Textos Reflexivos
O sabor
Quem tem pressa come cru.
Essa pressa lhe fez crudivoro.
Perdeu se o gosto por aquilo que era quente,fresco , prazeroso...
E nessa alteração perdeu se o sabor original.
A pressa para chegar ao destino lhe fez esquecer de apreciar a paisagem, não viu os rios, nem as cachoeiras, despercebido foi o ninho dos pássaros.
Correu cada vez mais rápido para com Deus encontrar, não percebeu que ele era o caminho por onde se percorria, não provou da verdade e vida.
Pois a pressa não lhe permitia experimentar.
Na corrida para Cristo, não percebeu que Cristo era o caminho, a vereda por onde se escutava o amor assobiar.
Mas quem percebeu viveu, nem frio nem morno, no presente foi quente.
Calmaria a desfrutar, somente a intimidade poderia revelar, viu os frutos brotar, até às árvores sem frutos serviram para abençoar nos deram sombras para descansar.
Cada passo fez sentido ao descobrir que Deus sempre esteve ali.
Hoje a eternidade experimentada, sem sofrer pelo amanhã.
Onde o gosto da presença veio como avelã.
Felipe Almaz
Nem sempre vamos receber os abraços que queremos e nas fases que mais necessitamos. Aprendi, que por muitas vezes precisamos ser herói de nós mesmos. Então, seja seu "Super herói".
Se ame! Não destrua o maior presente que tens "sua vida" Existem pessoas que torcem por sua felicidade e talvez vc não se dê conta disto.
Se o tempo não foi tão bom assim
Lembre se que ainda não chegou ao fim
Há tanto a se fazer
Há tanto a se viver
Não podemos nos esconder
Sei como é difícil viver sem um “por que”
Mas ressignificar
Só depende do que você vai fazer
Eu não espero que saiba de tudo
Mas que faça tudo o que souber
Só assim você vai entender
Que a vida é feita pra viver
Não devemos idealizar
Mas é permitido sonhar
CAPÍTULO 1, PARTE 1
Qual a sensação de sentir-se vivo? Li outro dia que o coração acelera, o estômago embrulha, dá uma vontade de vomitar, eu acho, a pele fica sensível e arrepia, os olhos enchem d'água. Apesar de parecer algo terrível dito assim, juram que é uma sensação libertadora, e é disso que eu precisava, me libertar. Me libertar dos demônios que se escondiam embaixo das minhas unhas como a pele de um assassino o qual colocou suas mãos em volta do meu pescoço, lutei pela minha vida, em vão, ele me olhava nos olhos e se sentia Deus, com os joelhos ao lado da minha cintura. De repente, tudo foi ficando meio embaçado, de repente não doía mais, de repente o fim. Não, meus demônios não são a pele embaixo das unhas, são o próprio assassino de olhar frio e assombroso, sentindo-se Deus sobre minha vida. Tanto faz, nunca fui bom em analogias e quando reflito, me perco em meio às partes mais sombrias de mim mesmo.
Engraçado como os momentos em que nos sentimos mais vivos, geralmente antecedem a nossa morte, é como se a vida toda fosse um "quase" e a morte fosse o finalmente.
— Munyke Melo, no livro "Asfixia: A historia de um assassino" ( Lançamento em breve. )
Não sei o que escrever
Então escreverei o que está na minha mente
A paçoca é doce ou salgado?
Acho que é doce, pois após comermos sentimos o doce na boca.
Ou será que tal gosto é apenas uma ilusão?
Se é assim a nossa visão de vida está certa ou não ?
o que é a vida então?
A vida é baseada em ilusão
Que ao termos mais, seremos felizes
Mas a verdade é que a alegria está em compartilhar
Em dar um riso, um sorriso, um olhar.
Olhe para dentro de si e verá um céu azul
Infinito no tamanho
Que cabe apenas você, explorar.
Penso, logo...
René Descartes, filósofo e matemático, em sua obra, Discurso sobre o método, cita a frase: "Cogito, ergo sum." Que traduzido para português, pode significar: Penso, logo existo, ou, penso, portanto sou.
Descartes, chega a este raciocínio após duvidar das verdades de todas as coisas. A única coisa que ele não duvidava, era de sua existência como ser pensante.
Se analisarmos de forma simplista o pensamento sobre a dúvida, que pode ser lançado sobre todas as coisas, chegaremos a uma conclusão de que: Quanto mais sólido for o pensamento, mais difícil é a sua mudança de estado.
Façamos uma comparação com a água. Quando ela está em estado líquido e corrente, ela é capaz de receber, absorver, e diluir com facilidade as coisas. Já em estado sólido, a mesma água, se tornará, para os objetos externos, algo quase impenetrável.
