Textos Reflexivos sobre Inclusão
Longa é a Dor do Pecador
Ano Novo
De novo
Tempo
De
Reflexão
Sem
Violência
Dizer
Não
À opressão
Da truculência
Do
Obscurantismo
Da
Corrupção
Mais
Uma vez
De novo
Dizer
Não
À arrogância
Da onisciência
À pretensão
Da onipresença
À miopia
Da onipotência
Ao pecado
Da omissão
Sim,dizer
Não ao comodismo
Da consentida
Voluntária
Servidão
Breve é a dor do trovador
Reflexo Absurdo da Distância
Todos os rios tem o seu narciso. Imagino as águas de um rio se exibindo para o céu azul de um dia ensolarado. O poema em si, é uma beleza de palavras ricas escritas não a lápis mas com tinta. Belas são as mãos de quem escreve algo que nos faz sonhar. Todos os homens tem o seu rio.
Os rios abandonam os homens que envelhecem distantemente da sua infância.
Carta em Próprio Punho
Pensamentos, valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda de ser o ter, sem que o ter te tenha. Não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer. A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente. A mentira é muita vezes tão involuntária como a respiração. Esquecer é uma necessidade e a vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.
Amor,
quando você sorrir, eu vou brilhar,
como um reflexo eterno do seu encanto.
Este anel, com a verde intensidade das esmeraldas,
será uma lembrança viva do meu olhar,
onde o brilho dos seus gestos encontra o paraíso.
Toda vez que seus olhos pousarem sobre ele,
saberá que carrega em suas mãos
a reluzente essência do meu amor,
guardada na profundidade dos olhos verdes
que sempre o procuram, sempre o esperam.
E quando o meu sorriso surgir,
será apenas o reflexo do brilho que você acende em mim.
Ódio é uma palavra vazia,
Ecoa no peito, mas não se faz vida,
É o reflexo de um passado sombrio,
Que se agarra à alma, por dor perdida.
Pessoas que não conseguiram superar,
A dor que ainda os prende no ontem,
Acham que o peso vai sempre ficar,
Mas tudo é passageiro, até o que assombre.
Momentos bons, momentos ruins,
São como ventos que vão e vêm,
O que importa é seguir, sem amargura,
Pois o tempo é mestre e nos contém.
Hoje, eu mudei e compreendi,
Que o inimigo está na nossa visão,
Não há ódio, nem razão pra resistir,
A paz começa na nossa reflexão.
E no fim, o segredo é superar,
Deixar o peso ir e então viver,
Com a mente leve, a alma a cantar,
Na paz que só quem ama pode ver.
Uma Breve Reflexão Para Vida
E direi a minha alma: Alma tens, em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. Lucas 12.19-21.
- Com dinheiro podemos comprar uma casa, mas não um lar;
- Com dinheiro podemos comprar um relógio, mas não o tempo;
- Com dinheiro podemos comprar uma cama, mas não o sono;
- Com dinheiro podemos comprar comida, mas não o apetite;
- Com dinheiro podemos pagar um médico, mas não a saúde;
- Com dinheiro podemos pagar um seguro, mas não a segurança.
Infelizmente esse é o problema que a maioria das pessoas ainda não entendeu; existem coisas que nunca poderemos comprar. Certas situações simplesmente não dependem de questões financeiras. E neste caso não há nada que se possa fazer.
Precisamos entender que aquilo que pode ser comprado geralmente não dá significado a nossa existência; pode dar uma momentânea alegria, mas não o significado que nossa existência precisa.
Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Marcos 8.36.
Quando investimos nossas vidas naquilo que dá significado a nossa existência, então: viver, amar, ter compaixão, abraçar, sorrir, fazer sorrir, se encontrar, caminhar, chorar, ajudar... ganhará significado.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
A solidão causa uma forte sensação de nostalgia, ao mesmo tempo em que provoca uma reflexão sobre o passado.
Nos momentos em que me sinto sozinha, não tem jeito - volto a me apegar no passado. Eu volto a lembrar de coisas que aconteceram há tanto tempo...os momentos de festas, de experiências, das descobertas da juventude.
Eu realmente vivi intensamente esse momentos. Mas os tempos difíceis chegaram. E quando isso aconteceu, fiquei sozinha. E isso foi tudo o que me restou.
