Textos sobre a Morte
Dúvida
Vida ou morte ?
O que vier da sorte
Luz e Trevas
Dois lados de uma mesma moeda
Altos e baixos com muitos baixos
Viver e Escolher
Não sei o que fazer
Alegria ou Tristeza ?
Eu escolho a alegria
porque nela há beleza
Não suporto a solidão
preciso da sua mão
Venha ao meu socorro
Ou então eu morro.
Diante da morte a nossa vida se espelha, o passado vem a tona e o futuro terreno chega ao fim. Lembramos do que fizemos e o que deixamos de fazer.
Agora não é mais o que queremos e sim o que tem que ser, o silencio, a dor, a solidão e o amor brigam por um espaço sem ter mais razão. Só lembranças do que foi bom e do que foi ruim sacolejam o nosso ser num embalo sem nome sem cara e sem forma, indescritível. O medo assuta e o amanhã será um novo dia em que não se sabe o que nele haveremos de fazer. Quando será a minha hora de tambem partir para eternidade?
Como foi sentir a morte:
Corre, mulher com parada respiratória.Médico e equipe em volta de uma sala com pouca coisa em segundos enche de pessoas e equipamentos.
-Pega a adrenalina!Fala o médico a enfermeira q já está terminando de pagar o acesso da mimha veia.
Coração parece q vai explodir.
Olham a oxigenação e está muito baixa.
-Mais adrenalina agora! Repetiram por 4 vezes
Médico olha para mim e diz:Fica comigo,tenta se acalmar,vai dar tudo certo.
Eu:Não entra nem sai o ar. Nessa hora, parece que "entupiu" os lábios roxos,sinto cada célula minha implorar ar,as costelas parecem que se quebram uma a uma.A enfermeira ao lado se prepara para a traqueoscopia,o outro arruma para uma possível entubação o anestesista entrou na sala, mas eu preciso reagir primeiro.
Ligaram o desfribrilazador.
Sinto a vida esvair pela pontas dos dedos, só sei pensar: MEU DEUS, SERÁ QUE VIVI?TENTEI AGRADAR A TODOS E NÃO VIVI!!!VOU MORRER SEM TER VIVIDO!Foi para isso que tive vida?Para tentar agradar aos outros?Tentar buscar o amor de um pai que nem quer me ver?Fiquei esperando o ex voltar por causa de uma profecia de fundo de quintal?
Meu Deus, que dor!Sinto dor em tudo, uma fraqueza,tô lutando mas não sinto vencer..O médico pedindo para eu tentar ficar e estou sem forças, vejo tudo embaçado...Tudo apagou!
...
Acordo na UTI. Médicos em volta de mim, muita dor no corpo e ainda dói respirar,mas acordei!
Sem consegui falar,com um fino tubo que entra pelo nariz vejo que fecharam o corte na minha garganta, tem pontos.
O médico com brilho nos olhos me diz:BEM VINDA!A equipe agora tem sorriso nos olhos,as máscaras não escondem o alívio de todos.
São 4 bombas de medicações diferentes naquela UTI, mas a escuridão acabou:EU VOLTEI!
Agora sim,mesmo com muita dor, terei um recomeço.
Parei de viver esperando o extraordinário,agora volto ao simples:AO FÔLEGO DE VIDA!
Meus olhos abriram, e não foi só no corpo, a alma acordou.
Agora quero vida em meus dias, sorriso em minhas palavras.
Quero viver TUDO, não é sobre ser feliz o tempo todo,é sobre se permitir sentir TUDO que a vida nos dá, aprender e se respeitar.
Viver uma vida em minha vida.
Deborah Surian
A possibilidade da morte isola o homem consigo mesmo. É uma situação limite. Imutável, definitiva, incompreensível. O homem é coagido pelas circunstâncias a se manter diante dela como diante de uma parede, contra a qual não pode fazer nada, a não ser se bater sem esperança.
Diante de tal situação, qualquer rebelião é insensata; só se pode abrir os olhos diante delas.
“Quando morrer”
Se a morte vier e me quiser levar
Entrego o meu espírito para descansar
Na graça divina me quero abrigar
Minha alma em paz quero repousar.
