Textos Reflexivos

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⁠Engraçado, estamos no espaço público das redes sociais e achamos que apenas os outros são exibicionistas, narcisistas que vivem fazendo marketing pessoal de suas vidas.

Nós não!

Estamos realizando apenas divulgações, publicações e compartilhamentos.

Todos somos narcisistas em algum grau, uns mais, outros menos.

Assim, somos nós!

Inserida por I004145959

⁠Infelizmente, presenciamos na sociedade pós-moderna "falsos progressistas" utilizando-se do "marketing do bem" para se promover politicamente. Chamo-os de "progressistas para inglês ver", alusão ao antigo ditado popular.

É a lógica do "tokenismo", citado por Martin Luther King, que serve apenas para dar uma imagem progressista; ou seja, uma organização ou projeto incorpora um número mínimo de membros de grupos minoritários somente para gerar uma sensação de diversidade ou igualdade.

"Separar o joio do trigo" nesse mar de lama que se transformou o Brasil é um grande desafio.

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⁠DINHEIRO

Oh! Dinheiro, de uma coisa não temos sorte; não podes deter a morte.

Oh! Dinheiro, não tem jeito; sem você, sofremos preconceito.

Oh! Dinheiro, contigo inimigos tornam-se amigos; amigos tornam-se inimigos.

Oh! Dinheiro, o que importa é que estás sempre na moda.

Oh! Dinheiro, sem você ninguém escuta; com você, a verdade torna-se absoluta.

Oh! Dinheiro, aonde se escondes? Desejo achá-lo aos montes.

Oh! Dinheiro, te quero de janeiro a janeiro.

Oh! Dinheiro, sem distinção, para bem ou para mal, sempre te buscarão.

Oh! Dinheiro, na busca por ti, muitos vão mentir, trair, agredir e destruir.

Oh! Dinheiro, tenho pena de quem faz cena, afirmando que dinheiro não vale a pena.

Oh! Dinheiro, acabe com a fome que muitos consomem.

Oh! Dinheiro, contigo toda alma se acalma.

Oh! Dinheiro, és um verdadeiro Deus; tens o mundo inteiro a teus pés.

Inserida por I004145959

⁠A publicidade quer capitalistas alegres vendendo "felicidade" para a plebe.

A publicidade afirma que todos nós somos empreendedores e que a escravidão moderna não é verdadeira.

A publicidade promove a ideia de que a terceira idade é a melhor idade, e que trabalhar não tem limite de idade.

A publicidade vende a ideia da felicidade no "aqui e agora", sugerindo que temos liberdade para consumir tudo o que desejamos.

Que Deus nos dê sabedoria e serenidade para não cairmos nas garras da publicidade.

Inserida por I004145959

⁠Acho louvável a tentativa da linguagem inclusiva em acolher a todos, todas e todes.

No entanto, não consigo enxergar efeitos práticos, especialmente na periferia, onde o povo luta diariamente por um prato de comida.

Até o presente momento, percebo a linguagem inclusiva impactando, em termos práticos, uma parte exclusiva da classe média brasileira.

Na base da pirâmide social, essas pautas parecem inócuas e sem significado no contexto de extrema pobreza em que vivem.

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⁠Vivemos numa guerra civil entre policiais e bandidos, onde muitas vezes são pessoas oriundas do mesmo extrato social, amigos de infância que, por ironia do destino, estão lutando em lados opostos.

É deprimente esse cenário onde pisam-se, corrompem-se, prostituem-se, drogam-se, matam-se uns aos outros e todos que atravessam no caminho.

Enquanto os maiores culpados dessa realidade caótica desfrutam de um bom vinho bem distantes desse ninho.

Inserida por I004145959

⁠Basta os lucros das grandes empresas diminuírem um pouco nos últimos anos, para a palavra "crise" voltar à tona.

Como sempre, os donos do mundo utilizam a mídia para propagar crises com o intuito de justificar demissões em massa Brasil afora.

Na verdade, a maioria dos brasileiros já nasce mergulhada em crises, face às condições precárias às quais são obrigados a conviver ao longo de suas vidas. Raramente conseguem respirar tranquilos.

A vida é a própria crise.

Inserida por I004145959

⁠Segundo algumas pessoas, quem é de esquerda comunga das ideias de Rousseau, filósofo que acredita que o homem nasce bom e o sistema o corrompe.

Já quem é de direita segue as ideias de Thomas Hobbes e Maquiavel. Esses filósofos entendem que a natureza do homem é má, sendo necessário ter leis para regular os seres humanos.

