Textos reflexivos para professores que renovam a paixão pelo ensino

O Professor Inesquecível



Lembro perfeitamente quando sua presença foi notada na escola.
Um pouco depois lá estava, adentrando e comprimentando a nossa
turma.
Era alto e simpático...
Sua voz fazia eco no silêncio da sala. Isto ele logo conquistou, porque nas outras aulas existia um barulho incrível.
Os conteúdos que desenvolvia, com facilidade conseguiam a nossa assimilação e os resultados obtidos no final de cada teste, eram impressionantes.
Fazia jogos. A gente procurava não perder a sua aula, tal era a vibração.
De repente, lá não estava o professor, era amigo cooperador.
Permeava com alguma anedota ou um de seus comentários inteligentes e engraçados.
Foi assim que ele conseguiu marcar a sua trajetória em nossa caminhada.
E eu nunca mais o esqueci...

Hoje é o Dia do Professor


Homenagens na verdade,
o professor bem merece.
Jorrando criatividade
ele também se entristece.
É o drama do educador
onde a família se alheia.
Dando instruções e amor,
incentiva-o no que anseia:
A escola valorizada,
de fé e colaboradores,
o sucesso na empreitada,
por vencimentos melhores.
Resta ao mestre o brilhantismo,
o que o tem iluminado,
fazendo-o achar mecanismo,
equilíbrios desejados.
SALVE ESTE EDUCADOR!
Sua ação com maestria,
o espírito criador
resultando em harmonia.

PROFESSOR EDUCADOR

É comum, no período que antecede o início das aulas, terem as crianças uma certa expectativa, um certo desejo, antecipando o que será a escola. Têm, as crianças, a tendência de gostar do professor. É o gosto da novidade, do que não conhecem – é a aventura do aprendizado. Começam as aulas e algumas expectativas são superadas, outras frustradas. Alguns encontros se revelam marcantes, outros nem tanto. Há alunos que voltam para casa, dos primeiros dias de aula, desejosos de narrar aos pais cada detalhe de seus professores.
Em uma leve viagem ao passado, todos rapidamente nos lembramos de alguns professores. Por que desses e não de outros? Porque alguns marcam mais. E é desses professores que a pessoa se lembrará ao longo da vida.
Infelizmente, muitos professores se convertem em burocratas da escola. Estão ali exercendo a profissão de estar ali. E nada mais. Sem perfume nem sabor. Sem encontro nem encanto. Apenas ali, munidos de um programa determinado, e sequiosos do fim, já no começo. Tristes mulheres e homens que embarcam na profissão errada e lá permanecem aguardando a miúda aposentadoria. Não são maus. Apenas não são educadores.
Há aqueles que educam desde os primeiros raios da aprendizagem. Preparam-se para a celebração do saber e do sabor – palavras com a mesma origem. Lançam redes em busca de curiosidades, surpreendem e permitem surpreender; ensinam e aprendem com a mesma tenacidade. Estão ali, em uma sala de aula, desnudos de arrogância e ávidos de vida. Não temem a inquietação das crianças e dos jovens. Não negligenciam o conteúdo, mas valorizam os gestos. Gestos – é disso que mais nos lembramos dos nossos mestres que passaram. E que permaneceram.
Lembro-me de alguns, como a Ana Maria, professora de história, que nos instigava a estudar antes da aula o tema que seria trabalhado. Quando chegava a aula, ela propositadamente errava, e nós a corrigíamos. Era um jogo, uma didática simples que empregava. Eu chegava a sonhar com aquelas aulas. Ela despertava o gosto pela pesquisa e destravava os mais tímidos. Todo mundo queria corrigir a professora.
Talvez um exercício interessante para o professor seja o das lembranças. Lembrar-se, de quando era aluno, daqueles professores que eram educadores, e de repente ter a humildade de imitá-los ou até reinventá-los.
E não há tempo nem idade para fazer diferente. É só ter uma característica que Paulo Freire considerava importante para toda a gente mas essencial para quem educava: gostar de viver.
Quem gosta de viver não tem preguiça de reinventar, nem medo de ousar. Quem gosta de viver não tem medo de ternura, da gentileza, do amor.
Quem gosta de viver, educa!

