Textos que Falam quem Eu Sou
Eu sou o medo da lucidez.
Choveu na palavra onde eu estava.
Eu via a natureza como quem a veste.
Eu me fechava com espumas.
Formigas vesúvias dormiam por baixo de trampas.
Peguei umas ideias com as mãos - como a peixes.
Nem era muito que eu me arrumasse por versos.
Aquele arame do horizonte que separava o morro do céu estava rubro.
Um rengo estacionou entre duas frases.
Um descor
Quase uma ilação do branco.
Tinha um palor atormentado a hora.
O pato dejetava liquidamente ali.
Sabe, mocinha, eu sou como o ar.
Etéreo. Inconstante. Imprevisível.
Eu posso te carregar comigo,
soprar suavemente em teu rosto,
ou simplesmente ir embora, bruscamente, feito furacão.
Mas curiosamente, isto não depende de minha vontade:
tudo depende apenas de você
e de como você será comigo.
Assim como me vedes neste momento, eu sou. Para mim própria não seria ambiciosa em meus desejos de querer ser muito melhor em tudo. Mas triplicar quisera vinte vezes, para vós, o que sou, ser mais formosa mil vezes, dez mil vezes mais senhora de um rico patrimônio. Para em vosso conceito ser mais alta, desejara ter conta incalculável de virtudes, belezas, bens e amigos; suas a soma total de quanto valho é soma negativa, que define, grosso modo, uma jovem sem preparo, talentos e experiência, que se julga feliz apenas por não ser tão velha que não possa aprender, e venturosa por não ser tão obtusa de nascença que aprender não consiga coisa alguma. Mas a suma ventura nisto tudo consiste em poder ela inteiramente vos confiar o espírito maleável, para que a dirijais, na qualidade de marido, senhor e soberano. Eu, com tudo o que tenho, desde agora passo a ser toda vossa. Até há momentos, era eu senhora desta bela casa, dona dos meus criados, soberana de mim própria; mas desde este momento a casa, a famulagem, minha própria pessoa, meu senhor, a vós pertence. Tudo vos dou com este anel. Se acaso vos separardes dele, ou se o perderdes, ou se presente a alguém dele fizerdes, indício certo isso será da morte de nosso amor e causa de queixar-me.
Estou doente da persistência de imagens, reflexos e espelhos. Eu sou uma mulher com olhos de gato siamês que por detrás das palavras mais sérias sorri sempre troçando da minha própria intensidade. Sorrio porque presto atenção ao OUTRO e acredito no OUTRO. Sou marioneta movida por dedos inexperientes, desmantelada, deslocada sem harmonia; um braço inerte, outro remexendo-se a meia altura. Rio-me, não quando o riso se adapta ao meu discurso, mas porque ele se implica nas correntes subjacentes do que eu digo.
Eu sou contra a tolerância, porque ela não basta. Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente ainda é pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. Sobre a intolerância já fizemos muitas reflexões. A intolerância é péssima, mas a tolerância não é tão boa quanto parece. Deveríamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância.
Eu sou apenas a garota angustiada, de cabeça metralhadora, de tremedeira na existência, de maxilares travados de tanto que dói gostar tanto de tudo. Eu sou apenas a garota que tenta ser amada. E sou profundamente amada por alguns meses, até o garoto segurar firme a minha mão e dizer "nós somos inseguros e queremos uma garota normal". E então eu me pergunto se não deveria lobotomizar meu cérebro pra pensar menos, lobotomizar meu coração pra sentir menos.
Eu sou quase uma psicóloga para as pessoas. Dou minha opinião sobre o que acho que elas deveriam fazer, dou conselhos, sugestões. Mas com você eu não consigo. Talvez porque tudo o que eu queira te falar é “me abraça, vem pro meu lado, fica comigo porque eu nunca teria coragem de te machucar”.
Não sou tão certinha quanto dizem
E, na verdade nem quero ser,
Afinal não sou perfeita e cansei de tentar ser...
Não sou obrigada a concordar com tudo,
Tenho minha própria maneira de pensar,
Chega de tentar superar expectativas de alguém,
Sou humana e cheia de imperfeições...
porém gosto de agradar quem amo, e por isso posso fazer me parecer fraca, mas isso me fortalece.
Sei fazer minhas próprias escolhas,
Pois sei distinguir certo do errado,
Mas se eu errar, lembra, já disse, que não sou perfeita...
ninguém é, então não espere que eu seja.
