Textos sobre Humanidade
Todo ser humano nasce ateu, religião é secundário, é um meme viral que vem depois, de acordo com duas variantes: local e época.
Se você nasce na China é provável que você seja ateu, agnóstico ou taoista.
Se você nasce na Índia é provável que você seja hindu.
Se você nasce no Paquistão, com certeza seria muçulmano.
Mas, nascendo no Brasil é provável que você acredite em Jeová, Jesus, José, Maria, Chico Xavier, Papai Noel, etc... Se fosse nascido no Brasil de 500 anos atrás, na tribo dos ianomâmis, creria nos espíritos da floresta.
Então foda-se Zeus e viva a Humanidade!!!
O ÚLTIMO LAMENTO
Chegaram ao ponto
aponto de se afogarem
em lagrimas de sua própria
crueldade
não tem perdão, não
ao ver corpos espalhados pelo chão
ao sentir o sol irradiando a poluição
secando o sangue que jorra
por muita mãos
o final da pouca vegetação, alimentação
que logo dirá ao homem, não
e a lamentação virá a extinção.
Diz o Sábio que na antiguidade, em um povoado distante, as pessoas haviam se tornado frias, egoístas e pouco solidárias.
Reclamavam da frieza uns dos outros, mas não se permitiam mudar. Uma criança muito sensível, ao ver o que se passava, dirigiu-se aos céus e clamou uma ação do Divino, pedindo que lhe mandasse um sinal a fim de mudar o pensamento das pessoas do povoado, e após sua reflexão, adormeceu.
No dia seguinte, fora acordado pela sua família, pedindo que levantasse logo, pois algo muito estranho acontecia... Sua mãe lhe disse que o Divino lançara sua fúria sobre o povo, e que algo gélido, branco e intenso cobria as pastagens e deixava as pessoas com tanto frio a ponto de quase congelarem.
Vendo suas lavouras e animais sendo cobertos pela neve, as pessoas não tiveram escolha senão ajudar umas as outras para que pudessem salvar o máximo de animais e alimentos que conseguissem, e assim o fizeram. Porém, a noite chegou, e com ela, a neve mais e mais forte, tornava a situação calamitosa.
Vendo toda a situação e o frio a castigar a todos, o menino então sugeriu que em vez de cada família ficar em sua morada, poderiam todos ficar juntos, assim, o calor humano os ajudaria a suportar o frio, o que foi aceito por todos.
E Como em uma grande corrente, todos, em círculo, feito um caracol, se aninharam, e juntos, conseguiam suportar o frio da noite.
Antes do amanhecer, o menino, com sentimento de culpa, explicou seu pedido ao Chefe do povoado, e pediu perdão por submeter seu povo a tal sofrimento. Porém, foi abraçado pelo Líder, que com os olhos cheios de água, pediu perdão ao menino por deixar que a comunidade se torna-se um mau exemplo para crianças como ele. Se abraçaram bem forte e adormeceram.
E tamanha foi a surpresa de todos ao ver que, no dia seguinte, o sol brilhara majestosamente e o céu parecia mais azul do que nunca... A tormenta teve fim.
Com pulos de alegria, cânticos e abraços, o povoado festejou o “perdão Divino”, e logo recomeçaram suas atividades rotineiras.
No dia seguinte, logo após o amanhecer, o menino pediu ao Líder do povoado que reunisse a todos, pois durante a noite tivera um sonho, onde o Divino lhe revelara um comunicado...
Foi então que o menino, relatando seu sonho, disse que a tempestade que ocorrera não seria a única, e que todos os anos ela se repetiria... Falou mais, disse que quando os primeiros flocos gelados caíssem do céu, que servissem de alerta e reflexão sobre a união, a bondade e a solidariedade.
Finalizou o menino dizendo que a este fenômeno, chamar-se-ia Inverno, e que seria uma época para não se pensar no frio, mas no calor humano que todos possuem e podem compartilhar.
