Textos Narrativos em 3a Pessoa

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⁠Estamos Sozinhos —

Àquela altura,
em meio a uma enorme angústia,
eu já estava colocando a responsabilidade
daquele meu desespero nos deuses
ou no diabo.

Afinal,
se algum deles havia me dado a clareza de
que ela não era a pessoa ideal para mim, deveria, ao menos (por justiça),
dar-me a liberdade de
esquecê-la.

Mas é nessa hora que a gente
entende que está, de fato,
sozinho.

Inserida por SilvioFagno

⁠Ela é uma mulher meiga e bem humorada na maior parte do tempo,
há sinceridade nos seus atos, existe transparência nos seus sentimentos,
possui um amor raro e forte por aqueles que têm relevância na sua vida ao ponto de muitas vezes esquecer dela mesma, pois é muito exigente consigo,
assim, uma pessoa incrível pra se ter por perto de uma essência bastante emotiva, mas quando perde a paciência, torna-se um tormento, não suporta ser contrariada, nem falsidade, muito menos injustiça e em meio as suas falhas, busca sempre acertar,
sabe amar, então, quer sentir-se amada,
precioso e notável é o seu valor,
portanto, do Senhor, certamente,
é uma dádiva.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Normalidade —

E,
aos poucos dizem:
"a vida voltará ao normal".

Ouço, vejo minha vizinhança e suas festas
de aniversário, de fins de semana;
Meu bairro e seus eventos de gente e
gritos e sons e barulhos;
Minha cidade e suas cidades irmãs
vizinhas promovendo, movimentando
a roda (da vida?), da "normalidade";
Meu estado e seus irmãos de fronteiras
e Região, nutrindo suas cidades de
bairros e ruas e casas e gente...
Enfim,
meu país e sua gente e tudo que lhe
falta... eternamente (eufóricos):
" a vida voltará ao normal".
Mas qual normal?

Confesso: me assusto!
Mas o que eu sei, afinal?! — nunca cruzei
(para fora), o meio-fio do medo da calçada
de minha casa.
Eles — quase todos eles — de algum modo, cruzaram fronteiras, atravessaram o país, têm algum diploma ou curso técnico ou carregam, na ponta da língua (satisfeitos), as expressões do momento.

Eu: o medo de antes; o medo
de agora... de sempre.
E assim, aos poucos dizem
(entusiasmados?):
"a vida voltará ao normal".

E eu continuo com medo, estranho, alheio...
estrangeiro a tudo.

Inserida por SilvioFagno

⁠Todas as escritas acabam aqui.
Nunca faz ou fizeram diferença.

Sempre alguém morre o tempo todo;
e às vezes não é enterrado.
O funeral acontece aos poucos,
sendo velado sob risadas escalafobeticas
de quem você achava que era importante.

E aos poucos,
me consideraria bom o suficiente pra desparecer lentamente; sem comoção de aplausos.
Sumir ao poente de uma alvorada lenta e desperdiçada em minha cama infinita e dormente.

Sempre alguém deixa de existir,
e não é por escolha.
Você segue as massas ou se contenta com uma solitude inaceitável e desvastadora. Não há outra escolha.
Sua mente não se aconchega.
E eu não sigo ninguém que pensa igual ao outro.

Por que me sinto tão suficiente,
que os assuntos discutidos ao meu pé do ouvido
são totalmente desinteressantes e sem brilho.
Pudera eu poder rir das mesmas velhas piadas e me considerar sortudo por isso.
Elas são desgastantes e ingratas, confusas, chatas e arrogantes, sem graça.

Teu sorriso inibido contra meu pudor,
pode me desencadear tanta maldição.
E teus elementos atirados ao fogo,
me colocaram colares sufocantes; esperando de mim o que eu não posso entregar.
Nunca serei páreo, nunca serei ácido, nunca serei sério.

Alguém morre o tempo todo.
E essas são minhas últimas frases estacadas em uma estaca no chão, que não sobrarão, senão, caliças e destroços de mais uma vez que "tentei ser" o que alguém procurava. A última vez que fui enganado por sentimentos em formato de migalha.
E os acontecimentos precoces que me ponderaram a escória de passar por tantas guerras sem armas, me tornaram infrágil diante de todas as carcaças que levei diante minhas costas.

