Textos que Falam sobre Mim
Passou....
Eu quis morrer quando me disse que não se lembrava de mim... como assim???
Uma coisa que você ainda não sabe, é que tenho mania de escrever, mas me dei conta de que até hoje eu não havia escrito um só texto de fato sobre a gente... corri pro armário e fui fuçar em velhas agendas, e achei pequenas anotações, simples, nada demais, mas ali, sentada no chão com uma taça de vinho tinto na mão e pantufa de patinho no pé, voltei no tempo, e a viagem foi tão rápida, que na mesma hora senti aquele calor misturado com o frio na espinha, o mesmo de anos atrás. Até semana passada estávamos mortos e enterrados um para o outro.... Nos abandonamos, não sentimos saudades, não fomos atrás... Talvez porque eu não tenha te escolhido e você também não me escolheu, simplesmente nos escolheram e nos juntaram. Por algum tempo a escolha foi boa. Fechei os olhos e me senti ali, sentada no seu colo, naquela praça, naquela noite, onde eu não sabia onde começava a minha boca e onde terminava a sua. Foi tanta pele, que mesmo sem nunca termos nos visto antes, não conseguíamos desgrudar um do outro, até que fomos interrompidos por um guardinha sem graça. Depois disso houve muitas outras vezes, muitos outros beijos, longos, molhados, completos. Seu cheiro sempre foi muito bom, sua presença sempre muito forte. Me lembro como você ficava lindo com aquela camiseta branca. Seu abraço me deixava segura, me deixava à vontade pra pensar e fazer qualquer coisa, ao seu lado eu me sentia em casa, mesmo tendo que fazer tudo sempre escondido.
Fomos muito além do planejado, nada combinado, sem precisar dizer uma só palavra, tudo rápido e natural.Era exatamente assim que tinha que ser. Mas ai você disse que não me reconhecia, então optei por encarar como charminho, ao invés de te deletar. Depois de bom papo, claro que ignorando as partes onde você teimava em dizer que sou brava, voltamos alguns anos, e constatamos que as lembranças são gostosas tanto pra mim quanto pra você. Me fez tão bem voltar lá, na porta da escola, no seu carro azul, lembrar do peso da sua perna em cima da minha e sua maneira cuidadosa de me tocar, do jeitinho de me deitar, na firmeza com que você me segurava, não me deixando fugir , o seu ritmo e a voz baixinha tentando me acalmar... tantas emoções né?! Você mexeu muito comigo,e acredite meu bem, ainda morro de medo de te rever, pois sinto meu corpo estremecer só de pensar.... Mas não foram só coisas boas, houve um momento de desencontro, de rompimento e de decepções. Lembrei também quando começou a namorar a prima da minha melhor amiga, e da vez que ficou bravo comigo na praia. Das vezes que não queria falar comigo porque estava nervoso... claro que tudo superado, mas antes que cheguemos nessa parte, vou guardar as agendas, por um ponto final neste texto, encher outra taça de vinho e brindar sozinha. Vou te colocar de volta na estante de recordações, aquela lá em cima, no canto direito, na ultima fileira, onde vai ficar bem longe do meu coração.
Hoje, depois de aparecer e sumir mais uma vez, sem nem dizer adeus pra pelo menos ficar diferente da primeira, você merece um texto meu, pois foi mais um, igual aos outros que me fizeram escrever, que só querem, na verdade, se auto afirmar como garanhões passando pela minha vida.
O Tempo, meus amigos, o Tempo está roubando coisas de mim. Tamanha veemência e desatino, me lembram muito bem que, anos atrás, não era assim. O Tempo tem me ultrapassado, descompassado, fingido não se passar por mim. Decidi ter uma conversa com o Tempo para atarmos uma relação agradável e pedir mais uma vez que ele não me deixe apenas no passado.
Eu perguntei:
- Ríspido, o que tens contra mim?
O Tempo me respondeu:
- Estou farto de ser descuidado e ser usado como desculpa, fingindo que não me tem. Estou cansado de ser perdido em horas em vão. Estou cansado de ser perdido! Se você não tem tempo, tenha tempo para mim.
O Tempo, meus amigos, o tempo está roubando coisa de mim. Nesse nosso relacionamento, já dei adeus ao fôlego, às lágrimas, aos agouros; tamanha veemência e desatino, lembro-me muito bem, ainda não teve fim.
