Textos sobre Humanidade
Nietzshe afirma que
"A humanidade tem espírito de rebanho." (Friedrich Nietzsche)
Por isso que existe pessoas que se subordinam a certas condições desumanas para sobreviver, pois a necessidade de ter alguém como seu superior imposta pelo sistema capitalista faz com que fiquemos alienados a tal ponto de não se quer questionarmos o porquê dessa situação miserável de subsistência!!!
Filosofia da Humanidade
Havia um defunto morto de pele morena, que era careca e tinha longas tranças loiras. Ele estava num oceano sem água dentro de um barco de papel sem fundo, o defunto analfabeto lia um jornal sem letra que estava escrito: "Foi assassinado o suicida que morreu atropelado". Com isso, o presunto lembrou daquilo que ele tinha feito no passado presente: Ele havia subido num pé de manga, para roubar umas jabuticabas, mas, as uvas estavam verdes, então ele teve que descer de lá com as goiabas, e, no caminho ele sentiu com seus olhos a vaca botando um ovo e um lenhador tirando leite da Galinha, então ele se perguntou: Se tem mosquito porque ficarei aqui?
O Presunto defumado pegou um trem que andava no Oceano Atlântico até Porto Pobre e depois um navio que andava na linha direta até Bermudas, mesmo o defunto estando sem calças, ele estava sem ir ao banheiro há dias. A polícia o avistou e disse que ele seria preso em flagrante, por que ele estava prendendo o seu ventre, as autoridades só deixariam sair quando o morto que havia morrido respondesse a seguinte questão: Qual a cor do Cavalo Branco de Napoleão? Ele respondeu. O outro policial perguntou: Por qual motivo todos fazem esta pergunta? O Defunto Morto conscientemente respondeu: Pelo esmo motivo que o Super-Homem usa cueca por cima da calça! Saindo da delegacia, ele viu uma galinha tentando atravessar a rua um cidadão que passava perguntou: É pavê ou pra comê? Mas ele ficou quieto e seguiu seu caminho. Andando ele viu uma placa escrita: "È proibido pisar na grama", mas, se questionou como ela foi colocada? Viajando olhando para cima veio um veiculo na rua e o invés de ver toda a sua vida diante de seus olhos, ele se lembrou de todas as questões não resolvidas da humanidade: "Por que a palavra "pequena" é maior que a palavra "grande"? Como se escreve o zero em algarismos romanos? Por que se usa uma injeção esterilizada num condenado a morte por injeção letal? Para onde vai o escuro quando se acende a luz? Quando vão ao banheiro como os cegos sabem que terminaram de se limpar? Se depois do banho estamos limpos porque lavamos a toalha? Para que serve o bolso em um pijama? Porque o nosso planeta se chama Terra se a maior parte dele é água? Se o vinho é líquido, como pode ser seco? Por que, no Brasil, após o asfaltamento de uma rua, as empresas de saneamento arrebentam o asfalto para colocar sua tubulação? Por que chamamos de "papel de bala" se a bala é embalada num plástico? Por que a bota a gente calça e a calça a gente bota? Por que lojas abertas 24 horas possuem fechadura? Por que laranja chama laranja e limão não chama verde? Por que a gente aperta os botões do controle com mais força, quando a pilha está fraca?"
E o veiculo o atropelou. Seu corpo foi jogado no mar, o filósofo não podia mais pensar, e ele de repente acordou nadou até um barco onde tinha um jornal, ele sentou abriu e viu tudo isso que ele sentiu.
A velocidade em que a humanidade caminha, retira do ser a sensibilidade, tudo em nome do dinheiro ou do falso poder.
Hoje homens e mulheres buscam desesperadamente uma realização falsa, sem sentido, por isso vivem na ansiedade infinita, nada, absolutamente nada as completam.
No seu intimo, vivem suplicando por tal felicidade impossível, impossível sim, pois para ser feliz basta se alegrar com coisas simples, mas sinceras.
Não é raro ler nesses sites que se depositam as suas próprias mágoas, usando um Deus, que vai trazer quem você merece, ou até então, que vai punir você por ter magoado alguém, como se Deus não tivesse coisa mais importante a fazer.