Então,
o que apaga de repente
não causa alarde constante.
E ser facilmente esquecido
na estante
é o que mais desejo.
Nunca serei constante.
E essas são as últimas frases que escrevo nessas lápides.
E meus fios de cabelo se desvanecem diante a escuridão de madeira.
Minha barba cresce junto com a arrogância, com a impertinência, e me torno tão frio que já não me reconheço mais.

Meia dias delongos,
esvairados: no tempo certo da minha loucura sentimental.
É tão barato não ter um preço a se pagar.

E minhas dividas estão sanadas diante seu inquérito de passagens de idas e voltas; abrindo machucados sarados.
Como se eu pudesse tapar todos os seus buracos.

Fui uma caravela que soprava teus dias, fazendo dele um dia bom.
Fui embarcação, que você se apoiou e usou pra se esquecer de si mesma.
Sem mais,
navegar não é e nunca foi preciso.

Aceno.
Ninguém balança à mão do horizonte.
Nada corresponde.
E Todas as escritas acabam aqui.
E me vou junto com elas.

E como se eu não fosse nada,
se faz de indiferente
no meio de tanta gente
que só queria
contabilizar mais um digito
em sua cadeia alimentar.

Se faz de diferente,
no meio de tanta indiferença
que não fez, se quer, nenhuma sequência
em meus atos,
degradando minha inocência.

E como se eu não fosse nada: se esquece fácil.
Se desloca, novamente, pra sua quietude,
me separando do resto do mundo.
Me excluindo de tudo que julga ser incorreto.
Me esquecendo como um passar de vento mechendo seus lençóis na janela.

Já não há mais motivo pra seguir.
Eu amo vocês,
mas é tarde.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Achei algo que valia a pena; mas não era você.

Sempre acabei ficando com o resto que os outros deixaram; com os pesos,
e as malas prontas, cheias de insegurança.

Quais nunca ficaram de verdade em mim.
E que se foram quando se supriram de suas necessidades.

Não quero mais tentar curar ninguém.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Coração

Para muitos, uma pessoas fria que só pensa em trabalho. Signo de Capricórnio.

Será que o signo revela a pessoal real que o carrega? Existe um coração no capricorniano?

Pessoa sensível e singela. Com atos de ternura demonstra o cuidado envolto da preocupação.

Coração vivo que pulsa no ritmo singelo da vida!

Inserida por nicholasgianelli

⁠Eu sou apaixonada por aquele guri, me apaixono cada dia mais, é normal se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias? Eis à questão...
Eu amo cada detalhe dele e cada momento que temos juntos... Lembro da primeira vez que vi ele, não pensei que uma amizade passaria para um amor incomparável...
Eu tenho orgulho absurdo dele, eu acho que nunca amei ninguém ao nível que amo ele. É a pessoa mais simpática e educada que já conheci, quando aqueles lábios tocaram os meus foi a melhor sensação que tive, parecia que eu estava no céu...
Eu amo escrever para ele, eu amo dedicar músicas à ele, eu amo quaisquer coisa que envolva ele. A família dele é incrível, os pais dele são muito fofos comigo, Graças a Deus está ocorrendo tudo como o planejado.
Talvez não tenha sentido eu estar me abrindo aqui, mas o carinho e o amor que sinto por aquele garoto é inexplicavelmente inexplicável...
O cheiro dele, o beijo dele, o carinho dele, o amor dele, os olhos dele, ELE em si, me deixa boba ❤
MEU AMOR é perfeito... ♡
Não me canso de dizer o quanto amo ele...
Não me canso de dizer o quanto sou apaixonada por ele...
Não me canso de dizer o quanto sou feliz por ele estar feliz...
Não me canso de ver aquele sorriso apaixonante que só ele tem...
Eu sou mesmo uma boba apaixonada!

Inserida por juliamoreno

⁠+Q Teólogo
Lúcifer, o Diabo, antes Satanás, ainda que caído é um anjo e foi o querubim da guarda, grandioso entre as criaturas celestiais. Ainda que do mal, como todos os anjos é um mensageiro e ele é em seu nome o 'portador da luz'. De anjo também é chamado o teu guarda, o teu bem e o teu amor. Anjos todos são, mas nem todos te querem bem. Assim também são todas as pessoas, ainda que seres humanos nem todas são ou fazem o bem.

