Textos Reflexivos sobre Casamento

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Um grande amor é aquele que faz você se sentir especial, mas no fundo não tão boa o suficiente para ele. Um grande amor é aquele que você tem medo e a insegurança de o perder, pois você não se enxerga sem ele. Um grande amor é aquele que te mata de saudades. Que faz você se sentir sufocada e presa a uma agonia terrível só pelo fato de não se verem a alguns instantes. Um grande amor é aquele que te faz possessiva. Você não o quer dividir com ninguém. Isso porque, dividindo voce terá que abrir mão dos pequenos instantes que passa ao lado dele, afinal por mais tempo que fiquem juntos, nunca será o suficiente. Um grande amor é aquele que voce sente raiva nos momentos de briga, mas essa raiva nunca predomina o amor. Basta você lembrar do sorriso da pessoa amada, que parece que involuntariamente você começa a sorrir.

Um grande amor é aquele que faz nossos olhos se encherem de água só de cogitar um adeus.
Um grande amor é aquele que sequestra nossos pensamentos.
Um grande amor é aquele pode não ser perfeito, mas aos nossos olhos ele nao apresenta nenhum defeito. Ele é lindo do seu próprio jeito e ninguém se compara a ele.
Um grande amor é aquele que se o machucam, você se sente ferida por tabela. O defende com toda a garra, pois ninguém no mundo parece ser mais importante.

Um grande amor é aquele que te faz ir contra sua familia, amigos, colegas … Você enfrenta o inferno por ele, pois ele é o único que te faz chegar no céu.

Um grande amor é um coisa única que sentimos no coração. Uma mistura de aperto, sufoco, alegria, tristeza e forte pulsação.

Não sei quantos grandes amores podemos ter na vida.
Não sei se grandes amores podem ser substituídos.
Não sei se grandes amores são eternos somente enquanto duram.

Mas, a sensação que esse grande amor te faz sentir é única. E você sempre a guardará em seu coração, como uma ilusão ou não.

Vivemos de Sonhos e sonhos,
De dias e noites, e pensamentos positivos
De amores que vivemos e amores que perdemos,
Fazendo parte da nossa história que não é esquecida
Não deve ser esquecida pois é nossa história de vida,
Promessas ditas, promessas não cumpridas
Pessoas conhecidas, pessoas não esquecidas,
Apenas menos presentes,
Começo, meio e fim...
Quando o meio e o fim se encontram no começo,
Quando começo está perto do fim,
Quando o tempo não importa mais
Quando sonhos serão esquecidos,
Quando vidas se desencontram
O encontro de Almas puras,
O encontro de vidas que serão eternas
Pessoas vem e vão, memórias são eternas
Então teremos uma eternidade de sonhos não vividos,
Promessas não cumpridas e vidas não vividas.

Cheiro de Amor

De repente ficou rindo à toa sem saber por que
E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer
E, confesso, tive medo, quase disse não
Mas o seu jeito de me olhar, a fala mansa meio rouca
Foi me deixando quase louca já não podia mais pensar
Eu me dei toda para você

De repente fico rindo à toa sem saber por que
E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer
E, confesso, tive medo, quase disse não
E, meio louca de prazer, lembro teu corpo no espelho
E vem o cheiro de amor, eu te sinto tão presente...
Volte logo, meu amor

Meu amor é desobediente. Que fica quando mando ir embora, que não foge quando o tempo fecha. Que me cala a boca com beijo de cinema, que ouve atento quando descarrego meus discursos. Meu amor é desobediente e sabe se verter. Diz que pra cada versão da minha teimosia, tem uma dose nova de sentimento. Pra cada anúncio de cansaço, um motivo a mais pra cultivar e cuidar do que é raro de viver. Não sei de onde tira essas coisas, desconfio que rouba meus livros. Aqueles que falo pra não mexer.
Mas não, desobediente que é, mexe com meu mundo e o coração.

Eu poderia ser seu pra sempre. Você me tinha, mas preferiu duvidar do meu amor.
Você preferiu acreditar que aquele “eu te amo” era apenas um clichê meu.
Você preferiu acreditar que eu era como os outros: que iria te conquistar e depois ir embora.
Eu te dei todo meu amor, mas você preferiu jogá-lo no lixo. Você preferiu ficar de joelhos junto àquele cara que te deixou com as mãos estendidas e foi embora sem ao menos olhar nos teus olhos e dizer “Ei pequena, eu não irei te deixar só.”
Você quis assim.
Hoje seu lamento não é porque não estás comigo, acredito eu, e sim, porque nunca acreditaste em nenhum cara que não só dizia que te amava, mas também que te provava isso. Sim. Outros caras. Não foi só o meu amor que você jogou no lixo.
Sabe o que foi isso? A vida te dando muitas oportunidades de ser feliz. E o que você fez? Jogou todas elas na lata do lixo. Mas ao contrário de lixos, o amor não é uma coisa que dá pra reciclar.
Eu não pude ser feliz com você. Isso é fato. Mas estou tentando construir minha felicidade ao lado de outra pessoa.
Espero que a vida não tenha cansado de ter dar chances de ser feliz. Espero que ela te dê outra e que você saiba reconhecê-la.
Espero que tenhas aprendido a lição.