Os pensamentos solidificados e as crenças cegas, são como essa água congelada. E, nos impedirão de absorver as novas visões, ideias, conceitos e transformações, que estão ou estarão presentes no nosso ambiente.
Nossos conceitos e nossas verdades, são testadas a todo momento. E muitos sofrem com isso.
A rigidez ou a flexibilidade com que se tratam esses assuntos, é que farão diferença.
Temos que, como seres pensantes, entender que cada um têm a sua forma de ver o mundo e, que ao final, todos poderemos estar errados.
Aprender a absorver novas idéias e conceitos, servirá para ampliar nosso horizonte de conhecimento. O que ao final, parece ser algo bom.
Pense nisso.
Paz e bem.
Ilumine seu dia.
Sorria, mesmo na escuridão.
A vida é simples, nós que complicamos. Se você acredita no amor, não aceite opinião de pessoas frustradas no amor. Se você quiser ser bem-sucedido na vida financeira e profissional, siga conselhos de quem cresceu e está bem acima de você.
Opinião qualquer pessoa pode te dar, mas conselhos só quem te ama ou quem é especialista no assunto pode dar.
Canção à Inoportuna
Morte e Vida se encontram
em trechos convergentes de uma mesma história,
eu te amo e te odeio vida,
eu te amo e te odeio morte.
Com sorte é a paz que encontrarás
nas lembranças que nos acalentam a alma.
Há de haver esperança
nessa trama que se desvela a vida,
enquanto vagueia a mente perdida,
sopra sombrio o vento que nos conforma a sorte.
Um adeus aos entes queridos que se foram,
que se vão de forma inesperada todos os dias.
As vezes de forma trágica, morna e ou inoportuna ( uma paixão não correspondida, uma vida cheia do mais absurdo vazio, uma queda da própria altura...).
Há de haver luz que robustença as nossas memórias,
há de haver conforto
nessas tão insuportáveis horas.
Eu te odeio e te amo vida,
eu te odeio e te amo morte,
e apesar de tanta ira em teus olhos,
aguardo-te ansioso inoportuna sorte.
Na derradeira hora venha me buscar cerimoniosa e, não se atrase.
Também não precisa acelerar demais!
Quero ouvir-te chegando lentamente,
passo a passo pisando o chão duro que me servirá de leito na noite mais escura.
Mas vá com calma!
Por que a minha alma está encomendada ao universo e o meu corpo já nem é lá grande coisa.
Era Chique, Era Bom...
Era chique, era bom sentir o frio
de outono-inverno em nossa carne moça.
Era assim como um rio, um grande rio
marulhando por nós em dom e força.
Nariz e pernas frias... doce cio
a coruscar nas vísceras... a nossa
pele arrepiada ao ressoprar macio
da noite toda olhos... noite moça...
Era chique, era bom, era divino:
eras minha menina, e eu teu menino —
a vida um sonho bem da cor da lava...
De sorte, nega, que eu já te esperava:
meu coração sentia quando vinhas —
tuas saudades a transar com as minhas.
LA
Mas Venha De Verão...
Quando você, do Carmo, se lembrar
que moro junto à flauta do Espraiado —
venha ouvir um pedaço musicado
de tarde com o vento a gorjear...
Mas venha de verão: a esvoaçar...
de salto e violão bem afinado —
à sombraluz de um sonho mosqueado,
com guizos nos artelhos a dançar...
Depois nos coçaremos ( sem sapatos ),
você me tira, amor, os carrapatos
e corta aquela unha do dedão...
E depois de depois, me fará rir
com cócegas por toda a região...
e me balança e cansa até eu dormir.
Não Raro Esqueço...
Não raro esqueço de saber as coisas
para aprendê-las do outro lado delas,
vê-las nos olhos dentro: vê-las na alma
ou vê-las além delas existirem:
um vê-las-pensamento-sentimento
ganhando forças de imaginação
pousando em outras muitas realidades,
táteis no olhar, se bem que imponderáveis...
Desmontar as palavras uma a uma
para achar no esquecido de saber
seus arcanos guardados nas entranhas
E fazer delas límpidas canções
que nos cantem num tom jamais sabido
novos timbres lembrados em ouvi-las.
LA
Condição Humana
A vida bem mais promete
do que cumpre.
Somos os seres da falta,
os que sempre por um triz
não são felizes...
Sim, os seres da promessa —
abraçados às tábuas da esperança,
aferrados ao invisível
da nossa fé,
agarrados — na fria correnteza —
a raízes e cipós
do nosso incerto amor...
enquanto a vida,
a vida toca violino
no convés bordado de estrelas
do nosso belo,
do nosso empoderado Titanic...
LA
Convivências
Ao matares alguém
convives com o assassino
por todos os teus dias.