Inserida por FranciscoFontes

⁠São Paulo, cidade da paixão
É onde vive uma gostosa, a tentação
Seus olhos são negros como a noite
E seu sorriso é tão brilhante
Ela caminha pelas ruas com graça
E todos os homens a olham com a cara
Ela é linda e sensual, um sonho
E todos querem fazer dela o seu bem
Ela é divertida, mas também é inteligente
E seu jeito de ser é tão cativante
Ela é uma mulher forte e independente
E nunca deixa ninguém a desrespeitar
São Paulo é uma cidade grande e agitada
Mas ela é a estrela mais brilhante
E todos que a conhecem são abençoados
Por ter essa gostosa como amante

Inserida por zaluski

A pessoa certa será aquela que te vê sem maquiagem e diz que você está linda
A pessoa certa será aquela que vê seu corpo nu, conhece suas cicatrizes e imperfeições e mesmo assim diz que você é perfeita
A pessoa certa será aquela ⁠que você se sente tão a vontade junto dela, sem máscaras, sem filtro, sem status, sem mentiras, sem medo de ser feliz
Se conhecem no profundo, num olhar, num toque, num carinho, num beijo, num abraço
Como fizessem parte um do outro, num só corpo, num só coração, numa só alma
Vivendo um amor tão puro e imaculável
Essa é a pessoa certa!

Inserida por RaquelSutel

⁠Mundo do Desconhecido —

Eu devo desconhecer completamente
o caminho. — qualquer caminho.
Até o mais óbvio... ora, não é possível!

Eu não sei como chegar quando
nem sei aonde ir.

Minha mente viaja por milhares de quilômetros,
através de séculos, de sonhos,
mas eu não saio do conforto (incômodo)
do meu quarto — que é só um modo seguro
de se morrer (sem se viver),
em paz.

Os quarenta estão logo ali, e a saúde
não anda lá das melhores.

Amores sem amor;
Sonhos que só sonho;
E amanhã é domingo
(de novo).

Tenho tido insônias e pesadelos;
Tenho tido instante raros de alegria
e monstruosos momentos de decepção;
Tenho tido pesadas ressacas
de gente.

Preciso, urgentemente, começar a escrever
e lançar-me ao mundo do desconhecido
(de céu, abismo e chão),
como um escritor que vai morrer,
para que este, então,
não morra.

Inserida por SilvioFagno

⁠Dezembro dos Nossos Anos —

Sentia algo, como uma estranha sensação, ainda sem nome,
que me vinha, mas eu não a alcançava para,
de alguma forma, significá-la.

Talvez fosse por se tratar de um fim de tarde
em que, em mim, afloram-se todos
os sentimentos e, neste turbilhão
de sensações,
eu invento e reinvento-me,
mas, enfim (menino do que sou),
só sei ser eu.

Talvez fosse porque era um sábado,
e eu havia esquecido de que era
um sábado, e que aos sábados,
nascem e morrem-se instantes
e eternidades.

E penso também que fosse porque estávamos
em dezembro.
E sabendo que os dezembros querem e têm-me
comovido e devoto,
além de me lembrarem os sábados
e os fins de tardes,
cabe aqui dizer (por entrega e ofício) que,
há alguns instantes, eu houvera lido
um conto de Clarice,
que me pós a observar pela última janela
do meu quarto de minha adolescência
(perdida),
o derradeiro e mais sublime raio de sol poente
do fim de tarde de um sábado,
num dezembro distante
dos Nossos Anos.

Eu ainda sinto, e ainda não sei o que sinto, mas aceito.
Afinal, nunca soube, muito bem, explicar a maioria
das coisas que sinto.
Acho que é por isso que as chamo de...
Poesia.

Inserida por SilvioFagno

⁠Uma Xícara de Café —

Uma xícara de café com (exageradas),
cinco colheres de açúcar, esfria (solitária),
na mesa da sala.
Olho-a com algum desconforto
e demasiado respeito. — é café.

Segundos antes, de súbito, ela precisou abandoná-la ali (com o café
ainda quente, ainda por provar...
querendo, desejando-o).

Ela agora atravessa o corredor,
vai até a sala principal, e volta (ritmada), cruzando os meus olhos de menino pagão, em passos debochados.

Que demora! — quantas pessoas
mais (e más) surgirão ainda
para segurá-la por lá?
Quantos papéis (documentos), ela
precisará dar conta até a
parcial liberdade?
Quantas eternidades cabem
neste instante infinito que
nos separa, ó Tempo?