Meus bens terrenos de nada me valeram.
Fui mais fiel àquilo que me ofereceram.
Estimei muito o amor que me devotaram.
Fui uma idealista a quem não prezaram.
Aos que me estimaram...quero agradecer
Amaram-me em vida...enquanto criatura.
De quem em vida tanto me fez sofrer.
Nem flores quero ter na sepultura.
Meus amigos amei profundamente.
Dividi com eles pouco do meu ser.
Deles fui muito amiga.
Mas lhes dei muito pouco do meu viver.
Que fazer com a distância
Que nos privou dessas exultações
Mas ficaram para sempre na lembrança
Instantes passados...boas ocasiões.
Amei muito as minhas alegrias.
A vida fantasiei de várias cores.
Quis muito viajar, conhecer mundo
Perdurei por esse desejo profundo.
Algumas vezes espinhosa
Hoje colorida e maravilhosa.
Teve porém o condão de ser
A vida que Deus me deu para viver.
A morte de mim mesmo...
Cada momento vivido é um
exibicionismo, onde narciso acha
feio o que não é espelho,
Cada momento vivido é um preparo
para a morte,
cada segundo expirado é um
questionamento sofrido.
Quanto tempo me resta?
Quando na verdade tempo não existe,
morte é transcendência para o fato de
simplesmente SER!!!
No corredor da morte
quais palavras buscar para expressar o abortar voluntário dos sentimentos que dão vida as flores
nada que se diga esclarece o que parece ser, mas não é
é deste arremedo de poema de onde as letras sangram que meus sentimentos expressam um silêncio a dizer que Te Amo
se soubesses o quanto me dói, rasga a alma escrever tais palavras, expressar os gritos de minha alma
posto que o Amor foi tudo que expressei, e não foi suficiente, bem disseram que o Amor vai muito além do que pobres palavras podem expressar
ainda assim, tal qual o último pedido de um condenado no corredor da morte, suplico-lhe
atente seus olhos a onomatopeia dos meus versos rotos
não é a alma a busca do reencontro onde de dois se tornam um e um de dois?
como, quando e porque nunca importa
vê, ouve o silêncio no desabrochar das flores, sinta o aroma no abrir das pétalas
a suavidade do pólem que escapa ao toque da borboleta e sobe rasgando o firmamento chegando as estrelas e as fazendo sorrir
eis que tua divindade se faz presente, te venero
como um sacrílego, temo olhar-te, muito menos tocar-te
no entanto, tal qual uma divindade, em ti sinto o desprezar pela morte, sinto em ti o tempo como um eternizar este sentir
não serei mais um dos que morrem enquanto Amam e deixam versos na alma sem expo-los a sua Amada
cada sentir, tu o saberás, enquanto seus ouvidos estiverem abertos a ler-me
jamais enterrarei em minha alma e meu coração, o mínimo sentir que seja..
Eu e você sem limites pra sonhar.
Percebi que nosso amor!
É mais forte que a morte.
Não existe limite pra nós!
Existe apenas um amor enorme.
Um amor que ultrapassa barreiras!
É um amor pra vida inteira.
Não existe limites pra nós!
Assim é esse amor regido por nós.
Estou na tua pele e coração!
Você entrou na minha vida e tudo mudou.
Nosso amor vai além da dimensão!
Somos corpo e alma e coração.
Não há limites na nossa relação!
Você mudou todas as estações.
Sem limites pra se amar!
Só quero viver com você e tudo realizar.
Sem limites pra te amar!
Enfrento até o oceano.
Não há barreiras pra nós!
Apenas nosso amor e sonhos.
© Meire Perola Santos
CONFESSO QUE MORRI
Talvez não tenha morrido em mim mesmo,
Talvez tenha morrido a morte dos outros.
A vida de Neruda já me foi suficiente.
Vive-se também a vida de outro vivente,
Em sua obra loquaz e permanente.
Faleci a cada pessoa injustiçada,
A cada criança famélica sepultada,
A cada velho doente em sofrimento,
E todas as vítimas de tormento,
A cada execução sem julgamento.
