Textos Melancólicos
Me desculpe
Vou desabafar
Uma dor
Que me faz desabar
Oh vida
Quanta melancolia
Dor ao peito
Que me agoniza
Sufocando-me
Em todo momento
Vou desistir de viver
Me perdoe
Ninguém sentirá falta
Vou me desabar
Num precipício
Que será o local
Do meu suicídio
Oh vida
Que vai embora
Tão tão depressa
Não fará falta
Para ninguém
Pareço um ser
Que é desconhecido
Como uma cor
Pintada numa
Máscara de veludo
A Sinfonia dos Corações Partidos
Por: Aleff Lavoisier
A sinfonia melancólica
da caixinha de música,
consegue exprimir
as sangrias sensações
que a mim motivam.
A melodia dramática e profunda,
traz à memória fatos passados
que na verdade não passaram,
apenas estavam adormecidos,
guardados num mundo de segredos
à espera de quem abrisse a caixa.
E novamente a música da dor
toca o coração cicatrizado,
e ferozmente ecoa
no infinito sem rumo.
Ao decorrer do tempo,
sua melodia desvanece do peito,
porém, permanece à espera
de quem a recomece.
Melancolia.
Moça sorrateira, chegou que nem percebi.
Invasora de almas alheias!
Trouxe consigo um batalhão de fantasmas...
Numa peleja inglória para expulsar essa visita indesejada,
Percebo que o melhor
é deixá-la acomodar-se,
tomar um cafezinho.
Aproveito sua distração,
o tempo de reflexão forçada.
Refaço os planos.
Decido tentar refazer os caminhos.
Ah, melancolia,
já se faz noite.
Você tem que ir.
Na vitrola Belchior ainda canta,
E me diz
Pra “viver a divina comédia humana,
onde nada é eterno”.
Nos seios da melancolia....
...sonho!
Meu pensamento voa pela noite dentro
puxo a roupa, mas não consigo segurar seu peso
sinto frio, meus pés fogem-me cama fora...
Por entre as sombras da minha existência
caminho perdido no tempo...
O meu futuro está deserto de ideias
não sei porque me não levanto...
Meu peso é superior ás minhas forças
e lá fora, a noite corre gelada...
Para onde vou?
-- josecerejeirafontes
Viva a vida
Vida é a alegria que contagia
E tristeza cheia de melancolia
Inocência protegida
E maldade nem sempre punida
Vida é tempo compensado
E tempo desperdiçado
Problemas a resolver
E muita preocupação só pra aborrecer
Vida é sucesso de realizações
E grandes frustrações
É trabalho e trabalho é honra
E a honra traz a paz
Vida é saúde para ser vivida
E nem sempre é entendida
É milagre, um dom de Deus
Concedido a cada um de nós
Viva com intensidade
E se possível com muita felicidade
Não importa se reta ou torta
O que interessa é a vida
Viva eu viva tu viva ele viva a vida
Crepúsculo da vida
Quatro décadas e muitos atos.
Então sai de cena o astro-rei.
A melancolia sobe ao palco.
Tudo que não fui já não serei...
Manto negro, escuridão da vida.
Ó que decadência da esperança!
Perdida alvorada dos meus dias.
Somente lamentos na lembrança.
Tu, crepúsculo quadragenário!
Não sei quem aqui te convidou.
Fim de minha vida antecipaste.
Termo és de quem somente amou.
Os olhos da melancolia me engolem
Fazem eu suplicar por mais um pouco de magia
Les yeux que me envolvem com a magia da mais bela e profunda energia: la mélancolie
Energia que nos traz um mar de diferentes sentimentos
O refúgio de alma candidato a PERFEITO
A mais doce das ilusões;
Depois de largar o lápis por alguns instantes...
Me deparo com a péssima notícia
Las brujas de la naturaleza, que tanto querem meu bem, a trouxeram:
Tudo é real. Mas o real se torna apenas magia para o meu espírito, pois nesta existência, os humanos vivem para o corpo, e não para a alma.
Coração sem dote
Acordar sem ti
cetins frios da melancolia
esfria sonhos
estrelas não brilham
a saudade quer cantar
ao som da liberdade.
Sinfonia escrita em uma partitura sem nota.
Amor proibido nas madrugadas remotas.
Toques de um amor morto
regidos sem a maestria de viver.
Coração sem dote
aspira ao teu aroma
ausente do mundo meu.
Tudo se consome no breu.
Não me deixo vencer pelo desânimo, mesmo quando por alguns instantes, a melancolia do ostracismo, cisma em me visitar, então eu paro e penso, que talvez esses momentos de abandono que as vezes sinto, são benéficos, e servem para mostrar-me, o quanto sou valioso e capaz, mais do que, quando estava circulado de pessoas, que hoje eu vejo que apenas necessitavam de meus préstimos e não da minha amizade!
