Textos para Mãe Morta
Sem o Espírito Santo:
Deus está longe,
O Cristo permanece no passado,
O Evangelho é letra morta,
A Igreja é uma simples organização,
A autoridade é uma dominação,
A missão é propaganda,
O culto é uma velharia e
O agir cristão uma obra de escravos.
Mas, no Espírito Santo:
O cosmos é enobrecido pela geração do Reino,
O homem está em combate contra a carne,
O Cristo ressuscitado torna-se presente,
O Evangelho se faz poder e vida,
A Igreja realiza a comunhão trinitária,
A autoridade se transforma em serviço que liberta,
A missão é um Pentecostes,
A liturgia é memorial e antecipação,
O agir humano é deificado.
O MEU CONFORTO
Sol poente... noite fria! Cá estou! Sou eu.
Eleva-me à fragrância da flor morta...
Que do dia, me restou a vossa porta
Por voltar à luz bendita que morreu!
Sou do teu conforto de saudade
O teu grito erguido em trevas de infinito...
Prega-me à cruz da insanidade
Que sou de ti a história curta de um mito!
Sou eu! Cá estou! Abra-me seus espaços,
Minha cruz, onde morre a minha dor,
Que já breve volta à luz os meus cansaços...
Noite fria... solidão! Oh, meu amor!
Dá-me o conforto dos teus braços...
A ilusão dos meus instantes de primor...
NOITE MORTA
Nesta noite angustiante que aqui estou,
Lembro-me todas as coisas ditas por ela
Naquela voz fina, naquela voz bela...
Todos aqueles instantes em mim ficou.
Amo-te tanto porque tanto me amou...
Naquela noite fria de uma luz tão singela,
Que era o clarão da lua ao entrar a janela
Iluminando aquele instante, que parou...
Ao tempo, minha bela, de voz alta...
Todos aqueles momentos, que me falta
Quero gritar ao mundo o que era meu!
Mas como estrangular contentamento
Se não tenho o seu amor, neste momento
O sonho daquela noite em mim morreu!
Adeus
Minha inspiração
Deita morta a sete palmos do chão
Junta aos vermes que aceleram minha decomposição
O corpo, um dia célebre
Agora fede, apodrece
Não fala, não pensa, perece
Sirvo-me da companhia das criaturas subterrâneas
Que sobrevivem da fatalidade alheia
Tal qual o invejoso, de caráter desfalcado
Funesta realidade, triste sinceridade
Guarda a conclusão angustiante de um ciclo
Que se basta sem desejar mais tempo
Bernardo Almeida
A Borboleta
Coitada da Borboleta!
Encontrada morta na
parada de ônibus.
Linda de cor marrom
bolinhas azuis e laranjas!
Borboleta bonita sem sorte...
Seu destino poderia
ter sido outro.
Se estivesse passeando entre
jardins e flores
poderia ter recebido
outra sorte.
Enfim, morreu a borboleta Marrom!
"fim"
A solidão permeia as flores de jasmim
Na enseada a chama acesa morta, fúnebre
A arte de quem queimou a vida como uma poema
faz do todo um sentido maior
a beleza no mundo não reside nas conquistas
a imprecisão eloqüente que a vida toma
não semeia derrotas ou derrotados
a torna interessante e bela
como a vastidão deste plano viril
o sol incandescente torna meu sangue reluzente
o fracasso é subjetivo
feito um sorriso que brota na planície perene da alma.
Quadrantes -
Trago a a alma quase morta
na raiz do pensamento
de palavras e revolta
num rimar de sofrimento.
Trago a vida indiferente
- sem ternuras nem amor -
aos olhares desta gente
que me deram tanta dor.
Trago em mim tantos cansaços!
Silêncio triste que me arrasta
na ausência dos teus braços ...
Trago em mim o que sonhei,
o que sonhei e nunca tive
e o que tive mas não dei!
À Ophélia de shakespeare -
Está morta Ophélia
em ataúde fechado - matou-se!
Seus olhos selados, longínquos,
rasos d'água dois pássaros caídos
vindos do passado.
Suas mãos em flôr dois barcos sem amarras,
sem côr.
O crepúsculo seu corpo inteiro, imóvel,
parado...
Ophélia matou-se! Matou-se!
