Textos Profundos sobre Amor
C(ASA)
o repique da libélula
tamborilando o cácere
desse teto-imenso-céu
do meu quarto, sala e cozinha
um pé direito alto
um passo de cada vez
as roupas já usadas ontem
se espraiam nas encostas de cuatro cadeiras vazias
y a mesa é a mesma
cheia: orna fartura quando você está
um bule no escorredor
volta sempre pro mesmo lugar esperado
um fogão ainda apagado
um coração sempre tão aceso
eu sou a casa
você a asa
desabrocham as flores de íris
qu'eu pensei serem tulipas
desabrocham as dores de saudade que eu pensei
serem infinitas
pero passa nas distais das'mnhas falanges o brim do jeans que esquecestes em meu balde
meu oceano familiar ao teu tráfego
meu dorso fértil eriçado ao teu beijo-occiptal
dessa rede
fiz teus braços
quis um traço
treco y trapo
não vai ser o mal do
abismo / espaço
que teu amor
vai me
afastar
" 'Eu te amo', uma frase tão simples e com um poder imenso, que eu uso e abuso, mas não no mal sentido, porque toda vez que eu falo é com toda a veracidade e intensidade que há em meu coração.
E quando esse sentimento é sobre você, ele se torna ainda mais puro e itenso. É uma verdade que habita e sempre habitará em um cantinho especial do meu coração, da minha alma."
Diante
Diante do verso, imerso, que expresso universo discreto, imenso e esperto. Sorriso feminino, de um instinto em domínio. Borboletas que param cometas. Terra de guerra, antes singela, agora aquarela. Luz tênue que esconde o que geme. Admirável se torna afável. Escopo em desgosto, de um rosto no poço. Silêncio sem vento de um simples momento. Diante do verso desperto. Desprezo o incerto, e sigo o universo.
Lembro-me de, em algumas noites, olhar para o céu e imaginar tudo que poderia haver nesse imenso universo. Comigo um desejo de conhecê-lo e as estrelas de diferentes cores e tamanhos espalhando luz pela vasta escuridão e seu vazio, buracos negros, infinitos planetas onde quem sabe poderiam haver espécies diferentes ou até melhor desenvolvidas, mas acreditava estar fadado a nunca ter algo tão grandioso.
Lemos livros que nos levam a mundos fictícios de aventuras, romances, terror, nos sentimos parte deles, as vezes questionamos se nunca vamos viver um clichê romântico, ou se seremos imortais, sequestrados e levados para um mundo de magia que sempre sonhamos. Estamos sempre a busca de algo diferente, de um propósito, algo que dê sentido a vida.
No entanto, encontrei paz em você;
Música enquanto descreve os detalhes daquele livro que tanto gosta;
Em minha mão teus escuros cabelos longos e ondulados, o desejo de tocá-la ;
Em seu sorriso, minha vontade de fazê-la rir mais vezes para admirar cada traço da sua felicidade;
No teu toque, um arrepio comunicando todo meu corpo que ela já me tem por completo;
Em teu abraço, um abrigo caloroso em uma noite fria;
No teu olhar, durante aqueles longos 15 segundos que nos encaramos, encontrei tudo aquilo que imaginava.
ENDECHA (Almany Falcão - 02/09/2006)
"Coração de homem:
Parque solidão, imenso e popular
lugar vivido e explorado
pelos poetas algazes
que saciam suas vinganças
castigando com um lamento triste
a bela melodia do amanhecer da vida,
solfejada pelo majestoso sabiá.
Sentimento maior captado
pelas lembranças áureas
do vivido tempo decorrido.
O coração já envelhecido
Lamenta em passadismo
como cenas de um filme repetitivo
as memórias que atenua
As martelantes inserções
da castigante saudade."
O tempo vivido, jamais será esquecido.
O tempo pra viver jamais deverá ser perdido!
Viva a vida!
Vida eterna sempre...sempre que puder!
Almany Sol
Namoro virtual
Nossa, como pesa não ter noticias suas
Sinto-me perdido num labirinto imenso
Às vezes dentro de uma caverna escura
E o meu sofrimento fica mais intenso.
