Textos para Ex-Namorado
Fantasmas no vagão
Letra: Renê Góis
Já não sei dizer quanto tempo faz.
O prazo terminou, final de uma ilusão.
Não posso mentir pro meu coração.
Alimentar a velha dor, a dor de uma paixão.
Não sou mais o mesmo de ser.
Tinha que morrer pra renascer.
Todo tempo é pouco pra viver a esperança de sentir um novo amor, nova paixão. Viver feliz é ser feliz com o seu novo amor.
Não me importo mais com os fantasmas no vagão, perdidos pela noite em vão, soprando minha vela então. Não posso mentir, talvez admitir, alimentar a velha dor... A dor de uma paixão.
Acostuma
Eu tinha o hábito de utilizar relógio todos os dias, era um objeto e acessório indispensável, se tornou involuntário ficar checando o horário a todo momento. Com o tempo o bendito relógio foi ficando mais fraco e acabando dando a hora imprecisamente, o que me prejudicava para eventuais compromissos. Posteriormente após uma queda, o vidro do relógio se quebrou.
A solução tomada por mim foi acabar aposentando o uso daquele relógio, talvez arruma-lo traria mais dores de cabeça relacionado a um possível mau concerto.
No fim acabei me *acostumando* a andar sem relógio, e aquela indispensabilidade, só passava de um sentimento efêmero.
Muitas vezes na vida temos por hábito certas ações e por companhia certas pessoas, e despercebidamente ficamos dependente, como se para nos sentirmos verdadeiramente completos, necessitaríamos estar com eles, ainda que muitas vezes isso acabe sendo prejudicial a nós e trazendo situações e sentimentos desagradávei. Começamos a pensar que algumas companhias são insubstituíveis, e quer saber? Realmente são. Não haverá outro relojo igual, e nem outras pessoas iguais, mas o importante não é substituí-los, e sim, se familiarizar com suas ausências porque nós por medo muitas vezes negligenciarmos que:
Acostuma
-UM PASSADO DISTANTE
É como uma paixão de adolescente
seu nome fica na minha mente ,
a todo tempo da vontade de gritar
o quão louca sou por te amar.
Escrevo seu nome em meu caderno,
sonho em te ver usando um terno
comigo na frente do altar
só de pensar é de arrepiar .
Imaginando um futuro contigo
mas agora a gente não passa de amigo,
acho q agora nem isso mais somos
tenho saudades do que um dia nós fomos.
Fim!
-Não te quero mais aqui.
-OK, só vou tirar minhas coisas da casa.
-Não vai lutar por mim? Por nós?
-Não, não mais, o seu desdém me ensinou que devo permanecer apenas enquanto existir a reciprocidade, dizer adeus dói, mas nas maioria das vezes é necessário.
-Então vai escolher a saída mais fácil?
-Se eu precisar lutar para estar ao seu lado, significa que ali não é meu lugar, eu não escolhi desistir fácil, pra mim tem outro nome: Sobrevivência. Escolhi sobreviver a você!
Hoje vim falar um pouco do destino e como ele brinca com a gente, tudo começou em 30 de setembro de 2011 foi quando eu "conheci" uma pessoa q mudou minha vida, uma pessoa q chegou de mansinho com vergonha ate de falar kk e com o tempo foi se tornando a pessoa mais importante para mim, mas esse mesmo tempo junto com os planos do destino te tiraram de mim e até hoje eu não sei o "porque",o triste e te ver e não poder te tocar, te ver e te ignorar enquanto a vontade é outra, sinto falta de deitar no seu colo e ver o futuro de ficar imaginando tudo até do júnior assim como vc o chamava kkk sinto falta também da sua rizada engraçada kk e do seu sorriso, lembra q foi uma das primeiras coisas q falei q era lindo em você? Mas tudo acabou e você continua bem talvez até melhor do que antes, mas quero te agradecer pelos 2 anos e te dizer q se esses 2 anos foram mentiras, foram a melhor mentira q já me pregaram, Valeu por tudo minha lindinha kk
hoje nem foi um pensamento, mas sim um desabafo q posso servir de inspiração pra outras pessoas fazerem o seu e também serve pra mostrar q vc deve deixar a pessoa sempre ciente de seus sentimentos antes q seja tarde eu sempre deixei e mesmo longe hoje essa pessoa sabe q tudo foi verdadeiro, o que deixa triste é saber q os momentos bons não vão mais se repetir!
Rebenta a manhã como um punhal
de gritos
na caserna
O arame farpado
que serve de paredes frágeis a este quartel
improvisado
foi cortado durante a noite
Há marcas evidentes do inimigo
e da sua passagem traiçoeira
por aqui
Estremece o sangue nas veias
a raiva corta os pulsos
e o medo apodera-se de todos nós
Não há heróis,
existe apenas
a cruz de guerra entregue ao pai
ou ao filho que o pai não conheceu
e a memória sentida
escrita no mármore da sepultura
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
O comboio levou-me para o leste em direção à fronteira com a Zâmbia. Eram nove e quinze da manhã, daquele dia chuvoso de dezembro de 71. Dia 12. Exatamente como imaginava!
