Textos Reflexivos sobre Crianças
Aqueles que são leves sempre voam alto. Ser leve é ser sem carga. Se você carrega algo você fica impedido de voar. Ao ser leve você nunca fica cansado de suas responsabilidades. Você é um tutor. Um tutor nunca fica cansado. Quando nada é seu, não pode haver carga. Seja amoroso e desapegado. Seja um mestre e uma criança."
Paz é estar em Deus! Ouvir Sua voz no silêncio iluminado de cada amanhecer, na Sua fala misturada pelo som do vento, na Sua deslumbrante arquitetura bem-trabalhada das árvores, no Seu jeito único e envolvente tal qual de uma criança. Vida é o amor que nasce dEle e que somos profunda e constantemente amados por sua infinita bondade. Assim, pelo que sou, louvo-te, Senhor! Amo-te, Senhor! Agradeço-te, Senhor! Estou em ti e Tu estás em mim, porque é só assim que sigo o caminho, a estrada, a viagem dessa minha tão abençoada vida.
Pai que é pai deve ser integralmente dedicado à troca de fraldas, ao carinho, a dar o "tetê", a levar ao médico, a proferir broncas, a levantar de madrugada e, obviamente, a não ter vergonha de fazer cara e voz de bocó só para ver aquela boca cheia de dentinhos minúsculos gargalhando.
As vezes eu queria ser um anjo,ajudar quem precisa e bater minhas asas gigantes,levantando vôo para longe daqui. Já quis ser fada,guerreira,princesa e rainha. Já quis ser sereia,ser maga,bruxa e feiticeira. Saudade dos meus sonhos de infância,tão vivos e reais,tão em mim. Hoje me vejo distante,longe de mim,longe de tudo. Sinto falta dos meus momentos nostálgicos,saudade das rosas e das flores,do colorido do mundo. Sei que pode parecer confuso,mas sinto falta da pureza do mundo,dos sentimentos sinceros e dos finais felizes. Um dia notamos que os finais felizes existem apenas em livros,que são na verdade,uma fuga para os loucos que não abrem mão de um sonho perfeito. Loucos,errados aqueles que acham a loucura uma doença,loucura é diferença,individualidade,individual ou acompanhada. Saudade dos sonhos de um futuro livre,saudade dos meus sonhos de criança.
Descalço na terra, e toda essa plenitude me invade, então sou, o que sou, e o resto é vaidade, quem é que toca a bola rápido, que nem olha pro lado, continua a malicia, olho no peixe, olho no gato, quem é que te define, quem é que te julga, quem pode fazer isso, enquanto ninguém te ajuda, quem segue rente ao que quer, quem não vê empecilho ao fazer, quem é a pessoa que quer ser igual a você, quem te faz acordar cedo, quem que te faz dormir tarde da noite, a criança que você foi ontem, gostaria do adulto que se tornou hoje?
Assistir a Valentina dormir é como mergulhar fundo num oceano de sensações. Fico parado do computador escutando a respiração e babo em detalhes a minha filha. Me perco, me encontro, me vejo hoje onde não pensava estar ontem. Me disperso, me recolho, fico preocupado com a vida dela e busco forças. Respiro, expiro, penso em seguir, mudar tudo. Sigo no enigma mais claro e na sabedoria mais vulgar de tudo o que é, sem nenhuma razão especial de ser quando a vejo dormir. Não hesito; me deixo levar nos pensamentos. Ela me traz essa reflexão e o que vem dela deixo fluir. Me deixo levar antes que seja tarde, antes que seja um poente finito. Ela me ensina tanto, sem falar nada, com quatro anos, dormindo, só de olhar... Entendo e aprendo que o despedir de um dia lindo que não se repetirá é, na verdade, uma cortina aberta para a verdade. E que a linha do horizonte vista dessa janela e suas formas inalcançáveis sejam da força e da fonte para a noite que virá, pois lá, enquanto eu estiver vivo, vai dormir uma criança. E olhando bem, dentro do coração dela, dorme também a criança que eu fui um dia, com todos os meus sonhos. Olho, observo. Ela ameaça acordar, mas dorme de novo ao receber meu carinho. Que bom que ela ainda é criança. A vida é tão difícil, tão dura, tão injusta, tão cruel, tão desumana, que eu não saberia como cobrar um conforto e um abraço de quem devo abraçar e confortar. Agradeço por ela existir. Penso em nossa história. Afinal, ela é tudo para mim hoje, mais do que eu achava que fosse ontem. Há dois anos então, nossa! O amor só cresce. Em palavras não ditas, escuto o ruidoso silêncio da respiraçãozinha dela, que não me deixa concentrar em outra coisa. Dizem que Deus sempre falará para um pai que observa a filha dormir. É verdade. Se ele existe e algum dia falou comigo, não seria em