Textos que Descreva a Si Própria

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Que me doi, ver o dedo que me apontou o caminho por experiência dita própria, ser o mesmo que me aponta julgando os erros gerados pelo caminho seguido quase que por confiança cega e imaturidade hoje julgada e dita como inexistente.
Não vejo vergonha alguma em dizer que prefiro a falsidade esfregada na minha cara , ódio sendo visto de onde vem, a esta paixão disfarçada essa amizade forçada.
Me retirei sem alarde, por que não vejo necessidade em te mostrar que os erros que você julga em mim hoje, sem sombra alguma de duvidas você já cometeu, cometeria ou até mesmo perdoou em alguém que você julgava quase pior que eu hoje em dia.
Escrevo aqui por que sei que não vai te atingir , escrevo aqui por que contrario a você não tenho a menor intenção em apontar seus erros para fazer os alheios sorrirem.
Sabe, eu sempre julguei que o ódio fosse o criador da força , e eu procurei, eu revirei cada detalhe, cada instante de tudo que passou e de verdade não consigo achar motivo maior para você buscar forças contra mim, além do fato de eu ter seguido cada dica tua, certo que com minhas loucuras embutidas e sem todo seu requinte em manipular situações , criar aliados e fingir inocência, mas não é ambiguidade de mais me odiar por ter feito o que você me ensinou?
Não quero respostas , minha força vem do fato de já ter vivido algo muito próximo a isso e saber que doi hoje, amanhã e mais alguns dias e depois vira lembrança e só vai voltar a machucar se for remexido .

Inserida por Michellewundervald

VORAZES

Tenho receio, por experiência própria, das pessoas que carregam livros bíblicos, religiosos e de aconselhamentos.
Acredito que frequentem igrejas, templos e tendas aromatizadas...Correndo atrás de levezas para o corpo e grandes oferendas. Outras, tentam mas nem isso! Vivem escutando orações pelo rádio e se bobear, saem até dançando com as cantigas religiosas (deveriam ser de ninar) para sentirem-se limpas e com as horas seguintes renovadoras. É... tudo pode acontecer... Vai saber do que são capazes?!
E, sentindo-se assim, limpas e sem pecados, dando a entender que são "delícias" puras, podem voltar por aí e começar a sujar a vida dos outros... Novamente!
Misturam tudo e se tornam vorazes!

Inserida por SoninhaBB

Poemas à Morte. 2.

De que os teus fogem
se és a própria morte?
Dela eles chacotam,
chamam-a para jantar,
mas se escondem no altar,
vêem de cima quem os podem matar.
Mas eles estão em fuga, do que eu lhe pergunto.
O meu muro cega deuses,
mas do que adiantará?
Se por dentro deles, sem exitar, passarás?

Por entre mares, tuas feridas passarão.
Por cima de deuses, teus pés pisarão.
És a mais forte das armas.
Matou a mim em primeiro toque.
Chorei a ti, me olhou distante.
Do que foges, morte?

Inserida por WilliamPhilippe

UM POUCO DE MIM MESMA
Queria dar um pouco de mim mesma a minha própria pessoa.. Apesar de ler um poema esses dias de Fábio Chap que dizia o seguinte: Sempre preferi aqueles que admiram mais aos outros do que a si... E ter concordado em suma com as palavras dele.. Hoje não poderia amar sequer alguém que não fosse a mim mesma. Preciso desse amor próprio para continuar sã.. lúcida.. Amo amar as pessoas.. mas admiro a quem faz o mesmo.. ou seja amando a mim também..

Inserida por damadedama

Não tenhamos medo e/ou vergonha de mostrarmos sentimentos! Conheço pessoas que dariam a própria vida para voltar no tempo e falar o que gostariam de ter falado para alguém que já não mais está entre nós, simplesmente porque não tiveram coragem de romper com MODISMOS/CONVENCIONALISMOS SOCIAIS.
A vida é muito curta, não deixemos passar qualquer oportunidade de dar e receber um abraço, um sorriso, carinho em todas as suas formas, pois que é disso que nos alimentamos: CARINHO!