E de braços em Cruz sobre o peito,
segue Ophélia pela morte, sem jeito,
como segue um romeiro ...
E aonde irá?!...
Qual será seu mote?!
Lívida a face.
Leva nos olhos a morte!
Dois pássaros caídos dum céu aberto.
Um céu que é longe mas que já foi perto.
Ophélia matou-se! Matou-se!
E com estrelas repousando no regaço,
botões de esperança a cada passo,
procura ainda sem descanso,
jaz morta arrefecida, no abraço do rio,
p'la face do seu amado ...
Évora Morta -
Évora morta curvada à solidão,
ruas tristes, tristes ermos, calçadas e janelas
que na dolência, ao passar, ansiando por perdão,
gemem pelas horas a desgraça das vielas …
Évora morta deleitada à solidão
terra seca de melancolia
que o tempo leva pela mão,
na brancura, dia-a-dia …
Évora morta num silêncio que vigia,
num espasmo de quimera
numa noite que inicia … e quase desespera!
Mas quando manhã alta o Sol desponta,
Évora desperta, Évora amanhece,
para logo anoitecer, e voltar a ser, Évora morta!
Doce sofre em gotas...
Sensato despertar...
Natureza morta...
Deixe me entrar...
No momento mais frio...
Desejos que desdenho...
Nós sussuros ao despertar...
Apenas resquícios de uma noite..
Os devaneios...
Vestígios dos senhores da noite...
Adores no fundo do poço...
As sombras clamam...
Respirando fundo...
Gritos no silêncio....
Expor palavras...
Meros sentimentos,
Estrelas que vago num espaço vazio,
Lágrimas de sangue...
Voz que encanta a alma...
Adeus, adeus, adeus! E, suspirando,
Saí deixando morta a minha amada,
Vinha o luar iluminando a estrada
E eu vinha pela estrada soluçando.
Perto, um ribeiro claro murmurando
Muito baixinho como quem chorava,
Parecia o ribeiro estar chorando
As lágrimas que eu triste gotejava.
Súbito ecoou do sino o som profundo!
Adeus! — eu disse. Para mim no mundo
Tudo acabou-se, apenas restam mágoas.
Mas no mistério astral da noite bela
Pareceu-me inda ouvir o nome dela
No marulhar monótono das águas!
A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estão ligadas.
Talvez sempre tenham sido e sempre serão.
Talvez nós tenhamos vivido mil vidas antes desta e em cada uma delas nós nos encontramos.
E talvez a cada vez tenhamos sido forçados a nos separar pelos mesmos motivos.
Isso significa que este adeus é ao mesmo tempo um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá
Florescer
A folha morta que cai dá lugar a vida em novas cores.
O velho tempero habitual, cede lugar para novos sabores.
O broto ao se fazer chover magicamente se transforma em novas flores.
Assim é o que a vida nos ensina, que pro novo nascer, o velho tem que se ir, é o curso a se seguir.
Pro choro dá lugar ao riso,
pra amargura dá lugar a cura,
pra saudade dá lugar a presença, pra ignorância o entendimento, pro desentendimento a cumplicidade,
pra tempestade dá lugar a calmaria,
pra mentira dá lugar a verdade,
enfim, pra velhas dores, novos amores...
Independente do que aconteça,
Floresça.
noite pura alma morta seus destinos,
operas perdidas sobre aqueles que gemem teu coração,
afritos momentos que se destituem no abraço frio...
tantas vontades em impuro olhar,
no ultimo sopro de vida,
desvaira sonsa meia noite, devagar se foi em desatino.
mero teor que flui do desejo...
sobre sombras o dias se desfaz em agonia
branda luz que morre de ciumes
nos estágios que desafia a gravidade do seu corpo...
Horas atrás falava em amor agora está morta...
está entregue aos problemas...
tudo se tinha era um sonho que acabou,
acorde veja que tudo está como pode sentir,
envie estrelas com pedidos pode ser que se realize...
seu desespero denota harmonia...
vamos lembrar dela com carinho era tão boa...
vamos se entregue mais momento de loucura,
nesta ilusão que retrata os sentimentos,
afetados por sonhos perfeitos.
tem o que para comer não fiz não deu tempo,
esta bem vou para o bar comer...
madrugada se passa a o que aconteceu....
estava ocupado pois não tinha rede...
mais uma tragedia anunciada em rede nacional...