Desencarnei ao saber de crimes passionais
E de cárceres injustos, aplaudidos,
Pelas conversas e pelos jornais,
Ouvindo a avidez das violências
E o choro doloroso de filhos e de pais.
Toda manhã, ressuscitei em cova rasa,
Para morrer na rua ou em casa,
Ao longo dos dias anoitecidos,
Indiferente à alienação dos vivos
E à solidão dos mortos desconhecidos.
Sérgio Antunes de Freitas
Julho de 2022
Rio da Morte
Vento sombrio
Que sopra sobre
Este rio de tormentos
Do qual estou dentro,
Imerso em vil sentimento,
Passa pesaroso e friorento
Tal qual os versos arenosos
Deste aqui poeta sutil,
Gelando a água ribeira,
Trazendo uma mágoa inteira
Que me vai dissipando.
Estive amando -
Razão pela qual estou
Sofrendo e chorando.
Uma paixão sem sentido
Dum coração atrevido
Que ama o impossível,
Sonhando ser visível.
Na cama quente
Com a fronte ardente
Me assoma uma fonte
Incandescente de desejo,
Que se soma aos latentes
Arquejos de minha mente.
Mas meu pejo me desengana,
Dizendo que ninguém mais
Me ama, que é inútil insistir
Nessas fantasias de sentir
Sem toque físico, apenas
Um choque psíquico.
Uma lição de Filosofia.
Uma questão de Psiquiatria.
Por isso estou aqui,
Tremendo de frio,
Morrendo neste rio
Chamado realidade,
Me afogando em
Minhas próprias verdades,
Ao acaso de ópias ilusões.
Tudo aqui é raso,
Cheio de distorções
Tal qual as veleidades
Que tanto me torturaram.
Receio já estar perdendo
Os sentidos, deixando
Para trás este mundo,
Me indo ao infindo
E profundo Estelar...
Deixar-me ir, partir
Para uma nova jornada
De auto-conhecimento,
Um breve momento
Entre viver e existir.
E saber que nada
Na vida é em vão -
Um porvir, uma partida
Para alguma lição
Que nos faça evoluir.
Grande e exuberante atormentador é o estado pecaminoso, ele pulsa como um coração gerido pela morte e lamenta como um rio em declínio com a chegada da mais severa seca, cada indivíduo então lentamente parece resmoer o mesmo ciclo um mal constituído e defendido por esse mesmo estadual modo errôneo de viver, longe das diretrizes do Criador do Universo, afastados do seu amor ímpar e inegociável, uma armadilha real e concreta, um passo aliado ao declive, existe portanto um fim eminente e aplicável para as lágrimas da culpa essa que tão amargamente chicoteia seu ser, escraviza sua alma, terrível sensação do dissabor, pesadelo fluente oriundo de um viver sem Deus, sem os pilares da graça, eu vi sorrisos apagando-se a mando da presença malevolente do pecado, mais das cinzas um Jó renasce por meio da graça motriz do Altíssimo, No grafar do mais inspirado salmista temi o revelar de um charco de lodo, em sussurros um âmago desorientado, quem pode ser liberto? Então como o sol sem reavisos nascerá em mim um dia de esperança presente no olhar de Cristo e o fardo leve foi a procura sabia do meu proceder, como posso observar o meu notório momento de euforia e até divulga-lo mais nas obscuridades sei o quanto seres humanos como nós em vezes temos pedras em mãos ao invés de denários e hospedarias bem como o notável remédio sarador de feridas, pecadores quem somos senão pecadores, mais assim como o poder gracioso do calvário nos tocou e nas horas dolorosas, optamos pelo toque na santa orla do mestre Jesus, vamos anunciar aos fracos uma força salvivica e perdoadora, e em seus pesares, um bálsamo proveniente de um arrepender reformador, e de um aceitar eloquente, a razão por tanto ouvir ler e saber desse pregador as lindíssimas e preciosas palavras do Senhor é a mesma que me torna feliz todos os insistentes, saber que o pecado trouxe
abundantemente medos e incertezas mais a graça de meu Senhor Jesus Cristo me apresentou superabundatemente a alegria incansável da felicidade e o Amor Perfeito do próprio criador, ainda existe chance! Salve-se! Salve-se em Jesus leia a bíblia creia na bíblia, viva com Deus.