As lembranças de um passado bem vivido, embora tragam boas sensações, não passam de recordações vazias, de coisas que jamais vão acontecer novamente, de pessoas que nunca mais vou ver na vida.
Quanto tempo se passou...mas depois de todos esses anos, de certa forma, eu ainda consigo me identificar com a pessoa que eu era na adolescência e na juventude.
Talvez porque essa é minha essência. Porque apesar de tudo, não tem como eu mudar aquilo que eu estou destinada para ser. Por isso eu tenho certeza, que independentemente do que acontecer, eu tenho que estar lá por mim mesma.
Pois os momentos de festas, alegrias, experiências irão passar. E quando isso acontecer, todos irão embora. E eu vou precisar seguir em frente.
Um Resumo dos Pais Teólogos
Depois que os Apologistas introduziram uma reflexão teológica mais analítica, o terceiro grupo dos Pais da Igreja se ocupou de aprofundar esse assunto sistematizando as doutrinas teológicas.
Então foi com esse grupo de Pais da Igreja que entre 300 e 600 d.C. os cristãos começaram a pensar teologicamente de forma mais sistematizada e com uma análise teológica mais bem definida.
Naquele tempo, ensinos perigosos que atacavam principalmente a divindade de Cristo, a doutrina da salvação e a natureza da Trindade, começaram a ameaçar a Igreja. Mas Deus levantou homens que foram verdadeiros gigantes na exposição da doutrina bíblica correta acerca desses assuntos.
Entre esses grandes pensadores cristãos, podemos destacar:
Atanásio: foi um exímio defensor da divindade de Cristo contra a heresia do arianismo desenvolvida por Ário, que alegava que Jesus não era Deus, mas apenas um ser criado por Deus dentro do tempo.
Os Três Capadócios: foram três amigos que tiveram uma participação fundamental na defesa da doutrina da Trindade. Seus nomes eram: Basílio de Cesareia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa. Esses três homens foram teólogos incríveis que abordaram de forma muito completa a doutrina da Trindade; especialmente no que diz respeito ao relacionamento entre as pessoas da Trindade. A sistemática dos Pais Capadócios sobre a doutrina bíblica da Trindade, forneceu as bases do entendimento cristão sobre o assunto nos séculos seguintes da história da Igreja.
Portanto, se por um lado jamais devemos olhar para os Pais da Igreja com algum tipo de idolatria, por outro lado não podemos nos esquecer de que esses homens piedosos foram levados à morte por sua fé em Cristo; eles dedicaram suas vidas à causa do Evangelho e ao ministério de auxiliar outros cristãos a estarem preparados para responder a qualquer um que lhes pedir a razão da esperança que há neles (1º Pedro 3.15).
Justino Mártir (100-165 d.C.): Foi um filosofo em defesa da fé. A convicção de Justino da verdade de Cristo era tão completa que ele teve morte de mártir por volta de 165 d.C.; Justino foi decapitado junto com seis de seus alunos.
Tertuliano de Cartago (160-220 d.C.): Advogado que se converteu ao Cristianismo, passando a exercer também a atividade de Evangelista junto à Igreja. Um dos seus mais importantes textos é sobre a apologia, principalmente em sua obra Contra Práxeas, onde defende a doutrina da Santíssima Trindade.
Orígenes (185-254 d.C.) Filósofo grego, natural de Alexandria. Aos 18 anos assumiu a direção da escola de evangelização como sucessor de Clemente, mas em 215 os massacres praticados por Caracalla, obrigaram Orígenes a deixar Alexandria, fugindo para Palestina, onde os bispos Alexandre de Jerusalém e Teócito de Cesaréia o acolheram com honra.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
Antes de me apaixonar por você
Eu me apaixonei pela lua
E pelo reflexo dela sobre o mar
Antes de me apaixonar por você
Eu me apaixonei pelos jardins coloridos
E pelas borboletas que dançavam sobre eles
Antes de me apaixonar por você
Eu me apaixonei pelo céu lilás
E pelos finais de tarde no verão
Antes de me apaixonar por você
Eu já conhecia a beleza, mas não conhecia o amor...
O enigma do espelho
Ao refletir o que na frente se coloca
o espelho devolve tal e qual o reflexo
mas, seu plano intacto não se desloca
e isso parece ser muito complexo...
pois, se ele tem a ação de refletir
há reação diante de uma imagem
quem é que pode isso nos garantir,
que nesta ação, espelhos não movem?