Apenas viajámos de dia. À noite, pernoitámos em Silva Porto. A partir daqui e até ao Luso, à frente da máquina que puxava as carruagens, ia outra a servir de rebenta minas.
E os meus poemas começaram a nascer… sobre o joelho, onde apoiava o papel, escrevia:
“Espera-me.
Até quando não sei dizer-te,
mas afianço-te
com fé
que voltarei!
Espera-me nas tuas manhãs vazias
nas minhas tardes longas
nas nossas noites frias
e não escondas de mim essa lágrima
teimosa
onde está escrito
“não te vejo nunca mais”
Não esqueças o que fomos ontem
se o amanhã não existir
ou não voltar,
recorda o hoje
permanentemente
mesmo que não haja cartas
que nos possam recordar.
Nova Lisboa, Angola, 12 de dezembro de 1971
- para uma comissão de 14 meses no Leste de Angola, C. Caç. 205 (Cacolo), integrada no Batalhão de Caçadores 2911 (Henrique de Carvalho)
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Todos recebiam cartas
e discos pedidos
ao domingo
no Rádio Clube de Huambo
a mais de mil e duzentos quilómetros…
era a emissora que mais se ouvia
Só ele,
porque exatamente ele era só
e de longe
(talvez de lugar nenhum),
o furriel Abreu Gomes
nem uma letra vertida em magra folha de papel
Vingava-se da solidão no cigarro
que um após outro fumava
Enrolava-os com perícia tal
no fino papel de mortalha,
dois a dois de cada vez,
como se ali depositasse os fios da vida
que queimava,
como se estivesse a fechar para sempre
as abas do seu caixão
Aquele livro de mortalhas
e a cinza do cigarro queimado
que lhe morria pendurado na boca,
tinha a brevidade da vida
que ali se vivia a cada hora que passava
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Olhei-me em cima da berliet
com o coração tolhido de medo
Aqui não há heróis…
até os mais audazes na vitória
sentem medo
As mãos vazias
seguram com firmeza
estranha
a espingarda G3
que me deram para matar,
a única companheira segura
de todos os dias e noites
As nuvens de sangue ao longo da picada
abreviam a morte
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Terra de medo
e de dor
e de sonho também…
Lá fora o vento que zumbe
e uiva
e fustiga ameaçador e célere passa…
o vento a quem tudo pergunto
e nada me diz
O vento que volve e revolve
e varre
as folhas secas das mangueiras
plantadas no terreiro
que serve ao quartel de parada
O vento que zumbe e uiva
tresloucado
no negrume da noite que dói e mata
O vento que fustiga e passa
as frágeis paredes da vida
dentro do arame farpado
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
À volta de mim, o terror e a morte…
olhares de medo
fixos na imensidão do vácuo
interrogam-se mudos
inquietos…
dolorosamente pensam na razão
de tal sofrer
Mas não choram porque o pranto
se esgotou há muito
neste inquieto viver
Ah! Se eu soubesse ao menos rezar…
Rezava por ti
ó homem verme, tirano e sádico
que por prazer destróis;
Rezava por ti
ó governante ganancioso e brutal
que o mais fraco aniquilas;
Rezava por ti
ó deus, que já nem sei se existes,
pela geração que criaste
e abandonaste
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Desperto…
minhas mãos frias
crispam os dedos inertes
no gatilho da espingarda
Debaixo de mira
numa linha reta que dificilmente erro,
o alvo
Um corpo negro,
meio nu…
Apenas o cobrem os restos daquilo que foi
um camuflado zambiano
Veste no rosto,
encimado por um chapéu também camuflado,
a raiva
Para ele nós somos o invasor,
o inimigo a abater que importa liquidar
ainda que connosco tenha aprendido
rimas de civilização
Nós somos o invasor que (ele) quer
expulsar
destruir
aniquilar
E ele, para mim, o inimigo de ontem
será o amigo de amanhã
a quem hei-de abraçar
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Há corpos espalhados pelo chão
à minha frente
Nos seus rostos lívidos
cor de cera
morreu a esperança com a chegada da morte
no frio gume da catana
Jazem à sombra das mangueiras…
a morte passou por ali
Corpos decepados
esventrados
violentados
num rio de sangue pelo chão…
Ali apenas as varejeiras têm vida e voz
no zunido e na cegueira de beber
Sugam famintas de sede
o sangue ainda quente dos cadáveres
Zunem de sofreguidão na disputa
do sangue vertido
dos corpos esquartejados
pelos golpes das catanas
Para lá da orla da mata ainda o eco
dos gritos de vitória e os risos satânicos
de alegria e morte no ar
numa mistura de feitiço e de liamba
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Perdi os poemas ébrios
de ritmo
feitos ao sol da manhã
Esse tantã longínquo que me acordava
manhã cedinho
antes de subir na minha bicicleta
reduzida ao mínimo para pedalar até ao liceu,
acordava-me como uma loa,
cântico virginal
puro…
ou como um ritmo escondido
no regaço da mais linda mulata
da sanzala
Um poema ébrio de ritmo
órfico
