Textos sobre a Morte
IMAGINANDO A MORTE
Eu, imperturbável, e sereno de mãos arrumadas.
— Os amigos vindos de distantes léguas.
— Abraços tristonhos, choros sem tréguas.
— As senhoras de negros fatos bem trajadas,
Trarão na memória, recordações vivenciadas.
— Virão, eu creio, em carruagens puxadas por éguas
Negras, visto que negro serão as regras.
— Com meu terço enrolado nas mãos geladas.
Rogarei a minh'alma, gratidão aos benfeitores:
Pelas exéquias melodias entoadas com lisura.
— Retirar-me-ei, pois dos anjos já ouço louvores.
— A vida se foi a visão tornou-se escura
O último suspiro coube a meus amores!
A Alma à Deus, e o corpo à terra dura.
Natalicio Cardoso da Silva
A redenção é a morte
há alguns dias não tenho vontade de me levantar, permaneço deitado com os cobertores ate o queixo no escuro com minhas cortinas blackout puxadas
a televisão ligada sem volume ou com o volume no minimo me sugere as horas, é ínicio de madrugada agora, ha alguns dias foi meu aniversário, daqui ha alguns dias terá o feriado de 7 de setembro, através da internet não fico alheio completamente sobre os dias e meses
a passagem do tempo no entanto se mostra morosa, rude e angustiante, algo dentro de mim se levanta em súplicas por dias de sol e aroma de flores da primavera, então lembro que essa sensação de súplicas tambem me acompanhava no verão passado e na primavera passada
aa sendas escuras do meu quarto anunciam corpos mortos chovendo pelo teto e deitando-se nas feridas da minha cama empoçando jardins de flores pisoteadas
tremulam versos rotos e sem rimas do sangrar dos meus labios queimados pelo sol de inverno que não encontra fresta alguma na alma deste quarto escuro
suspiro, aspiro e respiro mendigando sonhos em clarões brancos de escuro desolação
respiro um acreditar dentro do meu corpo morto, em algum lugar ela toma entre suas doces mãos sua xícara de café e suas duas fatias de pão, sim duas fatias
no jazzer do meu cadáver ensurdece-me o pranto das paredes de olhos ardendo ante o odor fétido que exala do meu corpo morto
ocasionalmente meu corpo morto sente o aroma de terra molhada onde dançam lembranças de uma infância vivida, uma vida Amada e de uma velhice abortada
em algum lugar os mendigos tomam cachaça e consomem crack amortecendo suas vidas mortas, prostitutas em banheiros de motéis ajeitam a maquiagem para ir de encontro a seus proximos clientes mortos
neve escura se espalha e congela o quarto preparando minha sepultura
as ruas tossem vírus mortais, milhares caminham nestas mesmas ruas onde já não resta quase ninguém para morrer, estão mortos ha muitas luas, eu enfim junto-me a eles, não ha redenção, talvez nunca ouve..
Desperdício da minha morte
no Amor que agiganta
o medo que me apequena
na intensidade da liberdade
a pureza que me aprisiona
no caminho que traço
perco-me onde me encontro
Amo por mim, para mim
por ela, para ela
falo fluente linguagem
do abandono e insuficiência
anoiteço em permanecer
amanhecido no desperdício da minha morte..
O (medo) é consequência da nossa mente, ter medo do (escuro), medo da (morte), medo de (perder) e vários outros . Porém temos que entender e controlar nossos pensamentos, o (escuro) é fácil de combater usando algo luminoso. A (morte) temos que aceitar, que ela é a única certeza que o ser vivo pode ter.
(Perder) a gente só perde aquilo que nunca nos pertenceu ou fomos descuidado. O melhor a se fazer é aceitar e lutar pra conquistar oque é pra ser ganho e quando ganhar saber valorizar.
Senhorita morte
Uso minha lucidez contra meus algozes,
No silêncio da noite eu ouço vozes.
Nos gritos do vento gélido,
Me encontro com o rosto pálido.
Doce madrugada de terror,
3 da manhã no ponteiro,
Gritos de horror no nevoeiro.
Quem será que clama por socorro?
Será a dona morte de novo?
Ela veio me visitar, eu não quis ouvi-la falar.
A vida me seduz pela beleza,
Já a senhorita morte se acha a realeza,
Com sua foice afiada eu escuto a risada,
Sangue no olhar ela veio me matar
Não adianta correr, hora ou outra ela encontra você.
