Textos Narrativos em 3a Pessoa

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⁠CONFISSÃO

Existem sentimentos que pela sua intensidade, alvura, candura, clareza, pureza, chama e flama, não tem termos específicos para serem definidos. E pela forma natural que se expressa, a melhor maneira de se fazer sentir o peso dessa verdade é olhando estoicamente nos olhos de quem benqueres e deixar que os mesmos digam em silencio:
Gosto Muito de Ti Pessoa..!!!

Inserida por SCJailane

PESSOA CERTA, AMOR ERRADO.
.
Não consigo dormir porque me perco em pensamento
Minha mente fixa seu nome e não consigo tirar
Não consigo mas fingir que nada sinto por ti

Sempre que a vejo a desejo, eu te desejo e desejo.
Te vejo e te quero, estas perto mas não te tenho.
Como ter você? Oh vida injusta

Como ter alguém que já a temos?
Como fazer-te ser minha se nem pensas nisso?
Como buscar seu reconhecimento, se tudo que vejas é amizade?

Fico pensando confessar-te
Mas meu orgulho me trava, minha alma grita por dentro.
Oh coração valente, amador, amando a pessoa certa oh amor errado!

Oh vida! Não cansa de me ver a sofre
Meu coração sofre de tanta paixão para não compartilhar
Oh Vida injusta porque me atormentas?
Se meu coração só quer ela para amar.

Ahh saudade idiota de ti quem amo, minha bela dama
Estou apaixonado por quem não deveria?
Não, então porque sofro, porque meu coração lamenta sempre?

Oh my dear, meu coração valente chora por ti!
Por não saber o que fazer, nem o que dizer.
Procuro pelas palavras para dizer-te que estou apaixonado

Mas tenho medo da rejeição, mas como saberei
Que ela não sente o mesmo
Se quando nos olharmos sinto atração, química, paixão.

Quando vás, quero te por perto novamente.
Tenho medo que vás e já não voltas
Tenho medo de te perder sem mesmo te ter.

O maldito coração, porque me causas tanto sofrimento?
Irei a busca da coragem para confensar-te
Achei coragem para dizer-te que...
Coração Timido oh minha querida, minha bela Dama!!!
Estou apaixonado por ti.

Inserida por julianoch12

⁠E quando uma pessoa entra na sua vida,

Entrou e se encantou...
Faz você sorrir...
Faz com que você se sente seguro(a)...
Faz você se sentir apaixonado(a)...
Faz com que vida tenha sentindo...
Faz um norte se torna um paraíso...
Faz lágrimas se torna sorrisos...
Faz angústia se tornar prosperidade...
Faz inúmeras coisas...

Faz essa pessoa deixar de olhar para o chão, e olhar para você dentro de ti, esse pessoa é você mesmo(a)... O espelho nunca quebra se olhar para nós.

JPS...

Inserida por Jefferson2909

⁠Cegos de Coração –

É bem provável que a grande maioria
das pessoas que veem as coisas,
simplesmente não
as sinta.

Por isso todo esse desapego nos
desejos e gestos;
Por isso toda essa superficialidade
nos gastos e gostos;
Por isso todo esse desperdício,
toda essa futilidade, toda
essa cegueira.

Talvez sejam esses, cegos de coração.

Inserida por SilvioFagno

⁠O Inferno de Um Amor –

E enquanto aquela velha angústia
— intimamente — despedaçava
minh'alma que, por vezes,
já não reagia mais,
eu pensava:

O grande risco eram as grandes paixões confessas — com suas urgências,
suas entregas, suas intensidades —
dolorosa e amargamente
silenciadas, quebradas,
emudecidas.

Assim,
o inferno de um amor é a mistura de
rejeição e esperança, transformada
em ciúmes, ódio e saudades.

E não há poesia pra isso.

Inserida por SilvioFagno

⁠Estranha Culpa —

Cedo:
é no primeiro abrir de olhos
que eu sinto a maior das angústias.
Tem sido assim: cedo.

O dia amanhece, e eu continuo turvo,
sombrio, acuado, com medo de
sair de baixo do cobertor.
Que agonia, que angústia essa sensação
de vazio, de abandono, de desperdício...
este peso, esta culpa, meu Deus! — esta estranha culpa.

Mas os deuses ou o diabo (não sei),
parecem se divertir com
tudo isso.

Estamos no inverno, mas hoje
é um dia de sol e, enquanto
eu ia até o carro,
deparei-me com um beija-flor
morto, próximo
ao meio-fio.
Já na rua, ao virar à direita, espantei-me
com um cão desfigurado, arrastando
as patas traseiras, tentando (com
todo esforço do mundo,
coitado), alcançar a sombra
debaixo de um carro.