Nos tornamos previsíveis.
Nossas repostas decoradas, os dias contados.
As mesmas mentiras, as formas repetidas.
Esta ordem te deixa cego.
Achamos graça do que é trágico
Somos tão incapazes de aprender
Somos tão egoístas quanto o nosso vizinho.
Julgamos sem querer ser julgados.
Então me diz: qual o grande mal da humanidade?
O ANCIÃO DO TEMPO E AS 7 REVELAÇÕES - Almany Sol, 01/01/2001
Nesses últimos dias do ano tenho feito meditações profundas
e em todas estou canalizando ciente, as forças universais,
das quais obtenho muita luz de entendimento e clarezas.
Tenho realizado conexões positivas e esclarecedoras em geral,
as quais me são ditas e passadas pelo senhor ancião do tempo.
Sem questionar nada e como um mero ouvinte e optovisionário
vejo e escuto em silencio suas clarividentes manifestações,
que me são passadas, como revelações versadas em sétima partes.
Resumidamente transcrevi toda essa manifestação transcendente:
A VIDA - Disse-me Ele, que a vida não é uma criação.
A vida é a origem de tudo e que o universo inteiro é vida.
Falou que ao contrário do que imagina toda a humanidade,
a vida não é impulsão continua, e sim vibração reativa.
A existência é uma combinação de energias invisíveis,
que são determinantes a todas as coisas proeminentes.
Finalizou ele dizendo, que a vida não é resistiva e nem vã
e que sua determinação tá na reação ao próprio ambiente exo.
OS SENTIMENTOS - Declarou-me Ele que em todo universo,
predomina apenas um sentimento, que é o da conformidade
e que somente os seres humanos o relega ao plurarismo,
onde o mais nobre se chama amor, porém tão corruptível,
que dele são todos os outros, inclusive o seu cunho adverso.
O senso é passível aos momentos e seu rumo também será,
porque o que o determina são suas consequências finais.
OS MISTÉRIOS - Esclareceu-me Ele que não há mistérios,
mas que a humanidade sempre buscou uma razão para tê-los.
Ante a sua insignificante sabedoria o ser humano cria,
e delega então a sua criação todo o poder que é incapaz.
Afirmou Ele que a real lei universal nunca foi escrita
e que jamais dela a verdade foi revelada como doutrina.
Concluiu que o universo apenas respeita o holismo uno
do qual somente a integridade se faz valer como perfeição.
O CONHECIMENTO - Afirmou-me Ele que o entendimento humano
é vago e se baseia na discordância entre o ser e o poder.
Disse-me então que a religião, bem como a ciência, se cruzam,
quando usam argumentos provindos do intelecto insciente,
porém imaginativo, fruto de teorias e lógicas propositivas.
Falou que a sabedoria humana não chega a uma terça parte,
que nela caberia menos de um por cento dos conceitos permitidos.
A EVOLUÇÃO - Informou-me Ele que na verdade não existe evolução,
e que apenas tudo se expande tornando-se claro o que já existe,
mas que porém, não haveria sido notado devido as mistificações.
A coerência é a maior razão para se alcançar todos os limites,
até os inimagináveis, por ser ela o nexo de todo o objetivismo.
A fé ou a crença são falhas e também são pontos contundentes,
quando a formalidade exstencial for completamente abjugada.
A amplidão existe e dentro dela somos ínfimos e irreconhecíveis,
e em nada podemos alterar a relevância do métrico poder infinito.
O TEMPO - cientificou-me Ele, que tudo é atemporal, sem medidas
e sem prazos determinantes, por ser uma consequência ondulativa,
que variega conforme a sua própria ascendência ou decadência.
O tempo é pulsativo e apresenta variantes tão dessincronizadas,
que se classifica do efêmero ao eterno dentro do mesmo espaço.
Seu cálculo é medido conforme a velocidade dos seus componentes.