Sete Palmos Abaixo da Terra
Eu estava morto para você
Você estava morta para mim
Chame isso de preto e azul
Desça facilmente
Acho que me perdi
Estou tão longe?
Você conheceu outra pessoa
E tem sido tão longo, querida
Quero que você me queira
Quero que você precise de mim
Eu juro que é a verdade
Esperando que você me chame
Saiba quando você me ver
Eu estarei lá para você
Eu estava morto para você
Você estava morta para mim
Nós éramos preto e azul
Nós éramos preto e azul
Nosso amor está a sete palmos abaixo da terra
Sim, isso me faz pensar
Poderíamos ressuscitá-lo esta noite
Tem sido um sono infinito
Loucos quando éramos mais jovens
Nunca deveria ter dito nossas despedidas
Então, querida, você não vai me deitar
Puxe meu coração para fora do chão
Nosso amor está a sete palmos abaixo da terra
Sim, isso me faz pensar
Poderíamos ressuscitá-lo esta noite
Amor de cemitério
Fumaça dentro dos nossos pulmões
Eu poderia usar o seu toque
Poxa, sou tão exuberante
Nesta dança iluminada pela lua
Me dê mais uma chance
Dormir com seu fantasma todas as noites
Quer que você me queira
Quer que você precise de mim
Eu juro que é a verdade
Esperando que você me chame
Saiba quando você me ver
Eu estarei lá para você
Amor de cemitério
Fumaça dentro dos nossos pulmões
Eu poderia usar o seu toque
Eu poderia usar o seu toque
Nosso amor está a sete palmos abaixo da terra
Sim, isso me faz pensar
Poderíamos ressuscitá-lo esta noite
Tem sido um sono infinito
Loucos quando éramos mais jovens
Nunca deveria ter dito nossas despedidas
Então, querida, você não vai me deitar
Puxe meu coração para fora do chão
Nosso amor está a seis pés abaixo
Sim, isso me faz pensar
Poderíamos ressuscitá-lo esta noite
Então podemos devolvê-lo à vida?
Podemos trazê-lo de volta à vida?
Zumbi, zumbi, zumbi, zumbi
Podemos trazê-lo de volta à vida?
Podemos trazê-lo de volta à vida?
Zumbi, zumbi, zumbi, zumbi
Nosso amor está a seis pés abaixo
Sim, isso me faz pensar
Talvez possamos ressuscitá-lo hoje a noite
Tem sido um sono infinito
Loucos quando éramos mais jovens
Não, nunca devemos ter dito nossas despedidas
Então, querida, você não vai me deitar
Puxe meu coração para fora do chão
Nosso amor está a seis pés abaixo
Sim, isso me faz pensar
Poderíamos ressuscitá-lo esta noite
Tem sido um sono infinito
Loucos quando éramos mais jovens
Nunca deveria ter dito nossas despedidas
Então, querida, você não vai me deitar (o bebê não vai deixar você me deitar)
Puxe o meu coração para fora do chão (puxe meu coração para fora do chão)
Nosso amor está a sete palmos abaixo da terra
Sim, isso me faz pensar
Poderíamos ressuscitá-lo esta noite.
Ainda bem que eu tenho você...
O que seria de mim sem Essas folhas?
Quem sabe me achariam morta afogada em tantas palavras.
Talvez eu devesse fazer ciúmes em Levi.
Da turma dos bobos ele dá aula de esperteza.
Vi ele deixando " Nálucia" pegar um papel de carta.
Passa ano entra ano
Ele acha que ainda vai impressionar
Com eles.
É Levi tem suas relíquias
De verdade eu sei lá ás vezes é
Ruim ser amiga de Levi e gostar dele
Um "cado bão ".
Tenho que fingir que não vejo as coisas
Eu queria mesmo é que Levi falasse alguma coisa, tipo que eu sou bonita como Arethusa..
Eu tenho que arrumar um cheiro bom, daqueles que o vento traz.
Ah falei que gosto dele...Ele de alguma forma ele gosta de mim.
Eu acho que ele se assustou.
Acho que quem não vê, gosta mais de que quem pode vê. Vê se pode?
Que Levi nunca veja meu diário,
Amém.