Não sei o que aconteceu,
mas a culpa está
em mim;
O perturbador silêncio do pequeno corpo
do beija-flor, ali no chão — estático —
está em mim;
A dor angustiante daquele cão-quebrado,
arrastando-se miseravelmente,
está em mim. — por quê?

Inserida por SilvioFagno

⁠Desperdiçados —

Eu posso sentir...
sim,
pela janela, aqui do
alto,
de olhos fechados,
com um dos braços para
fora,
tentando achar os tímidos
pingos de chuva,
eu posso sentir os dias frios
sendo desperdiçados.

É como se esses dias
tivessem uma quantidade
limite em minha vida
(e claro, tem),
e esse limite estivesse
por se esgotar.
Eu sinto,
tristemente eu sinto.

Eu sinto como uma perda
irreparável estar triste e
desanimado e
solitário
nestes dias cinza
de chuva e
frio que,
antes,
eu amava estar.

Hoje — tarde — dói-me tanto
assisti-los (inerte),
morrendo.

Eu sempre me dei bem
com a solidão,
até me sentir realmente
só.

Inserida por SilvioFagno

⁠As Estranhezas das Pessoas —

As particularidades, as peculiaridades
— as estranhezas das pessoas —
soam, quase sempre, como
um convite ao confronto,
ao embate — à guerra.

Quando, na verdade dali (por essência
e poesia), deveriam nascer flores,
erguer-se jardins.

A verdade das coisas da Vida,
antes de ser boa ou má
(sendo a essência do ser),
tem grande força e deve
prevalecer.

Inserida por SilvioFagno

⁠Imperfeição

Sabe aquela pessoa que você encontrou e que é tão perfeito pra você, faz de tudo pra ficar do seu lado?

Aquela pessoa que te traz borboletas estômago e aquela que sua família amou, que entende você e não te julga.

Aquela pessoa que te ama e te trata bem, te abraça em dias ruins.

Bom, a má notícia é que um dia essa pessoa irá te decepcionar. Sim, ela irá e pode ser uma decepção fácil de lidar ou pode ser a coisa mais difícil do mundo pra você.

Aquela pessoa não é perfeita e jamais será!

O amor é algo perfeito quando não se habita em pessoas imperfeitas.

Aprenda sempre a amar si próprio porque no final é esse amor que nunca nos trai.

Ame Deus, porque esse amor jamais vai te decepcionar e perdoe porque o amor de Deus jamais nos abandonou!

Inserida por karolinesoares13

⁠Gente Infeliz —

⁠Julgar que alguém é ruim porque
é infeliz, é uma enorme
crueldade.

Pois parte da premissa de que se conhece as causas, os motivos e as circunstâncias do íntimo particular do sofrimento do outro, quando, na verdade,
na grande maioria dos
casos,
vê-se, quase sempre, somente a
superfície do problema.
Contudo,
ainda assim, ignora, desdenha
e condena-o mau.

Inserida por SilvioFagno

Os ⁠Meus Nove Anos —

O que aqueles anos me traziam?
Bem,
eram dias e tardes e, muitas vezes, noites preenchidos por brincadeiras.

Evidentemente
havia horários para outras coisas:
uma coisa ou outra em casa,
escola, igreja.
Mas a maior parte do tempo era gasta mesmo com brincadeiras: jogo de botão, futebol na rua, pega ladrão... e, em especial, uma brincadeira com carrinhos e bonecos, em que revivíamos personagens de uma novela.

Eram os meus nove anos e, quando se
é criança, naturalmente, esquece-se
de se observar sendo.
Fantasiamos outras idades:
a juventude, a vida adulta, e só assim podemos, verdadeiramente ser
e estar criança.

Nós, adultos, emburrecemos: perdemos a capacidade legítima de sonhar, de divertir-se verdadeiramente.

O que aqueles anos me traziam?
Bem,
traziam-me a mim.

Inserida por SilvioFagno

⁠Contra o Desespero —

⁠Dizer,
como uma confissão,
que eu já sei que essa pequena
chama de ânimo e esperança
logo se apagará, e assim
eu terei de, mais
uma vez,
buscar algo para tentar inflamá-la
contra o desespero,
é só uma parte da lucidez sobre
a realidade. — minha realidade.

A outra parte, dentre tantas outras,
e o que, constantemente, em mim falta,
é suportar essa realidade sem alarde,
com alguma decência — íntegro.