A inconstância é a maior prova que determina o fator temporário,
simplesmente porque há uma necessecidade de compará-lo em ciclos.
A MORTE - Reservou-me Ele está última revelação como sétima final,
para justificar toda a preponderância existencial de nossa verdade,
porque não somos tão facundos com a seguimentação do todo absoluto.
Existimos para compor um processo natural, mas que por exacerbações,
tentamos provocá as mutações no estado físico e formal das dimensões,
onde o desígnio final é o cabível e inevitável finito do antagonismo.
CONCLUSÃO: Diante de tanta luminescência sideral e clarividência astral,
pude entender que nossa consciência se limita ao nosso restrito poder
do qual acreditamos ser a maior motivação de nossa realidade libertária,
mas que na verdade nos torna cada vez mais, escravos de nossas ilusões!
A CARTA DA MANGA
O "mal" está dando suas últimas tacadas. Preparando-se para usar "a carta da manga".
A humanidade está tomada pela moderna tecnologia atual e pela urgência das atividades do dia a dia.
O que era um cristão fervoroso, não encontra mais tempo para abrir a Bíblia Sagrada e, no íntimo do seu quarto, conversar com Deus sobre sua vida e sua fé.
Não se troca mais o computador ou um "dispositivo móvel" pela bíblia, e a frequência na igreja tem sido cada vez menor.
Aquilo que era trágico e macabro, nem mesmo a televisão mostrava explicitamente. Usava-se uma imagem fosca para não expor uma cena que chocasse a humanidade.
Hoje, se compartilha com naturalidade, cenas e videos sanguinários. Um verdadeiro terrorismo virtual, que prepara o "ser humano" para a maior e última batalha da Terra.
Prepare-se!
Bum.
E quando tudo acabar, quando não sobrar mais nenhum motivo para seguir em frente nós continuaremos guerreando por nada, matando uns aos outros por nada, porque guerrear é o que nos motiva, o que move o mundo, o que gera lucros.
O que é a paz, senão o fim? O que faríamos depois, se não há motivos para brigas, para usar nossas armas ultramodernas criadas para derramar o sangue dos soldados, não do general, nem do líder, mas dos homens que mandamos travar nossas batalhas, das mães e filhos que esperam seu retorno em casa e, então tudo some em uma explosão?
Consideramo-nos tão evoluídos, sempre mais espertos, mais avançados, mais tudo menos nosso cérebro, aparentemente. Meras palavras não bastam para aplacar nossa fúria, precisamos de sangue nas mãos para nos satisfazer e ao longo de milhares de anos foi os fizemos, exterminamos etnias inteiras, algumas somente por uma diferença genética.
Se formos assim tão grandes como garantimos, por que nosso pensamento continua tão limitado, tão bárbaro? Terá que tudo vir abaixo para notar o quanto a cordialidade, a tolerância são importantes? Chamamo-nos seres racionais, mas racionalidade é a ultima coisa que passa na nossa cabeça em uma guerra, vemos os nossos perecerem ao nosso lado muitas vezes por um motivo já esquecido, lutamos porque precisamos vencer, mas o que estamos vencendo se no fim só nos restará sepulturas a serem cavadas?
Enquanto o massacre ocorre, os seres racionais que desencadearam a batalha se encontram sentados em suas poltronas de couro muito longe para verem o sofrimento, as mortes são somente números que serão repostos depois. Lutamos por essas pessoas, mas que são elas? Merecem que lutemos por eles, que não sabem nem nossos nomes?
É sobre isso que devemos refletir, vale á pena continuar com toda essa violência dentro e fora de nossos lares, nossos países? Para que continuar se podemos simplesmente parar, apaziguar, conversar.
Porque um dia não haverá mais nada, somente as cadeiras de couro girando vazias, assim como as vitórias conquistadas até agora.
11 de abril de 2014
Espelho,espelho meu...