O fogo, esse elemento que traz vida e morte, cria e destrói, é um símbolo da natureza e do próprio ser humano. Tanto Clarice Lispector quanto Fernando Pessoa enxergavam no fogo uma metáfora para a vida, e suas diferentes facetas.
Mas hoje, em tempos de incêndios florestais, a relação com o fogo se torna mais complexa e trágica. O Brasil, em especial, tem sofrido com a destruição de seus biomas, como o Cerrado, pela ação do homem. Incêndios criminosos são cada vez mais frequentes, e as consequências são devastadoras: perda de biodiversidade, deslocamento de animais, destruição de ecossistemas inteiros e impactos na qualidade do ar e da água.
Nesse contexto, a preservação do meio ambiente se torna ainda mais urgente. E é nessa preservação que Clarice e Pessoa encontram uma conexão entre o fogo, a natureza e a vida. Para ambos, a natureza é algo sagrado, e sua preservação é essencial para a sobrevivência do planeta e de todos os seres vivos que o habitam.
Brasília, cidade onde Clarice viveu por muitos anos, é um exemplo de como o fogo pode ser utilizado de forma consciente e benéfica. Na capital brasileira, a queima controlada do Cerrado é uma prática antiga e necessária, que ajuda a manter a biodiversidade e a fertilidade do solo.
Mas quando o fogo se torna sinônimo de destruição e irresponsabilidade, é preciso tomar medidas urgentes para proteger o meio ambiente. E isso só será possível com a conscientização da população, com a implementação de políticas públicas eficientes e com o engajamento de todos na preservação do nosso planeta.
Afinal, como bem disse Clarice Lispector: "Tudo é importante. Até o fogo que só serve para destruir pode ter o seu lado positivo". Cabe a nós encontrarmos esse lado positivo e utilizarmos o fogo de forma consciente e responsável, em benefício do meio ambiente e da vida como um todo.
A Morte de Cristo Foi Por Todos!
- João, o Batista: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do MUNDO”. (João 1.29).
- João, o Apóstolo: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do MUNDO INTEIRO”. (1º Jo 2.2).
- João, o Wesley: “Oh! Quão livremente Deus ama o MUNDO! Quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu pelos ímpios. Quando estávamos mortos em nossos pecados, Deus nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes o entregou por TODOS nós. (Sermão Livre Graça).
- João, o Calvino: “É a vontade de Deus que busquemos a salvação de TODOS os homens, sem EXCEÇÃO, porque Cristo sofreu pelos pecados do MUNDO INTEIRO” (Comentários de Gálatas, Fiéis, p. 145).
Portanto, a morte de Cristo foi pelo MUNDO INTEIRO, por TODOS os pecadores! Mesmo que alguns heterodoxos especulem contra essa verdade, ela está eternizada por Deus nas Escrituras e no coração de cada cristão que a lê; pois essa é a Divina verdade do Evangelho da Graça!
Como bem escreveu Sarah Kalley, e está registrado no hino 96 do hinário PRESBITERIANO Novo Cântico:
“O peso do pecado Jesus a si tomou;
De Deus a justa ira na rude cruz provou.
Pagou por teus pecados! Sofreu em teu lugar!
Por ti, por mim, POR TODOS, e assim nos quis salvar”!
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
A MORTE
Quanto tempo leva-se para entender, de fato, que um dia iremos morrer? E quanto tempo requer para agimos como mortais? Talvez hoje, amanhã, talvez semana que vem, ou até alguns anos, mas quem se preste do papel impresso e que não me entregue o atestado de óbito!? Achamo-nos uma raça tão evoluída, mas vivemos acreditando no impossível controle da morte; alguns até anseiam pela sua vinda — quiçá por esquecer que um dia ela virá de qualquer forma — e que mesmo fugindo dela, no momento da fuga há também de lhe encontrar. É que a incerteza do que virá, pode até mesmo o olho cegar, vivendo como se a morte, não viesse a nos buscar.
Na hora da minha morte, fui presenteado com a oportunidade de entrar no céu. Mas como posso aceitar essa gentileza se o ódio que sinto por ele é tão grande? Sinto vontade de queimar no inferno e mostrar minha revolta ao meu pai, que permitiu que seus próprios filhos sofressem. Mesmo assim, eu sabia que minha amada estava no céu, e isso me deixava em dúvida. Será que meu amor é mais forte que meu ódio? Será que eu deveria seguir minha revolta? No fim, pedi para ir ao céu, pois minha amada me esperava lá.