Inserida por SilvioFagno

⁠Gestos Nobres —

Quais gestos traduzem melhor
o amor?

Minha mãe costuma fazer tudo por nós
aqui em casa:
O essencial;
O necessário;
O exagerado. — progressivamente
(que eu me lembre), sempre
foi assim.

Dizemos: "não é preciso tudo isso,
mãe! — acabará adoecendo."

"É o certo: se eu não o fizer é que
adoeço." — responde-nos.

Na infância e na adolescência,
naturalmente, não percebemos tais
gestos nobres (muitas vezes
sacrificantes), de amor,
vindos dos nossos pais, nossos avós.

A Luz Maior veio-me depois que eu
me tornei pai, tornando-a vó.

E é aí que está a magia:
Num processo, aparentemente
natural, de renovação do espírito humano, dando-lhes a sabedoria infantil de,
outra vez, tornarem-se puros,
dotados de mais cuidados
e mais afeto e mais amor,
"Deus" — com ternura — (como para as
crianças e para os animais), olha
muito mais para os avós.

Inserida por SilvioFagno

⁠Mudados —

Depois de mais de dois anos
ausentes — numa distância que nos aproximou por um tempo,
enquanto afastava-nos
para sempre (talvez) —,
estávamos, outra vez, sob o mesmo
céu, o mesmo cep. — (e sem que eu soubesse): mudados.

Então,
naquela tarde de brisa e sol suaves,
num casual encontro-despedida,
ao perceber-me e eu ela,
viramo-nos as costas,
e o Universo a
página,
e a Vida continuou (normalmente),
um piscar de olhos
depois.

Inserida por SilvioFagno

⁠DOMINGO

“Essa é a vida”, eu escuto dela. Não é o que meus ouvidos ansiosos querem escutar... Ao mesmo tempo eu sei que ela está certa. Algo ainda me incomoda, no entanto: a forma como ela disse isso. A naturalidade, com seu ar indolente típico. Como se ela tivesse, há muito tempo, descoberto o segredo da vida e, ainda, que este fosse óbvio. Tudo isso me aborrece e faz com que a dor que aperta meu peito aumente ao mesmo tempo em que concluo que tudo o que eu sinto não significa nada e, ainda, que eu perdi a aula em que contam o segredo da vida em uma matéria que não vai, nunca mais, ser lecionada.
“Essa é a vida... “ diz ela, como se a coisa óbvia a fazer fosse jogar um balde cheio desta afirmação em cima da chama dos meus pensamentos e esperar, inocentemente, que isto a apague. No entanto, a casualidade com que ela solta esta observação funciona como lenha para a fogueira de pensamentos e sentimentos que queima em altas temperaturas dentro de mim.
Sua pessoa se mostra feliz, tranquila e transparente, um livro aberto todo encapado em uma inocência indestrutível. O oceano do seu ser não possui grande profundidade, e ela permite que eu explore suas águas rasas e agradáveis sem objeções, com uma liberdade inconcebível para minha confusa e trancada cabeça, a qual falha em entender a facilidade com que ela cede sua chave. Meu cérebro não consegue conceber como ela possui janelas tão transparentes quanto o vidro pode ser, sem cortinas. Parece ser exatamente o que é; é exatamente o que parece ser. Demonstra ser tão fácil de ler quanto uma desgastada revista de consultório médico. Ela é rasa e grande; eu, profundo e pequeno.
O impacto do choque paradoxal causado por tal ser soltar uma frase tão profunda com tamanha naturalidade ressoa na minha cabeça, fazendo-a doer. Sinto-me atordoado; perdido, sem rumo. A vida é tão óbvia assim? Sou eu que estou usando os óculos com as lentes erradas?
“A vida é assim... se fosse fácil...”
Ela disse, ao se virar pra dormir. Poderia ter dito qualquer coisa.
Amanhã é segunda-feira.
Será difícil acordar cedo.
A semana será longa.
Ao invés das tradicionais aspas de domingo, ela escolheu martelar minha cabeça, que segue tonta até agora.
As pessoas soltam esta frase como se não soubessem do seu tamanho. De fato, absorver tudo o que ela significa é uma tarefa inútil. Não existe alma grande o suficiente para captar o real significado dela. É impossível percorrer todos os ramos de cenários que ela abre e entender exatamente as consequências de tomar estas palavras como verdade absoluta. As ondas desta afirmação com frequência ressoam nos ares e ouvidos de todo o mundo, como se estas tivessem uma validade curta e fosse necessário relembrar nossos cérebros e corações todo ano, todo mês ou todo dia.
São palavras que as pessoas transformaram em uma espécie de boia salva-vidas, a qual foi, em algum momento de suas jornadas, lançada por outro alguém; um objeto que foi repassado por todas as pessoas que já pisaram nesta Terra, mas que nunca foi guardado na história, por ninguém.
“Essa é a vida, é difícil”
Vejo impresso na boia que ela joga para mim, enquanto me afogo no universo de tudo o que significa existir.
Aceito-a, agarro-a, mas sem guardá-la; não cabe em mim. No mais, levá-la-ei comigo para, quem sabe um dia, jogar a algum banhista desesperado.