As vezes ajo em meio a raiva, por impulso, tenho meus cinco segundos, faço coisas que gera espanto… então mais uma vez não espere de mim só perfeição…
Não sou uma pessoa de meios termos… sou de extremos… ou amo, ou não... (não sei odiar, prefiro ignorar).
Brigo quando não estou satisfeita, não sei ser falsa e fingir que tudo estar bem.
Quando falo e não sou entendida… até tento, tento, falo novamente, uma, duas, três vezes, mas quando eu desisto, esquece dificilmente eu volto atrás.
Não sei contar piadas,
Não entendo o porquê de algumas polêmicas e o pior, que por algum motivo acham que eu as crio!
Canto pra ficar feliz e pra espantar a carga negativa.
Gosto de ser paparicada, respeitada...
Sou do tipo romântica, dramática, já fui muito sonhadora (não que agora não tenha sonhos) hoje prefiro acreditar na realidade.
Há dias que choro por nada e há dias que estou tão feliz que nem sei o porquê...
Se pedir minha opinião, vou lhe dizer o que penso, de uma forma simpática, mas vou lhe dizer a verdade.
Então, agora em meio ao pouco que sabe de mim, fale o que quiser, não vou deixar de ser eu mesma para evitar críticas.
Sou tudo isso e mais um pouco...
Ou muito mais...
Eu falho ainda muitas vezes como mãe, como namorada/esposa, como mulher, como irmã e como amiga, como ser humano. Não consigo sempre acertar nas coisas que digo. Não sou uma mulher bonita, mas quando me vejo no espelho tenho orgulho de quem sou hoje, de quem me tornei, e isso tem bastado! Eu cozinho horrores, trabalho feito um cavalo, não me meto na vida de ninguém, faço o meu melhor nos meus relacionamentos, de família, de amizades com o outro no geral. Não carrego nenhuma mágoa, nenhum sentimento ruim, mas carrego cicatrizes no corpo e na alma porque tenho uma história, uma vida!
Algumas pessoas me amam, algumas apenas gostam de mim, as outras... ah, as outras não me interessam. Fiz coisas boas, fiz coisas ruins.
Não pretendo ser alguém que não sou.
Não me desculpo por ser eu, sou muito feliz assim!
E é assim mesmo que eu sou. Bem resolvida. Prefiro a roda dos homens nas festas, tomo cerveja, falo besteira, faço palhaçada, torço pro Corinthians e assobio com os dedos.
Talvez eu não seja um modelo de mulherzinha delicada. Isso não quer dizer que o meu lado feminino, vaidoso e elegante não prevaleça. Mas sei muito bem o que quero pra mim. Alguém que tenha a ver comigo, que não queira me mudar e goste de mim exatamente assim!
Sou mimada, sou dengosa. Às vezes não vou estar bem como você espera, e mesmo assim terá que respeitar. Sou dia, sou noite; e tudo isso no mesmo dia.
Sou alegria, sou lágrimas, sou conversa muda. Só alguém tão complexo quanto eu(ao menos no fundo) pra me aguentar.
Não sou fácil mas também não sou problemática.Sou do bem.
E do mal também. Claro, num bom sentido. Mas calma aí, existe bom sentido para o mal ?
Eu sou daquele tipinho raso, que vai xeretar seu orkut (FACEBOOK)
tentando descobrir o que sua ex tinha que te fez demorar tanto para aparecer na minha vida.
E vou odiar toda a sua história, e vou odiar que seus amigos sejam amigos da sua ex...
e vou odiar que seus amigos vão adorar contar suas histórias do passado.
E vou ficar quietinha, perdida, no canto da mesa. Querendo ligar pro Ricardo, pro Fábio e pro Pedro.
Não que eles sejam melhores do que você, porque não são.
Mas eu preciso fugir de você ser tão legal...
Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito.
Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba.
Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão.
Eu sou amor e carinho constante, distraída até o bastante, não paro por instante.
Já tive noites maldormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não prometidas.
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar. Pensei em fugir, para não enfrentar, sorri para não chorar.
Tenho saudades de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo,
amigos que acabei perdendo. Mas continuo vivendo e aprendendo...
A qualquer modo todo escuridão
Eu sou supremo. Sou o Cristo negro.
O que não crê, nem ama — o que só sabe
O mistério tornado carne.