outra situação. Olho bem no centro do seu rostinho e penso disso tudo, que a mim fica a sensação de tudo ao mesmo tempo, do mais contraditório tipo: dos acertos na vida ao tempo perdido, do sonho errado, do passado que você nunca mudaria, do desânimo diante de uma caminhada que no fundo você pensa que pode não ser o melhor pra vida dela. Não dá para definir se é tristeza, euforia, ansiedade, alegria, desilusão, esperança, razão, emoção, ou apenas angústia e preocupação. Acho que é um misto de tudo isso com uma grande pitada de não saber nada sobre a vida. É um misto de tudo. Em que me despeço e peço, fico olhando até pegar no sono também, quando, aos poucos, vou apagando e esquecendo memórias de um futuro que ainda não foi. Aceito o que o passado tem sido, sem glória, sem lamento. Tento dormir pensando bem sobre tudo isso, e aprendo sob escombros das lembranças, sem que eu e ela, sem que ninguém se aventure ao resgate, pois num coração de verdade, não há chance de resgate, só remendos, apenas sangue estancado. E é por isso que perceber toda inocência de um filho perante o mundo nos emociona, nos faz chorar, nos orgulha em alegria, mas também nos rasga o peito de dor.
O amor é um estado natural e original do nosso SER, - Para algumas pessoas este estado esta hibernando e quando é despertado, - voltamos a ser um SER de AMOR... E logo, voltamos a ser criança... Sem preconceito, sem julgamento e sem corrupção! Este é o nosso estado original humano e precisamos acordar urgente! Acorde agora! Por um mundo mais tolerante e com mais amor! Vamos voltar a ser criança?
Nossa a cabeça dá um nó. Um nó que dá na reticência. É quando queremos que a voz do divino, estrondasse como nos livros sagrados, indicando um caminho seguro, mas apuro o ouvido e o que ouço é um eco de silencio mortal, vozes sufocadas de choro e de indecisão. Uma criança com esperanças planejou um futuro romântico e florido. Encheu o pulmão de perfumes amadeirados, mas o cheiro que vem é o da poeira. Lá fora um mundo, acelerado pessoas pensam que cumprem um destino, quando na verdade seus sonhos são uma realidade que não leva a lugar nenhum. Mas a criança ainda sonha. Apura o ouvido e crê, que depois do silêncio alguém lhe venha indicar o caminho.
A morte faz parte da vida. Mesmo assim, é impossível lidar com ela quando a pessoa que parte desse mundo é uma criança. De certo modo, a morte não deveria existir para elas. Sempre haverá um vazio em sua alma quando uma criança presente em sua vida vier a falecer. Dizem que o tempo é o melhor remédio, que ele cura tudo, não acho que seja o caso aqui. Quando um jovem morre, ele leva consigo toda esperança que as pessoas possuem em ver um mundo melhor. É como se dessemos um passo atrás todas às vezes que isso acontece. Parece até que o mundo irá acabar, parece até que partimos junto com elas. Muitas vezes, é realmente isso que acontece.
Contaram-me que Papai Noel não existia. Não lembro se fiquei chocado ou algo do tipo; penso que não, mas lembro com nitidez que me empenhei em relevar este segredo às outras crianças na primeira oportunidade que encontrasse. -- Foi na festa de fim de ano da escolinha. Certo momento apareceu o “Papai Noel”. Aquela indumentária vermelha, aquela barba postiça, a barriga enxertada, tudo que antes me parecia tão verossímil, gritava aos olhos a falsidade evidente. Já havia adiantado aos meus coleguinhas que o Papai Noel era uma farsa, sendo taxado de mentiroso. Para provar minha teoria - certos costumes nascem conosco - tracei uma estratégia. Era preciso um detalhe simples e irrefutável. Andei em torno do golpista e, num relance, percebi uma falha. Os cabelos da nuca, brancos, brilhosos e falsos, revelavam-lhe a peruca, deixando a mostra os fios pretos e reais que saiam, aos tufos, de sua cabeleira carapinha. Arregimentei um primeiro grupo e, sorrateiramente, posicionei-me atrás do sujeito para apontar a prova cabal. Foi um choque absoluto. Um dos meninos saiu chorando, aos berros, para minha sádica satisfação. Um a um fui chamando para que a verdade fosse revelada. Algumas mães, aflitíssimas, começaram a desmentir e criar novos mitos para conter a enorme celeuma que se fez. Olhos odiosos e cheios de crueldade fitavam o salão a minha procura. Mamãe precisou me proteger de possíveis retaliações maternais perante a iminência das delações dos recém-desiludidos. Foi uma festa e tanto!