Gutemberg Landi
10.07.2015
SOMBRAS DO PASSADO.
Eu hoje acordei melancólico, busquei no passado por uma lembrança sua e decidi passar assim o meu dia, com você, então eu fiz sua imagem conforme as linhas e traços que me veio no pensamento; sem me lembrar verdadeiramente de você, por momentos; tracei na imaginação aquele desenho que você ainda pequenina riscou no chão, sobre um pedaço de papel, ainda em desalinho, lembra?.. Só isso ficou em mim e é desta forma que eu te imagino hoje.
No desenho você brincava no tapete da sala, e engraçado, os riscos verticais espaçados na cor azul, pareciam indicar pingos de chuva, sim, porque tu empunhavas nas mãos uma “sombrinha” colorida. É assim que eu te tenho hoje, apenas um esboço como um vulto tênue meando a luz e a escuridão; e interessante; no desenho você ainda sorri. Mas, num repente a imagem parece me encarar, vejo na sua testa o franzir como se quisesse me intimidar; parece não me reconhecer mais; mas, eu continuo sendo seu amigo, eu sou seu pai, não te lembras?
Hoje retrato- te aos poucos, pois restou- me apenas a vaga lembrança daqueles riscos desordenados no papel; pois que também me são raros os momentos de lucidez, e nesta fase difícil em que me encontro, vivo apenas de esboços esporádicos que me vem na memoria já bastante enfraquecida... Parece triste, mas tem sido assim a minha vida.
Às vezes penso que são apenas sonhos, mas que por instantes me parecem tão reais... Assustado e sentindo muito medo, desvio o olhar, miro para a luz e começo a rezar, então, lentamente retorno-o à escuridão e sinto um calafrio, pois o vulto permanece lá, delineado no vazio, com seu olhar de reprovação..
Sinto ser você pela beleza, mas a mente doentia, já não me permite mais a certeza, pois que quase nada de você ficou comigo, talvez apenas fragmentos de uma trágica desilusão, mas aqui no meu no coração, algo me diz que eu te conheço, e que em algum tempo ou lugar, eu já estive contigo.
“Sobrevivemos alimentando nossos sonhos, mas, havemos de morrer diante da nossa realidade”.
Do livro: A cadeira de vime.
Abraços fraternos
I
Neurônios vagando por uma mente preenchida de total melancolia onde predominam pensamentos sombrios,a escuridão macabra,responsável pela morbidez do cérebro,danifica o funcionamento do mecanismo alterando o habitat de coisas claustrofóbicas,produtos da minha alma suicida,que na morte da noite se revelam em atitudes obscuras provenientes da voz do além que sussurra causando calafrios nos meus tímpanos.
Não gosto de manhãs chuvosas
Elas causam-me melancolia
Sinto o oposto pelas noites estreladas
E apesar disso
As estrelas e as gotas de chuva
Não estão interessadas
Em nada que eu sinta
Simplesmente caem ou brilham
Estrelas brilham quando saem
Gotas de chuva brilham quando caem
Estrelas caem do Céu em noites claras
Em raras manhãs a chuva pára
Após terem caído sem mostrar
durante a noite
Seu brilho sem par
A melancolia
Também é algo assim
Simplesmente uma saudade ímpar
de coisas que eu não vivi
ou manhãs das quais eu me esqueci
Nem tudo no Mundo muda
Quando amanhece
Mas tudo na vida vai mudando um pouco
Conforme vai passando o dia
Natal de Luz
Que o Natal extinga toda a melancolia
Que não sobre nem uma pequena nostalgia
Pela falta de um bem-querer
Que seja sempre um renascer
De coisas boas e conquistas
E que se estenda pela vida
Inteira. Todos os dias do ano
Sejam de um desejo soberano
De paz e amor
E seja como for
A caminhada humana
Que ela aconteça sempre
Dentro dos planos Divinos.
E que o Natal que traduz
Alegria seja repleto de luz.
Monotonia e melancolia lado a lado consumindo e dilacerando uma mente ativa e agora sedentária e cansada das desilusões da vida.
Amor, sentimento muito exclusivo para uma pessoa tão cheio de defeitos, isso nunca me pertencerá?!
Calejado eu da vida me cedendo e inclinado a gostar de algo que só me pertence em sonhos.
Sofrimento silencioso e solitário[...]
Sempre eh mais escuro antes do amanhecer.
Que permaneça firme e confiante em dias melhores pois toda criatura eh criação de Deus.
Teus olhos me fascinam.
Verdes olhos a qual me afogo.
Melancolia a qual me deixa.
Não posso contar-lhes como me sinto.