De acordo com John Locke, acredita-se que nascemos como uma "tábua rasa", lisa e vazia, e o mundo vai preenchê-la com bondade ou maldade, dependendo do meio.

Eu acredito que alguns podem nascer bons, outros podem nascer maus, e para alguns, dependerá do ambiente. Cada caso é um caso. Não existe uma verdade absoluta ou fechada.

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⁠Vivemos num mar de lama há mais de 500 anos, e tenho certeza de que essa lameira tende a aumentar se não implantarmos urgentemente nesse país a educação libertadora defendida pelo mestre Paulo Freire.

O jeitinho brasileiro, baseado na "lei de Gerson" e no slogan "farinha pouca, meu pirão primeiro", a ganância dos donos do mundo e da sociedade em geral, não desejam uma mudança efetiva que coloque nosso país definitivamente nos trilhos do progresso.

"Querem que o mar pegue fogo para comerem peixe frito."

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⁠É estranho ouvir algumas pessoas oriundas de comunidades pobres falarem que são contra as políticas afirmativas porque venceram na vida sem precisar das cotas.

Exceção não deve ser a regra.

Conquistas pessoais não desobrigam o estado brasileiro de reparar as desigualdades sociais e todos os danos causados pelo processo de escravidão ao longo da nossa história.

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⁠Para mim, o capitalismo não é uma teoria; é a prática da natureza humana individualista, egoísta, interesseira, ambiciosa...

O capitalismo é a imagem e semelhança da natureza humana. Por isso, há tanta dificuldade em ajustá-lo. Estamos lutando contra nós mesmos.

Se a maioria das pessoas fosse boa de verdade, a teoria socialista seria predominante.

O capitalismo venceu por atender às nossas necessidades individuais.

O capitalismo se alimenta da alma do ser humano, e o grande desafio realmente é reduzir os efeitos colaterais.

Fico pensando como melhorar um mundo onde parecer bom vale mais do que ser bom.

Inserida por I004145959

⁠Onde está a crise da música brasileira?

“Há uma crise na produção musical, mas isso não é culpa da gravadora. É uma crise de criatividade.” (Alexandre Schiavo).

Muitos alegam que a falta de criatividade do músico brasileiro. Penso que, na verdade, o que falta é oportunidade para música de boa qualidade.

Acredito que a indústria fonográfica, ávida por lucros, prefere buscar uma produção barata e de rendimento fácil na internet, através dos campeões de acessos do canal YouTube.

Porém, passados meses, aquele novo hit já não é mais o top 1 das paradas musicais, dando lugar a outro que ficará alguns meses também.

Nesse círculo vicioso, vence a música que atinge mais visualizações em detrimento daquela de melhor qualidade.

Claro, isso não significa que o fato de ter se popularizado por causa da internet faz do artista mais ou menos talentoso. Afinal, apesar de poucas, existem bandas nascidas na internet com grande conceito crítico.

Entretanto, com a dispersão inerente à internet, acaba criando um buraco enorme, onde muita gente boa se perde.

A seleção sendo feita por número de visualizações, num país carente de senso crítico, vencerá "Quadradinho de oito" e o "funk LecLecLec," por exemplo.

Fico pensando: o que seria de Chico Buarque, Raul Seixas, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Renato Russo, Noel Rosa, Djavan, Guilherme Arantes, Milton Nascimento e outros grandes representantes da boa música brasileira se tivessem iniciado suas carreiras nos dias atuais?

Acho que todos estariam no ostracismo, passando fome, teriam que procurar outra forma de ganhar dinheiro.

Por fim, acredito que não há crise de criatividade, e sim falta de oportunidade.

Inserida por I004145959

⁠Desabafo sobre o capitalismo.

Nesse sistema, o principal lema é: Aumentar a lucratividade com a continuidade dos problemas.

Num passe de mágica, fatos, eventos, campanhas, celebridades, músicas... Aparecem e saem de cena numa velocidade espantosa. Tudo vira matéria-prima para o mercado publicitário, alimentando as pautas de jornais, revistas e mídias em geral, sem que haja preocupação com o objeto em si.

Nada é feito para consertar, tudo é feito para trocar.

Nada é feito para curar, tudo é feito para medicar.

Nada é para durar, tudo é feito para lucrar.

Nada é feito para combater, tudo é feito para permanecer.

Para o capitalismo, tanto faz a solidez ou liquidez dos tempos.

Sempre será sua vez.

No sistema capitalista, pobreza, fome, doenças, violência, desigualdades, inseguranças, injustiças, impunidades, preconceitos, intolerâncias e outros males da sociedade devem continuar para o sistema lucrar.