Nossa, como te amar machuca e me faz sofrer
Nunca te vi pessoalmente, jamais te toquei...
Sinto até o seu cheiro e isso me faz te apetecer
Você é um lago que aprecio, mas nunca nadei.
Preocupo-me quando não curte e nem comenta
Minha cabeça viaja a vários lugares é o ciúme que me atenta
Quero te ver, sentir, abraçar, beijar e te amar
Preocupo-me contigo: onde anda, e como está?
Fico endoidecido quando é o seu despeito que me ataca
Como se eu não a tratasse com exclusividade
Dizendo-se que também tem amigos especiais
Você nem imagina meus sentimentos de verdade.
Nosso afeto é intrigante e ao mesmo tempo gostoso
Somos íntimos e só nos falta à intimidade abrangente
Somos carentes, estamos sensíveis e fico ansioso
O seu silêncio muitas vezes faz barulho com meu ser
E me coloca a dançar com tantos ritmos de falas
Seus disfarces é que fazem meu ciúme crescer e arder.
Amor virtual é loucura misturada com ternura
Tem dias que você me faz subir aos céus de contentamento
Em outros me faz descer ao inferno com sua candura
Pisa, fala forte e nem liga para meu sofrimento.
Muitos quando apreciam o meu sorriso
Nem imaginam o interno do meu viso.
Necessito voltar ao meu mundo real urgente
Sinto-me robotizado, duro e imprudente
Carente imaginário to fora! Preciso me notar humano
Para te sentir completamente, porque te amo!
E cada sorriso e emoji de coração hoje em dia vai tampando o buraco imenso que você deixou.
E cada vez que eu me lembro de qualquer coisa, eu me arrependo.
E toda hora que te vejo na rua, amor, te desculpo e me beije.
Não estou sendo fraca, juro que é só para não perder o costume de te sentir.
Silêncio perturbador...
(Nilo Ribeiro)
O silêncio é imenso,
gritante de tão calado,
eu não me convenço,
que de você estou separado
nada me vale,
nada eu suporto,
nada que equipare,
ao meu desmedido remorso
fui o dono da ação,
minha responsabilidade inteira,
hoje vivo com a solidão,
ela é minha companheira
vivo a minha mudez,
calo o meu amor,
até poesia se desfez,
diante do silêncio perturbador
o silêncio aninha em meu verso,
minha poesia emudece,
somente uma coisa eu peço,
“Deus, escute a minha prece”...!!!
se o silêncio insiste,
é porque vida já não existe...
Foi…
(Nilo Ribeiro)
Foi imenso,
foi encantado,
quando penso,
sinto-me compensado
foi preciso,
misterioso,
foi narciso,
foi gostoso
foi bonito,
foi profundo,
quando reflito,
domino o mundo
foi alma,
espírito,
foi calma,
conflito
foi belo,
verdadeiro,
foi sincero,
faceiro
foi divino,
foi idálio,
quando imagino,
sinto-me sábio
foi pé,
foi mão,
foi fé,
foi oração
foi rico,
foi fruto,
pudico,
foi bruto
foi infinito,
foi emocional,
quando medito,
sinto-me imortal
foi tudo que não quero expor,
mas foi antes de tudo, amor
meu amor é tanto,
que se na poesia não couber,
espalho-o para todo canto,
mas nunca deixo de amar esta mulher…
Confesso, penso em ti!
Penso quando, delicadamente, a tua lua girante atinge o alto do céu imenso.
É um pensar noturno, sentido, quieto, profundo...
São pensamentos doces que inflamam no corpo
E deságuam nos olhos um mar gigante de saudade
Neste luarento instante
Vestem-me tuas lembranças
Preenchem-me teus segredos
Colorem-me tuas estrelas e mistérios
Uma
nostalgia
movediça
que abocanha-me excitante pouco-a-pouco
que roça-me íntima os pés rendidos
que rouba-me insana o sentido
que devora-me toda
sem piedade
sem cessar
sem pressa
.
.
.