Cada ser humano é responsável por suas escolhas, não é o outro, culpado pelo seu fracasso sentimental ou profissional, ou seja, lá qual for.
Infelizmente a inteligência humana, vem sendo burlada por modinhas ditadas pela mídia, poucos pensam por si só, sempre com bordões fabricados sei lá por quem, mas quem os fabrica, pensa que sabe tudo.
Na realidade, seria tão mais simples buscar a felicidade dentro de si, deixar seu coração falar e não ter vergonha de assumir seu sentimento, o mundo não precisa de pessoas poderosas, precisa de pessoas de caráter e sensibilidade. Pessoas que saibam conduzir de coração aberto, na simplicidade que é viver.
Bom seria se o mundo parasse por alguns momentos e cada um refletisse, o que realmente tem valor?
AS VEZES ME PERGUNTO, PRA ONDE CAMINHA A HUMANIDADE.
NÃO HÁ NADA MAIS TRISTE NESSE MUNDO, DO QUE PRECISAR DE UM CARINHO DOS SEUS E NÃO RECEBER SEQUER UMA PALAVRA.
PRESUMO QUE A IMPORTÂNCIA DAS COISAS, JÁ NÃO SÃO AS MESMAS QUE APRENDI NA MINHA INFÂNCIA.
TAMBÉM SEI, QUE QUANDO EU PARTIR, AI SIM SEREI UMA AUSÊNCIA TALVEZ SENTIDA.
QUE ESSA PASCOA, QUE TEM O SIGNIFICADO DE RENASCIMENTO, SEJA SINAL DE QUE O AMOR FAMILIAR E AO PRÓXIMO NÃO TENHA MUDADO SEU SENTIDO.
UMA SANTA PÁSCOA A TODOS MEUS FAMILIARES E AMIGOS!!!!!!!!!!!!!
Coisa de Destino.
Uma coisa é o destino.
é a nossa humanidade.
Torna a vida da gente
aquilo que é em uma corrente.
outra coisa diferente
é o que eu faço com isso
a uma escolha minha
se eu rio se eu choro.
eu escolho
como eu conto
a minha história
se é uma comédia
ou se é uma tragédia.
Ao longo da história da humanidade D'US sempre trabalhou com o TEMPO e com MEDIDAS e PESOS e TAMANHOS as vezes EXATOS e por vezes NÃO EXATOS...
tem HORA que D'US espera chegar no OSSO,
ou deixar o PROBLEMA tomar PROPORÇÕES ÉPICAS,
o FARDO pesar a ponto de NÃO PODER SER CARREGADO,
e o ambiente ficar pequeno,ENTÃO NOS PREPAREMOS POIS ESTA É A HORA DE D'US OPERAR !
Sempre foi assim!
O Criador da humanidade deve estar orgulhoso de sua criatura em seu desenvolvimento tecnológico. É uma maravilha viver nos dias atuais, os recursos são incomparáveis aos primórdios de sua criação... Fala-se até em eternizar o homem aqui na terra. Qualquer observador medíocre pode avalizar com propriedade essa evolução. Porém, o buraco é mais embaixo: A estupidez que acompanha há milênios essa raça insulada nos confins do nada universal é de embasbacar qualquer ser que tente usar de sua ética e lógica. Ao se analisar os pronomes pessoais dessa humanidade: “eu, tu, ele, nós, vós, eles”, ai sentir-se-á “vergonha de ser honesto”, ou a verdadeira melancolia de se pertencer à categoria humana. Não resolve nada querer tapar o sol com peneira, aplicando a velha hipocrisia ao se fazer de cego. Infelizmente essa é a verdade. Nos primórdios de nossos dias, tal Caim mata seu próprio irmão: Abel. Nos dias atuais vêem-se tanta maldade de filhos matando seus pais, pais matando seus filhos, e os mais aculturados doutores da política, roubando remédios e proporcionando a morte de muitos miseráveis. Outros roubando merenda escolar etc.