O amor de Jesus supera tudo.

O coração de Jesus inflama de amor por ti,
Mesmo que tu caminhes por outros caminhos
Que não seja o da salvação,
Mesmo assim ele nunca deixará de te amar.
Ele tem sede de ti, o coração de Jesus é imenso,
Capaz de envolver teu pequeno coração
E levar num infinito paraíso de amor
Mesmo que tu não tenhas forças para clamar.
Mesmo assim ele virá com os anjos te levantar,
Pois o amor dele supera tudo.
Jesus manso e humilde de Coração
Fazei o meu coração semelhante ao teu.

Agora eu sei o que é sentir medo de perder um amor,
È quando se olha para o lado, e sozinho fica a procura do que restou,
È sentir a brisa do vento te tocando, e te fazendo lembrar de tudo que já passou,
O desespero que toma conta do ser, em busca do que ficou,
O choro sofrido, com aquelas poucas lágrimas que um dia você já chorou

Eu perdi muito tempo tentando ressucitar um amor que já tinha morrido, ou talvez, nunca tenha chegado a viver. Eu perdi muito tempo me importando com as opiniões dos outros, e esqueci de viver minha vida conforme eu acho certo. Eu perdi muito tempo com pessoas que não chegaram a merecer nem uma hora da minha atenção, muito menos dias. Eu perdi muito tempo tentando consertar erros, e esqueci que não dá pra mudar o que já foi feito. Eu perdi muito tempo chorando por alguém que não merecia nem o meu sorriso, tampouco as minhas lágrimas. Eu perdi muito tempo com pessoas que me julgavam pela aparência, sem ao menos conhecer a minha essência. Eu perdi muito tempo com pessoas falsas que só queriam me derrubar, e não dei valor a quem só queria o meu bem. Eu perdi muito tempo desmentindo o que inventavam sobre mim, e esqueci que quem realmente me amava não se importava com mentiras de gente pequena. Eu perdi muito tempo tentando ser perfeita para alguém, que nem por um minuto tentou ser perfeito pra mim. Eu perdi muito tempo me lamentando pelo passado, e quase me esqueci de viver o presente. Eu perdi muito tempo procurando a felicidade, sem me dar conta que eu já era feliz.
Eu perdi muito tempo com futilidades e me arrependo, mas não deixo isso me afetar. Erros servem de aprendizado. Eu aprendi. Hoje eu sei quem vale a pena, e quem não vale nada, dou importância apenas ao que de fato é importante. Sei o que é certo e o que é errado. O que é bom ou ruim pra minha vida, sou eu quem decido. Não ligo pra opinião de gente que não soma nada na minha vida, não deixo mentiras me afetar. A sociedade pode até ditar as regras, se eu vou seguir e obedecer é outra história. Hoje eu sei quem eu sou, e onde eu quero chegar. Sei quem gosta de mim, quem não gosta, e quem fingi gostar. Sei também, que quando uma pessoa gosta, ela cuida, demonstra, protege e fala, sem medos e sem vergonha. E se for pra alguém gostar de mim, que seja pelo o que sou, e não pelo o que aparento ser. Sem idealizações. Hoje depois de ter me libertado de tantos pesos desnecessários, sou mais leve, mais feliz.

Mulher

Mulher é símbolo de inteligência
De amor, de solução, de confiança
Mulher é paz, é vida, é esperança
É dona de um sorriso maravilhoso
Cativante, belo e harmonioso
Mulher é arte, é canção, é poesia
Mulher é o desejo que queremos todo dia
Suas palavras são suaves, carinhosas
Mulher é flor, é perfume, mulher é rosa
Mulher possui um infinito calor humano
É força nos momentos de fraquezas
É alegria nos momentos de tristeza
É colo, é ternura, é gentileza
Mulher é mãe, é irmã é filha
Mulher é amiga, é companheira
Mulher é uma maravilha...
Mulher é mulher...
É tudo de que precisamos
É tudo o que a gente quer.

As aparências enganam

Aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.