15 de outubro, o calendário sinaliza que é Dia do Professor! Essa missão tão nobre e tão digna (sem desmerecer tantas outras) mas tão espinhosa, difícil, e no atual contexto muito desvalorizada! Ao professor não lhe é concedido o devido Respeito nem os devidos Direitos. Hoje, mais do que nunca é muito fácil "cortar-se" direitos dos professores. Direitos adquiridos ao longo de mais de dez anos são extintos com um simples ato de governantes que se julgam "semideuses"! Os discursos utilizados em "Campanhas eleitorais" viram fumaça, evaporam quando determinadas autoridades assumem o poder.

Ao professor cabe as cobranças da família e da sociedade no tocante à educação dos filhos, e a culpa pela educação de baixa ou de má qualidade que é oferecida à maioria dos estudantes deste país...
Mas, e aos filhos-alunos que saciam ou pelo menos deveriam saciar sua fome e sede de saber, de conhecimento, nessa fonte que é e será sempre o professor, o orientador e facilitador da aprendizagem daqueles que querem realmente aprender. A eles não se cobra, não se exige que respeite os professores e a escola em sua totalidade ou se são cobrados, se acham no direito de não obedecer a seus pais e responsáveis. A esses, temos a impressão que não se cobra nada! Apenas lhes garantem direitos!!!...

Penso que diante das atuais circunstâncias, cabe a toda sociedade direcionar um novo olhar, um novo jeito de ver, de enxergar além de nossas retinas cansadas e habituadas a olhar sempre as mesmas coisas. Talvez, esta seja a hora de examinarmos nossos discursos repetitivos, e as nossas práticas (também repetitivas), o nosso papel como profissionais, como família, Autoridades, enfim toda sociedade. Quem sabe, incorporando novas atitudes e demonstrando nosso compromisso com a educação teremos a educação que queremos para nossos filhos, nossos netos e todos os filhos do Brasil que dependem das escolas públicas para poder sonhar e buscar um futuro diferente daquele que seu pais tiveram!

Foi-se o tempo em que o professor ou diretor repreendia ou chamava atenção do aluno sem se preocupar com a questão da segurança. Pedir com educação, com delicadeza para o aluno entrar na sala de aula ou pedir que ele não atrapalhe as aulas, muitas vezes é entendido de forma equivocada, errada, é como se o professor ou diretor estivesse ali "cometendo um crime" contra tais alunos. Isso é muito grave, e tem gerado muitas discussões desagradáveis entre escola, aluno e familiares, e até ameaças à integridade física desses profissionais. Temos mesmo que lamentar que as coisas tenham chegado a esse ponto ou nível absurdo!

Ser professor na atual sociedade onde muitos papéis estão invertidos, é ser "sofressor" como fala um colega de profissão. Significa pagar um preço bastante alto no que diz respeito à saúde, à integridade física e à própria qualidade de vida. Longe de nós pensarmos que estamos vivendo a era da decadência na educação! Ou será que estamos???... Uma verdade vista por todos nós é que há dias vivemos a chamada inversão de valores. As famílias já não conseguem mais repassar para seus filhos os valores morais, sociais e, espirituais (nesses nem se fala) para seus filhos. O que mais me entristece é saber que pais e mães tem medo de falar com os filhos, de repreendê-los, de dá um conselho. Nesses casos, os pais agem ou melhor não agem, eles se "refugiam" na pele de "filhos"! Que tristeza e que vergonha!!!

Batatas!
Um professor pediu aos alunos que levassem batatas e uma bolsa plástica para a aula. Pediu então, que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas e as colocassem dentro da bolsa.Algumas bolsas ficarm muito pesadas e, durante uma semana, eles teriam que carregá-las assim mesmo, o tempo todo. Naturalmente, as batatas foram se deteriorando com o tempo. O incômodo de carregar a bolsa mostrava-lhes o tamanho do peso espiritual causado pela mágoa.

Além disso, por terem que colocar a atenção na bolsa para não esquecê-la em nenhum lugar, os alunos deixavam de reparar em outras coisas importantes.
Este é o preço que se paga para manter a dor e a negatividade.

Quando damos importância aos problemas, ficamos cheios de mágoa e raiva. Perdoar é deixar os maus sentimentos irem embora, é a única forma de trazer de volta a paz e a calma. Portanto..
jogue fora suas batatas."