Queria acreditar em nosso futuro;
Queria acreditar, que eu seria o que você é para mim;
Não aguento mais tantas cicatrizes;
Não quero mais sentir tanta dor;
Não quero mais perder;
Queria até tentar,
Persistir em você;
Mas você;
É a musica;
É o ar;
É o pensamento;
Você é um raio;
Você é o trovão;
Mas você também pode perder;
Esperar por dias melhores;
Esperar pela coragem;
A solidão talvez possa ser a companhia;
A confusão é você;
Me prende;
Me perde;
Você;
Coração teimoso
Gosto de inventar
Gosto do que é novo
Pra mim não tem regra
Quando o coração estar teimoso
É uma teimosia boba
É uma teimosia sadia
Ele é desobediente
Quando a solidão grita
Ele diz não tá nem ai
Diz pra solidão que vai ser feliz
Seguindo seu caminho sorrir
Coração teimoso é assim
Não aceita tristeza
Só enxerga beleza e segue feliz
Não foram feitas músicas com meu nome, nem poemas foram escritos sobre mim. Nunca posei para quadros, nem de inspiração servi. Musa de alguém não cheguei a ser, nem pichado nas paredes meu nome vi.
Se algum dia alguém escreveu meu nome, foi na areia da praia, onde veio a onda e o apagou.
Meu rosto não estampa capas de revistas, as lentes sempre miram a direção contrária. Não existem livros sobre mim, porque não há interesse pela minha história. Meu corpo em gesso não foi reproduzido, a fôrma que me fez era de proporções ordinárias.
Se algum dia alguém der meu nome a algo, tenho certeza de que será à um furacão, um fenômeno da natureza, um redemoinho de vento que surge do nada tão violento, engolindo tudo a sua frente com descontrolável ferocidade e velocidade, um tufão de vento que destrói tudo por onde passa... enfim, algo temido por todos, admirado por poucos e criticado por outros, um furacão é imprevisível, incontrolável, insólito e que só tem seu poder de destruição descoberto, depois que já se foi.
Escuto dentro de mim diariamente uma voz a me falar, voz que reflete o Amor, e ensina-me o amar.
Lugar este que nem eu mesmo sei chegar, ainda que com o atalho em mãos eu consiga alcançar. Mas sei que sem essa voz perdido eu estarei, ainda que dentro de mim,portanto eu prefiro aprender a te ouvir com seu Amar.
Eu realmente não me importo com
o que você pensa,
o que você acha sobre mim...
não estou preparada?
sou desajeitada?
sou toda errada?
Eu realmente não me importo...
a distância,
a idade,
a situação,
a personalidade...
Importa só o viver toda essa emoção...
Há sentimento?
Não espere nem mais um momento.
Tome a decisão.
Entregue-se a esse amor
com todo o seu coração...
Minha maturidade se define pelas atitudes direcionadas a mim, contudo não permite que as ilusões transpassem o seu limite;
Mas permite que eu aceite o meu próprio caminho com menos sofrimento, compreender com mais tranqüilidade no qual posso me acalentar as minhas ansiedades;
E o meu dia possa ser visto com mais doçura, verdade e experiência para que eu possa tirar mais proveito;
Amigo
Amigo, o que queres de mim?
Todas as melhores pedras incrustadas no marfim?
Todas as minhas virtudes?
Quantas cobranças que me faz!
Pergunto ainda:
O que tens para mim?
Somente as loucuras dos seus lamentos?
Nunca esquece as minhas conjecturas?
Mas as suas, nunca haverás de lembrar?
Amigo, esqueço sempre as nossas desavenças,
Perdoo sempre, mas voltas a lesar.
Em cada mau trato, uma pedra se desprende do marfim,
A joia vai perdendo o seu valor
Ficando somente uma nuance
De uma amizade hesitante.
Ah! Que fogo é esse que arde em mim... Que me desatina e faz-me pensar somente em você?
Oh... Mulher tão fogosa, tanto me consome para a minha satisfação, melhor para o meu intenso prazer!
Esse fogo que não acalenta... Que incendeia a minha vontade de você no qual me faz pegar a pensar em você sem a mínima libido ou noção de tempo;
Se é paixão entrelaçada com desejos ou loucura fixada com o prazer infinito, eu não sei... Só sei que o meu corpo quer o teu para incendiar as paredes do meu coração;
O mundo esta do lado certo pra mim
finalmente, seu jeito de falar e de rir
me transportam pra outra dimensão
gosto como ri da minha bobagens
você me deixa de um jeito que ninguém mais deixa
será que você veio me salvar?
confie em mim,eu posso te guiar
aqui ,existe um lugar, que é só meu
e teu,onde transformamos o real,eu vou te proteger
confie em mim.
não diga que não, viver longe de você é dificil pra mim
já andei tanto tempo só, e quando você esta aqui sinto
que veio me salvar.