Elis Regina

Nota: Composição de Sergio Natureza/Tunai

Nossa... Como eu queria acordar e ler uma singela mensagem de "bom dia, meu amor", de agradecimento pela minha existência ou ao menos de um simples oi.
Caso isso aconteça hoje, eu estarei ciente de que ainda não acordei, mas sim que isso não se passa de um sonho, longe de se tornar realidade.
Mas, afinal, qual realidade estamos vivendo? É triste lembrar dela. Um esquecimento contínuo, marcado pela falta de atenção e de contato, não só físico. Vivo um relacionamento morto, que não me engrandece, não me amadurece em nenhum aspecto, a não ser o do sofrimento, do sentimento de solidão.
Sinto cada dia mais que suas atitudes não passam de estratégias para se afastar de mim e me fazerem tomar uma decisão drástica, que nos separe de uma vez por todas.
Nossa, como eu queria ter acertado na escolha, como eu queria amar e ser amada, como eu queria conquistar e ser conquistada com atitudes graciosas e carinhosas.
Por que só nos apaixonamos no momento errado e pela pessoa errada? Mas tudo é uma questão de tempo e entendimento... Um dia vou ter sabedoria o bastante para fazer boas escolhas.
Mas eu ainda desejo, sua sinceridade, sua coragem de me magoar com a verdade, me fazer chorar por te perder, mas me orgulhar por não ter me iludido por mais tempo. O que passamos não vai ser jogado fora, mas vai ser passado, somente passado... É uma pena.

Abandono
O amor que entreguei em suas mãos foi além de ser abstrato. Entreguei meu coração, ainda pulsando para que não deixasse parar de bater. Mesmo que você deixe, ele não para. Não para porque move as lágrimas, porque alimenta os sorrisos e o sentimento de lembrança. Abandonar um coração que lhe é entregue é como entregar-se ao vazio. Mas o vazio chora, sorri e sente saudades. Do mesmo jeito que ninguém é completamente feliz, nada é completamente vazio.
Abadone o coração, abandone tudo que o completa. Quem abandona não esquece porque sente falta, sente só. Esquecer é o impossível da vida porque alimenta a tristeza que insiste em atormentar-nos. Infelizes fomos nós seres humanos dotados da memória; ou não, por podermos apesar de tudo sorrir com um passado cheio de amor.

A Lei de Amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.

Allan Kardec
O Evangelho Segundo o Espiritismo

INGRATO AMOR
Tu és ingrato Por sair da minha vida
Quem te deu este direito
De sair sem despedida
Este amor que era lindo
Você decidiu romper
Mas antes de tudo isso
Deveria ter lembrado
Que primeiro precisava
Me ensinar a te esquecer
Eu nem tento te encontrar
Porque sei vai ser em vão
Você já me esqueceu
Outro amor apareceu
Neste seu ingrato coração
Não te peço pra voltar
Você deve ter razão
Porque eu não soube amar
Mas se um dia tu voltares
Vai encontrar guardadinho
O amor e o carinho
Deste relutante coração

QUEM É VOCÊ!

Quem é você doce amor, que vem todas as noites e rouba meus pensamentos... Entra em meus sonhos, tira de mim o que tem de melhor, o mais profundo desejo, as maiores vontades, o melhor beijo, o melhor abraço.
Tão doce e irresistível quanto calda de chocolate... Seduz-me completamente, tira meu sono, faz de mim o que bem quer!

Quem é você que se faz aqui presente em forma da mais bela das canções, invadindo meu ser, que tem em sua pele o mais embriagante dos perfumes, o mais suave toque, aveludado... Seguro me toma em seus braços, assim... Sem pedir, apenas chega e toca me faz sua... Preenche-me de você e de seu amor, de seus carinhos.

Amor imaginário, que não só a mim pertence, mais as diversas borboletas em tantos outros jardins da noite... Anjo surreal que traz com você a CHAMA DA PAIXÃO, o SABOR DO DESEJO e a dor da mais PROFUNDA SAUDADE!

Tem em seu rosto, a perfeição dos deuses, o sorriso mais lindo que meus olhos já viram, o brilho que traz nos olhos ofusca a mim, como o mais ardente raio do sol, o som de sua voz, é como o mais talentoso dos intérpretes, dando vida a mais bela das canções. Cante pra mim anjo da noite... Em meus sonhos seduza-me com suas canções, beije-me, e se deleite sobre meu corpo, apreciando e me tornando a mais bela das borboletas, pronta para mais um dia de vôos sem destino para posar e esperar você voltar!

ANJO!

Minhas lagrimas são o resultado de um caminho deprimido sem amor ou respeito quê possa me trazer dignidade e honra.
As humilhações são os restos e migalhas de um amor instinto através do tempo.
A esperança de reatar o quê já morreu está em um destino não real.
Mas a vontade de um guerreiro move montanhas com imensas intensidades nos sentimentos verdadeiros.

ULTIMO SONETO

O verdadeiro amor não morre nunca.
E é por isso que eu vivo na esperança
de unir-me a ti na imensidão profunda,
como uma chama dentro de outra chama.