E nesse adágio
infindo
tresloucado
tu,
longínquo e contíguo,
liquefazes-me de amor!
Intimação
Foi imenso, intenso foi
Mas você desistiu do ontem, do hoje
Do depois.
E ao soprar o vento
Esqueceu de tudo como foi
Preferiu desistir do amor
Desistir de nós dois
Sua vida ganhou outro rumo
Outro alguém pra beijar sua boca
Embora ele seja seu presente
Só importa tirar sua roupa
Um futuro que não tem seguro
Limita-se aos prazeres do agora
Mas quando passar sua juventude
Descartara, jogar fora.
Não quero apenas pelo instante
Escuta minha senhorita
Se quiseres um amor alucinante
Permita-me voltar à sua vida.
Eu até já comprei todas cordas
Para na minha vida prender
Não precisa fazer muita força
Só basta você se render.
É urgente ao passar dos dias
Estou com a nítida intuição
De tê-la pra sempre em minha vida
O que falta é sua permissão.
A roda do destino gira
O tempo nos tira a razão
Pra ser a mulher da minha mira
Responda, você quer?
Sim ou não?
Mas não despreza a intimação.
Como posso amar, se nem a mim eu pertenço?
Me saboto ao ver o ideal, meu próprio cárcere imenso.
Por que amar, se amor nunca conheci?
Se ninguém me tocou, se ninguém surgiu para mim?
Eu sou do silêncio, da solidão confortável,
Poucas palavras, uma vida impenetrável.
Feliz estou quando estou só,
Mas se alguém invade, sinto-me em pó.
Cada um me vê de um jeito diferente,
Alegre, triste, bravo, indiferente.
Sou o reflexo do que sentem por mim,
Mas eu, no espelho, nunca me vi assim.
Vivo nas sombras, sem me encontrar,
Espero, um dia, pela gratidão chegar.
Ajudo sem esperar nada em troca,
Mas a alegria deles me faz sentir mais forte.
Quando sorriem, sinto-me leve,
Quando choram, o peso em mim se atreve.
Ser bom ou ruim, já não sei discernir,
Só sei que a pena eu não quero pedir.
Queria que entendessem quem sou de verdade,
Mas como, se em mim, também há essa dualidade?
Subo, mas querem me manter no chão,
Quando conquisto, olham-me com estranha visão.
Comemoro suas vitórias, com o coração aberto,
Mas quando é minha vez, o olhar é deserto.
Percebi, querem que eu permaneça pequeno,
Subordinado, preso no mesmo terreno.
Falam que desejam meu crescimento,
Mas na verdade, temem o meu alento.
Inveja, essa planta que cresce no escuro,
Amar é complexo, e o respeito é tão duro.
O amor, agora entendo, é ilusão,
Ninguém ama, ninguém com devoção.
Neste mundo, dor e sofrimento imperam,
Os pequenos momentos de luz logo se encerram.
Damos o melhor, com o que nos foi dado,
Oportunidades raras, conhecimento moldado.
E no fim, talvez seja melhor assim,
Sozinhos, em paz, sem esperar o "fim".
Te deixei livre
Tu e este imenso universo
Tu e tua plena vontade
E por razões que desconheço
Decidiste ficar
Pra me fazer sorrir
Um doce poema
Digno da perfeita sincronia
Que carregas no corpo
Curvas e tons claros
Logo, não menos importante
A sincronia do doce açúcar
Que resulta
Na química distorcida
Que nos une
Química distorcida
Que resulta
No teu nome
Esperança, Esperança
Vem logo
Contagiar
Meu
Imenso brasil
Percorre
Nossos campos
Matas
Pastagens
E florestas
Semeando
A fé
Nos corações
Desse povo
Que só quer
Ser feliz
Ser grato
Trabalhar
Ter saúde
E ter
Um teto
Onde
Possa se deitar
Dormir
E sonhar
Contigo Esperança
Que jamais morrerá
E estará sempre presente
Em nossas vidas
Porque foi o Senhor
O nosso Deus
Que gerou
Essa beleza
De sentimentos
Em nosso Ser
Esperança
Esperança
Vivo por você.