Quando o professor diz: Vamos ter uma atividade avaliativa?
logo os alunos pensam: Vale ponto!
Mas nunca pensa dessa forma: É serei avaliado.
Será que os alunos de escolas e outras instituições estão frequentando-as para obter pontos ou conhecimento e bons resultados?
Há mais, se tirou uma boa nota, aprendeu. Nem sempre!!

Simples mortais...quem te disse, professor, que fostes tu a escolher sua "profissão"? Quem te disse que poderias, a partir de então, ter um dia sequer de sono tranquilo? Que serias invisível no meio da multidão... que te esquivarias, quando o peso da responsabilidade implorasse por ti? Que diante de uma multidão de vozes carentes e ouvidos moucos, teria que engolir o orgulho atravessado e estender a mão... Quem disse que tu escolheste isso, irmão? Alguém infinitamente maior olhaste do alto, com olhos marejados, e te deste o dom da entrega...da paternidade...do pastoril....da psicologia...e, principalmente (num país que te despreza tanto e, por isso mesmo, se torna também desprezível), o dom de economista.
Isso digo eu: Claudio Nunes...orgulhoso de ser professor de tantos, aluno de outros tantos, e uma criança brincalhona na matéria VIDA.

Certo dia, um professor antigo fora ser tutor de um grupo de alunos.
Um profissional reconhecido temido por sua fama de exigente.
Mas um aluno inconformado e questionador percebeu que não era fama, era fato. Pois havia constado que era falta de educação em sua fama de exigente.
Tal como cobrou que fosse tratado com respeito.
Mediante a isso surgiu a amabilidade do mestre com os demais e a rejeição do inconformado. Aquele mestre com o grupo passam a denegri-lo repudia lo; caluniando, invertendo a situação.
Ressaltando que fora indisciplinado e desrespeitoso em sua conduta.
Indagou o aluno em si mesmo...
Pois é esta forma de ensino que saem os profissionais?
Se aliam ao mais forte por medo de punições.
Pense nisso...
O que você tem ensinado?
O que vem aprendendo?
Você pode ser o mestre de alguém!
É preciso remar contra maré.
Sempre!!!

Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas.” Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto seriam ‘justas’. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um “A”.

Depois de calculada a média da primeira prova todos receberam “B”. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a segunda média das provas foi “D”. Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um “F”. As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina… Para sua total surpresa.

O professor explicou: “o experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto isso.”

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;
5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

E agora, Professor?
E agora, Professora?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que você se deparou
Com tanta gente opressora?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que te fazem salvador
De uma triste realidade?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que esperam de você
Muito mais que capacidade?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Ensinará o conteúdo
A quem não quer aprender?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Já soube que o mundo todo
Depende muito de você?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que descobriu a utopia
Que é a pedagogia?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que aprendeu que a teoria
não serve para a prática?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que precisar educar mentes
E barrigas extremamente vazias?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que descobriu que outros
seu trabalho, melhor, faria?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que você não tem valor
E nem tão pouco o respeito?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que fará com tanta dor
E com tanta decepção?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que o ano não acabou
Mas, você se esgotou?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que mataram os seus sonhos
E te fizeram de vilão?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que descobriu que seus méritos
Não são mais que obrigação?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que colocaram na sua conta
Toda a deseducação?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Como ensinará o amor
Em meio ao caos e opressão?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que diminuíram o seu valor
E te juntaram com pá e vassoura?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que te culparam por toda
Falta de vontade e querer?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que escancararam para todos
O quanto errado tu és?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
Vais apelar para o Senhor
Para a mamãe ou para o doutor?

E agora, Professor?
E agora, Professora?
E agora, Professor?
E agora, Professora?

O maior papel do professor talvez seja o de orientação; afinal, como dizia Sócrates, as pessoas são capazes de aprenderem por si mesmas...

Entretanto, por mais que o professor se dedique integralmente ao processo de ensino, nem sempre o aluno consegue alcançar resultados satisfatórios. O dedicado professor que assume parte da culpa, por resultados aquém do esperado, demonstra compreender que seu real compromisso é com o aprendizado do aluno. Assim, motivar, compreender as limitações e, muitas vezes, os traumas dos alunos são papéis igualmente importantes...