Montões de famintos, e amontoados de mortos, sobejam sobre a face da Terra, enquanto, os maldosos acumulam fortunas apropriadas dos pobres pagadores de impostos.
Que mundo é esse?
jbcampos
LAMAÇAL DA HUMANIDADE
Envoltos em lama
Na dor da tragédia
Miséria humana
A morte no rio
De nome Rio Doce
Vida por um fio
Como se não fosse
Poder piorar
Depois da secura
Represas, rejeitos,
Lama quem segura?
Arrasta e destrói
Arrasa famílias
Mata pais e filhas
E enterra na lama
Prenúncio de gente
Há muito enterrada
Em meio ao suplício
Não só em Mariana
Mas em todo mundo
Brasil e na França
Em pesar profundo
Pelas explosões
De bombas e vidas
Gatilho das ilusões
E do extremismo
Da fé assassina
Que encontra otimismo
Na carnificina
Matando em nome
De um deus sanguinário
Ou imaginário
De um povo vazio
E cheio de ódio
Muito intolerante
Com o diferente
Pequenos relances
De uma dor latente
Que afeta a vida
E mancha a moral
Ou só evidencia
Que é imoral
E não se preocupa
Com o ser humano
Apenas se ocupa
Em provocar dano
Usando a tragédia
Em seu benefício
Amando o suplício
Para ter vantagem
Querendo que todos
Fiquem agarrados
Na lama, atolados
Ou que se explodam.
15/11/2015 (18h30)
Beto Costa
Em todo planeta estamos sofrendo e é isso com certeza
A humanidade se abalando e muitos sem nenhuma defesa
O planeta nos dias de hoje se encontra com um grande problema
E não se consegue encontrar nenhuma solução
Todos veem águas invadirem grandes cidades
Catrinas e tornados passam e deixam tudo no chão
E posso afirmar para você que isso não é novidade
Se vê o ano inteiro ao vivo na televisão.
(Primeira Parte)
Deveras falta a humanidade a consciência que
não podemos perpetuar a nossa vergonhosa historia na qual esta
arraigada todos os tipos de preconceitos que ferem a própria criação.Não podemos impor as nossas concepções do certo e errado, somos imperfeitos em nossa bagagem nos faltam ponderações para o aprimoramento da nossa alma.Devemos extinguir qualquer tipo de preconceito e ensinar as novas gerações que o homem não pode subjugar seu próprio irmão, que a violência é o prenúncio de guerras entre almas, o mundo não pode viver na escuridão provenientes, em tantos olhos , cuja ignorância e ganância se sobrepõem. julgando e infringindo a própria evolução.
Rosely Andreassa
Humanidade
Autor: LCF
1
Uma explosão de sentimentos.
Um olhar distante, amargo e inconsciente.
Uma máquina que trabalha a mil à hora.
Um filme sem nenhuma repetição.
Uma mão repleta de ações do passado.
Um coração entre a vida e a morte.
Um animal que foge do seu predador.
Um relógio que para, por vezes.
Uma flor pronta a desabrochar.
Uma casa abandonada, um sítio esquecido.
Uma combinação poderosa entre o gelo e fogo.
Uma roupa velha, um trapo inútil.
Uma alma que vagueia pelo mundo.
2
É o que somos.
Isto é a Humanidade!
A importância da leitura
A literatura é uma das artes mais antigas da humanidade, e aprimorar o conhecimento é uma atitude que depende da leitura. Ler livros nem sempre foi uma atividade comum, o saber da escrita e leitura em épocas remotas era concedido à pessoas da corte. Entretanto, nem todos tinham acesso ao privilégio da leitura, que em casos do barroco por exemplo, era visto como algo banal para a reforma cristã.
Todavia, hoje o benefício da leitura é acessível em todo Brasil, por meio de bibliotecas públicas que auxiliam pessoas de baixa renda em ter acesso ao conhecimento.
Contudo, o maior problema é que muitas pessoas da nossa sociedade atual não exercem interesse para com a leitura, provavelmente o maior problema desta perda do foco à leitura, seja a fraca educação pública.
