Textos sobre a Morte

Cerca de 4498 textos sobre a Morte

⁠ENTRE O AMOR E A MORTE

Vestida em pérolas cheguei à ti
Cheia de charme, de frenesi
Mostrei-te do que sou capaz
Do que uma mulher sedenta de amor
Por seu homem faz

Entreguei-te meus chamegos
Meus agrados, meus carinhos
Você, por um tolo medo
Quis correr, fugir do nosso ninho

Mas quando um homem
Realmente ama
Não consegue se conter
Só quer fazer feliz à sua dama

Nos entregamos, nos amamos
Foi assim, um momento mágico
Mas como poderíamos prever
Que antes do amanhecer
Tudo acabaria num fim tão trágico

Em meio à tanto amor
Veio a morte
Tudo se acabou num instante
Pois teu coração não aguentou
Um infarto fulminante

Meu sonho ali se acabou
Pois você para sempre partiu
Assim, minha vida se acabou
Minha felicidade sucumbiu

Me espere, vida minha
Que muito em breve
Nos reencontraremos
E nosso amor recomeçaremos
Além da eternidade
Pois sempre nos amamos de verdade...

.
Por: ELIANE SOUTO 📖✏
Em: 25 Janeiro 2017
Direitos Autorais Reservados@

Inserida por eliane_souto

⁠Ode pela morte de uma gata querida.


Pessoas, flores, gatos.
Planos e danos!
São como aqueles fios delicados no tecido emaranhado das nossas vidas que “miam”;
Esperanças, vontades, ódio, amor; fogo que desvanece!
Entre outonos que se desprendem, rosas de outubro que sopram…
Os “miados” do meu jardim, que cá na alma padece.
O que sabemos sobre o real, o profundo, o duro da vida.
Do cru sentimento vazio, de corações calorosos e outros tão desumanos.
Engatinha ainda pelo chão frio, como se (rocha) entorpecida.
Entre praças, ruas e avenidas, pelo rugido faminto de um leão soberano.
Ó!? Pessoas, que nenhuma injustiça nos sobrevenha!
Não interpretem mal as cordas mais (sutis) das nossas felinas vidas.
Nem nos abandonem ou nos culpem pela covardia dos atos mundanos.
Lucy, ó amargura!
Minha pequena querida.
Com o seu bigode de neve e a sua calda lunar abanando.
Toque-me com a sua pata de veludo - flor
Amor! Amor!
Ouço os sinos que vem das ruas como um sinal de choro, miando.
Eles ainda estão a nos machucar…
Eles ainda nos estão machucando…
Assim, lamentamos também “miar” nossas dores, frustrações e sonhos em silêncio.
Como se pesadas pérolas pelas marés afundando;
Eletrônicos quebrados, conflitos, cálculos, preocupações, ressentimentos, grama malcuidada, mobília empoeirada, expectativas desmoronando…
O que isso importa?
Lucy, já lá no céu;
Com o seu bigode de neve e a
sua calda lunar acenando.

Até breve!

Inserida por susana0808

⁠Querida morte, como vai?
A maioria das pessoas aqui te odeiam, mas não eu.
Não entendo todos os desígnios do universo ou de Deus, a força criadora e mantenedora da vida, tão pouco os mistérios velados da morte, mas, de uma coisa eu sei; você é boa e não má como afirmam.
A dor que você deixa é um legado da consciência daquele que eu seu colo repousou.
Tenho pensado muito em você ultimamente, viver uma vida morna é bem pior que descansar em seu colo.
Quando vier me visitar me conte uma historinha de ninar, a canção nunca ouvida.

Inserida por ayorws

⁠Quando a morte chega
O café esfria e ninguém o toma
O tempo se torna o total inimigo
Pois segundos fazem diferença
O tempo fica lento
As cenas param
As pessoas ficam
E você vai
E nessa hora tudo faz sentido e ao mesmo tempo todo sentido se perde
Você entende tudo e
Não entende nada
Lágrimas escorrem
Livres
Mas escorrem
E assim como secam
Morrem com um último suspiro
E nesse último segundo
Toda a vida passou na frente dos seus olhos
E você agradeceu por tudo
Por todos
Por tudo de bom que passou
Por tudo de ruim que passou
E você acreditou
Mas não é mais
Você se foi
O tempo acabou.

