Textos sobre a Morte
A morte mais silenciosa do mundo, só é notada quando vemos pessoas que estavam aqui ontem ou algumas horas atrás, sorrindo, conversando e interagindo como se nada aparentasse estar sofrendo. E muitas das vezes quando tentam nos falar o que estão passando, não queremos dar atenção, interpretado como frescura ou palhaçada. Quando realmente nos damos conta, a depressão já fez mais uma vítima.
Valorize quem faz parte da sua vida, seja amizade, parentes., namorada(o), esposa (o), ouvir e se importar de verdade, descreve um amor verdadeiro que pode salvar quem escolhemos para fazer parte da nossa vida. Esteja está pessoa longe ou perto, ame da mesma forma, sendo recíproco e como também gostaria de ser tratado, você pode mudar tudo e salvar uma vida, com apenas uma atitude sua, de realmente valorizar e se importar com os mínimos detalhes para não ser tarde demais.
Flores para Vicente
Neste mundo onde
viver comemorando
o quê nos traz a morte
tornou-se costume,
Eu apenas procuro tudo
o quê nos torna eternos,
Eu celebro a vida
e toda a resistência
contra tudo isso
que nos coloca em perigo,
Com meu buquê
poético e colorido
tornando-o um
ofertório a Vicente,
e meus versos rebeldes
para todos os povos.
O poeta
Seus versos carregam as dores do mundo,
a vida, a morte, a paixão, a saudade.
Sua alma é feita de sonhos profundos,
da poesia é a mais fiel amante.
Do amor e da dor, ele tira inspiração,
das flores, das estrelas, da natureza bruta.
Cria mundos imaginários, sem noção,
formando rimas, poesias, em sua conduta.
Ao encantar seus leitores, ele se renova,
renasce em cada verso, em cada estrofe.
Seus olhos brilham com o sol ou com a chuva, sua alma inspirada pela arte nunca sofre.
E assim, o poeta segue sua jornada,
no labirinto da vida sempre em busca
de palavras que possam ser combinadas,
em versos perfeitos, de beleza e luta.
Que seu legado seja eterno, imortal,
pois sua alma viva habita em cada verso.
O poeta é a voz do povo, o som vital,
que ecoa pelos séculos em universo.
A vida está para morte da mesma forma que o parto está para vida. Assim como não sabemos o que nos esperaria após o útero, não sabemos o que nos espera no além vida;
Somos nutridos no útero, paridos no tempo que devemos abandonar nossa velha estada... não seria isso a vida? não estamos sendo nutridos para outra realidade maior com maiores desafios?
A morte é o parto, não um aborto. A morte nos entrega a eternidade da mesma forma que o parto nos entregou para o viver. Não se iluda de uma vida gestacional, e não entenda a morte como um fim, ela é a passagem para o tipo de vida que você viveu!
Quer ter a certeza de que sua eternidade será boa? viva Cristo hoje! Se vivermos uma vida regrada do eu, centradas em nós mesmos, como esperamos ter Ele como nossa companhia na verdadeira realidade?
Estamos de passagem na Terra, e o que nos espera é tão diferente daqui, quanto isso que agora vivemos é diferente do útero que nos abrigou.
E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
(I João 2:17)
O equilíbrio deve ser mantido, e ainda assim os destinos permanecem variáveis. A morte tem suas próprias regras, e ainda é difícil de prever. Lembre-se – não importa onde, não importa quando, não importa qual seja a razão – nunca se deve brincar com a morte. Somente quando se conhece e respeita a morte é que se pode realmente compreender o valor da vida.
(Hutao)
Sacrifício de Jesus
Neste dia tão sublime
Da morte do meu senhor
Eu relembro com carinho
Seu ensino, legado e amor
Por ele ter me amado
Antes de eu o conhecer
Por ter se desfigurado
Da ecelsa perfeição
Por deixar seu habitat
Sua vida junto ao pai
Por compaixão e piedade
Veio ao mundo por vontade
Pra salvar os seus irmãos.