O que incentiva a leitura é uma base de educação reforçada, e não recursos literários públicos. Pois, caso o incentivo de leitura seja acessível como bibliotecas são, as pessoas terão uma afinidade maior com a leitura e sim aumentando o intelecto dos brasileiros.
O conhecimento e elevação social deve à arte da leitura, e para despertar o interesse desta atividade, o investimento público deve ser maior. Um excelente investimento seria em aulas de literatura a partir do ensino fundamental.
A leitura é muito importante para o crescimento do indivíduo, e o incentivo dela precisa ser maior na educação pública brasileira.
Difícil acreditar donde essa humanidade foi parar, na qual demonstrar sentimento é se humilhar.
Ajudar? É burrice nada em troca vai ganhar.
Ta com saudade? Quer me encontrar? Que crise, é desesperado certo que vai encalhar.
Ta me tratando bem, quer me namorar. Até parece que boa educação é só para quem quer relacionar.
Pra que tanta dedicação ele jamais vai te amar, como que amor fosse algo que se pudesse negar.
Deixou ir na festa, é chifre na certa, confiança não convêm, Facebook, Twitter todas as senhas ela tem.
Perdoar? Coisa de fraco, amai o próximo já digo é fato.
Mesmo que queira, e queira muito, não corra atrás, sendo difícil vai ganhar muito mais.
Ela é legal, mas vou manter contato com mais três, se tudo der certo escolho a melhor para essa vez.
Com tanta desconfiança, amor virou coisa de criança, porque adulto mesmo é ter uma lista cheia de gente vazia.
www.carlosenrique.com.br
As vezes gosto de pensar que tudo isso (A VIDA)
Não passa de uma ilusão, acaba, a humanidade muda de plano, e por fim o que conta são nossas virtudes.
E não é que é isso mesmo?
Mas muitos não ligam, e preferem trocar uma eternidade inteira feliz, por momentos de luxo em um mundo onde
a matéria não passa de um empréstimo que Deus nos proporciona.
A GRANDE ÁRVORE
A humanidade é uma grande arvore e cada pessoa é representada por folhas, as folhas que estao ao meu lado sao meus amigos que suporta comigo os ventos da vida, ha também aquelas folhas e que estao mais distante escondidas atras das outras e que so aparecem por momentos quando o vento sopra, existe também as tao distantes que nunca vamos ver mais que fazem sobra para nos.
E para a nossa tristeza com o tempo algumas folhas caem mais nascem outras, sao as pessoas que nos deixam e as novas que aparecem em nossa vida.
Porém mesmo elas caindo servem como adubo para a arvore nunca morrer e sempre ficar verde.
Sao as pessoas que deixam grande recordaÇoes e sempre que lembramos delas ficamos mais fortes.
Por incrivel que pareÇa, é simples assim a vida.
Estamos vivendo os últimos momentos para o maior evento da humanidade, as escrituras estão cumpridas, a apostasia tem tomado conta das nações, o mundo está em perplexidade anti ao terror e ao mercado financeiro, países inteiros vivendo sobre forte influencia do cavaleiro da morte, as nações sendo açoitadas pelas o demônio das drogas que tem matado jovens, homens e mulheres, e levado caos as sociedades odiernas, acontecimentos climaticos globalizados, Terremotos, vendavais, meteoros em direção a terra, placas tectônicas se deslocando em alto mar, os humanos distorcendo a sexualidade em meio a provocações ao seu criador, homens amantes de si mesmo e corrupção em todo mundo assolando os gonvernos terrenos.Nunca se viu , nem se ouviu o tempo como esse!!!
Pense, reflita, leia a palavra de Deus e veja a catastrofe nas nações...
Pr.Enéas Barbosa.
A humanidade, vagueando sobre a realidade da existência e essência de ser, do universo e de Deus, se divide na concepção da existência de Deus encontrar-se entre a necessidade e a contingência. Pensam as partículas do universo feitas de matéria e forma, fisicamente e metafisicamente compostas e mutáveis até em seu lugar e movimento no espaço, e uma vez que se transformam são contingentes, mas, não necessários. Porém, Deus, como ser necessário, é imutável, pois não é matéria.