Estava tudo calmo, até que avistei uma pantufa azul com nuvens brancas estampadas. Imediatamente olhei tudo que rodeava o meu quarto e que pudesse entrar em sintonia com essa pantufa. Estaria ela isolada da minha existência, ou algum motivo teria para me chamar tanta atenção? Comecei então a observar meu quarto, e notei que, assim como as cores daquela pantufa, meu lençol também é azul de bolinhas brancas. Olhei em seguida de forma mais abrangente o meu quarto, cenário onde passei os últimos momentos na infância e pré-adolescência, antes da partida para os insondáveis e misteriosos planos e objetivos profissionais. O local está exatamente como deixei. Abrindo a janela, esta que ainda é protagonista constante nos textos feitos durante as minhas férias, notei, nas montanhas, o mesmo verde de sempre. No ar, a mesma brisa que caracteriza o clima paradisíaco de Friburgo. Só o céu parece agora mais azul e com as nuvens mais brancas depois que parei para observar as pantufas. Ao lado da janela, o espelho de sempre; porém, o reflexo mudou. Percebo um corpo mais maduro pela idade, mas, mesmo assim, com o mesmo vigor de alma. E Isso me deixou mais ansioso, agora, para chegar até você. E vem daí a minha grande dúvida. Como tanta reflexão pode partir apenas da observação de uma simples pantufa azul com estampas de nuvens brancas? Tento sair então da redoma desse quarto e volto novamente à janela; e vem aí a incerteza de que nossos respectivos carmas se processem. E isso, por si só, já me faz vibrar, assim como acontecia nos tempos quando olhava minha infância nesse mesmo espelho, cheio de expectativas acerca do colégio. Então me pergunto: será que, por sentir essa sensação novamente, isso não merece uma continuidade? Por mais que eu pense a respeito, não encontro, por mim mesmo, o caminho para um esclarecimento, ainda que imperfeito, mas que traga um pouco de qualquer coisa. Dizem que a ânsia de exteriorizar o que sentimos por nós mesmos pode assustar as pessoas. Mas acho que não... Nada mais natural numa fase de adaptação de uma alma ainda em plano material. Nesse ponto divirjo de certos pensadores que afirmam que devemos ficar mais em paz com nossos pensamentos. Não concordo, repito. Estou certo de que uma reflexão sincera e vibrante é um pensamento em forma de prece e que pode atingir para o bem, de alguma forma, aquilo que nos inspira a refletir. Espero apenas deste mundo, que em breve possa encontrar respostas para estas dúvidas, decorrentes, certamente, de uma simples pantufa azul com nuvens brancas estampadas.
Tenho saudades do tempo em que minha única preocupação era construir um castelo de areia que não desabasse; do tempo em que dor era somente a do Merthiolate; em que deitar na cama entre meus pais era o suficiente pra espantar o medo; um tempo em que meus erros eram corrigidos simplesmente com uma boa palmada. Sinto saudade do tempo em que o sabor das coisas era mais intenso e um mero chocolate com gosto de parafina alegrava o dia; das nuvens feitas de algodão, que em segundos passavam de dinossauros a coelhos; daquele tempo em que dormir na sala e acordar na cama era um milagre inexplicável. Tenho saudades do tempo em que desilusão era descobrir que Papai Noel não existe e, ainda sim, esperar ansiosa pelo Natal. Sinto saudade dessa literalidade, da simplicidade, da fé intrínseca e inconsciente em Deus. Não me interessava o amanhã, não me preocupava com ele, o hoje era suficiente, e por hora, apenas o resistente castelo de areia bastava para ser feliz.