Essa é a lógica do capitalismo ultra selvagem, que cada vez mais se apoia no egoísmo, materialismo, consumismo, imperialismo, racismo e individualismo dos seres humanos.

O capitalismo está para o homem assim como o homem está para o capitalismo.

Inserida por I004145959

⁠⁠Os seres humanos, em geral, desejam um mundo melhor para si, nunca para o irmão. São movidos mais pela ambição do que pela cooperação.

Apenas uma pequena porção age pelo coração: seres iluminados, que merecem consideração e admiração.

Infelizmente, são considerados fora do padrão por uma sociedade cheia de razão.

Pessoas que agem pelo coração são incapazes de liderar uma revolução. Diferentes do vilão, jamais matarão em nome de uma nação, religião ou convicção.

Não acho uma luta em vão daqueles que agem com o coração. Porém, acho difícil acreditar numa flor vencendo canhão; são apenas versos de uma canção.

Nesta nação, é comum o cidadão pregar comunhão enquanto rouba nossa fração.

Preste muita atenção para não virar objeto de manipulação.

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⁠⁠Racismo reverso não existe.

Dentro do campo sociológico e histórico, o racismo ocorre contra a classe historicamente oprimida e nunca contra a classe que sempre foi dominante e opressora.

Assim, não é possível falar em racismo inverso (negro contra branco), uma vez que não houve até então subjugação, escravização e marginalização dos povos brancos no Brasil. Ou seja, aqui neste país, nunca houve escravidão reversa, nem imposição de valores culturais e religiosos dos povos africanos ao homem branco.

Enfim, um negro ofendendo um branco:

- Sua branca encardida!
- Seu branco Parmalat!
- Seu branquelo azedo!

Quando uma pessoa branca sofre esse tipo de agressão verbal relacionada à sua cor, ela não pode dizer que sofreu racismo reverso, porque o racismo é única e exclusivamente direcionado à pessoa negra.

A pessoa branca, nesse caso, sofreu um preconceito, uma discriminação ou uma injúria racial que está relacionada a ofensas contra a honra da vítima.

Esses tipos de ofensas de negro para negro ou de negro para branco entendo que trata-se de Injúria racial e preconceito.

Dentro do contexto brasileiro, racismo ocorre quando é de branco para negro.

Acreditar que existe racismo reverso, ou seja, de negro contra branco, é como acreditar que existe nazismo reverso, ou seja, de judeu contra alemão.

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⁠⁠Tanto na mídia tradicional quanto na digital, presenciamos a instrumentalização dos problemas sociais, como machismo, racismo, sexismo, misoginia, homofobia... com o objetivo exclusivo de gerar lucro, sem qualquer pretensão em solucioná-los.

Por isso, é fundamental fazer um filtro antes de dar likes, compartilhar, comentar, opinar... Notícias plantadas propositalmente apenas para monetizar as plataformas digitais atrapalham muito mais do que ajudam na luta das minorias sociais.

Inserida por I004145959

⁠⁠O fato de ter se popularizado por causa da internet não faz do artista mais ou menos talentoso.

Entretanto, a dispersão da internet acaba criando um buraco enorme, onde muita gente boa se perde.

Num país carente de senso crítico como o nosso, a seleção feita por quantidade de visualização compromete a qualidade da produção artística vigente.

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⁠Penso que, para diminuir a violência contra a mulher, é preciso, antes de tudo, educar o ser humano desde a infância até a idade adulta de forma permanente e contínua, visando formar verdadeiros cidadãos.

Criar leis e dar voz às mulheres sem atacar a "causa maior" não é o suficiente para reduzir o feminicídio.

Precisamos falar a mesma língua em todas as esferas da sociedade, visando dar um basta nessa situação.

Inserida por I004145959

⁠O estoicismo preconiza que a felicidade não deve ser vinculada à prosperidade e ao sucesso, nem depender constantemente do reconhecimento dos outros.

Recomenda-se evitar o desejo de ser o centro das atenções e aceitar que algumas circunstâncias podem ser mudadas, enquanto outras não.

Além disso, é fundamental compreender que o envelhecimento, a morte e a perda são inerentes à condição humana.

Inserida por I004145959

⁠Transitamos entre extremos emocionais, da alegria à tristeza, do negativo ao positivo.

Ao despertar, enfrentamos o esgotamento energético, mas a rotina diária - com seu café matinal, banho revigorante e execução de atividades - nos revitaliza gradualmente.

No entanto, nossa capacidade de manter a positividade é frágil, sujeita a interações sociais. Uma simples crítica pode nos mergulhar na tristeza, enquanto um elogio pode trazer mais alegria.

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