Embora o Bem e o Mau sejam conceitos absolutos e logicamente distintos, o universo ao qual pertencem é a totalidade real ou imaginada, o conjunto de objetos individuais, que não contêm em si mesmos a razão de sua existência, a não ser o significado externo que é um ser existente. Um ser que contém dentro de si a razão de sua própria existência, que não pode deixar de existir, sendo um ser necessário, cuja existência seria auto-contraditório negar.
Pois, sem a existência de Deus, o homem e sua história não teriam outro significado que o propósito que preferissem dar-se. Se não houver o Bem absoluto, não pode haver valores absolutos, dos quais a relatividade de sua valia resulte!
amor de um demônio
cansado da humanidade
todos seus flagelos
mortos pelo dito amor
fonte do ódio é sua vida perdida,
se apega olhando para céu
que nunca tocará
ignorante
sempre será manipulado
pelas linha do inferno
ira será apenas um sacrifício,
por beijo pedira perdão,
teu corpo queimará em chamas eternas
pense que é o amor?
dentro da escuridão o mal nunca se calara
mesmo dessas palavras de teu coração
impuro foi julgado por crimes
diante uma perfeição morta.
nesta piedade o paraíso é sonho,
feito de tuas doações...
como espinhos na tua carne...
cale se com gosto do veneno
que sai da tua boca, morta
ignorante
sinta asas da morte
pesa por um sonho perdido pois tudo beijo.
que mais acontece ser enganado
nunca se sinta puro por uma mentira.
por celso roberto nadilo
A fraqueza da humanidade é obscura em meus pensamentos,
Aonde a sensatez em viver por viver ou ate mais sofrer,
Como os Andes muitas o fim da boa esperança...
Sois amargo como fel e brilhante como céu...
Desdenho por um momento puro ar livre de um mar morto.
Terríveis temores assolam o diluvio com simples sentimento...
Tento sorrir mas tudo muito obscuro, selado no para sempre,
Muito seres navegantes sois a luz nessa escuridão...
Meramente intocada por tua vestias são minhas mortalhas.
por Celso Roberto Nadilo
Huberto Rodhen sobre Mahatma Gandhi:
O Paradoxo Místico-Político
A humanidade conhece alguns místicos e muitos políticos - mas um místico político, ou um político místico, isto é coisa assaz estranha e, à primeira vista, impossível. O místico trata das coisas de Deus e do mundo espiritual; o político interessa-se pelas coisas dos homens e deste mundo material- será possível que, dentro do mesmo indivíduo humano, se coadunem esses dois mundos, tão distantes e, aparentemente, tão antagônicos?
Se o monismo cósmico não fosse um postulado da lógica; se não compreendêssemos que só pode haver um único princípio eterno de todas as coisas, sejam elas da zona material, sejam da zona espiritual - e estaríamos dispostos a professar dualismo zoroastriano e negar a compatibilidade de elementos tão incompatíveis como a mística e a política.
De longe em longe, porém aparece um homem de vastíssimos espaços internos, onde todo um sistema planetário pode girar livremente, sem colisões nem catástrofes, em torno de um único sol, que tudo ilumina e vitaliza. No interior desse sistema se forma, naturalmente, uma tensão dinâmica que, para manter o equilíbrio, tem de intensificar a sua força centrípeta na razão direta da sua força centrífuga, a fim de estabelecer um cosmos que não sucumba ao caos.
De vez em quando aparece, aqui na Terra, um homem cósmico dessa natureza, um homem que equilibra extremos e sintetiza antíteses aparentemente inconciliáveis. A grandeza de Mahatma Gandhi não está em ter sido um grande místico, nem em ter sido um hábil político - está em ter equilibrado em sua alma dois mundos
quase sempre desequilibrados em outros homens.No homem comum, de estreitos espaços internos, não pode, de fato, haver amizade e harmonia entre o Deus do mundo e o mundo de Deus.
Desde tempos imemoriais tem havido místicos, desertores do mundo que encontraram a sua perfeição e felicidade na silenciosa solidão com Deus,em alguma caverna desnuda, na vastidão duma floresta, no cume duma montanha, no sugestivo silêncio dum deserto - ou então por detrás dos muros de um convento ou mosteiro. Disto temos milhares de exemplos.