Quando um professor olha para uma sala de aula cheia, ele enxerga um universo de possibilidades.
São vários planetas que giram de forma diferente, com seu jeito ÚNICO.
Para entender sobre esse matéria exige muito amor, empatia e persistência.
Parabéns a todos professores que enxergam as diferenças como desafios e não obstácuos.

PROFESSOR, eu desejo a você o salário de um deputado e o prestígio de um jogador de futebol!
Autor Desconhecido (Movimento Belém/PA Livre)

Já foi bem próximo disto, vivi esta época... se a população quiser voltará a ser!
No Japão o único profissional que não precisa abaixar-se para reverenciar o Imperador é o PROFESSOR, lá, eles entendem que sem PROFESSOR não haveria Imperador!
Aqui, um mecânico que se aposentou porque não tinha dedo vem a público dizer que se tornou Presidente SEM ESTUDO...
O gigantesco abismo que separa Japão e Brasil está nos ESTÍMULOS, nos EXEMPLOS, nas REFERÊNCIAS, daí, todo pilantra quer ser político e todo menino quer ser jogador de futebol!

FATO: a verdadeira REVOLUÇÃO de um povo começa com EDUCAÇÃO e ESTUDO/ENSINO, que são bem diferentes, uma aprendemos EM CASA com nossos familiares, com as pessoas próximas; a outra, aprendemos a todo momento e em qualquer lugar, inclusive numa ESCOLA!

PROFESSORES SEMPRE SERÃO AMEAÇAS PARA MAUS POLÍTICOS, por isto são DESVALORIZADOS, RELEGADOS AO LIMBO SOCIAL, podemos afirmar que toda sociedade que NÃO VALORIZA O PROFESSOR é CÚMPLICE dos POLÍTICOS MAL INTENCIONADOS que a administra!

É bem verdade que esta INVERSÃO DE VALORES não começou agora, tampouco com este senhor acima citado, perde-se no tempo este descaso com o País, é fruto de uma meticulosa articulação de "valorizar o que não tem valor" enquanto o que realmente vale é surrupiado ante os olhos desatentos da população (tal qual os mágicos procedem ao realizarem suas apresentações, chamando atenção do público para um lado/uma mão enquanto o truque é feito do outro lado/na outra mão), verdadeiros donos do PATRIMÔNIO chamado BRASIL!

⁠Professor semeador

A semente é lançada
Jogada
Cultivada
Rompe a terra da escuridão
Com mansidão no seu tempo
Trazendo flores e os frutos
Do conhecimento
Da paz e justiça social
Que pensa
Critica
Tranforna
É a liberdade da mente
Que percebe, quebra as correntes
e sente um novo amanhecer
Onde cada ser
Tem voz e vez
Valorize o professor
Precursor de um mundo possivel

Pelo Dia do Professor, desejo consignar
esta homenagem para uma professora
que foi marco importante em minha vida.
Profª Rosina Pastore, receba este meu preito de gratidão.
Osculos e amplexos,
Marcial
Reprisando, pois esta homenagem faço questão
de prestá-la todos os anos no Dia do Professor.