Visto que o reflexo é uma ação
própria das coisas que refletem
por que o que não reflete tem não...
Logo, o espelho é um respondão,
se não fosse, não devolveria a imagem
igual a projeção de sombra no chão!
Maria Lu T S Nishimura
Circunstâncias do meu reflexo
Se assim fosse eu olhar - me no espelho
Então não encontraria meu reflexo
Sê fosse meramente meu eu, eu ali espelho
Mas, talvez existisse tantas faces no reflexo
E ser eu mesma talvez seria a lógica
Da minha mera e simples existência
Ou talvez fosse minha arrogância
O propósito, a intenção ou a tática
Porque existir e me continuar sendo
Seria no mínimo a máxima elegância
Mas, no reflexo esteja eu só sendo
E minha imagem sendo minha existência
Quando na verdade não me vejo ali contido
Porque posso ser somente a circunstância
Pensando em você
Vejo os espelhos que refletem o meu coração
Nesse reflexo me perco
E me despojo em seu sorriso
Em seu toque
Eu me descubro
E a cada dia
Quero mais e mais de você
Sentir sua alegria
Seu olhar
Seu beijo
Seus segredos
Descobrir os seus segredos
E fazer parte deles.
De sua vida !
Islene Souza Leite
Poesia/Reflexão
Providências
Não tem como perder o que nunca foi seu, mas a maneiras de se manter o que realmente está ao seu lado.
A vida é um aprendizado diário com nossos erros nos tornamos mais fortes , com os acertos ganhamos coragem para continuar a buscar o que nos faz verdadeiramente bem.
A felicidade vem e bate a porta , mas ela só entra se você permitir. Dá um passo muitas das vezes é necessário e por medo muita gente deixa de ser feliz. O que é uma pena !
Não se prenda ao passado, ao que te faz mal, valorize o que tem. Respeite! Dê amor! Não espere que seja reciproco , apenas seja você e deixe que a vida trará ao seu encontro tudo o que é seu por direito. Viva com intensidade, procure ter sabedoria , peça perdão quando necessário , perdoe verdadeiramente,seja humilde em suas atitudes, tardio em falar principalmente se estiver com raiva. Quanto mais velhos mais propícios a cometer erros estamos por isso não julgue! Não seja você a atirar a primeira pedra em alguém. Viva seu presente com amor e deixe que o amanhã Deus proverá em sua vida.
Poetisa
Islene Souza Leite
O mito do vento
Tantas vezes a face estampada no reflexo,
Das águas, espelhos, telas e estampas...
Sabem lá inúmeras vezes escancaradas
Este enigmático ser humano sem nexo!
Ah! Existem aqueles a acusar o outro:
- Como és narcisista seu rosto á postar!
Entres flashes surgem as selfies no ar:
Rostos, caras e expressões, é o colostro!
Há quem desdenha dizendo assim:
- Vais ver quantas curtidas recebestes?
Naquele ar de quem não age por tal fim!
Daí, amplificando o mito, decifro o atrito:
-Todos, sem exceção, narcisistas rebeldes!
Pois, todos carregam sua imagem no vento!
A minha existência
é no seu pensamento
como o mar alisando
a costa sob o reflexo
das luzes da cidade,
Sereia sou na verdade
e com contentamento
mergulhado com dois
Acroporas samoensis
nas mãos se erguendo
como catedrais no giro
do mundo dançando
sem parar no ritmo
da balada de amor
orientada pela magia
do desejo do seu
peito colado no meu.
Sem querer ferir o coração de ninguém, mas convido a uma reflexão: admirar uma personalidade é um direito seu e que para o seu bem deve ser cultivada junto com o seu amor próprio.
Admirar e se sacrificar por ela se expôndo a riscos de qualquer natureza é sinal que você não está bem e deve repensar o seu valor para si mesmo.
Estou assustada com o vazio enorme que estamos vivendo que nos últimos tempos está levando pessoas a se sacrificarem por pessoas personalidades de maneira irrazoável.
Antes de admirar quem quer que seja temos que amar a nós mesmos mesmo que as nossas vidas não estejam tão boas assim.
Bom dia!
Hoje, quero compartilhar uma reflexão especial sobre a força da amizade, iluminada pela presença de Deus.
Amigos são presentes divinos, companheiros que tornam a vida mais leve, mesmo em momentos de tempestade.