Só te peço que não me destrua.
pois nessa altura da vida, não é tão fácil me recompor
mas eu confio em você, apenas me guie
confie em mim, eu posso te guiar
aqui, existe um lugar, que é só meu
e teu,onde transformamos o real, eu vou te proteger
confie em mim.
Sabe, te quero aqui por perto
Mas, será que você quer o mesmo?
Por mim está tudo certo
Borboletas pousam no jardim
Criando um arco-íris sem fim
Olha só, como tá lindo lá fora!
Vem correr, vem ser pra mim
Eu só te peço que ouça
Esse poeminha que fiz pra você
É corcunda, sem sentido, mas é seu
Borboletas pousam no jardim
Criando um arco-íris sem fim
Será esse o nosso destino?
Oh, ô o ô ... Te quero dentro de mim
Então vem, e ouve o que fiz
Esse poeminha pra você.
Doi em mim
Morte, deusa de todos medos, a religião
Reza por nós
Encantadora ilusão mortal
Do fim irreal.
-E eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Ganhei uma certeza de validade
Como uma data preestabelecida
Daqui para frente nada é realidade
Nada nem minha própria vida.
Vida, argumento contra a morte e a seu favor
Atraí porque conhece o avesso.
O que faz da existência seu édipo eficácia
Da cultura prisão, onírico
E da morte filigrana
A arte do infortúnio.
E eu que aprendi de uma outra quina, uma nova estima.
A morte não há acesso
Não atravesso.
Que a vida é eterna e terna, lugar onde desenho, enfeito o meu ninho a
Arquiteto meu ninho.
Mas não me basto
A mim e a mim
A morte ainda respira leucócito
E dói em mim!
Demagogia?
As vozes dentro de mim ecoam suas falas.
Estou constantemente numa encruzilhada de decisões:
Isso ou aquilo, certo ou em vão.
Nada é eterno,
Posto que partícula nada absoluta.
Minha mente, tão pouco resoluta,
Insiste em minha indecisão.
Aprisionado por vozes de gigantes
Vou me transformando num marionete.
Apesar disso, minha consciência,
Um pêndulo suspenso em meus delírios,
Liberta o que eu respiro do espiar constante
Da autarquia de meu próprio pensar.
Não se pode dizer sim àquilo que em vão
Escorre entre os dedos para o chão.
Libertar a mente é a semente
Que plantada em campo fértil
Germina e produz frutos,
Outrora amargos,
Agora, doces.
Se a minha mente
Agora isso me aduz
Só mesmo tais palavras
São promessas
Que seduz.
Não deixarei vestígios de mim para quem não insistiu em ficar ao meu lado, quem desistiu pelo fato de não acreditar nas minhas capacidades;
A quem foi hipócrita o suficiente em ter certeza de quê eu não superaria cada palma das minhas dificuldades, pois para quem não merece nada de mim... Não ficará nem rastro no máximo lembranças de quem fui;
Um pouco de mim...
Podemos sair pra distante, e achar que pode fugir do seu próprio coração, tentar esquecer e ser esquecido... Em vão... Pois, por mais que tentamos fugir de nós mesmos, acabamos voltando para o lugar que saímos. Pra nós mesmos... Cada ser mora dentro de si. Quando nos encontrarmos acabaremos encontrando o amor de verdade... Sabendo se entregar a alguém sem medo de se ferir novamente... Por enquanto ando perdido, não estou conseguindo amar, tento todos os dias voltar para meu eu... Mas, encontro obstáculos escuros do passado, que me bloqueiam de forma tão anormal, que nem eu mesmo consigo me entender, me ouvir, me sentir me conhecer!
O que seria de mim se as palavras não pudesse descrever o meu momento? O que seria de mim se não soubesse escrever ? ou muito menos ler?
- Eu seria apenas uma pessoa qualquer com sentimentos indefinido , seria uma menina sem educação , apenas mais um , apenas um ser sem motivos , sem expressões ...
Quando o vento sopra forte a janela vai se abrindo,vejo uma nuvem lá no céu e a sua imagem para mim sorrindo.
Quando alcanço as estrelas é que eu te sinto aqui,o amor não tem fronteiras e mesmo distante posso te sentir.
Suas palavras são tão reais e eu eu gosto de te ter,e quero você perto de mim até o dia amanhecer…
Há um rio de esperanças que deságua dentro de mim. Sou feito mar em lua cheia, ondas de mar, sou maresia...sou amarelo em campos fértil, sou imensidão de mar, sou alegria em tristezas que brinca de amar. Falo o teu idioma mesmo sem saber falar, pois tenho a poesia como forma de se comunicar e uso as letras dos olhos que sem palavras conseguem falar.