E assim foi. Ao chegar no céu, percebi que minha amada me conhecia tão bem que escolheu o inferno para estar ao meu lado, mesmo que isso significasse sofrer. Ela não odiava nosso pai, mas me amava tanto que preferiu estar comigo, mesmo que isso significasse abandonar tudo que amava. Como pude ser tão cego? Agora estou no paraíso, mas sinto um vazio enorme por não ter minha amada ao meu lado. E ela está no inferno, sofrendo por mim. O que fizemos para merecer essa separação? como pode meu pai permitir tal sofrimento?
O Livro dos Louvores diz que "preciosa é, à vista do Senhor, a morte dos seus Santos". Há alguns que ministram dizendo que Deus, teria certa dose "ansiedade" em recolher alguns de seus Santos, sob o pretexto de estarem mais próximos dEle.
Mas, o que seria um mero recolhimento à Sua Glória, para aquele que já está na Presença de Deus, onde quer que esteja ou aonde quer que vá? Se Deus já se encontra na vida íntima de um Santo, recolhe-lo em Sua Glória sob o pretexto de estar mais perto de si, é apenas uma mera alegoria de interpretação textual.
A Morte
A Morte é uma fiel companheira,
que caminha ao nosso lado a todo instante.
Ela não escolhe hora ou maneira,
mas sempre chega, inevitavelmente, em algum instante.
A Morte é o ponto final da existência,
o momento em que o corpo deixa de funcionar.
É uma passagem sem volta, sem resistência,
que ninguém pode evitar ou adiar.
A Morte pode ser triste e dolorosa,
mas também pode ser uma libertação.
Um fim para uma vida angustiante e penosa,
ou uma porta para a paz e a redenção.
E embora a Morte possa nos assustar,
ela também nos ensina a valorizar a vida.
A apreciar cada momento que temos para amar,
e a nunca deixar de sentir alegria e vivacidade.
Então, encare a Morte de frente,
com respeito e sabedoria.
E aproveite cada instante desta jornada,
com amor, coragem e intensidade.
Anjo negro da morte
No véu da noite, o anjo negro se ergue,
Um ser sombrio, sua foice ele persegue,
Cabelos de ébano, asas de treva a se abrir,
Em suas mãos a morte, ninguém pode fugir.
Anjo negro, das trevas mensageiro,
Cavaleiro da morte, temido e verdadeiro,
Nas asas do medo, ele vem a galope,
Em sua sombra profunda, tudo se encerra e trope.
Em seu olhar, a escuridão profunda e fria,
A ceifar almas, em sua sina sombria,
Nas noites sem estrelas, ele faz sua jornada,
O terror que inspira, na alma é uma ferida.
Anjo negro, das trevas mensageiro,
Cavaleiro da morte, temido e verdadeiro,
Nas asas do medo, ele vem a galope,
Em sua sombra profunda, tudo se encerra e trope.
Ninguém escapa do seu destino cruel,
Nas dobras da noite, o anjo negro é fiel,
Caminha silencioso, sem piedade ou dó,
A dança da morte, todos verão de perto.
Anjo negro, das trevas mensageiro,
Cavaleiro da morte, temido e verdadeiro,
Nas asas do medo, ele vem a galope,
Em sua sombra profunda, tudo se encerra e trope.
A vida e a morte são forças presentes em nós e ao nosso redor. A cada manhã, despertamos como testemunhas de um renascimento milagroso. Presenciamos o nascimento de crianças, a superação de doenças que poderiam levar à morte. No entanto, também nos vemos impotentes diante da perda de entes queridos, seja de forma gradual ou súbita.
A proximidade entre a vida e a morte é uma realidade constante. Em meio a isso, escolho todos os dias celebrar a vida e zelar por ela. Opto por vivenciar este milagre que nos capacita a amar, sorrir, chorar e experimentar sensações incríveis. A vida é única, um instante fugaz ao qual devemos nos entregar por completo
Em minha porta bate forte,
Pondo-me em desatino
Quem és tu ó repentino?
Sois o frio? A morte?
Logo começo a sorrir,
Antes lá que aqui dentro,
Pois então não vou abrir.
Então me chama de papai,
Mas sei que nem filho tenho,
Ja começo franzir o cenho,
Que direção isso vai?
Logo volto a sorrir,
Antes la que aqui dentro,
Ja me preparo pra dormir.
Então logo a porta cede,
Tinha certeza que tranquei,
Poxa vida, me enganei
O que agora te impede?
Logo volto a sorrir
Se entra fácil é convidado
Então convido a sair.
Pois vai te embora seu discreto,
Penso quieto em minha cama,
Sinto seu cheiro de lama
Es tu um sem teto?