Há um orgulho atro que me diz
Que Sou Deus inconscienciando-me
Para humano; sou mais real que o mundo,
Por isso odeio-lhe a existência enorme,
O seu amontoar de coisas vistas.
Como um santo devoto
Odeio o mundo, porque o que eu sou
E que não sei sentir que sou, conhece-o
Por não real e não ali.
Por isso odeio-o —
Seja eu o destruidor! Seja eu Deus ira!
Diz que eu não sou de respeito
Diz que não dá jeito
De jeito nenhum
Diz que eu sou subversivo
Um elemento ativo
Feroz e nocivo
Ao bem-estar comum
Fale do nosso barraco
Diga que é um buraco
Que nem queiram ver
Diga que o meu samba é fraco
E que eu não largo o taco
Nem pra conversar com você
Mas fica
Mas fica ao lado meu
Você sai e não explica
Onde vai e a gente fica
Sem saber se vai voltar
Diga ao primeiro que passa
Que eu sou da cachaça
Mais do que do amor
Diga e diga de pirraça
De raiva ou de graça
No meio da praça, é favor
Mas fica
Mas fica ao lado meu
Você sai e não explica
Onde vai e a gente fica
Sem saber se vai voltar
Diz que eu ganho até folgado
Mas perco no dado
E não lhe dou vintém
Diz que é pra tomar cuidado
Sou um desajustado
E o que bem lhe agrada, meu bem
Mas fica
Mas fica, meu amor
Quem sabe um dia
Por descuido ou poesia
Você goste de ficar
Dos muitos homens que sou, e nós somos,
não podemos nos assentar em apenas um.
Eles estão perdidos para mim dentro das capas das roupas,
eles tomaram o rumo de outra cidade.
Quando tudo parece estar bem
para que eu me mostre como um homem inteligente,
o louco que eu mantinha encerrado em minha pessoa toma minha
fala e ocupa minha boca.
Em outras ocasiões, quando estou perdido
entre pessoas distintas
e chamo meu eu corajoso
um covarde completamente desconhecido vem sacudir meu pobre
esqueleto
com mil pequenas reservas
Quando uma casa digna explode em chamas,
ao invés do bombeiro que eu chamo,
irrompe em cena um incendiário
E ele sou eu. Não há nada que eu possa fazer.
O que posso fazer para escolher a mim mesmo?
Como posso me compor?
Todos os livros que li
idealizam figuras de heróis brilhantes.
Sempre cheios de auto-confiança.
Eu morro de inveja deles e;
em filmes em que balas voam ao vento,
Sinto inveja dos cowboys,
Admiro até os cavalos.
Mas quando eu chamo meu eu corajoso,
lá vem meu velho ser preguiçoso,
e assim, nunca sei quem eu sou,
ou quantos eu sou, ou quem estará sendo.
Eu gostaria de ser capaz de tocar um sino
e chamar meu ser real, o verdadeiro eu,
pois se eu realmente preciso do meu ser próprio,
não posso deixá-lo desaparecer.
Quando estou escrevendo, estou longe
quando retorno, já me fui.
Eu gostaria de ver a mesma coisa acontecer
a outras pessoas como ocorre comigo,
para ver se tantos são como eu,
e quantos deles sentem-se da mesma forma consigo mesmos.
Quando este problema for totalmente explorado
vou me treinar tão bem nessas coisas que
quando eu tentar explicar meus problemas,
falarei não de um ser, mas de uma geografia.
Eu sou feliz, cara. Eu sou feliz demais. Mas eu sou infeliz demais, quando penso em você. Quando penso no que poderia ser, no que poderia ter sido. Eu sei que não dá. Eu nem quero que dê. Não quero mais. Mas não sei o que fazer com esse nó. Vai passar né? Eu sei. Com o tempo eu não vou mais olhar sua foto, nem sofrer, nem pensar o quanto é infeliz tudo o que aconteceu. Tomara que passe logo.
Eu sou sim a pessoa que (...) acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?
Eu sou um pouquinho desligada e não costumo tentar agradar a todos. Meu coração nunca doeu ao ponto de sentir sangrá-lo e eu não tenho medo de dar a cara à tapas. Chamar a atenção não é minha prioridade e não me incomodo com as críticas da mesma forma que não me sinto melhor do que ninguém pelos elogios. O problema é que as pessoas ainda não entendem que no meio de tanta mentira e falsidade, existem algumas pessoas que são sinceras e tentam ser, com muito esforço, um pouco delas mesmas.