Por outro lado, existem homens dinâmicos, peritos em lidar com dinheiro,mestres em política e diplomacia, relações nacionais e internacionais,homens que, depois de mortos, costumam ter estátuas de bronze ou de mármore em praça pública e cujas biografias enchem as prateleiras das bibliotecas. A política parece ser essencialmente dativa, vale pelo que dá ou realiza. A mística parece ser essencialmente receptiva, vale pelo que recebe e pelo que é. Aquela é considerada ativa - esta tem fama de ser passiva; mas são dois enganos, porque nem o político é ativo, nem o místico é passivo. Ambos são dativos-receptivos, ambos ativos-passivos.
A diferença está apenas no maior ou menor grau de datividade ativa e de receptividade passiva. No político é, geralmente, máxima a atividade dativa, ao ponto de esterilizar a sua passividade receptiva - e isto é a desgraça dele! No místico isolacionista é máxima a passividade receptiva e mínima a atividade dativa. Ser dinamicamente passivo, ou passivamente dinâmico - eis o problema central da vida humana, o segredo último da sua grandeza e felicidade e a fonte suprema da sua força realizadora no seio da humanidade.
O homem medíocre, unilateralmente ativo, vive na alucinação coletiva de que é ele mesmo, seu conhecido ego humano, quem realiza grandes coisas no mundo; que é a sua inteligência e astúcia, o seu dinheiro, o seu jeito, a sua erudição, a sua incessante lufa-lufa social, comercial,industrial, política, diplomática, que estes fatores sejam a causa real e última das coisas que ele realiza ou tenta realizar sobre a face da terra.
E se alguém lhe disser que, por detrás de todos esses elementos ponderáveis e palpáveis da sua ruidosa atividade, há um elemento imponderável e intangível que, em última análise, é a fonte inicial e profunda de tudo quanto de realmente grande acontece em sua vida - então esse homem dinâmico meneia a cabeça, incrédulo, e considera poeta, filósofo ou místico, ou pelo menos imprático, o homem que tão estranhas coisas pro fere.
Esse homem ignora o que seja passividade dinâmica serenidade creadora. Não tem consciência do imenso reservatório de forças cósmicas, esse invisível oceano que se alarga, incomensurável,misterioso infinito, para além de todos os horizontes da percepção físico-mental. Para ele só existem os pequeninos arroios e regatos que imanam do seu conhecido ego,correndo não se sabe para onde. Esse homem medíocre e míope nem sequer suspeita que esses próprios arroios e regatos da sua atividade febril vão para o silencioso mar, donde vieram.
Gandhi era duma vasta atividade e duma profunda passividade, e tudo que ele dava a seus semelhantes, na horizontal, recebera-o de Deus, na vertical. Por isso, a hora diária de meditação, primeira hora do dia, e a segunda-feira toda, primeiro dia útil da semana, eram para ele a coisa mais importante, porque eram as silenciosas nascentes da sua passividade dinâmica que alimentavam os ruidosos rios da sua incessante atividade.
O povo deu a Mohandas Karamchand Gandhi o nome de "mahatma", isto é,"grande alma", porque sentia intuitivamente que, para além do cenário das suas visíveis realizações humanas, havia misteriosas regiões de invisíveis realidades divinas - e a sua grandeza estava precisamente na constante ligação do seu mundo visível com o mundo invisível: toda a sua política externa assentava alicerces na sua mística interna.
É fácil trabalhar no mundo visível - o grosso da humanidade profana vive unicamente nesse plano. Mais difícil é contemplar o mundo invisível, longe de todos os mundos visíveis - há um grupo de avançados ascetas místicos que vivem nesse mundo ignoto.Dificílimo é viver de tal modo no mundo invisível que todos os mundos visíveis da nossa vida sejam permeados e vitalizados pela luz desse universo espiritual, e todas as materialidades da existência terrestre sejam como que aureoladas de um halo de poesia e beleza, nascido dessa inefável experiência do reino de Deus em nós.