Inserida por vitorhandrade

⁠⁠Mal Alcanço —

⁠O mundo — este mesmo, feio,
feito de gente — roubou minha
doçura auroreal;
Meu olhar afetuoso e admirado;
Minha essência nobre e
esperançosa.

Agora, tenho tido raiva de ser bom,
de ser amoroso, de ser gentil...
sentimental.

Deixei de acreditar nos fins
de tardes dos sábados;
Nas manhãs amenas
dos domingos;
Nos dias cinza de chuva
e frio. — ah, que desperdício!

O mundo — este mesmo, feio,
feito de gente — poupou-se
esgotando-me.
Hoje, quase tudo que me faz bem
é passado, distante, antigo — mal alcanço.

Inserida por SilvioFagno

⁠Não Identificado —

E,
de repente,
contra a única luz que ali havia,
surge-me um objeto voador logo ou,
melhor, não identificado.

"Um pernilongo! Por onde
entrara?" — pensei aos berros na minha
cabeça —, erguendo-me num impulso
até a luz do quarto, para confirmar
e expulsar o invasor
inconveniente.

Com o auxílio de luz intensa
não se via inseto algum.

Mexia pra lá, sacudia pra cá.
Confere, percorrendo detalhadamente,
cada centímetro de pele e roupa e cabelos
do outro eu — meu filhote —,
e nada da iminente ameaça. — "então,
na escuridão do vazio da escuridão de um
quarto escuro e uma mente
obscura e cheia,
contra a luz na escuridão do vazio
da escuridão de uma mente
obscura e cheia,
o tal delinquente — gigante — neste
meu universo — subjetivo —,
era só um inseto menor — bem menor,
ínfimo — alongado pela pouca luz
na grande escuridão (do vazio da
escuridão de um quarto escuro
e uma mente obscura e cheia),
sem arma, sem fama, sem
alma de pernilongo?"

(...)
Como um zumbido ouvi
(vindo de fora):
Apaga a luz e dorme!

Inserida por SilvioFagno

⁠Abismos —

Há um abismo entre cada
um de nós.
Entre alguns, há uma ponte — larga
na ignorância, na mediocridade, na superficialidade. — raramente
sólida, segura.
Decerto, entre distintos e sublimes,
quase sempre, estreita, irregular,
arriscada, que, vez ou outra,
balança e assusta — ainda
assim, uma ponte:
um acesso, um alcance,
uma conexão,
ligando solidões, medos,
sonhos — vidas.

Mas entre a maioria
— a grande maioria —
e a parte que salva, só há o abismo:
enorme, sem ponte, sem pontos
de conexão, nem acesso, nem alcance.

Do raso ao profundo;
Do descartável ao raro;
Do extremo vazio à poesia:
Um Abismo.

Não quero pensar. — pensar abre abismos.

Inserida por SilvioFagno

⁠Degustar —

Ainda que haja no coração de quem planta e cuida e colhe,
o nobre sentimento pelo o ofício,
pela terra, pela Vida (tal como a
epopeia do espermatozoide
que vingou e criou-a),
a uva — a mais nobre das uvas —
para o mais nobre dos vinhos,
antes da taça,
é só (ainda que fundamental),
um processo, exclusivamente
químico, matemático — científico.

A poesia começa a ser escrita
ao se servir a taça.
A partir do primeiro degustar,
fecha-se o cálculo e, então,
abre-se um Universo
inteiro.

Inserida por SilvioFagno

⁠Só nós


Vamos nos amar em silêncio,
nunca ninguém saberá
desse amor.
Será só nosso,
dirás à mim coisas de amor
guardadas em teu coração,
e o mesmo eu farei.
Seremos únicos.
Entre tantos que assim vivem,
o seremos.
por que amar, não se escolhe
a quem, mas sim, aquela pessoa
que nos fala, mesmo sem nada dizer.


Roldão Aires


Membro Honorário da Academia Cabista, R.Jj
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da.U.B.E.
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente

Inserida por RoldaoAires