A nau e o sonho...
Era tudo um imenso breu
Nada se via além da vante
Nada se ouvia, calmaria, fé e desejo
Eu, um Orfeu sem guerras
Em pequena nau adaptada para pesca
Buscava nas cordas arpejos esquecidos
Iscas alçadas em anzóis, adormeciam nas águas
À espera dos peixes, sempre bem vindos
Justaposta para o prazer da pesca
De nada carecia: vinho e amor havia
Para a aventura sonhada e de valia
Coragem habitava o peito: tudo se podia
É tudo tão confuso
Teu colo é obscuro
Teu peito foi casulo
Pra o meu imenso pesar
Sempre no avulso
Pisando inseguro
Do que ali podia encontrar
Com medo do teu mar
Fui pisando confiante
Até afundar
Puxou meus pés
Me roubou a respiração
Me matando aos poucos
Nesse mar de ilusão
"Cinzentas e brancas no azul viajam, enormes vagarosas ao sabor do vento as nuvens no imenso céu.
Quão presentes essas gigantes acima dos nossos frágeis corpos, agarrados á terra que nos criou.
No pensamento tu. Omnipresente. Falas-me baixinho como quem sussurra ao ouvido um livro infindável de tempo e vida, em tudo passado, presente e futuro.
Quase aqui sinto a tua presença com tamanho sussurro.
No mole prazer me deixo divagar com tal melodia, qual maré enchente na foz de um rio que vai e vem, sem nunca ter ido ou voltado na sua rotina.
Viajam assim brancas e cinzentas no imenso azul ao sabor do vento as gigantes nuvens que tal como eu, frágeis."
Sou emocionado e com um orgulho imenso por ser assim. Se ser emocionado é demonstrar afeto, é dizer o que sinto e como me sinto quando estou perto de alguém que me importo e amo, sim, eu sou e-m-o-c-i-o-n-a-d-o. E amo ser assim.
E se ser assim se tornou algo ruim, não sou eu que preciso mudar, talvez as pessoas devessem fazer um excercício de reflexão e pensar no que as levaram a se tornar tão frias?
Talvez seja pelo medo de demonstar e não ser correspondido? É uma possibilidade, mas não precisa ser uma realidade.
Talvez seja o orgulho que insiste em nos deixar cegos e assim inevitávelmente nos fechamos para o mundo e consequentemente para todas as inúmeras possibilidades que a vida tem a nos oferecer?
Mas agora te pergunto: pra quê e por quê? O que de fato ganhamos em não demonstar? Em não sermos emocionados?
Do que adianta nos vestirmos com toda essa armadura se no fim das contas, lá no fundo o que todos verdadeiramente desejam é serem amados e inegavelmente emocionados?
AFLIÇÃO
Pulsa no cerrado o horizonte imenso
Num entardecer purpúreo candente
No desanimo surges, tão lentamente
Lembranças, molesto e tédio denso
Que eterniza a agonia e sentir tenso
De um passado caprichoso e ardente
Embora aqui presente, está ausente
Na emoção. Turrão ainda é extenso
E o pôr do sol é tormento e nostalgia
Em um acre perfume, árduo expiro
E a uma sensação aflitiva me contagia
Nesse anseio a saudade n’alma arde
És um passado de amor feito suspiro
Suspiro e caro pesar no cair da tarde!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 26/07/2021, 18’00”
Suave regato
que acarinhando
a bela floresta
em noite estrelada
e de imenso luar,
sei que sobre mim
não consegue
parar de imaginar.
Os desejos teus
têm se unido
todos aos meus,
e algo em nós
tem persuadido
à um romance
a ser bem vivido
unidos aos astros.
Os sentidos teus
têm se conectado
todos aos meus,
carícia indômita,
busca assumida
pelo paraíso perdido
neste planeta Terra,
do meu coração
tomará inteiro conta.
Algo tem me dito
que pouco a pouco,
mesmo tendo
os resquícios
de criança medrosa,
não vou resistir
e cairei de amores
hipnotizada
por este teu feitiço.