Ao longo de sua vida
Cristo sempre ensinou
O amor, a paz, a justiça
Para todos ao redor
Mas foi no fim da jornada
Que mostrou sua bravura
Ao sacrificar sua vida
Pela redenção da criatura
Com a coroa de espinhos
E as chagas em seu corpo
Levou sua estaca de tortura
Sofrendo em cada passo
Mas mesmo assim, não desistiu
Não deixou o medo vencer
Ofereceu-se em sacrifício
Para nos fazer renascer
Seu sangue derramado
Lavou as nossas culpas
Sua dor nos trouxe alegria
Sua morte trouxe a salvação
E agora, em seus passos
Seguimos com amor e fé
Levando o seu ensinamento
Com coragem e permanente
Do ocidente ao oriente
MORTE E VIDA MIRINDIBA - "Relenda"
Demétrio Sena - Magé
No alto do Mirante do Bonfim em Magé, na baixada fluminense, existiu uma tribo na qual uma índia deslumbrante, chamada Mirindiba, era muito amada por todos. Mirindiba era filha do Pajé. Já eram tempos de colonização, Portugal (país descobridor do Brasil) já estava em pleno desbravamento da ilha de dimensão continental descoberta, e muitos portugueses logo descobriram Magé. Nessa descoberta, um jovem português avistou Mirindiba, foi avistado por ela, e ambos se apaixonaram perdidamente. Vencidos o estranhamento de natureza étnica e a timidez, ambos não demoraram a estabelecer contato mais próximo e a namorar. Tentaram manter segredo, pois Mirindiba era prometida a um jovem índio de outra tribo, mas as árvores, assim como as paredes, têm ouvidos. O pai de Mirindiba soube do romance, chamou a filha para uma conversa e explicou que seria obrigado, por tradição local, a lançar uma maldição sobre a filha, se ela insistisse no amor proibido. Mirindiba não respondeu sim nem não. Manteve silêncio e arranjou uma forma de marcar um encontro com o jovem português, no ponto mais alto do mirante, para um plano de fuga. Talvez Mirindiba tenha duvidado que seu pai lançasse a maldição. O que ela não sabia é que a maldição era prévia e já estava lançada, para o caso de haver desobediência. Mal chegou ao local do encontro, naquela tardinha chuvosa, a jovem índia sentiu seus pés criarem raízes e começarem a afundar. O solo cobriu até suas canelas, o corpo da jovem foi se tornando um tronco grande de árvore e seus cabelos logo se tornaram uma bela fronde, com folhas desconhecidas na época. A árvore ali reinante se fez tão bela e diferente, que era impossível não identificar Mirindiba, mesmo ela tendo sido completamente descaracterizada em seus pormenores de humanidade visível. Ao chegar ao local do encontro, o jovem português a reconheceu imediatamente. Sentou em uma de suas raízes sobressalentes e chorou; chorou muito; a noite inteira. Tanto, que seu corpo se derreteu junto ao choro, se misturou ás águas da chuva e ajudou a irrigar a árvore com uma essência tão especial, que Mirindiba se tornaria extremamente longeva, centenária, quiçá imortal. O pajé, pai da índia, também morreu logo depois, de puro desgosto, longe dali. Ele amava sua filha, mas a maldição era inevitável e tinha que sair dele, mesmo que a sua boca se fechasse. Até hoje, Mirindiba pode ser vista como uma bela árvore que se destaca no ponto mais alto daquele mirante. Mirindiba é de Magé. Do Mirante do Bonfim.
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Nota: Lendas não têm autor/autora. Brotam no imaginário popular e se tornam imortais por tradição oral. Mas também ganham versões diferentes, especialmente na literatura. As redações (ou releituras), estas sim, têm autores ou autoras. Anos atrás dei uma redação em versos a esta lenda, publiquei no livro MALDIÇÕES AMORES E CRENÇAS, que lancei com Benedita Azevedo, e agora fiz redação em prosa, mais uma vez para enriquecer a narrativa da lenda mais popular do Município de Magé.
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#respeiteautorias Isso é lei.
Meditação do Duque de Gandía sobre a morte de Isabel de Portugal
Nunca mais
a tua face será pura limpa e viva,
nem teu andar como onda fugitiva
se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
do teu ser. Em breve a podridão
beberá os teus olhos e os teus ossos
tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
sempre,
porque eu amei como se fossem eternos
a glória, a luz e o brilho do teu ser,
amei-te em verdade e transparência
e nem sequer me resta a tua ausência,
és um rosto de nojo e negação
e eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
Nunca mais te darei o tempo puro
Que em dias demorados eu teci
Pois o tempo já não regressa a ti
E assim eu não regresso e não procuro
O deus que sem esperança te pedi.
Lições da Páscoa:
1) Ensina que houve a morte do Cordeiro;
2) Ensina a morte daqueles por quem o Cordeiro morreu.
3) Ensina que não há vida se não morrermos com Jesus em Sua morte.
Dito isto, todo aquele que teve um encontro real com o Cordeiro de Deus, sabe que na morte de Jesus ele também morreu com Ele, para poder viver com Ele e para Ele.