Estava na sala de espera no consultório de um renomado cirurgião plástico, não estava satisfeita com o que via no espelho e queria fazer algumas mudanças.
Enquanto aguardava minha vez folheava distraidamente uma revista e a imagem de um pinguim contemplando o próprio reflexo na água me levou a pensar: ele se encarava com um olhar meramente curioso, sem procurar defeitos ou imperfeições, só olhava com a curiosidade de uma criança que vê um novo brinquedo.
Então, por que, nós, humanos que nos vangloriamos de sermos seres racionais, nos preocupamos tanto com uma beleza que é temporária e que não mostra realmente quem somos? Por que estamos cada vez mais atrás da perfeição física e nos esquecemos de que há coisas na vida mais importantes do que um nariz adunco ou um queixo proeminente?
Do que adiantaria andarmos pela Terra como a personificação de Adônis, se não tivermos conteúdo para manter um simples diálogo? Se você olhar ao redor verá mulheres com bolsas que poderiam facilmente esconder um cachorrinho, mas se olhar dentro delas, em quantas encontrará um livro? Não estou dizendo que devemos abandonar tudo e esquecer o que é se arrumar, mas também não podemos nos focar somente nisso como se nossas vidas dependessem disso.
Quando você se sente bem consigo mesmo, um estereótipo de beleza criado por uma minoria não deve te influenciar a mudar tudo para ser aceito no mundo desde que se sinta feliz. Afinal, o que é o belo? A beleza é uma medida? Uma quantidade? Quem decide o que é belo? Quem avalia a beleza? Quem dá valor aos conceitos do que seria o belo? Quem determina que algo é mais ou menos belo. Que critérios estéticos são considerados?
Em um mundo onde a diferença é uma constante, como podemos criar um fenótipo padrão? Não dá para excluir alguém por ser diferente ou, então, viveríamos em uma sociedade individual, e essas nuances em cada individuo formam parte de todo um contexto, se englobam. É impossível padronizar o belo sem fazer sumir essas variações, tornando tudo um só estilo, uma só cor, um só modelo que represente tudo que há de belo no mundo.
Então por que não ser como o pinguim que vê seu reflexo, mas não procura aspectos para mudar e só olha a si mesmo aceitando como é em toda sua beleza única, como uma digital? Como uma pessoa?
Levantei-me. Fui embora do consultório.
20 de março de 2014
o mal do ser humano
por celso roberto nadilo
As trevas da alma,
por mas que somos
menos obtemos.
Pelo desdenho profundo,
cálida assim então tão fria,
desocupada no ador pasmo.
dolorosa ate tudo pode ser dito,
então feito em um paradigma,
obscuridade por mais ser dita.
Entre todas probabilidades são teor da maldade,
enfim assim tudo pode ser o negativo da realidade,
nada tem como pode ser tão pobre na neutralidade,
desdenho a virtude da profunda escuridão ate fim chegue.
no entretanto tudo deve ser jogado no fogo do desejo e vaidade,
nos poréns a verdade que se consome a vida pura maldade,
ainda o credito sonho irreal abatido no entretanto aonde esteve,
pelo dito ao fronte amizade é abandonada pelo qualquer verdade.
Tanta coisa ruim nesse mundo
que não dá nem pra imaginar.
As pessoas pensam em tudo
que podem gananciar
Crianças perdem o direito de viver e brincar
e ganham obrigações que jamais deveriam passar
Nunca se esperou que o mundo fosse piorar tanto
as pessoas estão destruindo o que mais necessitamos
Que é o amor e a nossa humanidade.
Sempre compreendi os estranhos, que acordam de mau humor, que oscilam de temperamento, que, ora açúcar, ora veneno...
Minha reticencia fica por conta dos que atacam sorrindo, que não descem do salto, e que tocam superficialmente.
Tenho medo de quem tem uma cara só. Que espécie de diabo sustenta algo assim; numa raça onde a emoção, mais que regra é uma condição humana?