E Que ele nunca esqueça de mim
Que eu seja especial como casco de jabuti.
Amém.
Sara gostava de
Falar coisas estranhas no fim dos seus desabafos.
Sabia que Deus guardava tudo.
E que nas coisas mais simples estava florindo cada vez mais um sentimento verdadeiro entre ela e Levi.
Sara Cindy S.L
Holambra, 8/11/19
Delírio
Memória morta que ainda se faz presente
Aquele a quem chamo de felicidade com um tom obsessivo
Esse que se faz ausente mesmo quando estou em seus braços
Minha pessoa é tão perfeitamente imperfeita que me faz lembrar as obras de Tim Burton e “Bathroom Dance”
Sempre mordaz e misterioso
Um delírio pretensioso que me fascina
Cada passo seu exala um perigo que insisto em sentir de perto
Meu anseio
Aviso previamente, pois espero que esteja ciente: eu aceitaria de bom grado esta minha morte se fosse ao seu lado.
NO CÔNCAVO DA MÃO MORTA
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.
No côncavo da mão morta
havia uma chave...
não sei para que castelos.
.
Para qual porta, oh Deus Entranhas,
tal chave – tão triste chave –
em certo dia foi forjada?
.
Havia aquela chave
não como uma pedra
no meio do bom caminho,
mas no côncavo da mão morta.
.
E essa mão,
tão inerte e já bem morta,
cujo corpo era seu mero apêndice,
ao mesmo tempo oferecia
e segurava a chave.
.
O gesto, embora pálido,
tinha a cor dos desesperos!
Parecia dizer, nos entrededos:
.
Pega esta chave,
se tu és digno dela,
e cuida do seu metal
como se fosse cristal
precioso, de tão frágil.
.
Antes de tudo o mais,
colhe-a como uma fruta
já por mais do que madura.
A ela recebe – tão suculenta –
entre teus próprios cinco dedos.
.
A chave, no côncavo da mão morta,
parecia a mim implorar-assim:
“Leva-me... a meu destino,
que para isso nasci”.
.
E a mão côncava
acrescentava:
“Leva-a, que somente por isso
insisto em me entreabrir”
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Ipotesi, 2021]
Existem dois tipos de saudades:
1- A que você liga para o seu amor e em instantes ela ja esta morta.
2- A que aperta seu coração, te fazendo chorar.
Nesse momento a minha saudade se encontra na segunda opção! Esta primeira fica para sua namorada, que te tem por uma noite inteira, que anda de mãos dadas com você, que tem seu nome estampado em tudo que é de página de internet, por coisas desse tipo por momentos eu me sinto a pior pessoa que possa existir. Como alguém pode ser tão egoísta assim? Possuir o amor de duas meninas de uma só vez? Faqueza, apenas essa palavra lhe define! Por que de alguma forma você me prende, me procura e não me deixa ir embora.
Mas poxa, eu te encontrei primeiro, eu te beijei primeiro! Então por que ela? Você escolheu seu destino, e eu apenas posso desejar que ela lhe faça o que eu não fiz!
É hipócrita a forma que você age diante certas situações, por culpa sua meu dia agora esta incompleto, por culpa sua eu choro toda noite antes de dormir, e tudo o que tenho para me controlar é meu travesseiro! Por culpa sua eu só falto morrer de tantas saudades! Tem algo que me prende a você, que não me deixa ir embora e de uma vez ser FELIZ. Poxa, você ja encontrou outra pessoa, você ja tem alguém pra ligar quando estiver com saudades, então eu te peço... Não me procura mais! Me deixa, eu preciso descobrir novamente o que é ser feliz! E eu não posso esperar que o hoje vire ontem, então definitivamente agora eu te dou o meu ADEUS.
Vida Torta
Minha alma quase morta,
E a verdade batendo a minha porta.
Não passo de um ser idiota,
Fujo sem rota,
Em busca de uma ilhota,
Meus sonhos são lorotas.
Um louco amor, não passou de uma anedota,
A grande quimera é torta,
A minha vida é uma derrota,
Vejo meu nome nas rodas de chacotas.
O mundo já não me comporta.
Tanta dor o meu coração já não suporta,
E a minha vida vai esvaindo nas asas de uma gaivota.
Sepulto os sonhos, o amor ficou sem cota.