, ao som de "Knocking on Heavens Door". E a letra dessa música, ilustra um pouco tudo. Menos lutas inglórias, menos certezas, menos armas, e sair mais vivo desta vida...
Eu cheguei a pensar que se olhasse uma mulher nos olhos, tão perto onde pudesse ouvir seu coração, enxergaria a sua alma, mas estava enganado. Também imaginei que se ela se
despisse e a visse nua, a conheceria, mas não
era verdade. Só se conhece uma mulher quem
sabe o que toca a sua alma, o que a fere, o que arrebata as suas lágrimas, quais são seus traumas, seus medos e o que a motiva a se levantar e seguir em frente, todos os dias. Quem viu o seu corpo e tocou a sua pele, mas não sabe a sua história,
não a conheceu.
Você é uma ponte
que me conecta com a realidade,
É chegada que me arrebata
e partida que deixa saudades.
É a luz que irradia
quando tudo se apaga ao meu redor.
É o aconchego de um abraço sem fim,
a surpresa que materializa uma possibilidade,
É a esperança de um reencontro
onde revivemos momentos inesquecíveis,
Ou apenas o desabafo
na forma de uma pretensa poesia sem rima.
Morre Anderson Leonardo
Vocalista do Molejo
“Sabe o que aconteceu?”
Todos cantam no cortejo
“Tudim morreu... Tudim morreu”
Chora o morro, o vilarejo
E quem com ele conviveu!
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Sucessos: "Brincadeira de Criança", "Cilada", "Dança da Vassoura", entre outros
.....
ᶠᵃʳᵉʲᵃⁿᵈᵒ𝐏𝐎𝐄𝐒𝐈𝐀
Aɪʀᴛᴏɴ Sᴏᴀʀᴇs
.
𝑻𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒐𝒔 𝒄𝒂𝒏𝒂𝒍𝒉𝒂𝒔 𝒇𝒐𝒓𝒂𝒎 𝒄𝒓𝒊𝒂𝒏𝒄̧𝒂𝒔 𝒊𝒏𝒇𝒆𝒍𝒊𝒛𝒆𝒔.
ᶻᶦʳᵃˡᵈᵒ
.
Partiu o mestre Ziraldo,
Mas nos deixa o “Maluquinho,”
“Menino” de inocência e beleza
Ótimo em fazer versinho.
Na prova, nada de cola
Só tira dez na escola
Tá tudo lá no livrinho.
Por isso, um brinde ao seu criador
Com alegria e uma taça de vinho
A este grande mestre chargista
Jornalista e também escritor!
06.04.24
MORRE ABÍLIO DINIZ
.
Empresário Abílio Diniz
Na mídia é manchete.
Fundador do Pão de Açúcar
E na vida foi `valete.´*
Novos Caminhos... publicou
A todo público agradou **
Falece aos oitenta e sete!
*Figura de um jovem escudeiro.
Ele praticou Judô, boxe e capoeira.
......
** Público da área empresarial.
Carrego em mim toda vida do mundo
Meu coração bate
Minhas pernas funcionam
E meus pulmões me alimentam
Então por que me sinto morta?
Carrego em mim toda vida do mundo
Meus reflexos são ágeis
Meus sentidos certeiros
E minha visão é clara
Então por que me sinto tonta?
Carrego em mim toda vida do mundo
Vejo beleza no podre
Vejo vida na morte
E perfeição na assimetria
Então por que me sinto feia?
Carrego em mim toda vida do mundo
Destruí muitas barreiras
Carreguei muitas pessoas
E construí muitas moradas
Então por que me sinto fraca?
Carrego em mim toda vida do mundo
Meu corpo me sustenta
Minha mente discerne
E meu espírito me guia
Se separadamente sou constituída de virtudes
Por que o todo parece tão disfuncional?
Pode parecer absurdo, mas se queremos, insistimos ou cobramos demais, exageramos.
O excesso é o que passa da medida, o que excede os padrões que consideramos ideais ou normais, é o exagero.
Quando nos entregamos demais, sem reciprocidade, corremos o risco de não fazer falta.
Embora isso não devesse ser aplicado nos relacionamentos, a falta ou escassez é o que gera a necessidade.
Então, no relacionamento a atenção, o afeto, o carinho, o ciúme ou a cobrança precisam de equilíbrio entre a escassez e o excesso, entre o amor pelo outro e por nós mesmos.
Não entendo porque Deus deixou meu menino fazer o que fez. Não entendo porque eu não estava lá para impedir. Não entendo porque ele fez aquilo consigo mesmo. Ainda não tenho as respostas.Uns dias após sua morte eu gritei muito com Deus. Sei que é pecado, porém, gritei,questionei com aquela dor profunda em meu coração. Eu disse: Deus! Eu te falei que podia fazer tudo comigo para que eu não me perdesse, a minha vida está em suas mãos, não tenho nada nem ninguém além de ti. E naquele momento não tinha mais nada mesmo. Perdi meu bem mais precioso. Perguntei: Porque tantas coisas ruins acontecendo? Eu disse a Deus Por que? Por que? Até quando vai me castigar? Até quando vou pagar tão caro pelos meus erros? Precisava ser meu filho? Tua Palavra diz que não há um justo sequer sobre a terra. Tu és Deus e poderia ter impedido! O silêncio foi a resposta.
Me perguntei muitas vezes porque não fui eu a morrer. Eu morreria no lugar do meu filho.Mas como escreveu Elaine Martins: Deus é Soberano!