A amizade verdadeira é como a luz que Deus coloca em nossas vidas: nos aquece, nos guia e nos lembra que nunca estamos sozinhos.
Não importa a distância, onde há respeito e amor, sentimos que nossos corações permanecem unidos.
Que seu dia seja repleto de bênçãos, de gestos que celebrem a vida e de pessoas que tragam paz e alegria ao seu caminho.
Caminhe com Deus, valorize as amizades e espalhe a bondade que transforma o mundo!
Com carinho e fé, desejo um dia de vitórias e inspirações para você!
Mais uma das minhas reflexões.
Você sabe fazer escolhas?
A felicidade é, hoje, e já há algum tempo, um tema bastante visitado, sobre o que, existem inúmeras publicações que procuram, desde definir o que o termo possa significar, até fornecer receitas na linha da autoajuda, obviamente passando por obras produzidas sob a ótica de profissionais das diversas áreas da ciência, assim como por livros de escritores que procuraram resgatar a história de um assunto, o qual, desde os primórdios, ocupou a mente de muitos pensadores, sendo que até de Schopenhauer se encontram estudos a cerca desse tema.
Apesar de sabermos que muitas questões despertam o interesse momentâneo da sociedade, numa espécie de modismo, o assunto felicidade, ao contrário, parece que conquistou espaço na literatura e ganhou a atenção das pessoas e da mídia em geral, assim como de estudiosos do comportamento social e até das entidades governamentais.
Consciente da complexidade de que é revestido esse assunto, não cabe aqui tratar dele de maneira abrangente. Afinal, independentemente da visão que se possa ter da felicidade, não há como não reconhecer que ela está relacionada com muitos fatores sobre os quais podemos ou não ter o controle.
Entre tantas condições de que depende ser ou não feliz, está uma que diz respeito à nossa atitude perante os diversos fatos com que temos que lidar.
A atitude que adotamos frente a uma situação pode produzir resultados que afetam a nossa vida de uma forma positiva ou negativa.
Exceto aquelas ações que são acidentais, aquilo que fazemos é fruto de uma decisão, que pode ser consciente ou inconsciente.
No entanto, quanto mais nos conhecemos, menor é o número de decisões movidas pelo inconsciente, o que significa que nossas decisões podem ser mais coerentes com nossos objetivos à medida que seja menor a influência de fatores inconscientes nas nossas atitudes.
Por essa razão é que, neste texto, o título pergunta se você sabe fazer escolhas.
Para não passarmos imediatamente para as ações individuais, vamos imaginar que as pessoas, ao elegerem um presidente da república, governador, prefeito, presidente da sua agremiação ou o síndico do condomínio, estão escolhendo quem irá ter influência na sua vida.
Em que pese às poucas opções que se têm numa eleição de dirigentes públicos, a escolha que se faz sempre poderá ser a melhor ou a pior. E temos exemplos em todo o mundo, de políticos que ergueram uma nação, assim como daqueles que levaram ao caos o seu país.
Por mais que as circunstâncias possam influir no sucesso ou insucesso de um governante, o que mais pesa no resultado de uma gestão são as qualidades do gestor.
É até plausível pensar que seja possível que uma boa escolha não garanta um bom resultado, mas é bem pouco provável que uma escolha errada o produzirá.
Depois dessas divagações, é hora de encarar a questão da escolha do ponto de vista individual.
Se uma pessoa criativa consegue fazer de um limão azedo uma deliciosa limonada, é também verdade que ela conseguiria fazer algo mais apropriado para o momento se dispusesse dos ingredientes necessários.
Vale dizer que, não obstante a capacidade de cada um, frente às circunstâncias, em geral não se realiza um bom trabalho sem as condições adequadas.
Assim sendo, se escolhermos ver um filme sem ter tido informações suficientes para a escolha, são mínimas as chances de sairmos contentes do cinema. Entretanto, considerando o custo que isso representa, o prejuízo não será grande.
Mas e quanto a escolhas que têm um peso importante na nossa vida, como é o caso, por exemplo, de uma mudança de emprego, um casamento, etc?
Mais do que tentar entender as razões que nos levam a tomar uma decisão, o objetivo, aqui, é levantar essa questão de forma que possa fazer uma reflexão sobre o assunto.