E então volto os meus olhos para a xícara
de café (agora já frio),
que espera, espera... espera-a,
mas não tanto o quanto eu.

Inserida por SilvioFagno

⁠Uma Quase Revolta Gritada —

As mentes — otimistas — que servem para viver neste mundo caótico e injusto, adaptando-se a ele, não servem
para mudá-lo.

É preciso que haja uma dose crônica de pessimismo, de insatisfação — uma quase revolta gritada — (sem que
se perca o ânimo).

Estar, de certo modo, em paz neste mundo caótico e injusto, é ser parte significativa deste caos, desta injustiça.

Inserida por SilvioFagno

⁠De Cinza –

Era, quem sabe,
aquele dia ou aquela
semana ou aquele mês.
Era, talvez, o ano, talvez a década...
a vida.

Ainda que haja — e há — motivos
e motivos para sorrir, cantar,
brindar à vida,
aqueles que me conhecem
sabem:
Ao me encontrar, há de haver
sempre alguma coisa
vestida de cinza.
Seja
o dia,
o corpo
ou a alma.

Inserida por SilvioFagno

⁠⁠Uma Fotografia —

Era só uma fotografia,
e eu fiquei ali, irreversivelmente
parado, fitando-a.

Uma simples foto como,
aparentemente tantas outras,
mas que, a mim, trazia o Ônus:

Um cálido meio sorriso,
olhos pontiagudos e anoitecidos,
de um amor utópico, contínuo,
antigo. — jamais começado,
tampouco esquecido.

Inserida por SilvioFagno

⁠Aos Sete –

Quando estou diante do meu filho,
acontece algo que, talvez, o Tempo
e outros deuses, não o concebam
muito bem. — até mesmo eles.

Como uma sensação, como um desejo,
e mais, como uma evolução, diante
do meu filho, eu costumo inverter
a ordem, aparentemente
natural da vida:

Eu quero ser como ele.

Inserida por SilvioFagno

"⁠Um Detalhe" –

Todo mundo anda meio quebrado.
Cada um com sua parte solta — suas angústias, seus medos, suas dores.

E sinto que, quase sempre, é só
"um detalhe".
Um simples e transformador "detalhe",
por todos os outros ignorado.

É um desemprego, um pai ausente,
um sentimento não correspondido.
"Um detalhe" que faria toda a diferença.
Não para resolver todos os problemas,
mas para fortalecer-nos contra
todos eles.

É preciso ânimo, é preciso força,
é preciso luz — uma luz sábia, quente,
acolhedora —, mas os sensores
de luminosidade, às vezes
falham em alguns
dias cinzas.

Inserida por SilvioFagno

⁠Um Novo Eu –

Deixarei de escrever até que encontre
novos nomes,
novos motivos, novos
rumos — um novo sentido, uma
nova vontade, uma nova inspiração.

Até lá,
queimarei cartas,
rasgarei fotos, apagarei
versos.
Até lá,
jogarei fora poemas,
presentes, canções.
Até lá,
esquecerei olhos, vozes,
gestos, gostos, manias, cheiro,
sorrisos.

Matarei lembranças, desejos, sonhos.

E quem sabe assim, um novo
eu apareça.
Ainda que reduzido, um pouco
mais leve de alma.
Ainda que esquecido, um pouco mais consciente da vida.
Ainda que sozinho,
um pouco mais perto de
si próprio. — com novos motivos
para escrever à vida, e sobre
ela novos temas, talvez
novas cores, novos
sonhos.

Inserida por SilvioFagno

⁠Um Quase Amor (Eterno?) –

Estou tentando me desfazer
do sonho do quase-amor-eterno
que fomos.

Porque fomos linhas de um quase
poema (imortal);
Fomos versos de uma quase canção
(atemporal);
E fomos sonhos de um quase amor
(eterno?).

É estranho:
Às vezes eu sinto, eu sinto, como
num susto, que a gente está
tão perto, tão mais perto.
Tão perto como nunca, ainda que tão
longe como sempre.

Ainda ontem,
a brisa do fim de tarde
me trouxe o teu cheiro, e eu lembrei
o teu rosto, o teu riso, o teu gosto,
o tom da tua voz.

Eu te amo! — e isso dói.

Inserida por SilvioFagno