Se eu não morri com Jesus em Sua morte, significa que eu não tive um encontro real com o Cordeiro de Deus; mas isso não mudará o fato de Jesus ter morrido por mim independente da minha recusa em negar minha vida por Ele.
Assim, todos que celebram a Páscoa, devem ter a consciência de que Cristo morreu por ele, e ele deve se considerar morto para esse mundo caído. Agora a sua vida deve ser na fé do Filho de Deus.
Infelizmente, na Páscoa progressista ou dos chocolates, o horror da cruz foi esquecido, e ninguém quer morrer; mas quase todos querem mesmo é viver e viver bem, segundo o curso desse mundo caído.
Observem Jesus em Mateus 16.24-25: Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Este também é o ensino do Apóstolo Paulo o tempo todo, à exaustão (Rm 6.3-11; 2° Co 5.14-17; Gl 2.20-24; Fl 1.20-22; Cl 3.1-11). Porque Paulo insiste nesse tema? Porque a nossa cura é morrermos! Só a nossa morte pode nos salvar dos nossos pecados e nos qualificar para vida eterna. Estar morto em Cristo é estar vivo para vida; seja a terrena ou eterna!
Assim, o período pascoal é um chamado para que os redimidos se afeiçoem com Jesus na Sua morte, a fim de obterem a ressurreição e um modo de vida humilde, santo, simples e bondoso, como o de Jesus. Assim, viva como morto para o mundo (sistema que jaz no maligno) e morto para todo mundo (para os caprichos, perseguições, orgulhos, implicâncias, politicagens dos homens, etc...)!
A verdadeira Páscoa, segundo o Evangelho e Paulo, deve ser todos os dias até que Ele nos chame ou retorne em glória para buscar Sua Igreja.
Pense nisso e ótima Páscoa!
No Amor do Cordeiro de Deus, Marcelo Rissma.
O Sol do Amor profundo
que gloriosamente venceu
a Morte se ergueu
e iluminou a minha cidade,
Páscoa tem sabor de chocolate,
de oração e de Humanidade
Ainda nesta manhã fria
e silenciosa em Rodeio,
o meu coração agradece
por tudo o quê o Senhor
nos deu sem receios e por inteiro.
No meio do Médio Vale do Itajaí
aqui se escreve poesias
com o coro da passarada
e com verdades doloridas
para a utopia de um
mundo novo e em liberdade.
Assim vem se cumprindo
a poesia do nosso Médio Vale....
𝙰𝙾𝚂 𝙾𝙻𝙷𝙾𝚂 𝙳𝙰 𝙻𝙸𝙱𝙴𝚁𝙳𝙰𝙳𝙴
“Independência ou Morte”
Era tudo que se dizia,
Era tudo que se ouvia,
Por traz de cada vitória uma luta,
Por traz de cada luta uma perda,
Por traz de cada perda uma lágrima.
“Independência ou Morte”
E assim se vivia,
Noite e dia,
Lutas e vitórias,
Avanços e recuos,
Sonho e esperança,
Hoje encontramos apenas em uma criança.
“Independência ou Morte”
Ao ver sua família retornando
E suas vidas retomando
A alegria tomava conta de seu coração
Enquanto seus olhos brilhavam naquela linda tarde de verão.
Era alegria,
Era tristeza,
Era pura paixão,
Via se um misto de emoção.
A morte é só uma passo dado para uma outra vida. Aos que ficaram nessa vida ficam também a saudade, a dor, os porquês e mesmo com essa bagagem de sentimentos que as vezes nem nós mesmos conseguimos compreender, fica um vazio. A sensação que tenho quando perco um ente querido é que estou no ponto de partida esperando ele voltar. Não entendo esse sentimento, mas estou sempre esperando meu ente querido voltar, talvez porque fica a certeza de que vamos nos encontrar algum dia e matar toda a saudade que se armazenou e o tempo marcou. Porque o amor vence fronteiras, vence o tempo. O amor vem de almas, que se enlaça por toda vida, vidas depois de outras vidas. Além do horizonte onde não haverá mais saudade, nem dor e sim só amor.
Liddy Viana.✍🌻
Vida Vivida -
Andei p'la vida fora e não lembrei
que a morte um dia vinha m'encontrar
não sei se alguma vez a desejei
que a morte é coisa certa há-de chegar.
Esquecida de que a morte também tinha
um voar de asas serenas de marfim
minh'Alma num feitiço que adivinha
só lembrava hora-a-hora quem perdi.
Meus olhos que são pedra e solidão
tão cansados, revestidos de cristal
não sei por que caminhos pisarão
só espero que adormeçam natural.