A reflexão a que convido pode ser em relação a decisões tão simples como qual caminho seguir pra chegar a um lugar, como as mais complexas que têm a ver com as escolhas que fazemos em relação a lugares que frequentamos, a amizades que mantemos, a pessoas com quem nos reunimos para dividir as alegrias e as tristezas, ou mesmo para jogar conversa fora.
O que dizer, então, das decisões que norteiam a nossa vida quando decidimos nos casar, tem um filho, aposentar, mudar de residência, de cidade, ou então de país?
O que estará por trás de uma decisão?
Será Intuição, vontade de tentar uma nova coisa, vocação para assumir riscos ou apenas porra-louquice?
Decisões baseadas em dados concretos, fundamentadas em questões objetivas e coerentes com outros planos têm muita chance de produzirem os resultados esperados.
Por outro lado, aquelas baseadas apenas na intuição, levarão a bons ou maus resultados dependendo de quão acertada for a intuição que se teve, visto que, se todas as intuições fossem acertadas, nenhuma empresa fecharia e nenhum casamento acabaria.
Dias atrás, vi uma notícia sobre uma moça que frequentava um presídio para visitar um rapaz que estava recluso, por quem acabou se apaixonando e aguardava que ele fosse libertado para se casarem. Esse não é o único caso dessa natureza.
Longe de qualquer preconceito, pois um presidiário tem o direito de ressocializar-se e é isso que a sociedade espera. No entanto, excluindo-se casos específicos, o que, em geral, leva uma mulher ou um homem a fazer essa escolha?
Entretanto, se esse é um caso que chama a atenção pelo caráter heterodoxo da preferência, outros há que também merecem um exame mais detido das razões que determinam uma escolha.
Não há como deixar de considerar que fazer escolhas é uma habilidade, entre tantas que uma pessoa pode ou não ter.
Sem autoridade para me estender nesse campo do conhecimento, diria que tal habilidade, assim como outras, sofre influência de vários fatores. E, para não incorrer em erros maiores de conceituação, arriscaria classificar esses fatores como sendo, ao menos parcialmente, de caráter psicológico.
Esse atributo psicológico de tomar decisões, não poderíamos dizer que faz parte da inteligência emocional? Quer dizer, não tem nada a ver com a habilidade para a aritmética, com a familiaridade com as línguas, com a vocação para as artes, esportes etc.
Um bom financista tomará boas decisões em temos de investimentos, mas poderá se mostrar um desastre nas escolhas da relação afetiva. Ou seja, se não tomamos decisões certas, em algum campo da vida teremos prejuízo.
Afinal, quais são os pontos de contato da habilidade para a tomada de decisões com a felicidade?
Bem, na medida em que soubermos fazer escolhas alinhadas com os nossos planos e desejos, será mais seguro que alcancemos nossos objetivos e isso nos trará recompensa, mecanismo que nos faz sentir felizes.
Novamente, trazida à tona, a habilidade que se tenha de fazer do limão uma limonada, tem a ver com a capacidade de encontrar a felicidade, mesmo diante de adversidades. A isso se dá o nome de resiliência.
Tragédias Anunciadas
Este texto não é uma notícia e sim o resultado de minhas reflexões matutinas. É extenso, mas creio que vale a pena ler.
O mundo ainda se refazia do choque provocado pela loucura do atirador de Las Vegas, quando o Brasil ficou estarrecido com a notícia da tragédia de Janaúba, pequena cidade mineira onde o vigia de uma creche, ateando fogo, mata 8 crianças e uma professora.
As investigações sobre o caso de Las Vegas ainda podem mudar de rumo, mas, pelo menos até agora, o que se noticia é que a ação do criminoso não está ligada a terrorismo.
Dessa forma, qual é a relação entre as duas tragédias, ocorridas em cidades separadas por cerca de 10.000 quilômetros?
Mais do que possa parecer, talvez haja mais coisas em comum entre esses dois casos, assim como em relação a diversos outros acontecimentos que abalaram a sociedade.
Se não bastassem as ameaças do terror que roubam a paz dos americanos, é assustadora a frequência com que, nos Estados Unidos, ocorrem atentados em escolas, cinema, boates, igreja e na rua, causando pânico entre aqueles cidadãos, com repercussão em todo o mundo.
Depois da tragédia de Las Vegas, as autoridades americanas, assim como a sociedade, discutem como poderiam ser evitados esses crimes que tanto traumatizam a população.