Como deixa-me louco
Me puxando para baixo dos mares que são teus olhos.
Teus cabelos cacheados.
Loiros como ouro, que reluz para mim gentilmente.
Teu rosto branco como neve, me parece tão macia.
Tão quente.
Mas não tenha pena de mim se tu sabes que te amo.
Apenas mostre-me tua verdadeira face.
Estava meio surumbático, esquisito, melancólico, tão, que só Camões,quando morreu sua esposa Chinesa, no naufrágio de seu navio no mar da China. Depois, foi ele se exilar e garantir as possessões Portuguesas no estreito de Hurmog, hoje Hormuz, e nos brindou com a grande epopeia lusitana, que o soldado luiz Vaz de Camões, versos inigualáveis nos Lusíadas. Livro obrigatório, pois ali, mesmo com a exaltação vista por todo o texto, estava claro a tristeza, a saudade e a melancolia, como podemos ver nestes versos:
"Anda tao unido o meu tormento comigo que eu mesmo sou meu perigo"
Ali, podemos entender toda nossa contemporaneidade e nossos medos que desde o século XVI, o mesmo dos navegadores continua a nos assombrar. Através de Camões podemos entender toda a nossa desilusão e melancolia, entrelaçada de furores de jubilo e esperança. Ali Camões, curou toda a tristeza da perda de sua amada. Porém, ao que parece, pois não há dados históricos verossímeis, mesmo em batalha, pois estas sempre lhe acompanharam, curou-se da saudade, mas a tristeza e melancolia que o habitava, permaneceria em toda sua vida.Como tudo na vida tem algo de bom, fomos brindados com uma saga e versos dignos de nos darmos o título de civilizados. Cada dia que passa, sinto que a única coisa que nós fará sermos lembrados daqui uns 10, 20 mil anos, se muito, serão os livros. Mas voltando a minha dor camoniana, estava eu pronto para ir para Brasília e sabia de antemão, que a cidade havia se tornado um deserto. Ninguém queria falar com ninguém, os tribunais e repartições estavam parados, as boates antes tão cheias, vazias. até as garotas de programa, tão procuradas pelos nobiliárquicos ores do poder, estavam dando 50% de desconto ou mais, ou seja, a cidade estava sendo movida a lexotan e pronazepan, era uma melancolia estampada no rosto de todos. Nunca a cidade esteve tão desesperada, não havia Hormuz, para ninguém se exilar e esperar o tempo curar todas as dores. O tempo conspirava contra todos, os cargos e empregos ia virar pó. Mas eu tinha que ir, havia recebido os honorários e tinha que despachar no tribunal, não tinha, depois que vazou a lista de processados ou citados pela procuradoria da república. Alguns, mesmo deixando claro que não tinha outra saída. peguei o voô e em uma hora, já estávamos desembarcando, quando num dos assentos, vi uma propaganda da prefeitura de Curitiba, que algum passageiro havia deixado, me interessei e a levei comigo. Enquanto ia pegar minha mala, fui lendo e eme interessando cada vez mais. sabia, que dado o baixo astral da cidade, eis que ali é uma rede e todos, todos sem exceção fazem parte dela, seria inútil minha ida naquele céu exuberante como tão bem Toninho Horta, retratou na música céu de Brasília. Cheguei ao Hotel e havia decorado todo o panfleto, confesso que já me sentia um especialista. Nem mal me aloquei no quarto e já fui visitar uns sites chinesas, pois se você procura conhecer de coisas bizarras, tem de procurar na china. nós ocidentais somos muito caretas. E não é que achei, li tudo, decorei, as diversas cores, prendi a ler a sorte e o futuro, pequenos tocos, pois eu que nunca pensara ser possível, depois que me dei conta, que desde sempre ele esteve comigo. Ao final, tendo todas as minhas previsões que Brasília, estava uma bosta, curei-me de minha melancolia, me tornando um especialista em cocô, afinal um país que tem uma elite de merda, só sendo especialista em cocô, é que é possível sobreviver, neste deserto sem qualquer futuro.
Terei sempre força e coragem para viver.
Medo e melancolia fazem parte...
Não desistirei dos meus objetivos
pois, tenho audácia suficiente para
enfrentar os obstáculos .
Esperança é o que me move
e me faz seguir adiante.
Aprendi a amar com plenitude
a tudo e a todos.
Por isso a palavra desistir
não faz parte do meu dicionário, ao contrário,
coragem é a palavra de ordem, nesse momento.
Vou VIVER sem lamentos!