Logo volto a sorrir
Vou fingir que nem vi nada
Roube ai sem me ferir.
Mas abre a porta do meu quarto
E me abraça com desejo
A quanto tempo não te vejo
Era melhor ser um assalto?
Em ti só vejo maldade
Então começo a chorar
Outra vez tu, ansiedade.
A MORTE DA FLOR
Rio, 09/06/2010.
Branca é a flor,
Pálida de dor,
Sofre de amor...
A flor tão só
Curvou-se até ao pó.
Quem dela tem dó?
A branca flor,
Carente de amor,
Tem pálida cor
E agoniza em dor...
Na garganta um nó
Dá o amor a flor só,
Que soluça de dar dó
Agonizando até ao pó...
Sednan Moura
"Isso é o Amor: Uma Grade Piada da Nossa Amiga Morte"
No palco da vida, onde o amor dança,
Entre risos e lágrimas, uma doce esperança.
Caminhamos na trilha da paixão,
Mas, oh, a ironia da nossa condição.
Isso é o amor, um jogo encantador,
Um riso suave, uma lágrima de ardor.
No abraço caloroso da noite escura,
Descobrimos que a morte é a musa mais pura.
Oh, doce paradoxo, essa dança sutil,
Entre o efêmero amor e o destino hostil.
A comédia do coração, a tragédia da sorte,
Vivemos na sombra da amiga Morte.
Ela ri silenciosa, observando a cena,
Enquanto o amor floresce, a morte é serena.
Um eterno dueto, entrelaçados os destinos,
Cumprem-se os atos, encerram-se os hinos.
Em cada beijo, um suspiro profundo,
Na melodia do adeus, um eco no fundo.
Isso é o amor, essa piada divina,
Um riso eterno, na dança da vida.
Então, abraçamos a morte, como velhos amigos,
No crepúsculo da existência, onde tudo é abrigo.
Rindo juntos, na eternidade que se esconde,
Isso é o amor, e a morte, nossa eterna conde.
palavras de afirmação?
te amar foi como tomar 20 facadas no peito, morte.
te deixar ir foi como morder uma maçã envenenada, sufoco.
te olhar como se eu não fizesse falta foi como me jogar de um prédio, dor.
olhar para o passado e ver que tínhamos tudo para ganhar e você nos fez perder, decepção.
te amar mesmo depois de saber que fiz tudo por nós e você fez tudo por você, desilusão.
por isso, por favor, vá embora,
mesmo que seja como viver sozinha para sempre.
+Q crer
Olhando para a eternidade, não acreditei no sofrimento eterno, mas na morte do corpo sim. Vi que em tempo não determinado a alma também poderá ser extinguida, pelo esquecimento. Já o espírito, esse sempre foi e sempre será do Eterno. Acredito eu que estes três elementos nos formam como somos e para a eternidade o bom mesmo é cuidar do corpo disponível, agradecer pelo espírito em empréstimo e valorizar as lembranças na alma, sim, para os outros, mas principalmente para que essa não seja esquecida Naquele que realmente é Eterno.
MORTE SEM JESUS
Morrer sem Jesus é o pior destino
É viver na angústia do desatino
É cair no abismo da perdição
É sofrer a dor da separação
Morrer sem Jesus é o maior engano
É trocar a graça pela condenação
É rejeitar a oferta da salvação
É negar o amor do Deus soberano
Morrer sem Jesus é o fim da esperança
É gemer sem ter nenhuma bonança
É entrar na eterna escuridão
É chorar sem ter consolação
Mas morrer com Jesus é o contrário
É ganhar a vida em plenitude
É gozar da paz e da virtude
É só uma questão de atitude
Por isso, não hesite em aceitar
Aquele que venceu a morte e o pecado
Aquele que está sempre ao seu lado
Aquele que prometeu voltar
Jesus é o único que pode te salvar
É o caminho a verdade e a vida
É o único que pode te amar
E curar toda a tua ferida
Amanhã pode ser tarde demais
Não deixe para depois essa decisão
Hoje é o dia da graça e da paz
Hoje é o dia da tua salvação
William Santos
Morte ilusória
Se na vida temos tudo, na morte tudo se acaba.
Conte lá que eu conto cá, poemas no fim da estrada.
Ainda resta uma esperança que a morte seja uma invenção, uma coisa tão estranha e também sem explicação.
Há quem diga que nossa alma já ganha tão salvação, e quem diga que o nosso espírito vagara na solidão.