Procurava uma sombra para encostar meu carro. Vi um comércio e pensei em comprar algo para comer, uma água, qualquer coisa...já se ia metade da tarde e o sol estava inclemente; não havia parado para almoçar na ânsia de chegar em casa antes que a noite me alcançasse. Foi quando as vi...duas senhorinhas sentadas lado a lado sob a sombra de uma árvore raquítica e judiada. Em silêncio, olhavam fixo para o nada...esqueci minha fome e minha sede, fiquei observando e meu peito se encheu de uma ternura sem tamanho; quando dei por mim, já havia caminhado até elas e puxava conversa com a dona Rita e a dona Maria, que são irmãs e moram com mais cinco pessoas em uma casinha bem pequena, simples mesmo, mas toda limpinha e bem cuidada...sim, fui convidada a entrar para conhecer o seu Constâncio, marido da dona Maria, que está acamado por ter sido atropelado à alguns dias mas há de ficar bom. Naqueles poucos minutos em que lá fiquei, apareceu uma moça da vila, a Benaria, só para lembrar que era hora dele tomar seus remédios...bondade, amizade desinteressada, humanidade, educação, carinho e bem querer...estava tudo ali, naquele cantinho do mundo...
Me despedi, agradeci pela atenção recebida, desejei do fundo do meu coração que seu Constâncio se recupere logo...já estava voltando para o carro quando parei e perguntei à dna. Maria se ela tinha algum sonho na vida, ao que ela responde: "Minha abençoada, a gente só tá vivo porque sonha..." e me deu um lindo sorriso...Mas são os olhos, são eles que falam tudo que a boca cala e da alma transborda...
Sobre o amor
O amor, conceito intangível e profundamente humano, transcende a simples existência para se tornar uma jornada de aprendizado e crescimento ao longo da vida. Desde o momento em que nascemos, somos envolvidos por uma rede de relações e experiências que moldam nossa compreensão e expressão do amor.
Inicialmente, o amor é uma semente plantada pela interação com os cuidadores primários, sejam eles pais, familiares ou figuras de referência. É por meio do cuidado, do afeto e da conexão emocional que começamos a compreender o que significa amar e ser amado. Essa fase inicial é crucial, pois estabelece as bases para nossos futuros relacionamentos e interações interpessoais.
No entanto, o amor vai além do simples entendimento emocional. É um processo contínuo de aprendizado e desenvolvimento que envolve a mente, o corpo e a alma. À medida que crescemos, somos expostos a uma variedade de experiências que ampliam e aprofundam nossa compreensão do amor. Podemos aprender sobre o amor por meio da amizade, do companheirismo, do altruísmo e até mesmo das adversidades.
O desenvolvimento do amor requer um equilíbrio delicado entre a razão e a emoção. Enquanto a emoção nos conecta de forma visceral aos outros, a razão nos permite compreender e cultivar relacionamentos saudáveis e significativos. É esse equilíbrio que nos capacita a praticar a tolerância, a paciência e o compartilhamento - aspectos essenciais do amor verdadeiro e duradouro.
À medida que nos tornamos mais conscientes de nós mesmos e dos outros, percebemos que o amor não é apenas um sentimento, mas sim uma escolha e uma ação. É por meio de nossas ações - pequenas e grandes - que demonstramos nosso amor e construímos conexões significativas com aqueles ao nosso redor. Essas ações podem assumir diversas formas, desde um simples gesto de gentileza até um sacrifício altruísta.
No final das contas, o amor nos leva a transcender as barreiras que nos separam e nos unir em uma teia de conexões humanas. É por meio do amor que nos tornamos mais compassivos, empáticos e solidários. Quando exercitamos o amor em nossas vidas, não apenas nos tornamos mais plenos como indivíduos, mas também contribuímos para a construção de um mundo mais humano e acolhedor. Em última análise, é na prática do amor que encontramos a verdadeira essência de nossa humanidade.