" Por que não aceitamos a morte?
Simples, porque não queremos aceitar a perda,
Ficamos em um estado de total negação,
O medo e o desespero de nunca mais vê a pessoa amada é enorme.
Mas isso é egoísmo nosso,
Ou talvez tenhamos inveja de como a pessoa estará melhor sem nós,
Sem dor,
E não terá sofrimento algum.
As únicas pessoas que de fato sofrem,
São seus familiares...
A saudade?
Ela é eterna
E o que fica?
São as boas e velhas recordações.
Morte às crianças! Dizem os glutões. Morte aos racionais, dizem os padres, que depois de anos de estudo não sabem o mínimo do segredo do amor. Morte aos camelos! Diz os protestantes, que apenas são sanguessugas de vida, não ensinam e apenas repetem o que Jesus Cristo havia feito.
Estas três metamorfoses estão na calmaria total, mas as verdadeiras de uma criança, ou pelo menos os próprios sacrilégios, mas a real situação é a quarta metamorfose.
Digo-vos aqui e agora a quarta metamorfose é a do Aviano, não está escrito em nenhum livro, são crianças que criaram asas e voaram, para apenas buscar o sentido. Que homens são esses, que matam, destroem, diz Panemorfi em seu túmulo. Panemorfi e Mávros estão além do bem e do mal.
A vida são umas férias que a morte nos dá... Para muitos á que aproveitar e viver como se cada dia fosse o último...
Mas será que as férias realmente valeram mesmo a pena?
Por certo a vida corre e passa sem parar e também cansa, cansa em muito.
As alegrias para muitos de nós são mais favoráveis, para outros nem tanto, vamos acreditando que após tanto sofrimento por cá um dia teremos paz, e nesse momento, a experiência, se boa, se má terá chegado ao final, e ai chegará definitivamente a paz, e o descanso da alma....
"SEVERINIDADE"
E o que havia de ser?
Severina é Severino!
Morte e vida há de crer
Tão comum em seu destino
Era o filho de Maria
Igualdade em homonímia
Que de nada adiantaria
Carecia outra insígnia
Solução em Zacarias?
Mas em outra vez são tantos!
Não se quer mais zombaria
Só respeito entretanto!
O AMOR E A MORTE
Se amar é morrer,
Sinto lhe dizer
Mas meu corpo já está a
Apodrecer
Não quero apenas te
Conhecer, quero te entender
Mesmo que para isso, eu
Tenha que morrer
Vou te amar,
Mesmo sabendo que um
Dia você vai o quebrar
Enfeitiçado, em tamanha
Feição que atingiu meu
Coração
O que os olhos não vêem, o
Coração não sente, mas...
Meu coração te agarrou, e
Meus olhos se enterraram
Na eternidade do amor
Irei vender a morte ao desejo.
Vou vender beijos aos marinheiros, acorrentar as ondas aos pés da minha amada, semear anarquias no vento para que tudo se vá.
Abraçarei uma estrela à noite, ouvirei os segredos de um búzio, sobre a vida que ela leva em alto mar, onde quer que eu pernoite.
Trarei nas mãos castelos de areia, e dentro deles sonhos, cometas, sereias e roletas.
Andarei vagueando e despido no cais, puxarei conversa com os gatos vadios, enquanto vou polindo a vida de um ouriço.
Esperarei pela maré baixa, para que as ondas me tragam as correntes.
“Asas de cera, a certeza da morte e o sonho de Ícaro"
Ô vida arriscada, nossa quanta besteira, viver sonhando com a morte, sonhando em tocar a Estrela.
Estrela, linda Estrela, Estrela da minha cidade, arriscaria perder as ceras das minhas asas em busca de reciprocidade.
Estrela, bela rainha, se as ceras que colam as asas dos meus sonhos, suportassem só por segundos o imenso poder dos seus raios, arriscaria sonhar mais alto e nessa peça protagonizar.