Longe do sonho desta vida, juntas,
deixando a sua vestimenta humana,
as nossas almas, transformadas numa,
passarão das estrelas lacrimantes

e, insensíveis à dor universsal
que soluça no eterno movimento
dos astros, esquecidas do Passado,

poderão ser felizes para sempre.
Porque não pode ser que a vida acabe,
e seja a vida o sonho de um momento.

O Ultimo Adeus



Quanto tempo demora-se
Para esquecer um amor?
Quanto pranto, sangue
Dor lancinante e, no entanto
Ainda em meu ser é uma constante
Olho pros céus e imploro a Deus
Quanto tempo ainda terei que esperar
Depois do nosso ultimo adeus?
Pra que este sentimento enfraqueça
E enfim esmoreça frente aos olhos meus?
Neste desespero minha ultima atitude
É algo bem mais rude
Do que o exaspero das reações
Em função de tantas sofreguidões
Deposito agora o livro dos nossos versos
Que outrora construíram nossos universos
Emolduraram as nossas vidas
Deixando-as tão coloridas
Em uma cova distante e fria
E escrevo sobre a lápide sombria

“Aqui jaz todo meu imenso amor
E toda a nossa poesia.”.

Devaneios de uma mente questionadora

Porque o amor tem que ser tão prolixo?
Porque não acontecer como nos filmes mais bregas e açucarados, os quais a mocinha vê o rapaz e... Pronto! Já estão ligados por toda a vida e enfrentam os maiores vilões e dificuldades unidos, cada vez mais apaixonados? Porque não assim?
Quem inventou que para conquistar é preciso jogar, esnobar, fingir que não está nem aí?
Quem falou que as lágrimas são sinal de fraqueza e que os erros são sinal de burrice?
Será que os homens são todos iguais? Sapos que nunca virarão príncipes? E as mulheres, são mesmo tão difíceis de compreender?
O que falta é sensibilidade, se colocar no lugar do outro, dar valor aos detalhes pequenos que, unidos, se tornam imensos! Eu quero poder ser de verdade, sem máscaras, sem malícias ou fakes!
Eu quero viver um amor sincero, poder dizer “eu te amo” sem medo do que os outros vão julgar, de parecer ingênua ou diminuída. E ter a certeza de que, quando ouço essas três palavrinhas mágicas, elas venham direto do coração e se expressem sobretudo no olhar e não somente nos lábios.
Não preciso de alarde, carros de som, chuva de pétalas de rosa ou um anel de diamante. Sou muito mais do que isso! Eu PRECISO me sentir amada a cada momento, sentir paixão nos beijos e ternura nos carinhos.
Meu Deus! Eu quero poder sorrir sem motivo aparente ao simplesmente olhar para alguém, e que este sorriso seja retribuído, sem que eu precise explicá-lo.
Quero poder ficar durante segundos, minutos ou até horas sem dizer uma única palavra, sentindo o cheiro e o calor do colo do outro, nos comunicando apenas pela linguagem do sentimento que nos une. Porque não? O devaneio é meu, deixe-me livre para ouvi-lo!
Será que a saudade dói tanto no outro quanto dói em mim e como ele diz em suas palavras proferidas, como se fossem música para os meus ouvidos? Ou serão apenas parte daquele famoso “jogo de sedução”?
Quem ensinou que quando uma pessoa está segura de ser amada, pode se acomodar, pois tem garantia do seu terreno comprado no coração do outro? Não sabe que um solo mal cuidado pode se tornar infértil e que uma planta mal regada pode definhar de desidratação?
Eu quero ouvir uma música romântica, daquelas que exaltam o amor, e não julgá-la como uma jogada de marketing ou uma estratégia para ganhar dinheiro. Eu quero ouvi-las e pensar: - Nossa, eu entendo, sei o que é isso, pois estou sentindo essa emoção nesse exato momento. E que esse momento dure por muito tempo.
Um dia, talvez, eu alcance essa tão sonhada “sorte no amor”. E até esse grande clímax do filme da minha vida, seguirei (sobre)vivendo...

E agora, não me perguntem o que quero dizer com essas palavras, que lições pretendo dar, que dívidas cobrar, que fatos específicos relatar ou a que conclusões chegar. Essas palavras, cada uma delas, são só viagens, um desabafo dessa alma confusa, ansiosa, sonhadora, igualmente prolixa e, acima de tudo: TRANSPARENTE!!


17 de Dezembro de 2009

DO AMOR

Não falo do amor romântico,
aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão,
paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida,
explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto,
formatado, inteiro, antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim,
que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído,
inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta?
O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
o amor será sempre o desconhecido,
a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido,
quer ser violado,
quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
e nós preferimos o leito de um rio,
com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha e
nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
o amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor,
se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a Vida é feita.
Ou melhor, só se Vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.