Muitos são os impuros no meio dos impuros. Poucos vivem puros no meio dos puros. Pouquíssimos conseguem viver puros no meio dos impuros. Esses últimos são os verdadeiros "mahatmas",as grandes almas, os homens cósmicos, plenamente realizados. O supremo alvo do Evangelho do Cristo é a creação desses homens, dessas "novas creaturas em Cristo".
A Índia foi sempre o país clássico dos yoguis, dos ascetas, dos místicos, dos mestres da renúncia e espiritualidade. Gandhi também fundou o seu ashram, ou colônia de retiro espiritual. Era uma espécie de
fazenda onde moravam numerosas pessoas de vida disciplinada e sem propriedade individual. Concentração mental e contemplação espiritual durante a madrugada; abstenção de carne e bebidas alcoólicas; trabalhos manuais e agrícolas; reuniões cultuais - tudo isto se observara no ashram de Gandhi, e ele mesmo era uma espécie de patriarca dessa comunidade.
Até aqui, nada de especial; tudo isto se praticava, havia séculos e milênios, na Índia. Acontece, porém, que esse místico solitário aparece em palácios de reis e chefes de estados, nas grandes cortes européias;toma parte em debates políticos, em torno de problemas nacionais e internacionais; agita questões de grande relevância; porque esse homem é um hábil jurista, formado pela Universidade de Londres, que conhece e usa toda a dialética dos advogados e possui toda a perspicácia dos grandes estadistas.
E no seu próprio país, aparece no Congresso Nacional e pleiteia, contra um poderoso império, a emancipação política de 430 milhões de conterrâneos escravizados; mas não usa de nenhuma das armas materiais de que seus antagonistas se servem. Substituiu a arma pela alma. Esse homem não acumula dinheiro para si; vive em extrema pobreza e simplicidade, nutrindo-se de umas poucas frutas e do leite cru duma cabra, que nem era dele.
Veste um calção e anda descalço, ou de sandálias, mesmo nos salões dos magnatas europeus, que o apelidam jocosamente de "faquir seminu". Pelas mãos desse homem estranho, tão solitário com Deus quão solidário com os homens passam anualmente muitos milhões - mas ele mesmo não possui casa nem terreno e gasta apenas uns centavos por dia para sua manutenção.
Cercado da mais imunda 'política e diplomacia internacional, por espaço de meio século, esse homem não se desvia, por um triz, da sua linha de absoluta verdade e sinceridade; não admite manobras escusas à meia-luz;não conhece jogo bifronte por detrás dos bastidores. Defensor máximo da liberdade de seu povo, admite uma única tirania para si mesmo, a obediência incondicional à "voz silenciosa do interior" (the still small voice), como ele chama a voz da consciência.
O enigma Mahatma Gandhi tão diáfano como a luz solar - e tão misterioso como uma noite estrelada. Sempre solitário em Deus, nunca deixa de ser solidário com os homens.
Com o fenômeno Gandhi entrou a história da humanidade numa nova fase de evolução. Está provado, finalmente, que são compatíveis essas duas coisas tidas por incompatíveis, a mais intensa mística interior e a mais extensa dinâmica exterior, o Deus do mundo e o mundo de Deus. Esse homem realizou na sua vida a grande síntese do espírito e da matéria, do fogo e da água. Nele o Verbo se fez carne e habita em nós. Daqui por diante,o materialista não tem mais justificativa para sua falta de espiritualidade - e o espiritualista não tem mais o direito de desertar do mundo material. Foi realizada a grande síntese, e o que foi possível uma vez na Índia é possível sempre e por toda a parte. O Mahatma não é da Índia,nem do Oriente - ele é do mundo e da humanidade.
Na Idade Média, quando um homem tinha tido o seu contato com Deus, o primeiro passo consistia em se libertar de vez de todas as coisas do mundo; abandonava o mundo de Deus a fim de viver em Deus fora do mundo.O ponto culminante da vida ascética era a deserção do mundo.Com Gandhi aparece uma nova forma de ascese - a ascese da libertação,substituindo e aperfeiçoando a ascese da deserção. Quem deserta das coisas materiais mostra boa vontade - mas não prova verdadeira compreensão. Por que foge? Por que deserta? Porque se sente fraco e receia cair; mas o temor é escravizante.