Inserida por josiane_teycz

⁠(A MORTE)

Vingativa como Hera,
Que acendam uma vela.
Monarca ou plebeu,
Ela visitará e não importa se você é saudável ou adoeceu.

Ela faz o que der na telha.
Para ninguém se ajoelha.
A uma deusa se assemelha.

Visita bandido e artista,
Milionário e modelo capa de revista.
Ela também vai te dar um oi,
Pois não importa quem você é ou quem você foi.

Inserida por Hermes0828

⁠VISITA

A triste Morte, no final do dia,
veio tentar tirar-me deste mundo...
Pedi a ela só mais um segundo
para encerrar a última poesia.

Ela aceitou, com desprezo profundo,
e ficou lendo os versos que eu fazia,
notei, então, centelhas de alegria
a transformar seu rosto moribundo.

E ela entendeu: como levar-me embora,
se a minha essência estava eternizada
nas tantas rimas e versos que eu fiz?

Então, jurando voltar outra hora,
Pediu-me uns versos para ler na estrada,
deu-me um sorriso e lá se foi, feliz...

Inserida por gersoncesarsouza

⁠Vida frágil
Facho de luz
Instante, instável


Um dia você é forte
No outro,
flerta com a morte


De vc a dor toma conta
De saúde nem uma ponta
Apressa o passo pro fim das contas


Vida frágil
Barato plágio
De felicidade utópica


De mais intenso só amor
Rivalizando com a dor
E ambos nos calam


É o que dizem
É o que falam
Aproveite seus dias felizes


Pois o que te espreita na esquina
É o crescer do sofrimento
E o alívio que vem da morfina


No fim , todos sem dignidade
Não importa a idade
Todos a perdem


Se for só uma noite
Que bom, que já passou
Saímos vivos dessa
Pois essa não nos matou


Se acima Lobão dizia
Abaixo também me serve
Cazuza e a vida louca, vida
Vida breve


E meu observar
por aqui não para
Como o tempo a acelerar
Ao fim da estrada


Como é rápida
Como é repentina
Como nos surpreende
O viver essa vida


É tal qual, no palato
O contrastar do doce
Num instante, num ato
O azedo fosse


É como raiar do dia
Em um segundo passa-se
E não mais raiasse
Produzindo a noite em agonia


É como o verter das águas
Interrompesse o ciclo
Obstruído pelas mágoas
Do que outrora fora vivido


A vida passa
E o humor perde a graça
A tristeza se instala
E o fôlego , como fogo, se apaga


Tão óbvio,
Tão previsível
Estamos fadados
Como se fosse escrito


É como se o verão
Desce lugar ao inverno
E o abrasar do coração
Esfriasse por completo


E se assim disse Cartola
Por que não Adoniram
Afinal sem demora
Se parte o trem da vida vã


E o que se encerra
Se não o sofrer em pranto
E o descansar a espera
Do chamar do Santo

Inserida por fabio_teodosio

⁠Auto mestria:

Não temer a morte não é o mesmo que desistir da vida. Significa que você não tem medo de Passar por ela, pois já aprendeu a desapegar-se dos bens da matéria. Desapegar-se dos bens materiais não é o mesmo que deixar de gostar de viver, você pode amar a vida e viver tendo proveito de tudo que lhe é dado, apenas não se apegue pois tudo é passageiro...ame e permita-se ser amado, ame seus filhos, seus familiares, amigos e quem estiver do seu lado para te fazer feliz...mas lembre -se cada vida é única e possui sua própria autonomia. Não busque sentimentos fúteis que te são por " apegos " o amor não é apego, o amor é livre o apego é " escravidão " e " doentio ". Sentimentos assim expurgue-os de dentro de ti...aprenda a viver com o " simples " com o " necessário ", sem o sentimento de querer mais...torne-se seu próprio mestre e verá que o portal da morte é tão preciso quanto o da vida. Quando não tiver nada a deixar pra trás é porque você já está pronto.