Estrela, voar em direção aos raios, que chamo de braços, mesmo significando a morte, seria um prazer eterno, mas vivido em apenas segundos.
Chama-me Estrela, mais vale ser pulverizado pelo calor de suas entranhas do que viver no labirinto, onde as pedras dizem me amar.
Deixe-me queimar a cera das minhas asas e morrer feliz.
Estrela, há prazer em olhar para ti só de relance, ou através da parede de desilusões, pois o humano pode viver sonhando com o céu, é direito, mas não pode experimentá-lo ainda vivo.
Oh Estrela de beleza única e existência infinita, me perdoe em sonhar tocá-la, logo eu que tenho os dias possíveis de serem contados com as mãos,
Chama-me, quero ser dissolvido pela poeira do tempo, só por pensar em uma aproximação, mas, alegre em saber que se fosse possível tal acontecido, seria aceito.
Chama-me Estrela, os dias estão passando!
Se me chamar Estrela, ou quando o fizeres, e as ceras das minhas asas derreterem, isso, antes de atingi-la,
permita que o odor das minhas penas, queimadas por seu calor, se aproximem de ti, a ponto de confundir a quem pensar sobre o assunto,
não permitindo entender se foi meu cheiro que chegou a ti, ou seu raio que me tocou.
De qualquer jeito morrerei.
Sorte minha, Estrela, no labirinto mundano onde as pedras interagem, resta-me o risco de queimar as ceras das minhas asas na pretensão de a encontrar. Olha pra mim Estrela, pois a morte é certa.
Estrela, brilho da minha vida, não fuja, fique onde estás, pois quando as nuvens se interpuserem entre mim e ti, quero apenas a certeza que a conheci, e que você não está longe, está ali.
Sonhar é como ter asas de cera, se o destino não for bem traçado, não nos leva muito longe, ainda mais se o objetivo for o sol com apelido de Estrela. Mas porque não sonhar se a morte é certa?
Estrela seu mundo é frio, mas cheio de eventos diferentes, chama-me para aquecê-la, espero que minhas asas aguentem. Mesmo assim, ainda morrerei.
Estrela, seu amor é a cicuta que aspiro tomar, tudo pelo prazer de saber que, se ingeri-lo, morrerei, mas, se afastarem de mim esse cálice não sobreviverei.
"A morte só é triste
Qdo não se viveu intensamente
A saudade só existe
A quem sente falta da gente
Não deixe de passar pela vida
Sem deixar seu legado
Seja uma pessoa querida
Para sempre ser lembrado
E quando seu show acabar
Lembre-se de sorrir
As cortinas irão fechar
E todos te aplaudir"
No dia do meu adeus.
Dizem que com a morte, sofrem aqueles que ficam, pois para aqueles que partem tudo acabou.
No dia do meu adeus, não quero que ninguém sofra ou se entristeça, apenas com o tempo um fio de saudades e com boas lembranças recordem com carinho a minha passagem pela vida.
Pois ao contrário do que dizem, que para quem parte tudo acabou, para mim é aonde tudo começa, o descortinar do grande mistério.
Da morte nenhum medo tenho, mas de não ter vivido verdadeiramente e ter cumprido meu propósito nesta existência, isso sim me faz tremer e sentir calafrios.
Não há nada mais triste e lamentável do que uma vida desperdiçada com as distrações temporais que apenas servem para alimentar os Egos.
Mas com a plena certeza de combater o bom combate, vivi e vivo dia a dia orientado pela GRAÇA imerecida e guiado pelo discernimento recebido do grande Altíssimo Arquiteto Universal.
Ao longo de minha caminhada, vivi muitas vidas, muitas fases, dificuldade e superações que me serviram como lições e grandes aprendizados, que pouco a pouco foram me podando e me moldando.
Muitos foram os que por minha vida passaram, alguns indiferentes que se perderam no tempo e outros amados que levarei para eternidade em minhas lembranças.
Esta caminhada é um sonho e só quem está sonhando a considera real.
Então chega a hora de dizermos adeus e como em um despertar acordamos rindo das paixões, sofrimentos e tramas da vida que acreditava mos em um longínquo dia serem de verdade.