REFLEXÕES SOBRE AS GUERRAS
Guerras: devem-se fazer? Valem a pena?
A guerra banaliza o valor da vida humana e supervaloriza os interesses escusos de poderosos e nações dominadoras.
Quanto vale a vida de um soldado? Morto, quanto vale? Morto, quem poderá devolvê-lo à sua família, à sua nação, e à humanidade?
Que dizer das centenas e até milhares de soldados que morrem diariamente nos combates das inúmeras guerras ao redor do mundo? Se a vida humana vale mais do que qualquer outra coisa, como se costuma dizer, existe alguma coisa ou causa que justifique sujeitar à morte tantas vidas preciosas?
Defender-se de invasores que não queiram retroceder de seu mau intento, creio eu, é o único motivo que justifica a uma nação expor seus cidadãos ao sacrifício, pois ou se morre lutando para defender a independência e liberdade de um país e seu povo, ou se rende à escravidão dos maus e dominadores.
Considerando-se as mortes, as destruições de casa e cidades inteiras, as elevadas perdas de equipamentos militares... com perdas na casa muitos bilhões e até trilhões, vale realmente a pena as guerras? O preço pago é alto demais para tão pouco que se venha conseguir!
O que se poderia fazer em favor da humanidade, se usássemos para o bem, as tão elevadas somas de recursos financeiros usadas nas guerras?
No obscuro do pensamento
Povoa minha imagem escura
Voando ao sabor do vento
Semelhante a imagem figura
Tratando do maior evento
Cataclismo lógico planetário
Filha do meu maior tormento
Involução do ser humano Macário
Então escreves na tua loucura
Afogando das mágoas a saudade
De quem reside na noite escura
Qual vil criatura sem piedade
E terminas por insanidade
Mais louco que a fantasia
Agregado ao valor da humanidade
Separa a criatura da alegria
Como joias na vitrine
Imagine que você está diante de uma vitrine repleta de objetos bonitos. E admirado com a beleza desses objetos, decide levar um deles para casa. Ao chegar em casa, porém, você percebe que, mesmo tendo escolhido com bastante cuidado, o objeto que comprou não parece agora tão bonito quanto todos os outros que ficaram na vitrine. Por que isso aconteceu, se você foi tão cuidadoso? Aconteceu porque cada um dos objetos que estavam na vitrine não tinha, sozinho, todas as qualidades que todos eles tinham juntos. Cada objeto era uma pequena parte, bela, mas ainda carente da beleza maior que existia no todo. Assim, um discreto anel numa vitrine é uma joia exuberante tanto quanto um grande colar de pedras. E o colar, por sua vez, toma do anel a delicadeza que ele próprio não tem. Um pequeno livro de poemas pode ser tão imponente quanto um extenso romance, e este, ao lado do livreto, rouba-lhe um pouco de sua singela poesia. Juntos eles têm a beleza inteira daquilo que representam. Separados, têm apenas o que trazem em si. O mesmo acontece com as pessoas. Cada um de nós é um ser humano único, inteiro e, sim, insubstituível. Mas, ao mesmo tempo, uma pequena parte do que todos somos juntos: a humanidade. E aí está a beleza do ser humano: nas suas diferenças; na sua diversidade; na beleza única de cada um que constrói o todo; e, até mesmo, na insuportável sensação de incompletude que isso causa. Exatamente como as joias na vitrine. Eis que, finalmente, percebemos a existência do que não está em nós, e nos sentimos menos humanos. O mundo é repleto de vitrines, e parece, em cada uma delas, um lugar bonito e perfeito do qual não fazemos parte, onde existe tudo aquilo que não temos e que não somos. É preciso, então, olhar bem mais de perto, para enxergar cada indivíduo e encontrar, nas suas deficiências e imperfeições, a sua humanidade, e então, nos reconhecermos humanos. Somente ao nos reconhecermos humanos é que conferimos aos outros a humanidade que existe em nós, e recebemos, de cada um, a humanidade que nos falta.