Inserida por marcos_lima_5

Um certo dia falávamos da morte,alguns planejando seus funerais eu ali só os ouvia.
Chegaram a mim e perguntaram, como seria o meu.
Respondi assim que liberado meu corpo da autopista, iria direto para Cremação, sem Velório sem choros.
Me perguntaram porquê, sem Velório sem Cerimônia ?
Porquê devemos ser lembrados todos os dias.
Devemos Amar um ao outro todos os dias.
⁠Devemos abraçar mesmo que sem vontade.
Devemos sempre dar um bom dia boa noite.
Devemos ser sempre o oposto da Solidão ou do esquecimento.
Devemos chorar e blindar a vida.
Devemos sentir falta em vida.
Mais jamais chorar da morte.
Pois o dia de cada um de nós, está por vir !
Assim como o meu.
Vivamos o hoje o amanhã poderá ser tarde demais !

Inserida por Mapkoc

⁠A morte de Ivan Ilitch, de Tolstói

A melhor coisa que comprei pra mim neste ano foi um Kindle e assinei o Kindle ilimitado.
Já li vários livros.
Ontem comecei a ler 'A Morte de Ivan Ilitch', novela de Tolstói. Quem me indicou foi minha neta. Quem indicou pra ela foi um professor... que, segundo ela, lê muuuuiiiito.
Ele disse pra ela que chorou quando terminou a leitura. Claro que foi o que me motivou a ler o livro... fiquei curiosa pra saber o que o fez chorar.
Já sei como termina, porque o autor faz o favor de contar quase no início... o fim.
Já li 75% do livro - tecnologia Kindle que diz quanto falta pra terminar um capítulo... quanto você já leu do livro todo... quando você liga está exatamente na página em que você parou de ler... enfim 😉
Aos 60% eu já havia entendido porque o professor da minha neta chorou. Não foi pelo que acontece com o personagem no fim, não... o que acontece com Ivan acontece com todo no mundo no fim... e o autor, como eu disse, já falou quase no começo o que acontece com Ivan... o título já diz 🙄 foram outras razões que trouxeram lágrimas aos olhos do professor... e eu não sou boba nem nada pra dar spoiler...
Claro que ainda há 15% do livro que podem me surpreender e ir por água abaixo o que tenho pensado que tenha feito o professor da Gi chorar... claro que posso chegar a um fim mais terrivelmente triste do que li até agora.. E não, não se engane.. a tristeza não está escrachada em fatos... a tristeza está entremeada em sentimentos e pensamentos de nosso personagem principal.
Talvez tenha algo mais no fim... mas eu só saberei mesmo no fim... por enquanto é isso.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Na Rota do Vazio -

Trago num pensar feito de nadas
memórias que um dia serão morte
não lamento se as horas estão contadas
não sinto do meu corpo as passadas
passam breves, não é que isso me importe
afinal, minhas asas estão quebradas!

Já não tenho as asas que antes tive
no meu dorso as sinto consumindo
regresso a cada sitio onde estive
àqueles onde a morte fui vestindo
nada lá encontro, nada vive
tudo a cada dia vai fugindo!

Já não tenho esse regaço onde dormi
já não sinto o teu olhar profundo
já não sei daquela vida que vivi
daqueles versos que outrora te escrevi
da vontade de ser dono do mundo
quando afinal vivia só p'ra ti!

Inserida por Eliot

⁠Não há porque ter medo da morte, ela já se faz presente em nossas vidas. Estamos constantemente morrendo e nascendo de novo numa mesma vida.
Basta olhar para trás e reconhecer que nunca mais seremos os mesmos.
Viver é seguir avante, desfrutando de cada momento presente, porque tudo isso que vemos, pensamos, sentimos e tocamos agora, o tempo também irá levar.
Morremos todos os dias um pouco e nascemos de novo com novas perspectivas a cada amanhecer.