em dionisíaca celebração
um cântico mestiço
místico
pagão
negro soneto espúrio
de um povo híbrido de muitos deuses
e de mais irmãos ainda…
Hoje o meu poema já não é ébrio
de ritmo
nem o som do tantã tem o sol puro
erguido pela manhã
cedinho
O meu poema é de sangue
e dor
lavrado pelo frenesim dos tiros
O tantã que me acordava
manhã cedinho
e trazia no som o ritmo
dos beijos,
hoje
já não me acorda deste sono
que não durmo
sobressaltado
O tantã traz agora na sua voz longínqua
o som próximo
da metralha
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
No ar, o medo e o silêncio sepulcral
a invadir
os primeiros raios da manhã
Corações sobressaltados
em prece e oração…
muitos sem saberem sequer rezar
No trilho traiçoeiro
espreitava a morte a cada passo
que se desse em falso
na picada
Sem perder de vista o combatente
à nossa frente
perscrutávamos, no lusco fusco do alvorecer,
as sombras que se dissipavam
por entre as silhuetas das bissapas
Nas mãos doridas,
por matar,
o peso da G3 engatilhada
dos soldados
De repente o grito e a dor
pelo estrondo e pela morte trazida
no estilhado e no sopro da granada
As lágrimas morriam afogadas
pela raiva e ódio surdo
nos corpos amputados
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Entre os teus lábios
entreabertos
inchados pela morte
e gretados pelo calor que te calcinava
os ossos desfeitos
ainda antes de morreres,
passeava-se uma mosca varejeira
ufana de sua propriedade encontrada
No ar
adivinhava-se o som das palavras
que não chegaste a proferir…
Talvez uma oração…
ou uma prece ao teu deus de ti tão distraído
a quem imploraste a ajuda sem te socorrer
Ou à mulher distante
de quem não chegaste a conhecer
o filho que lhe deixaste no ventre
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Você!? Sim você! Onde você está!? Na rua da amargura!?
Há.. Isso não me importa mais!!
Não! não me importa mais não meu ex-amor!
Estou me sentindo tão corajoso para recomeçar!
Você!? Claro!? Você mesmo, veja bem o que digo a você!
Eu! Sim claro eu... Te esqueci ex-amor! Esqueci-te.
E agora!? O que eu faço? ha ha, eu rio pro prazer.
Sabe por que!? Por que estou ouvindo um barulho.
Sim!? Está querendo entrar e minha casa!
Sim está cada vez mais perto!?
E agora? Ainda á pergunta!?
ha ha. Nosso amor já era.
Você jogou ao chão pela última vez.
Agora vou abrir a porta para o prazer entrar.
Ah. Já estou sentindo como é bom estar livre.
Hoje é um novo dia, um dia muito claro.
Um dia perfeito pra recomeçar minha história.
Pra escrever novas linhas da minha vida.
"SEM VOCÊ Ex-amor"
Isso é verdade? Estais falando sério? É mesmo? São perguntas incrédulas diante de tantas coisas que ele quer me contar. A impressão que dá é que eu fico o tempo todo duvidando de suas mudanças.
Nos encontramos casualmente, eu tive a eterna dúvida entre cumprimentá-lo ou não, apesar de nossa muita intimidade do passado, percebi que a intimidade não é para sempre, você simplesmente pode deixar de ser íntimo.
Todas as noites choro por ter cometido tantos erros, ao cair no sono logo sonho contigo.
Te vejo lindo e radiante, novo como naquele tempo em que nos conhecemos, olho pra você e me sinto feliz, vejo pessoas que me amaram com todo amor sincero e eu só as decepcionei . Fui egoísta ,infeliz e traidora.
Os meus sonhos com você são os mais lindos, o mais perto que posso chegar de ti. Sinto uma paz infinita , mas logo desperto e vejo que foi apenas mais um sonho...
Choro,choro muito. Tento voltar a dormir pra ver se te encontro novamente. Mas não, eu não te encontro. Vejo que sua vida esta como sempre deveria ser, feliz.
Você tem alguém que ama , família e amigos, E isso me deixa mais tranquila, pois você merece toda a felicidade do mundo. Eu peço apenas que Deus te mostre que todos os dias peço perdão a você e á sua mãe, que me amaram e me cuidaram. Perdi tudo por um erro meu. Sofro todo dia por isso e sei que mereço sofrer pelo mal e decepção que fiz vocês passarem. Eu levei maldições para a vida de muitos e pago por isso todo dia.
Te peço perdão quantas vezes forem necessárias. ME PERDOE!
Quem sabe hoje eu sonhe contigo de novo e sinta um pouco de paz.
Semana passada estava em um bar e me deparei com um cara que disse o seguinte:
- Vocês mulheres quando acabam um namoro ficam saindo e querendo mostrar que é feliz pro ex.
E a minha resposta foi a seguinte:
- Meu queridinho, as mulheres não vivem em função de homens, pelo menos não a maioria, quando terminamos um relacionamento encontramos outra vida nos aguardando que nos mostra que não existe apenas homens, amores e esperados telefonemas e sim amigos, balada, curtição e tequila. A vida tem diversos lados, e a gente aprende a olhar para todos eles.