A História culminou até este momento
O tempo guardou consigo minha vida
Cada passo é uma constante vitória e
Cada erro é um constante aprendizado
A apetite da morte saciou-se novamente
Ruas e avenidas, antes movimentadas por vidas
tão aceleradas e impacientes, tornaram-se um
verdadeiro deserto frio e inerte
A insignificância dessa humanidade tão desumana
fez-nos ver partir os melhores sorrisos e gargalhadas
O mundo acabou por restringir-se a um único ponto
do subúrbio sombrio do Universo desabitado de almas
Um planeta corroendo-se internamente por mágoas
...tenho agora vivido dias sem café, sem cigarro, sem cerveja agora se juntaram aos meus outros dias em que estava sem ver a família de perto, sem abraços amigos, sem uma caminhadas pelas ruas da cidade, uma feirinha com cheiro de pastel frito...
Tem sido assim os últimos 337 dias pandêmicos de isolamento social que iniciei em 16 de março de 2020.
Mas eu tenho lembranças guardadas pela casa e tenho passeado com elas pela imaginação.
Os meus objetos remanescentes estão me ajudando a superar os dias. Cada um deles remetem-me à consciência como foram abordados em suas origens.
Fico mais tranquilo ainda por ter em cada lembrança a consciência tranquila em ter feito o meu melhor pelos outros e recebo esse carinho de volta com mensagens diárias.
Acordo diariamente, preparo o meu lanche e refeições, cuido da casa e faço contatos, escrevo, leio, escrevo, reflito, revejo fotografias, faço postagens em redes sociais, interajo com amigos por meio de ligações com imagem e som, participo de festas virtuais, sarais de poesia e música, enfim, descobri uma forma de movimentar a mente, igualmente...
E sigo sereno, apreensivo com a situação do vírus lá fora, sempre alerta com os meus amigos e familiares que precisam de algum reforço em seus orçamentos familiares, olhando para os lados para ver se alguém precisa de um remédio ou alimento.
Tenho me surpreendido como os bons ficaram mais sensíveis ao seu semelhante e como os maus estão cada vez mais ásperos e insensíveis. Não consigo ver se é uma força do tempo, que evidencia em maiores proporções o campo de visão ou se isso realmente é um excesso.
Às vezes, me assusta também as sorridentes fotografias de pessoas comuns em espaços públicos diante do caos público que assola o planeta. Que tipo de mensagem essas pessoas pensam que estão emanando? E os banquetes mostrados em redes sociais enquanto pessoas passam extrema necessidade....?
Essas mesmas pessoas, algumas vezes, criticam a falta de compaixão do Governo, quando elas poderiam ser mais empáticas, evitando a ostentação. E não é porque eu ajudo "silenciosamente" que eu tenho uma autorização moral para atos fúteis diante do caos mundial que se instalou, principalmente no meio dos mais carentes e necessitados.
Além da situação econômico financeira das pessoas, há pessoas em profunda depressão e outras agonizam em suas casas e hospitais por conta deste terrível vírus que invadiu o ar do nosso planeta.
Hoje cedo li: "Como alguns podem ficar alegres se outros estão tristes?" referindo-se ao termo africano "ubuntu". Isso é um termo cultural com significado fantástico para a humanidade. É possível até arriscar que para chegar ao "ubuntu" devemos utilizar a empatia como ingrediente, não esquecendo de acrescentar a fraternidade, a caridade, o amor, a resiliência, o perdão e tantos outros atributos que possam nos permitir criar pontes entre os seres humanos.
Estes meus dias de sequelas por infecção de covid que me deixaram sem paladar para degustar um cafezinho matinal se tornam tão fúteis diante de tantas outras prioridades necessárias ao meu redor, sendo que a maior delas é o pulsar da vida e do contato humano.
Ubuntu para você e ubuntu para toda a humanidade....