Inserida por marachan

⁠Eu sou forte, eu venci a morte, eu fiquei em pé quando tentaram contra mim.
Eu sou forte, superei o medo de atravessar as fronteiras e o de morrer nas trincheiras, onde tentaram me sepultar.
Eu sou tão forte que reeguida da dor, olhei para as minhas marcas e agradeci por ser quem sou.
Eu sou forte, desconsiderei as traições, as covardias e tive a ousadia de recomeçar.
Eu sou forte, sei que tudo posso, e portanto, como rainha do meu próprio reino para mim mesma decreto: terás da vida o melhor, alcançarás o mais alto lugar e sentirás o amor fluir e florir tua vida.
Nildinha Freitas

Inserida por nildinha_freitas

⁠Ontem -

Ontem a Morte que parecia só miragem
é hoje um campo de papoulas carmesim
é os passos de um romeiro em viagem
nos últimos dias que o encaminham para o fim.

Ontem a tristeza que parecia não ser nada
é hoje a roupa que carrego sobre o corpo
do silêncio que fica nas paredes desta casa
ou dos olhos que se fecham no teu rosto.

Ontem a vida que parecia tão real
é hoje um acto de vazio e contrição
é um eco de amargura, um eterno vendaval
porque o Ontem, afinal, já não volta à nossa mão.

Inserida por Eliot

⁠A Morte -

A morte é um campo de alfazema e alecrim,
um canteiro d'açucenas, rosas brancas,
traz um cheiro de malvasia e jasmim,
pairando triste de amargura, sobre as campas!

A morte é um anjo que esvoaça pelos Céus,
é um lírio, é um grito de vingança,
é a porta que nos leva um dia a Deus,
o silencio d'um adulto ou um choro de criança!

A morte é o claustro denso d'um convento,
a tela d'um pintor, pintada ou em branco,
o espaço que viaja, cada átomo do tempo,
é a pauta que se lê e dá suporte ao canto!

A morte é apenas o silencio da passagem,
destino que nos espera, ali, mais adiante,
todos a seu tempo, não é miragem,
verdade que nos despe, mais perto ou mais distante!

Inserida por Eliot

⁠Estar desaparecido é diferente de estar morto. De certa forma, é pior. A morte oferece um fim. A morte dá permissao para o luto. Para fazer um funeral, acender velas e deixar flores num túmulo. Para seguir em frente.
Estar desaparecido é estar num limbo. Preso num lugar estranho e desolado onde a esperança brilha fraca no horizonte, e o desespero e a angústia espreitam como abutres.

C. J. Tudor
As outras pessoas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.
Inserida por Daiane0Matos

⁠As pessoas insistem em tentar ter o controle de tudo, elas mantém esse pensamento até sua morte, não deixam isso de lado até morrerem.
Sua carne definha, sua voz esvanece e só então veem que nunca estiveram no controle, e almejando ainda o controle, matam a si e aos outros,
sacrificando a tudo quanto amou, para que o que eles querem se realize.

Inserida por Prod1le

⁠Sonhar é não realizar, a realização é o ato final de matar os sonhos. A morte existe como fim, fim da vida, fim de um universo, fim dos sonhos, mas, contudo é preciso realizar.
Realizar, mesmo sendo um ato vil, abre margem para novos sonhos, é cíclico, é natural. Ter medo da morte me impede de viver, viver é consequência de sonhar.
Jaz aqui meus sonhos, nasce aqui minha vida. Eu escolho ser um sujeito de ação Pessoa...

Inserida por JonatasDeAlbuquerque

⁠A VISITA DA MORTE

Às vezes a morte grita nos meus ouvidos, por sorte, já não me assusto mais. Tornou-se comum para mim, gritar, buscando ofuscar o grito do fim. A morte não tem feição! Aparece sempre quando estou sozinho, me oferecendo seu abraço em meio a carência, e por mais doloroso que seja recusar, nunca o aceitei. Vivo nessa torre como Rapunzel, esperando que pelos meus cabelos alguém me salve; a verdade é que há anos aguardo esse momento, mas é difícil encontrar alguém! Eles nunca pensam que quem está em cima precisa de ajuda para descer.

Inserida por JuanVicthor

⁠Fui assassinada incontáveis vezes, vivencio um lupim de renascimento e morte.

Cada vida vivida intensamente e morta pela mesma boca que prometeu a vida.

Regada pelo próprio sangue, vingada pelas próprias cicatrizes e vindo com uma nova alma, mas, com o mesmo objetivo de ainda encontrar o amor.

Inserida por NataliaMedeiros