Uso as cores: se sou verde sou esperança, amarelo sou criança, vermelho sou paixão, no branco traga a paz, no azul imensidão. Mesmo em preto e branco sou voz do coração!
Estou pensando seriamente em declarar greve de mim a você, por tempo indeterminado. Não me pergunte os motivos. Você sabe. Ou é melhor que não fique sabendo, porque assim a greve é mais completa, e eu quero justamente ser um grevista mais total do que os outros grevistas que brigam por salário decente e condições decentes de trabalho.
Quero que você fique perturbada e confusa, sem saber o que eu estou fazendo ou deixando de fazer, e a todo instante a se perguntar: "Que greve é esta? Em que consiste? Quando vai acabar? Que coisa mais idiota."É isso mesmo: você achará idiota a minha greve, porque não a entenderá. Então, o menor gesto que eu fizer, a palavra mais sem significação, tudo se transformará para você em enigma, você me sentirá o cara mais misterioso do mundo, por que não dizer: o mais tenebroso.
Se pequenino e encantador cérebro de colibri dará voltas a si mesmo e não perceberá o sentido da minha abstenção oculta - de quê? E eu continuarei firme, inflexível, grevista, sem expor minhas reivindicações.
De jeito nenhum.
Então você se desmanchará em suspiros, se enrodilhará toda a meus pés, pedirá perdão de faltas não cometidas, e que eu não sabia que você fosse capaz de cometer. Confessará também as cometidas, mas eu não darei bola e continuarei a tratar você da maneira ambígua que estou anunciando. Você será um poço de petróleo repleto de amor, eu recusarei sondar esse poço inesgotável, ou finjo que estou sondando mas com vontade de não encontrar o menor indício de petróleo. Esta fase será curta, pois não quero abusar de sua amorosidade ofertada. Passemos à segunda fase.
Você se irritará comigo e, perdendo a paciência, me dirá duas ou três coisas ácidas. Jogará um copo na minha direção. Ou uma xícara, dessas do trivial do café. Eu desviarei o corpo do copo ou da xícara, e se você me jogasse em cima um samovar seria a mesma coisa: não desistiria da greve. Aí você adotava em princípio a idéia de enlouquecer. Só em princípio. Eu é que estou pinel - concluiria você. Conclusão provisória, a ser confirmada pelo psiquiatra, mas o psiquiatra, que é meu amigo, lhe responderia: Ele é assim mesmo, isso passa.
Não vai passar não, talvez minha greve seja eterna, e nunca mais seremos aqueles namorados que conquistaram o Oscar de melhor idílio no Festival de Angra dos Reis. Continuaremos, sim, dois namorados unidos por esse laço invisível da greve, como o empresário está cada vez mais preso ao assalariado, ou este àquele, quando entram em conflito de interesses, mas esta nossa categoria não dá prêmio.
A terceira fase... Haverá terceira fase? Você apelará para nossos amigos comuns, ou para o Ministério da Comunicação Social, que aliás não existe, existe só o Ministério, não a Comunicação? E que é que eles podem fazer para acabar com uma greve tão fechada, tão silenciosa, tão sutil, que nem a reforma da legislação trabalhista, por engenhosa que seja, lhe dará remédio?
Bem, se você faz mesmo questão fechada, se sua vida ficar dependendo da elucidação das causas primárias e outras, da minha greve, então eu deixo no carro do metrô um envelope lacrado com os seguintes dizeres (no verso):
Razões e sem razões
de minha
greve particular
para ser aberto
no caso
de uma explosão nuclear
Não adianta abrir, nessa emergência? Nem haverá quem abra o envelope? Quem sabe? Sempre resta um sobrevivente, ou vários. A Bíblia o demonstra. Eu não posso revelar o meu segredo nem diante de uma comissão de inquérito parlamentar. Minha greve é absoluta. Tenha paciência, garota, não faço por menos, nem admito intervenções no meu sindicato. Meu sindicato sou eu.
Tem uma coisa. Não deduza de tudo isto que estou declarando guerra. Guerra é guerra, greve é outra coisa, e a minha então é outríssima. Sem quebra, atenuação ou extinção de amor. Pois você não vê, boba, bobíssima, que isto ainda é amor, é mais amor do que amor, é minha forma de amar você, de um jeito só meu, que nem você mesma é capaz de aprender em sua mineral abismalidade? ‘Dio come te amo! Até.