(pensamento escrito no facebook em 09/05/2019)
Vida
Nascemos e logo no início da vida queremos ser mas velhos, ao passar do tempo vem o entendimento da vida.
Como as responsabilidades chegam e como a vida é dura... O tempo passa e logo percebemos o tempo perdido, o roller que nunca aconteceu, aquele beijo que por falta de coragem ficou na lembrança de um dia e esse dia nunca chegou.
O tempo passa e passa rápido, temos filhos e vemos neles o vigor da juventude e da alegria, da falta de preocupação pois somos provedores.
O tempo passa, percebemos que as melhores coisas estão no simples, em apreciar a chuva se formar e o céu limpar novamente, as águas do mar se acalmar e o vento soprar suave, os pássaros cantando e voando livremente.
O tempo passa muito rápido, como um piscar de olhos nos deparamos com a nossa aparência mudar no reflexo do espelho, percebemos os nossos músculos se enfraquecer e as lembranças ficando longe.
O tempo passou e logo vemos nossos amigos partindo, pessoas que fizeram parte das nossas vidas, amigos e parentes nos deixando e pensamos logo chegará a minha vez.
O que eu fiz ou deixei de bom? O quanto foi valoroso o meu tempo na terra? Será que eu vivi ou apenas sobrevivi?
Perguntas que sussurram nossos pensamentos no silencioso tempo de vida que não sabemos quando irá terminar...
O tempo. Seria o tempo apenas um momento ou uma dádiva?
Séria um presente de Deus que erradamente custamos a enchergar como tal?
Aproveitem o tempo de hoje e plantem coisas boas para que o tempo de amanhã seja melhor que o de hoje.
Hoje a despedida de uma pessoa querida me fez pensar em tudo isso e compartilho com todos vocês.
Sejam a esperança que buscam e a mudança que almejam.
Sejam hoje o futuro de amanhã, para aqueles que hoje estão sejam felizes com momentos do tempo que você esteve presente!
Já fui neve no mar, já fui espada na mão (José Afonso)
No passado sofri de algumas vaidades. Mas calei que prefiro ser neve no mar do que poeira pisada, caída no chão. Ser a neve que se funde com o mar é ser a frescura que sabe de antemão que muita gente lhe vai perguntar: quando cantaremos o Hino da Libertação?
No passado sofri de algumas vaidades. Mas agora, que vivo sem sedução, digo: ser neve que se fundiu com o mar é ser como a estrela que se fundiu com o céu (coisa que, antes, a estrela sempre temeu) e nele brilha mas sem chamar à atenção.
No passado sofri de algumas vaidades mas não falei de ser espada na mão. Hoje, que sou a neve caída no mar, muitas vezes me interrogo: ser lâmina afiada em ereção não será entrar no estranho jogo dos que põem pessoas a sangrar e querem sentir vida a pulsar no seu coração? Mais logo, quando a Musa Menina chegar, me dirá se tenho ou não tenho razão.
Viver é sentir, sentir é viver e viver é ser feliz.
Mas o que é sentir? Sentir é poder apreciar o vento batendo no rosto, respirar o ar fresco da manhã, poder sentir cada gota de chuva que nos toca, inalar o aroma de café fresco, tocar nossos pés na areia, abraçar, beijar, perceber nossas emoções. Sentir minhas dores e saber que elas existem e fazem parte de mim, sentir minha felicidade, sentir meu coração batendo intensamente por algo, sentir o frio na barriga, sentir o amor, o nervosismo, a raiva. Isso, para mim, é sentir. Não somente o físico, mas sentir o quão único é cada momento. Só sentir e permitir que meu corpo seja, mas que não me controle. Sentir é ser, é viver. E aí está o maior medo da humanidade, viver e não sentir. A morte não é o problema, o problema é que não vivemos, apenas existimos. E deixamos para viver amanhã. E isso nos atormenta pelo simples fato de nunca sabermos quando será o último suspiro. Por que não passamos a sentir mais? Por que não aproveitamos todos os momentos para sermos felizes? Por que precisamos ganhar algo para ser feliz? Por que não paramos e percebemos que a felicidade está em cada pequeno momento da nossa vida, em tomar um café, beber um copo d'água, olhar para o céu, fazer uma caminhada, parar e apreciar uma vista - quanto sentir nisso. Mas preferimos ignorar tudo ao nosso redor e implorar por algo que nos faça feliz. A vida não é para ser julgada ou desvendada, é para ser sentida. Por que não passamos a sentir a vida com mais intensidade? Viva.
Num voo de cores, dança a borboleta,
Entre flores e sonhos, a vida completa.
Ela é o sopro do vento, a luz do poente,
Um sussurro da vida, tão efêmera, tão presente.
No entanto, vem a morte, silenciosa e certa,
Finaliza a dança, a cortina deserta.
Mas na despedida, uma nova beleza desponta,
Na metamorfose final, a vida se reencontra.
Quando eu morri dentro de mim, eu pensei:
O que guarda dentro desse coração?
Onde estará minhas lembranças daqui à frente?
Será que é cedo a imagem do Jardim?
Sentirei cheiro de perfume?
Ou apenas um silêncio poético me espera?
(...)
E quando a morte for de carne, o que farei?
Haverá sentimentos e pensamentos,
Este dia é como um eco dentro de nós?
Passei a vida buscando significados,
Pragmatismo e alegorias ao desconhecido,
E todos chegaram a um destino de estação.
Passemos as margens do rio.
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