Inserida por SidTrombini

A EXPECTATIVA DA DOR É MUITO PIOR QUE A PRÓPRIA DOR!
Muitas vezes, diante da PERSPECTIVA de enfrentarmos uma POSSÍVEL situação desfavorável, criamos em nosso cotidiano um ambiente pesado, extremamente sofrido, comemos mal, dormimos mal, sofremos de gastrite, palpitação cardíaca, ficamos de mal com a vida, afastamos os entes queridos com nosso azedume...
Assemelha-se ao SOFRIMENTO PREMEDITADO quando marcamos uma consulta em um dentista, passamos os dias sofrendo uma possível dor e, ao sentarmos na cadeira, uma xilocaína e uma anestesia interrompem toda a expectativa ruim!
EMOÇÃO e RAZÃO precisam ser trabalhadas para ficarem EQUILIBRADAS, sofremos ANTECIPADAMENTE, muitas vezes, por algo que JAMAIS IRÁ SE CONCRETIZAR!

Inserida por SidTrombini

NADA PERTENCE

Nada me dói mais do que a própria dor
Nada me pertence nesta maldita terra
Nada me afoga nesta areia do deserto
Nada é por culpa deste meu cansaço
Nada é do silêncio da minha pobre alma
Nada me faz sofrer nesta bendita vida
Nada é ou foi deixado ao acaso
Nada é mais doloroso do que a solidão
Nada há de apagar as rugas do meu rosto
Nada se sente, nada se apaga da mente.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"O mal do século é a solidão. Cada um de nós imerso em sua própria arrogância esperando por um pouco de afeição!".
Renato Russo

Lamentável ver pessoas ENCASTELAREM-SE em seus egoísmos, em suas presunções, isolando-se dos semelhantes por se acharem superiores!
Estas pessoas NÃO SABEM ou NÃO LEMBRAM que a vida dá muitas voltas e segue sempre em frente, as posições sociais e a juventude que nos sustentavam nas ilusões NÃO SÃO ETERNAS, quando a JUVENTUDE ACABA surge a DEPENDÊNCIA, a CARÊNCIA, a realidade se mostra e aqueles que NADA SEMEARAM, agora o que HAVERÃO DE COLHER?
Filhos que não foram ENSINADOS A AMAR, amigos que não foram CULTIVADOS, familiares que sequer eram LEMBRADOS, todos que foram DESPREZADOS agora fazem falta...
Esta CONSEQUÊNCIA Renato Russo define como o mal do século - a SOLIDÃO!

Inserida por SidTrombini

Um próximo patamar
Não fazer mais poesia
A própria poesia me tornar
Processo auto destrutivo
Psicose, mente em conflito
Me sinto um tanto esquisito
Um louco apontando o gatilho
Pra sí mesmo antes de atirar
Olho para o espelho
Primeira sensação a vir
é o mal estar
Não reconheço meu próprio olhar
Distante quase lunar
Perdido em outra galáxia
Não vale a pena nem procurar
Talvez seja mais fácil
Deixar tudo pra lá
Perdido em pensamentos
Versos e mais versos
Jogados ao vento
Em direção do mar
Navegando em aguas desconhecidas
Sem saber oque posso achar

Inserida por ZoenDCN

persistente estava
o indiferente sujeito
com mais pressa que a própria luz
alma tristemente fadada!

sem tempo pra amar ou até pra ver
cegou-se de razão e focou-se no tempo
esqueceu-se da cor e até do pensamento

com a mesma pressa da vida que tinhas
a citada vida trouxe depressa o fim
quem duvidaria da finitude do viver?
como poderias? pergunta-se
nem olhes, dizem que é assim

detestável fato decorrente, penoso pesar
indescritível vista fictícia
do meu fictício sétimo andar