MINHA PROFESSORA INESQUECÍVEL
Marcial Salaverry


Durante toda nossa existência sempre encontramos pessoas que de uma maneira ou de outra marcaram nossa vida.
Algumas por terem sido aquele alguém que julgávamos ser quem amaríamos até o fim, mas que foram apenas breves episódios, e mesmo assim, deixaram marcas realmente marcantes. Outras, que por nos terem prestado alguma ajuda decisiva em certos momentos de nossa vida, ficaram para sempre registradas em nossa memória naquela cantinho das boas recordações.
Certamente houve algumas que nos fizeram algum mal, prejudicando nossa vida de uma forma qualquer. Quanto a essas, melhor esquece-las, porque não vale a pena rememorar certas personagens desagradáveis. Más lembranças, com certeza melhor olvidá-las ...
Obviamente cruzei com todo tipo de pessoas em minha vida. De muitas, sequer recordo. Para que? Talvez para lembrar de algo a nunca ser repetido, ou sequer recordado...
Contudo, de muitas outras, guardo lembranças muito agradáveis. São o que se pode chamar de "Tipos Inesquecíveis". Dentre essas, quero destacar uma figura, que posso dizer sem ferir quaisquer suscetibilidades, ter sido a grande responsável por eu ser hoje quem sou, e desejo prestar-lhe esta homenagem. Peço que me entendam.
Seu nome é Rosina Pastore.
Foi minha professora no então "Quarto Ano Primário", e depois no "Curso de Admissão ao Ginásio". Anos de 1950 e 1951. Uma fase muito turbulenta de minha vida.
Por razões que não vale a pena lembrar, minha família estava desagregada. Cada qual estava por um lado. Morava com minha mãe e uma irmã 2 anos mais velha, num quarto de pensão na Rua Martim Francisco, em São Paulo, e estudava no Grupo Escolar Arthur Guimarães, na Rua Jaguaribe. Eu fazia parte de uma turminha "da pesada", com tudo encaminhado para cair na marginalidade. Como sempre fui grande e bom de briga, era o líder de uma turminha de micromarginais. Entre outras façanhas, costumávamos praticar pequenos roubos nas lojas do Largo do Arouche e adjacências.
Numa dessas incursões, Dna. Rosina nos viu e, usando de sua autoridade, convenceu-nos a devolver as coisas para o lojista, e resolveu iniciar um longo trabalho comigo, por ter acreditado que meu futuro poderia ser bem melhor do que aquele que se estava delineando.
Jamais poderei esquecer as conversas que ela fazia questão de manter comigo após as aulas...
Foi essa a condição para não me expulsar da escola pelo que eu vinha fazendo. Nessas conversas, ela me mostrava a diferença entre ser uma pessoa de bem, e ser um malandro otário.
Fez-me entender que as possibilidades que se abririam com minha mudança de atitude, poderiam me proporcionar um futuro melhor.
Teve, enfim, toda a paciência e discernimento para me explicar uma série de coisas, dando-me lições de vida que jamais esqueci, cumprindo com sabedoria enorme o que ela resolveu se propor, ou seja, transformar-me em alguém na vida.
Aproveitei todos os seus ensinamentos. Devo a ela ser o que sou, pois naquela época, não poderia contar com minha família. Praticamente vivia por minha conta. Já estava pensando em parar com os estudos para ficar apenas "com a turminha". Num ligeiro preâmbulo, apenas acrescento que nenhum daqueles rapazes escapou. Todos viraram bandidos. Possivelmente esse seria meu caminho, não fosse a paciência e pertinácia de Dna. Rosina Pastore.
Jamais esquecerei sua figura, seu rosto doce e severo ao mesmo tempo, e nem tampouco de seus ensinamentos, e aproveito esta oportunidade para aqui render meu preito de homenagem a ela, e através dela a todos os professores e professoras que sempre procuram suprir junto aos alunos em que percebem algum potencial, as carências familiares, que por uma razão ou outra quase todas as crianças sentem, e que a sensibilidade e o carinho com que forem orientadas poderá traçar novos rumos em sua vida.
E se, por acaso, algum descendente da mestra Rosina Pastore, ler este artigo, apenas digo que sinta muito orgulho dessa figura para mim INESQUECÍVEL. Obrigado, querida Professora Dna. Rosina Pastore.
Aos abnegados professores, meu desejo de UM LINDO DIA.

⁠ORGULHO DE SER PROFESSOR

Sinto orgulho de ser professor
Trago isso dentro do coração
Uma vontade louca de ensinar
Motivado pela emoção.

Saber que o aluno um dia
Terá também uma formação
Traçando o seu objetivo
Com uma grande motivação.

A cada descoberta, uma felicidade
Dia após dia, maior sua obstinação.
Acumula sabedoria na luta diária
Sem correria tem a gratificação.

Ver um ex-aluno vencendo na vida
É a gloria de qualquer cidadão
Muito maior do educador
Que vive o ensinar como missão.

Um professor trouxe balões e deu um a cada aluno no salão. Ordenou que escrevessem seus nomes, deixou-os no chão e tirou os alunos. Depois disse-lhes: "Eles têm 5 minutos para encontrarem os balões com os seus próprios nomes". Os alunos entraram e enquanto cada um procurava o seu nome acabaram os 5 minutos. Ninguém conseguiu encontrar o seu.