Hoje (01/06) ao descer do ônibus a caminho do trabalho, avistei uma garotinha entre 4 a 5 anos de idade, linda, mas já em uma cadeira de rodas. Então apenas olhei e pensei comigo mesmo “ Eu reclamo para minha mãe quando ela manda eu ir até a casa da minha vó pegar algo para ela. Eu reclamo porque tenho que andar até a quadra ao lado para pegar meu irmão na escola, eu reclamo porque tenho que levar o lixo para fora. E aquela garotinha ? Que creio eu nunca deu nenhum passo sem precisar de ajuda, que não pode pular, correr e brincar de pique-pega e essas brincadeiras de crianças, e eu aqui reclamando de que ? Porque reclamar ?”. Hoje uma coisa aprendi, antes de reclamar sobre algo, pare e pense, que muitas pessoas no mundo queriam estar fazendo oque você não quer fazer, mas não podem, então faça por elas com amor e um grande sorriso no rosto.
E que os nossos dias sejam a prece que nos fortalece, a paz que nos tranquiliza, a união que nos edifica, o amor que nos humaniza. Que os nossos dias sejam o olhar de uma criança e a sabedoria dos idosos. Por fim, que não precisemos esperar o bonde da felicidade passar por nossa porta, porque já partimos em voo... Que tenhamos pressa em ser feliz!
"Lembrei da minha mãe contando de quando estudava, quando carregava seus pertences no saco de arroz e apagava os cadernos com borracha dos irmãos pra aproveitar no ano seguinte, hoje em dia o muleque só vai na aula se tiver roupa de grife e o playstation de final do ano virou a motivação que os pais criaram pros filhos estudarem. Já não se fazem pais (na maioria dos casos) e crianças empenhadas como antigamente."
Nas trilhas dos perversos existem espinhos e ciladas; quem deseja proteger a própria vida deve afastar-se deles. 6 - Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele! 7 - O rico domina sobre os pobres, o que toma emprestado se torna servo do que empresta.
Quando somos meninos, agimos como meninos. Mas quando nos tornamos adultos, continuamos agindo como meninos. Porque quando éramos meninos, nossos pais freava muitas de nossas atitudes de menino, mas agora crescemos e a atitude de menino que não era possível de se realizar por estarmos sobre a custódia de nossos pais, hoje se realizam. Porque crescemos e nos tornamos donos dos nossos próprios atos, que muitas vezes são de menino.
A ruptura com a infância muitas vezes acontece de forma tardia e tende a ser muito dolorida, mas necessária! Um dia todos teremos que nos despedir de nossa bela infância e partir pra realidade da vida adulta. Bom é que poderemos fazer um breve retorno de vez em quando... sem esquecer que a partir dos dezoito anos, podemos as vezes, até brincar de ser criança... mas consciente de que isso não nos pertence mais e que dependendo dessa "brincadeira" adulta, alguém pode se tornar um "inocente" muito perigoso!
Apesar de ser uma data capitalista que visa principalmente o consumismo em cima do sentimentalismo,sempre é válido lembrar das crianças "todos os dias"afinal apesar de serem crianças, elas ensinam lições importantes para os que se dizem ser "adultos". Crianças são por natureza honestas,humildes,alegres,gentis,parciais,verdadeiras...Até o momento em que não são contaminadas pelo 'espirito do mundo".
Haverá dias em que será preciso desprender-se dos limites impostos pelos anos que passam sem pena, atropelando a leveza da nossa história. Haverá dias em que será preciso voltar-se para si e ver-se criança. De novo. Sob uma nova perspectiva. E pular. Gargalhar. Falar bobagens além daquelas que já dizemos quase sempre, sobre assuntos que defendemos apenas por interesses pessoais. Haverá dias em que será necessário perder o interesse do resultado. No jogo, na vitória. E apenas vivenciar a partida com entusiasmo, vontade e perseverança. Dias em que desejaremos, de todo o nosso coração, um colo para nos dobrarmos e chorarmos. Nos despindo de toda a força e felicidade obrigatória dessa gigante roda torturante de parecer sempre bem. O pula-pula. O pega-pega. O pique-esconde. A amarelinha solta pintada no chão da rua. A bola passando entre os dois chinelos de dedo. O grito de gol. O abraço apertado. O amor que não tem beijo - e nem precisa. Apenas uma contemplação e admiração de uma beleza percebível aos olhos da alma. Sem escudos. Haverá dias em que precisaremos ter medo. Do escuro, do trovão. Do monstro debaixo da cama, de dentro do armário. Ou de nós mesmos. Para lembrar que nem sempre seremos fortes o suficiente como quando éramos crianças.
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