Inserida por pedrodalosto

A Vidraça
O saber é luz que não se traça. É tesouro virtual quanto à própria alma. É um bem, quando bem utilizado para trazer paz e calma a você e a quem mora ao lado, por pouco que se faça. Porém, vem o triste recado: Ele está sempre guardado deixando a mente estouvada e à mercê. Às vezes plenamente cega como se pode ver um bem embolorado. Jamais esquecido apesar de mofado, não servindo a nada, nem à ignorância que se carrega. É o desperdício de inerte vício. É mais que pecado.
Se você é dono de mesa farta com muitas iguarias, e com boa saúde para saboreá-las, muito bem, está fazendo bom uso de um tesouro. Porém, se não reúne essas qualidades, sinto muito em lhe dizer coisas nobres, pois, assim o faço com humildade: “Você, é mais um pobre“ a bem da verdade. A menos que possua aquele tesouro de mais idade chamado: Amor. Aí você é rico sobremaneira encerrando qualquer discussão de qualquer asneira e sem a menor qualidade.
Sabedoria guardada em prateleira merece um instante de atenção, quando se tem uma estante ao alcance da mão. Mais um tesouro guardado fora, para não dizer: jogado agora num lamacento chão. É pobreza de doer o coração. Continua pobre, meu irmão!
Veja este tesoura da vidraça, que a traça jamais traça, eis a lição: Atrás da vidraça onde somente a visão traspassa qualquer emoção, está a criança cheia de graça olhando aos pássaros na ensolarada praça. São os donos da natureza em sua esplêndida beleza. Agora, e você, pára para contemplar o que vê, ou o vê na tevê? Você precisa entender onde se acha a graça de se viver! Ela não está na parede, na copa, tampouco, na rede, está em você. Então é biliardário e generoso ao gastar o seu tesouro com o otário que não quer aprender. Fazer o que, povo é povo, você é você o rico que não se vê.
Parabéns, você é o mais forte candidato à felicidade.
jbcampos

Inserida por escritorcampos

nao sei por que mas acho que as vezes que tenyei agir por conta própria,seguir meus instintos ser eu mesma eu sempre me ferro e acabo magoando alguem .
para agradar a todos tenho qye ser uma pessoa que eu nao sou para deixar a familia feliz com minhas atitudes tenho que fazer tudo o que eu nao gosto .Nao posso fazer o esporte que eu gosto Nao posso namorar quem eu quero nao posso estudar onde eu quero nem ter os amigos que eu quero entao nao vale apena existir agora me responda algumas coisas:"Vale apena continuar vivendo assim ?" "Me explica se tem como ser feliz assim,sendo uma pessoa que eu nao sou ,e se uma pessoa consegue ser feliz tendo a obrigaçao de se a melhor em tudo ?"Mas uma coisa eu tenho certeza nap existe ninguem melhor perfeito em tudo nesse e mesmo assim ele morreu na cruz para nos libertar dos nossos pecados ..." Conclusao :Sou apenas uma adolescente querendo apenas ser feliz... " e ninguem quer deixar isso acontecer ...mas eu vou conseguir...

Inserida por kelzynhakeyroz

Quando a primavera traz algo de novo, algo que não só desperta a ela própria, mas a nós também, é hora de agradecer aos deuses por essa estação e sua magia. Minha primavera chegou e eu nem sabia em que estação eu estava, só percebi a sua magnitude quando pude senti-la de verdade.


...minha primavera linda... e cheia de flores...




Eu te amo, Rebeca!



Jota Cê



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Inserida por Nectardaflor

ALEGRIA
Abro os olhos diante do espelho
Dou-me bom dia. Tenho que ser
A minha própria alegria
A vida tem dissabores. Tento afastá-los de mim
Desenhando um novo dia... Com as mais puras cores
De um caleidoscópio divino
Sendo eu, a minha alegria... Posso dividi-la também
Com aqueles que não a tem
Alegria é fé, é divertimento... É felicidade incontida
Saber buscá-la é privilégio... Daqueles que amam a vida
A minha alegria é real... Gera a ternura, esquecida
No fundo de um velho baú... Das vivências entorpecidas

Vale a pena repetir: Sendo eu, a minha alegria
Posso dividi-la também com aqueles que não a tem

Inserida por denisesevergnini

Viajo no céu no enorme infinito
Tentando buscar a própria felicidade
Mais não encontro pois sozinha estou
Até que um dia você eu encontreie logo vi que o seu interior brilhava fortemente
Foi ai que eu me toquei!
Nos teus braços então eu fiquei segura
Pedindo para que não me deixe sozinha nesta jornada
Agora sozinha eu não estou mais
Em você encontrei a paz
Confio em você com todo a verdade
Acabei de encontrar a feliceidade!

Inserida por tamyZetty

CARÁTER

Perdido na própria ignorância vaga solitário dentro do seu próprio eu. A ignorância supera o bom senso, por não buscar dentro de si as respostas da vida.

Todos os atos revelam verdadeiramente o "CARÁTER". Decisões deveram ser tomadas, por isso, revele seu "CARÁTER" nas suas decisões.