Disse o crítico:
"A persistência é o caminho do êxito"
Então quanto tempo mais é preciso lutar para ter respeito?
Um mundo, um país formado, caracterizado pelo diferente
Cada um uma mente com a sua vertente e mesmo assim, com todos envolvidos de alguma forma em "comunidade" nessa nossa enorme pluralidade cultural são poucos os que idealizam e talvez até sonham com um novo futuro,
É nossa república
A divisão entre sãos e loucos
Até quando aceitarão e até quando se calarão diante deste Estado que não é nação?
Até quando aceitarão e até quando irá a submissão vivendo no explorado celeiro mundial que vive vivendo de exportação enquanto sua popular população vive vivendo na carência de alimentação?
Até quando olharão mapas, apps e sites de localização para chegar as ruas Duque de Caxias, Dom Pedro I e tantos outros que se atrevem a chamar de herois usando essa denominação para continuar desde sempre essa banalização dessas, dessa enorme mancha ensanguentada, hoje, a cor mais farta em nossa bandeira, aquela, da "patria amada", aquela, que jamais seria manchada?
Vivemos na caverna de Platão, desde sempre acorrentados ao chão forçados por todos a viver uma projeção distópica em frente a uma parede de pedra enquanto fazem questão de vir para matar aqueles que se atrevem a forçar as correntes e sabem que são suficientes para deixar o Sol queimar, iluminar, a princípio te cegar e até te machucar, mas quando se acostumar a respirar verá que quando um sonhador coração está com pressa só a verdade te liberta;
No final, existe apenas uma raça, esta que deve ser a mais bela, que deve crescer, se conhecer, entender de uma vez por todas que devemos dar a nossa bandeira o que a tiraram, esqueceram, nunca falaram, o amor, que escrevam como deveria ser, "o amor por principio e a ordem por base: o
progresso por fim."
Cada um uma mente com a sua vertente Com todos envolvidos de alguma forma em comunidade nessa nossa enorme pluralidade cultural
Só existe uma raça, a raça humana
Então promana, emana
Sem ter mais medo de ser proponentes
E sem ter mais medo dos coagentes
Que cada um leve as suas paixões e ideias que por mais distintos que sejam no final resultam para todos o objetivo mais profundo,
Porque podemos todos sermos diferentes e ainda assim sonhar com o mesmo mundo,
"Somos do tamanho dos nossos sonhos",
Só existe uma raça, a raça humana
E para todos, todos vocês eu digo, não, nunca, em hipótese alguma eu vou parar de lutar, e não, nunca, em hipótese alguma vamos parar de os questionar, "porque eles combinaram de nos matar, e nós, combinamos de não morrer"...
Difícil X Fácil
Aceitar os fatos é algo que não nos foi ensinado. Por estas e outras razões, sofremos. Um sofrimento louco. Um sofrimento árduo. Um sofrimento doído. Um sofrimento bruto. Daquele que estraçalha a alma e bagunça o nosso espiritual. Por estas e outras razões, acabamos vivendo uma vida que não é a nossa. Uma vida sem graça. Uma vida sem perspectiva. Sem enxergar o caminho que devemos seguir e que está bem na nossa frente. Por que é tão difícil aceitar aquilo que nos foi determinado? Porque a cada dia, uma nova luta, um novo acontecimento, uma nova era.
Sabemos que viemos para cumprir nossa missão. Sabemos que precisamos aceitar. Sabemos que antes de vir, seria desta forma. Sabemos que precisamos fechar ciclos. Sabemos de tudo. Sabemos, mas não aceitamos. Por que é tão difícil aceitar, se sabemos? Porque estamos acostumados com o que é mais fácil. Tudo o que é difícil, não queremos. O difícil dói. O difícil bagunça. O difícil nos deixa atordoados. Preferimos o fácil pelas razões contrárias do difícil. E assim, caminha a humanidade, preferindo aquilo que não mexe com o que nos faz crescer.