Ao roubares —
com o ladrão;
ao traíres —
com o traidor;
ao mentires —
com o mentiroso...
......................................
Vale a pena evitares
tais convivências —
já que tuas ações
te dão por companhia
quem as pratica.
LA
Eterno Provisório
O eterno é só um engano
do provisório que se perde
em nosso pouco saber.
O eterno é só um momento
de cansaço
de tudo ser mudança —
caos e cosmo, caos e cosmo, caos...
O eterno é o provisório,
o provisório sempre diferente.
É dentro do caos que se organiza
no momento
que a vida segue triunfante —
triunfante de não ser isso nem aquilo,
mas outra coisa que ainda não se sabe...
E sempre assim:
no eternamente provisório.
A alegria é seu licor e nossa força...
E em Deus querer o homem sonha
e sonhando modifica
a si e seu entorno
enquanto a beleza do que é
transfigura
o estar sendo de tudo —
o eterno sonhamento.
.......................................................
E Deus e o homem
jamais serão os mesmos.
LA
Brinquedo
Deus fez o amor
e deu pro homem
e pra mulher brincar.
E brincaram, brincaram,
brincaram até cansar —
cansar, não de amar,
mas de tanto brincar...
E assim foi que o amor perdeu
o seu brinquedo —
seu jeito criança de amar...
De lá pra cá
tornou-se sério, tão sério
que morreu...
morreu no seu brincar...
..........................................
Mas ninguém fique triste,
que a vida é irmã da esperança —
o que morreu
pode a qualquer instante
molhar seus sonhos
no vinho de um olhar —
e renascer
em seu brincar de amar
LA
A Vida Inclui O Mestre
Quem te fere e te sangra
conhecia o lugar
dessa tua ferida —
por isso foi direto,
direto ao que te dói.
Sim, quem te fere sabe
onde é tua fraqueza —
o que te torna fraco...
..........................................
Apenas cura,
cura a tua ferida,
e quando ele voltar,
voltar a te tocar,
verá que no lugar
de uma pobre ferida
agora há osso e nervos,
há músculos bem fortes —
daí que o seu tocar,
o seu tocar — agora —
são apenas afagos,
são toques de carinho...
............................................
Perdoa então ao tal,
perdoa ao tal e a ti —
a ele por ser grosso,
a ti por precisares
da sua grosseria:
a vida inclui o mestre.
LA
Poder
O poder real e único
de uma pessoa,
em si e em sua conta cósmica,
é o quanto ela é capaz de amar:
o seu dom ôntico —
potência sem poder —
onipotência em ser.
...........................................
Tudo o mais é amor decaído,
pervertido:
enfermidade do ser.
Sim, tudo o mais também existe
na terra e nos ares
— em outras gamas —
é o poder que compete,
rivaliza
com o Sonho-Quem —
poder luciferado:
já amarrado e perdido
no desespero de si mesmo.
LA
Feminezas
A vida é bela pelas estranhezas,
pelo seu lado sempre inapreensível —
seu visível que esbarra no invisível,
seus real irreal surreal e realezas...
Você também com suas feminezas
mostra de quem é filha em alto nível —
sim, é o poema mais intraduzível
que já se fez em surtos de grandezas...
Entre você, Mulher, você e a Vida,
qual é a mais difícil de entender,
ou mais fácil de ser compreendida?
Entre você, a rosa e o agudo espinho —
qual nos machuca mais para colher
os sonhos que molhamos em seu vinho?...
LA
Tenho Ainda...
Tenho ainda metade de uma taça
da nossa última conversa: o vinho
que vai tecendo e modelando o ninho
de um sonhar lá num tempo que não passa...
Sim: tesouro que o tempo nem a traça
hão de comer: guardado num cantinho
em alma-coração, lá no escaninho
de uma lembrança de alegria e graça.
Tenho ainda metade de uma taça
daquela madrugada em plena praça
em que tu musicavas um jardim...
Tenho ainda metade de uma taça
dos momentos de um sonho que, se passa, —
há de passar sem conhecer um fim.
LA
União
Não há provas maiores nem menores,
as dificuldades que se nos interpõem
são para vencermos nossas debilidades,
são para nos superarmos
dentro e fora,
são para nos transcendermos.
Individual ou coletivamente,
esse trabalho, ou essa luta,
essa jornada dupla:
interior e exterior,
é de todos os tempos.
Neste momento,
um dos Trabalhos de Hércules
chama-se Coronavírus...
................................................
Ele será vencido
pelo trabalho conjunto e especializado,
bem como pela nossa fé,
pela nossa esperança
e pelo nosso amor! —
sabendo-se que nosso Sumo-Bem
é nosso Bem comum.
( A quem prefira,
mude-se Bem por Deus. )
LA