Felizes são aqueles que encontram seu "CARÁTER" antes da arrogância e ignorância. A sabedoria só é encontrada pelos que realmente as buscam.

Valorize sentimentos verdadeiros procure dentro de si as respostas da vida. Aprenda com seus erros e dê exemplos pra quem te admira.

Procure a razão de ser bom,
Mostre o valor de uma amizade,
Garimpe bons amigos
E regue suas amizades.

Valorize a vida e não deixe que seus sentimentos te guiem.Caminhe pela razão e caminhara com sucesso, Supere seus rancores, supere sua raiva não deixe o ódio crescer.

Rancores não lhe trarão nada, só colocaram em dúvida seu "CARÁTER".

Encontre seu caminho e deixe fluir o melhor de você e ai realmente você será conhecido pelo seu "CARATÉR".

Inserida por Edlinger

Essa não é mais uma historia de amor e sim a própria historia de amor, uma historia contada por um coração que já sofreu por amor, que já foi partido enumeras vez mas não abre mão de nada que venha dele. Amor esse que transforma vidas, que faz o significado das coisas se tornarem importantes para muitos e mesmo que muitas vezes você chore não deixe de sorrir nunca, enquanto estiver do lado da pessoa que faça seu coração bater assim desenfreado, descontrolado. Um amor que fica evidente em tudo, o amor recíproco entre duas pessoas.
Aprendemos que o amor é importante mais nunca se esqueça, se ame em primeiro lugar, nos faz nos tornar muito mais interessante.

Inserida por villarroel

(Escutas!)
Não somos Deuses dos sentimentos, nem teríamos
coragem de ludibriar a própria angústia e nem de
esconder nossas aflições, pois sinto mais na felicidade
do que nas próprias amarguras ou na dor. Não iludo almas
menores, não sou alpiste de pássaros e nem tenho
penas. Como um bom poeta eu hoje apenas respirei o
mundo e percorri o chão de sandálias nas areias
molhadas do mar para não ter que furar meu pé num
caco de vidro dentro das águas.

Inserida por editoralivre

Seres Anônimos

Por aqui, nesta ilha,
circulam estes seres anônimos,
heróis da sua própria história,
poetas de sonhos, cada qual com sua expressão,
afinados nas suas inquietudes.
Seres olhados como espetáculo de um teatro
mambembe a beira das praias,
rostos estranhos, desconhecidos
em fantasias coloridas que passam
para lá e para cá, alheios ao que acontece.
Seres anônimos transeuntes,
expressões cansadas de uma silenciosa marcha.
Que fazem surgir submersos pensamentos.
A alma inquieta busca por seu poema
com trunfos reservados à gente comum,
estes seres calados, incógnitos,
que sequer se sabem anônimos
retratados em desconhecidos versos...

Inserida por schmorantz

Há vinte anos, eu ganhava a vida como motorista de táxi.
Era uma vida ótima, própria para
alguém que não desejava ter patrão.
O que eu não percebi, é que aquela
vida era também um ministério.

Em face de eu dirigir no turno da noite,
meu táxi tornou-se, muitas vezes, um confessionário.
Os passageiros embarcavam e sentavam atrás, totalmente anônimos, e contavam episódios de suas vidas:
suas alegrias e suas tristezas.

Encontrei pessoas cujas vidas surpreenderam-me, enobreceram-me, fizeram-me rir e chorar.
Mas nenhuma me tocou mais do que
a de uma velhinha que eu peguei tarde da noite: era Agosto.

Eu havia recebido uma chamada de um pequeno prédio de tijolos, de quatro andares, em uma rua tranqüila de um subúrbio da cidade.
Eu imaginara que iria pegar pessoas num fim de festa, ou alguém que brigara com o amante, ou talvez um trabalhador indo para um turno da madrugada de alguma fábrica da parte industrial da cidade.

Quando eu cheguei às 02:30 da madrugada, o prédio estava escuro,
com exceção de uma única lâmpada acesa numa janela do térreo.
Nessas circunstâncias, muitos motoristas teriam buzinado duas ou três vezes, esperariam um minuto, então iriam embora.

Mas eu tinha visto inúmeras pessoas pobres que dependiam de táxis, como o único meio de transporte a tal hora.
A não ser que a situação fosse claramente perigosa, eu sempre ia até a porta.
"Este passageiro pode ser alguém que
necessita de ajuda" - eu pensei.