Entre as medidas de prevenção, a que mais causa debate é o controle da venda de armas.
Causa espanto a obsessão do povo americano pela posse de armas com o intuito de se proteger contra as ameaças de toda espécie. Assusta ainda mais quando se vê a quantidade de armas pesadas, como rifles e fuzis, que se proliferam nas mãos de cidadãos comuns às quais têm acesso até mesmo as pessoas que ainda teriam idade para se ocupar com brinquedos.
Não obstante essa consideração, até onde o problema da violência se deve exclusivamente à facilidade com que se adquire uma arma?
Da forma como estão ocorrendo as ações terroristas e em outros tipos de atentados, em que se usam facas, caminhões ou combustíveis, para se perpetrar uma tragédia, se a posse de uma arma não aumenta a proteção do cidadão, também não será restringindo a venda de armas que se irá garantir a segurança da população.
Excluindo as ações terroristas de fundo religioso ou ideológico, que merecem uma atenção diferenciada, o que poderia ser feito em relação a outros tipos de atentados?
Novamente, vale trazer a questão da relação entre o atentado de Las Vegas e o de Janaúba, em Minas Gerais.
Mas não só entre esses, pois haverá de existir alguma semelhança entre muitos atentados que ocorrem com tanta frequência aqui e em tantos outros lugares.
Por mais imprevisibilidade que possam parecer ter, crimes como o de Las Vegas e de Janaúba têm pontos em comum. Assim como os tem o crime praticado por Suzane von Richthofen (e os irmãos Cravinhos) e outros da mesma natureza.
Entre tantos crimes que são noticiados a todo momento, o que se observa é que têm em comum o desajuste emocional. Mas se procurarmos mais atentamente, é possível que também concorra um outro fator, que é o distanciamento dos autores em relação à sua família ou a outras pessoas com eles conviviam.
No caso Richthofen, o que mais chamou a atenção é que a mãe Suzane era Psiquiatra. Sendo ela uma profissional da área da saúde mental, além de mãe de sua algoz, o que faltou para poder identificar na filha um comportamento que pudesse indicar que ela tivesse um desajustamento capaz de praticar um crime tão hediondo?
Será que a resposta não está no modelo de sociedade que estamos construindo?
A tecnologia, que veio para nos liberar de atividades rotineiras e para facilitar a comunicação, está servindo para aproximar os que estão distantes e, ao mesmo tempo, para distanciar os que vivem ao nosso lado.
A sociedade consumista, que ao mesmo tempo move as pessoas em direção ao progresso econômico, as escraviza exigindo mais horas de dedicação ao trabalho para obter os rendimentos necessários às demandas de consumo.
A educação das crianças é terceirizada para a babá, para a creche, para os professores do prezinho, do judô, da natação, do inglês e, da natação, para a TV, videogame etc.
A família vive junta mas apenas divide o mesmo endereço, pois as pessoas não convivem, não conversam, não se comunicam, não compartilham sua vida.
Mesmo entre os amigos, acompanhando o clima das redes sociais, mais vale postar que está “na boa” do que compartilhar uma “deprê”. E assim, ninguém sabe o que se passa na cabeça de quem passa ao seu lado boa parte da sua vida.
Podemos nos sentar à mesa com a parceira, com o amigo, irmão, filho e nem desconfiar que um drama permeia a sua mente.
Então, talvez se possa pensar que a obsessão pela posse de um fuzil não seja a causa de um atentado, mas a consequência.
Talvez se buscarmos uma forma de convivência em que as pessoas não se sintam sozinhas na multidão, que percebam que o outro que está próximo de nós não está apenas ao nosso lado, mas também do nosso lado, quem sabe se não teremos uma sociedade mais sã?
Aqui escrevo pensamentos e reflexões que tenho nas mais diversas situações que vivo. Muito provavelmente, e certamente, outros já disseram as mesmas coisas, com as mesmas palavras ou palavras parecidas. Não tenho a intenção de plagiar ninguém, simplesmente escrevo o que me vem à mente. Mas talvez, inconscientemente, reproduza alguma coisa que já tenha lido ou escutado em algum lugar.
Essa é mais um reflexão de um início de despertar de consciência.
Acho que vem muito mais coisas daqui pra frente. A cabeça tá a mil por hora!
A maré ruim tá passando e tá se transformando em coisa boa. Um mundo novo tá se abrindo.