Plenamente liberto e livre é somente o homem que, depois de se consolidar definitivamente no mundo espiritual, volta ao mundo material sem se materializar; o seu reino não é daqui, mas ele ainda trabalha aqui, como se fosse o mais profano dos profanos. Somente um homem plenamente espiritual pode admitir aparências de materialidade sem desmentir a sua espiritualidade.
De um homem que nada espera do mundo, tudo pode o mundo esperar. Mas há, para além do homem dinamicamente ativo e do homem estaticamente passivo, uma terceira alternativa, que é o homem dinamicamente passivo ou passivamente dinâmico. Com esta qualificação designamos o homem cósmico, esse homem raríssimo que, depois de se identificar totalmente com o seu centro real, com o seu Eu divino, passa a manifestar esta sua implosão mística numa vasta explosão ética, transbordando a sua experiência divina em vivência humana.
Uma vez que o homem atingiu a consciência da paternidade única de Deus, está em condições de realizar a vivência da fraternidade universal dos homens. E, neste caso,a ética não é apenas moralidade, que pode existir mesmo sem a experiência mística; mas o seu agir externo será o espontâneo transbordamento,a irresistível explosão da sua intensa implosão mística.
Quando, um dia, alguém sugeriu a Gandhi a idéia de abandonar o mundo profano da política e retirar-se a uma caverna para viver como, místico,respondeu ele: "Eu trago essa caverna dentro de mim." Quem consegue transferir a "caverna" externa dos místicos para o seu interior,refugiando-se a esse santuário quando sente necessidade, esse atingiu a culminância da sua libertação, a "gloriosa liberdade dos filhos de Deus". Mas, para que alguém atinja essa liberdade deve sujeitar-se voluntariamente à maior das tiranias, à sacrossanta "tirania da silenciosa voz do interior", e prestar obediência incondicional ao divino ditador da consciência. É este o "caminho estreito e a porta apertada que conduzem ao reino de Deus". De maneira que a mais ampla liberdade supõe a mais completa tirania - tirania voluntária.
"A Verdade - escreve- Gandhi -- é dura como diamante, mas é também delicada como flor de pessegueiro." Quem não aceita voluntariamente a dureza diamantina da Verdade, não chegará a fruir a sua delicadeza de flor de pessegueiro. Plenamente livre é somente aquele que voluntariamente se escraviza. E essa espontânea escravidão se refere não somente a Deus, refere-se também aos homens, nossos semelhantes; servir voluntariamente é libertar-se totalmente. Nada mais escravizante do que o desejo de querer-ser-servido - nada mais libertador do que a vontade de querer-servir!
Quem não for escravo voluntário não pode ser homem livre - esse estranho paradoxo caracteriza a vida toda de Gandhi. Tão grande é a liberdade interior desse homem que ele se torna,exteriormente, escravo de seus conterrâneos, escravo do invasor britânico, escravo da humanidade inteira.
Quem não se sente plenamente livre deve evitar servir aos outros e deve assumir ares de dominador, porque onde falta a essência têm de prevalecer as aparências. Mas quem traz dentro de si o testemunho da sua liberdade real, esse pode ser servidor de todos, porque a sua firme liberdade não necessita de ser escorada com pseudo-liberdades. Quem é sábio pode serenamente admitir aparências de tolo; mas o tolo tem de evitar solicitamente essas aparências e assumir ares de sábio, para que a sua pseudo-sapiência não sucumba ao impacto da sua insipiência.
O mundo de hoje não compreendeu ainda a verdadeira grandeza de Gandhi,sem dúvida um dos mais lídimos discípulos que o Nazareno teve entre os homens, nesses quase dois milênios de era cristã. Mas o espírito do Mahatma está trabalhando as consciências humanas, qual divino fermento,levedando aos poucos a massa profana e preparando o caminho para a grande alvorada crística.