Assim fui até a porta e bati.
"Um minuto!" - respondeu uma voz débil e idosa. Eu ouvi alguma coisa ser arrastada pelo chão. Depois de uma pausa longa, a porta abriu-se. Uma octogenária pequenina apareceu.

Usava um vestido estampado e um chapéu bizarro que mais parecia uma caixa com véu, daqueles usados pelas senhoras idosas nos filmes da década de 40.
Ao seu lado havia uma pequena valise de nylon. O apartamento parecia estar desabitado há muito tempo.

Toda a mobília estava coberta por lençóis. Não havia relógios, roupas ou utensílios sobre os móveis.
Num canto jazia uma caixa com fotografias e vidros.
"O Sr. poderia colocar a minha mala no carro?" - ela pediu.
Eu peguei a mala e caminhei vagarosamente para o meio-fio, e ela ficou agradecendo minha ajuda.

"Não é nada. Eu apenas procuro tratar meus passageiros da melhor forma possível." - disse.
"Oh!, você é um bom rapaz!" - disse ela, sorrindo. Quando embarcamos, ela deu-me o endereço e pediu:
"O Sr. poderia ir pelo centro da cidade?"
"Não é o trajeto mais curto..." - alertei-a prontamente.

"Eu não me importo. Não estou com pressa, pois meu destino é um asilo de velhos."

Eu olhei pelo retrovisor.
Os olhos da velhinha estavam marejados, brilhando.
"Eu não tenho mais família..." - continuou.
"Meu médico diz que tenho pouco tempo..."

Eu, disfarçadamente, desliguei o taxímetro e perguntei:
"Qual o caminho que a Sra. deseja que eu tome?"
Nas duas horas seguintes, nós rodamos pela cidade.

Ela mostrou-me o edifício que havia,
em certa ocasião, trabalhado como ascensorista. Nós passamos pelas cercanias em que ela e o marido tinham vivido como recém-casados.

Ela pediu-me que passasse em frente a um depósito de móveis, que havia sido um grande salão de dança que ela freqüentara quando mocinha. De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente à um edifício ou esquina.
Ficava, então, com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada.

Quando o primeiro raio de sol surgiu no
horizonte, ela disse, de repente:

"Eu estou cansada. Vamos agora?"
Viajamos, então, em silêncio, para o endereço que ela havia me dado.
Chegamos a um prédio baixo, lúgubre,
como uma pequena casa de repouso.
A via de entrada passava sob um pórtico.
Dois atendentes caminharam até
o táxi, assim que ele parou.

Eram muito amáveis e atentos, e observavam todos os movimentos dela.
Eles deviam estar esperando-a.
Eu abri o porta-malas do carro e levei a pequena valise para a porta.
A senhora já estava sentada em uma
cadeira de rodas, quando disse:

"Quanto lhe devo?" - e já foi abrindo a bolsa para pagar.
"Nada" - respondi.
"Você tem que ganhar a vida, meu jovem..."
"Há outros passageiros" - respondi.
Quase sem pensar, eu curvei-me e dei-lhe um abraço.

Ela me envolveu comovidamente.
"Você deu a esta velhinha bons momentos de alegria. Obrigada!"
"Eu que agradeço." - respondi.
Apertei sua mão e caminhei no lusco-fusco da alvorada.

Atrás de mim uma porta foi fechada.
Era o som do término de uma vida.
Naquele dia não peguei mais passageiros.
Dirigi sem rumo, perdido nos meus pensamentos.
Mal podia respirar de emoção...
Fiquei pensando se a velhinha tivesse pegado um motorista mal-educado e raivoso, ou algum que estivesse ansioso para terminar seu turno?
E se houvesse recusado a corrida, ou tivesse buzinado uma vez e ido embora?

Ao relembrar, não creio que eu jamais
tenha feito algo mais importante na minha vida.
A maioria das pessoas está condicionada a pensar que suas vidas giram em torno de grandes momentos.

Todavia, os grandes momentos freqüentemente nos pegam desprevenidos, e ficam maravilhosamente guardados em recantos que os outros podem considerar sem importância.

As pessoas podem não lembrar exatamente o que você fez, ou o que você disse.

Mas elas sempre lembrarão como você as fez sentir.

Pense nisso!

Inserida por Linda