Eis quando pressenti que a morte vinha
e à luz do coração me despedi
sozinha numa cama que é só minha
morri, foi nesse instante que eu morri.
Pois no fundo todos nós sabemos o que o futuro nos reserva. Morte.
Se haverá outra chance não sabemos, mas contar os segundos é tortura demais.
Choro ao pensar que um dia minha história acabará em um túmulo.
Desejei minha infância inteira me tornar adolescente, para poder ser enxergada com tanta maturidade. Mas agora desejo ser sempre criança. Mal sabia eu, que a morte é incógnita.
Lobo: "Essa é a sensação do fim?"
(sensação da morte)
Ovelha: "Eu não sei, pois esse não é nosso fim."
Lobo: "Existem outros que voltam?
(Voltam a vida após a morte)
Ovelha: "Só aqueles, que, prefeririam não voltar..."
Ovelha: "O que todas histórias tem em comum, caro Lobo? "
Lobo: "Elas acabam... "
(Seria uma referencia:
"O que a vida tem em comum?".
"Ela sempre encontra a morte".)
Lobo: Eu vejo água.
Ovelha: Chamam-se lágrimas...
Berço de Poeta -
Porque trago junto a mim
tanta vida e tanta morte?!
Foi no ventre de onde vim
que nasceu a minha sorte ...
Minha mãe o que dizer
neste mundo a esta gente?
Que trazias sem saber
um poeta no teu ventre!
Desde a hora em que nasci
ao passar de mão em mão
que no berço onde dormi
estão a dor e a solidão.
Minha mãe o que fazer
se este mundo não me entende?!
Cantarei até morrer
a dor que minh'Alma sente ...
Cautelosa e Serena -
Quando a morte vier
cautelosa e serena
haverá luto e solidão
no sentir de quem souber
que o seu toque deixa pena
no pulsar do coração!
Quando a morte vier
ninguém sabe quando virá
talvez traga algum encanto
no olhar de quem lhe der
aquilo que ninguém dá
a saudade como um canto!
Quando a morte vier
vem com ela outro destino
vem com ela outra vida
e se alguém a não quiser
terá dor no seu caminho
ao partir sem despedida!
E é mentira quem disser
que o morrer já não importa
só a vida que passou
quando a morte vier
de repente fecha a porta
e quem era terminou!
Decisão da Morte -
De suspirar a cada dia já cansado
deitando no meu leito a solidão
eis que junto a mim pegando a mão
senti um toque longo e velado!
Era a Senhora dona Morte
mensageira de todas as nortadas
espalhando pela noite a cor do nada
trazia um tal silêncio no seu porte!
Tinha olhos frios e desgarrados
trajava negro luto sobre o corpo
vi-lhe traços pálidos d'um morto
passos lentos, tristes e pesados!
Falou da solidão onde me afundo
falou da dor que visto no meu corpo
disse que sou vivo mas estou morto
por isso não me leva deste mundo!
Habemus Nada -
Alguem diz habemus Papam
na varanda de São Pedro
mas da morte Ele não escapa
e o que habemus é segredo!
E o que habemus nós de querer
deste mundo de mortais
além da fama de não ser
tão diferente dos iguais?
E o que habemus nós de ter
não sabendo o que é amar
numa ânsia de correr
sem saber quando parar?
E o que habemus nós de ser
procurando ser alguém
num caminho que é esquecer
que esta vida vai e vem?
E o que habemus nós de dar
a quem nos dá o que não queremos?
O segredo é não esperar
por aquilo que não temos!
E o que habemus de sentir
perante a crueldade
de uma gente que a fingir
é tão má na realidade?
E por que habemus de chorar
quando houver separações
se não temos quem amar
no bater dos corações?
E o que habemus ante a morte
quando a vida é despojada?!
Nada fica, triste-sorte,
e afinal habemus nada ...
... E tudo isso parece tão PEQUENO diante do “Não!” que a Senhora Morte sussurra, quando minha Alma grita “Sim!”.
É ela que há de me ensinar a diferença entre a acolhida e a despedida, entre aquilo que “possuo” e aquilo que sou - desse aprendizado, depende a felicidade ou a dor que hão de conduzir minha mão, enquanto escrevo minha história.
A Senhora Morte tudo pode sobre aquilo que “possuo”, e nada pode sobre aquilo que sou. Talvez porque só na minha imaginação, as coisas e pessoas são minhas; talvez porque minha real natureza pertença à dimensão da Vida que sussurra “Não!”, quando a Senhora Morte grita “Sim!”