Mais tarde disse-lhes: "Agora cada um pegue qualquer balão e entregue-o ao dono". Em um minuto todos os alunos tinham seus próprios balões!!

Disse o professor: " Os balões são a felicidade. Ninguém vai encontrá-la procurando a sua própria sem se importar com a de mais ninguém. Temos que dar aos outros para recebê-la!"

Aprenda a fazer o bem sem esperar nada em troca, porque outro vai te devolver em algum momento!

FILHOS DO SISTEMA CARTESIANO!

"(...) O Professor bradou altissonante:
-Filhos do sistema Cartesiano ! (...) Ególatras! Poderão ser futuros juristas, mas com essa insensibilidade estarão aptos pra conviver com leis, e não com seres humanos, estarão habilitados para defender ou acusar máquinas, mas não mentes complexas. Discernem sons, mas não ideias e muito menos sentimentos. (...)
(...) O clima ficou pesado, mas o professor Júlio Verne, mostrando uma ousadia que perdera havia muito, explicou para a classe o que era ser filho de um sistema Cartesiano .
-René Descartes, o filósofo Francês, exaltou solenemente a matemática e a posicionou como fonte das ciências. O sistema cartesiano expandiu horizontes da física, química, engenharia, computação. Eis a consequência! - E apontou para seu computador. os celulares dos alunos, a iluminação do ambiente, o sistema de som e a estrutura do edifício.

E depois de uma pausa o professor acrescentou, entristecido:
-A tecnologia está pulsando ao nosso redor. Mas o mesmo sistema lógico-matemático que nos faz exímios construtores de produtos sequestrou nossa emoção, prostituiu nossa sensibilidade, asfixiou a maneira como encaramos e interpretamos o sofrimento humano. (...)
Déborah, inquieta, disparou seu insight.
-Incrível. Tudo se tornou números frios.
-Sim, Déborah. A dor humana virou estatística.
Peter embasbacado, comentou:
- Cem morreram em ataques terroristas no mês passado. Mil morreram de câncer esta semana. Dois mil se suicidaram nesta cidade no ultimo ano. Milhões estão desempregados no país. Secos números que não nos impactam mais! Quais foram suas histórias, que crises atravessaram e que perdas sofreram? Quais os nomes dos mutilados na Segunda Grande Guerra? Pela fome, por traumas, rajadas de bala? Que história eles possuíam? Que lágrimas choraram? Que medos abarcaram o psiquismo deles enquanto se aproximavam do ultimo fôlego da existência?

(Trecho do livro O colecionador de lágrimas)

⁠Dia do Coordenador Pedagógico

Na escola ela veio pra somar,
Ao professor está sempre a ajudar,
Com o olhar cuidadoso e criterioso
Aos alunos está a observar,
Para que eles tenham
Boas notas sem desanimar.
Quando necessário ela chama atenção,
Pensando no bem de um futuro
Bom cidadão.

Theodora estava sentada no fundo, sendo ignorada por todos, menos pelo professor de português, que esperava dela respostas para a maioria de suas perguntas, mas hoje não era o dia. E uma das poucas pessoas que via isso em seus olhos era eu professor, ele sabia respeitar espaços.
Enquanto as coisas aconteciam, ela viajava. Ia para um lugar só dela, onde ela conseguia reproduzir o que quisesse. Ia para o seu íntimo, e imaginava ele lá. Sentado no sofá vendo televisão, ou deitado na cama em frente ao notebook. Aquele cara era a razão dos seus suspiros apaixonados nos últimos tempos. Por falar em tempo, quanto tempo fazia que ela não via aquele rosto. Era o mais lindo dos rostos que ela havia visto em toda vida.
Vagava um pouco mais fundo e imaginava a luz do sol entrando pelas janelas da sala de estar ou do quarto. Janelas que ela só conhecia por fotografias, mas que conhecia, e ajudavam a manter vivo em sua mente aquela pele morena recebendo luz do sol e irradiando brilho. Havia esquecido a voz dele, e detestava isso. Chorava de raiva por ter esquecido, e por ter uma mente tão falha.

Inserida por ContistaAnonima