Todos os meus dias estão sendo iguais
Demonstro sempre melancolia nas poesias
A minha vida é complicada demais
Desconheço felicidade e alegria
Realizei parte do meu sonho
Mas as pessoas não reparam isso
Sou pessimista e tristonho
Todo mundo sabe disso
Ninguém ver o lado positivo
Sinto-me sem amigos
Vivo esquecido
Dificilmente alguém conversa comigo
Já não quero nenhuma opinião
Dispenso comentários
Odeio confusão
Eis aqui um poeta solitário.
BRINCAR PORQUÊ
Porquê brincar com as palavras
De um texto em ordem na melancolia
Porquê brincar com as letras
De um texto que se estende ao infinito
Porquê brincar com as vírgulas
De um texto mergulhado deste abismo
Porquê brincar com os pontos
De um texto de sublime cor da ternura
Porquê brincar com as páginas
De um livro inacabado por escrever
Porquê brincar e não ler, porquê.
Desde criança, ouço histórias de que o domingo, no final do dia, é sempre um pouco melancólico. “É um entardecer estranho!”, dizia uma jovem que sonhava com casamento e que morava na minha cidade. “É solitário, é como se a semana estivesse acabando e, com ela, acabassem as chances de algumas coisas novas acontecerem”, lamentava ela. Eu argumentava, dizendo que a semana acabava no sábado. Domingo era o início. E todo início nasce com alguma possibilidade. Lembro-me de um padre que falava sobre isso. Que dizia que era bom, depois da missa, ter retreta para alegrar a noite de domingo. Coisas do interior.
Ouvi gente dizendo que a melancolia do domingo vem da consciência de que o fim de semana acabou e de que tudo recomeça na segunda-feira. Ficava pensando eu, "Mas quando se trabalha no que se gosta, isso não é um problema". O tempo foi passando, e eu fiquei com a impressão de que essa melancolia era coisa do interior. E de que, nas grandes cidades, com mais opções, o domingo era uma festa. Teatro, cinema, shopping, shows musicais, encontros interessantes. Foi quando, numa roda de amigos, ouvi alguns desabafos semelhantes àqueles da cidade de onde vim. Final de domingo é melancólico, final de domingo é quase uma dor.
"Dor"?! Perguntei um pouco chocado. "Dor do quê? Dor, por quê?” Ficaram se entreolhando e talvez imaginando que a minha pergunta não fizesse muito sentido. Que era óbvio que essa tristeza do crepúsculo dominical vinha sem ser convidada. Insisti. E eles ainda em silêncio. Então, uma amiga disse: "Vamos fazer compras?", e outra retrucou: "Prefiro um cinema, o tempo passa mais rapidamente".
Querer que o tempo passe mais rapidamente é não compreender sua grandeza. Cada tempo é tempo de existir sem descrenças, sem desistências. Sejam domingos sem luar ou quintas-feiras promissoras. Não importa. Reinventar as ações é prova de compreensão da vida. Cada dia tem o seu tempero.
Fiquei lembrando quantas pessoas que conheço e que aproveitam o domingo para fazer algum trabalho voluntário. Visitas a hospitais, asilos, abrigos, comunidades carentes. Contadores de histórias, fazedores de bolos ou de outras comidas. Operários das boas ações. Boas ações fazem aqueles que visitam amigos que, por alguma razão, sentem fome de gente e para quem só a solidão é presença frequente.
Para muitos, o domingo é um dia santo. Rezar nos preenche dos melhores sentimentos. Ajuda-nos a refletir sobre o que fizemos e sobre o que necessitamos para que nossa ventura na vida tenha um sentido. Muitos sentidos. Rezar ajuda-nos a ficar um pouco com as nossas feridas e com as lembranças de futuros com que sonhamos.
Não é proibido sonhar aos domingos. Nem nos outros dias.
Fernando Pessoa, sob o heterônimo Álvaro de Campos, no início de seu poema "Tabacaria" surpreende-nos com dizeres benditos:
Não sou nada. Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
À primeira vista, lendo esses versos, invade-nos uma sensação de vazio, de angústia, de descrença. Mais atentamente, percebemos que o eu poético confessa que pode não ser nada, mas pode ter sonhos. Só o que possui são muitos sonhos. Todos os sonhos do mundo! Que grandeza! Que bênção poder sonhar! É a presença que supre todas as ausências. É um mistério que o domingo ou qualquer outro dia pode não ver, se não desejar ver.
Que os pensamentos que vestem de tédio alguns domingos arrisquem momentos ricos de reflexão. A reflexão que agrega e não a que deprime. A reflexão de que a vida é útil, de que cada instante é precioso e de que os futuros são sempre bem-vindos. E nos desperte, também, “a sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro”. Quem sonha tudo pode. Até mesmo colorir de alegria todos os momentos de todos os dias. Não desperdicemos a vida, não apressemos o tempo, com lamúrias e queixumes.
Bom domingo a todos! Recebamos felizes a chance de mais um início.